A DESMOTIVAÇÃO INFANTIL EM SALA DE AULA
Fabiana Isoton
INTRODUÇÃO
O mundo de hoje está repleto de informações, informações estas que por muitas vezes prendem nossos olhares, nos adultos por muitas vezes nos vemos paralisados em frente a uma televisão, e a internet então, está e a disseminadora de atenção, ela nos prende por horas a fio se não formos categóricos. Chega a ser enigmático como temos prazer em parar e prestar atenção na internet, na televisão, e os jogos? Pode ser que você não se prenda, mais existe uma maioria grandiosa que todos os dias se veem motivadíssimos em relação a tais jogos. Sejamos francos, a prazer em estar conectado, globalizado, nos traz fascinação e alegria, visto isto que somos adultos, responsáveis e cheios de atividades circulares ao nosso cotidiano, porem imaginemos as nossas crianças.
E um bombardeio de ideias e de informações que as deixam hipnotizadas, colocando toda a sua motivação envolvida nestes meios de comunicação. São atrativos que despertam interesses que vão muito além do simples fato de frequentar uma sala de aula. A escola muitas vezes não oferece os mesmos, ou seja, bons atrativos para que a criança se sinta motivada a estar ali. Embora sabemos o quão importante e estar e frequentar uma escola, nos dias de hoje as crianças estão indo para a escola muito desmotivados, tendo em vista que existem motivos mais atraentes fora dela. E fazer que nossas crianças compreendam o quanto e importante estar na escola tem sido um grande desafio. Segundo Zenti (2000), são muitos os problemas causados pela desmotivação, no entanto acredita que não existe uma receita mágica para fazer as aulas serem o foco de atenção das crianças. Porém, afirma que o professor com sensibilidade e energia talvez consiga enfrentar o desafio.
Nesta pesquisa tentaremos entender e compreender alguns motivos que tornam os alunos desmotivados dentro de sala de aula, investigando desde a influência familiar, a mídia eletrônica, bem como as metodologias usadas em sala.
Diante disto, pretende-se com este estudo contribuir para um melhor e maior esclarecimento em tordo da proposta estudada, no que se refere aos fatores responsáveis pela desmotivação das crianças em sala de aula, podendo assim apresentar aos educadores, a possibilidade de reflexão desta realidade que pulsa em nosso dia a dia escolar.
A DESMOTIVAÇÃO ESCOLAR E A MÍDIA ELETRÔNICA
Nos dias atuais, o professor tem encontrado uma grande dificuldade para ter a atenção necessária para uma boa e produtiva aula. Com a grande oferta de tecnologia que temos atualmente, tomar a atenção para si é um trabalho para gigantes. As crianças estão sendo bombardeadas pela mídia, e fazer com que a cabecinha de nossas crianças se motivem para o aprendizado em sala de aula e algo extraordinário.
Além disso a mídia tem despertado as crianças com atrativos que vão muito além do que nos professores temos a oferecer dentro de sala de aula, estes atrativos despertam algo que encanta o ser infantil , tornando o dia a dia entre escola e mídia uma grande guerra de braços onde o magico que a mídia oferece acaba por trazer uma grande desmotivação de nossos alunos dentro da escola.
Para Zenti (2000),
... os especialistas no assunto afirmam que os professores devem mostrar aos seus alunos que estudar pode ser divertido. Porém, a maior dificuldade está em competir com os atrativos tecnológicos e os brinquedos que crianças, e que na escola não existem.
Os brinquedos interativos, a internet, a televisão, computadores, tablets, personagens de super heróis e de princesas com seus castelos encantados, jogos, vídeo games, nossos livros de histórias estão sendo deixados pra trás, imaginamos então os livros didáticos, como e difícil esta competição com algo tão atrativo ao ponto de trazer desmotivação para a sala de aula. Para a criança e muito melhor brincar que estar com a grande obrigação de estar dentro de uma sala de aula, pois dentro da escola não temos esta quantia de atrativos oferecidos atualmente pela mídia.
Aí vem a necessidade hoje da escola como um todo estar se reciclando para poder trazer esta motivação necessária para que nossas crianças tenham o mesmo desejo de estudar como eles tem tido pela mídia tecnológica
Conforme Bzuneck (2000, p. 9) “a motivação, ou o motivo, é aquilo que move uma pessoa ou que a põe em ação ou a faz mudar.
Segundo o autor:
A motivação pode ser entendida como um processo e é aquilo que suscita ou incita uma conduta, que sustenta uma atividade progressiva, que direciona essa atividade para um sentido (BALANCHO e COELHO, 1996).
Em sendo assim temos como necessidade em que o todo de um corpo docente tente transmitir ao aluno a segurança bem como o desejo de estar ali. Pois para uma criança muitas vezes a sala de aula se transforma em uma carga gigantesca trazendo assim a falta de vontade de estar no âmbito escolar, pois as brincadeiras tecnológicas são muito mais atrativas e prendem a atenção da criança de tal forma que eles tendem a ter uma total progressão no desejo de estar envolvidas com tais brincadeiras. Já o âmbito escolar se transforma em um peso desestimulante comumente de total abandono e total desinteresse. E um grande desafio para a escola trabalhar o desempenho dos alunos que se encontram desmotivados por influência da mídia porem cabe aos professores e ao corpo docente criar maneiras e usar a melhor metodologia para assim trazer o entusiasmo e a atenção do aluno para assim estabelecer um contato fortuito e progressivo fazendo assim nascer a grande motivação necessária para um aprendizado sadio e necessário.
A FAMÍLIA COMO MEDIADOR DA MOTIVAÇÃO ESCOLAR
Sabemos que o padrão familiar nos dias de hoje e bem mais diversificado, porem sabemos que a família e o primeiro ponto de aprendizagem de uma criança, e daí que surgem as primeiras ligações sociais, bem como as primeiras experiências educacionais, as nossas ações são aprendidas e desde muito cedo na nossa primeira infância sabemos que sob as influências da família que elas são formadas e moldadas.
A família na maioria das vezes e responsável por influenciar suas crianças por mais que esta influência seja por muitas vezes inconscientes, porem os pais devem estar totalmente ligados e atentos a este fato, pois a criança tende a copiar toda e qualquer ação, a maneira de falar, a maneira de agir, a maneira de ver o mundo. A família está diretamente ligada as atitudes comportamentais das crianças. O estilo familiar, o tratamento que esta criança recebe, os padrões de punição, as crenças, os valores, tem um grande impacto no desenvolvimento intelectual da criança, bem como nas habilidades sociais da mesma.
Os sentimentos transmitidos para esta criança e fonte primordial na antecedência ao núcleo escolar, os pais devem estar atentos pois o desenvolvimento emocional e os sentimentos são fatores que podem influenciar e trazer consequências para toda uma vida. Isto estamos falando da ausência bem como o excesso destes sentimentos, não podemos esquecer que a criança e um indivíduo em formação, em um processo de descoberta, temos que lembrar que a família está linearmente ligada ao processo cognitivo desta criança. A criança tem uma grande necessidade de afeto para o processo de formação, sem afeto não haveria interesse, nem necessidade, nem motivação. Conforme Maria Aparecida Coria relata em sua obra,
Os pais têm um papel importante no processo de desenvolvimento da autonomia. Se eles encorajarem as iniciativas da criança, elogiarem o sucesso, derem tarefas que não excedam as capacidades da criança, forem coerentes em suas exigências e aceitarem fracasso estarão contribuindo para o aparecimento do sentimento de auto confiança e auto estima. (Coria-Sabini, 1998:65)
Sabemos que os primeiros anos da criança junto ao seio familiar são primordiais para o desenvolvimento emocional da criança, e sempre foi entendido que este seja potencialmente o motivo provedor de pessoas saudáveis, e de um emocional saldável, bem como o mesmo motivo pode gerar adultos com emocional fragilizado, e desequilibrado. A família é considerada a célula marter da sociedade, e o núcleo gerador, quando se fala de indivíduos, para com o seu relacionamento em sociedade
Segundo Souza, (1985) “A família é o microcosmo, tudo que passou no mundo externo tem sua origem primeira no grupo familiar”.
Quando nos deparamos com situações onde existe a ausência da participação dos pais no processo de aprendizagem, teremos crianças na maioria das vezes, com baixo desempenho, e com uma grande tendência a desmotivação. Muitos pais colocam a escola como deposito de criança, e ali que elas vão ficar em algum período para que eles possam trabalhar ou fazer suas atividades, muitas vezes não se preocupam com o comportamento, com a produtividade de seus filhos. A participação da família na vida escolar, e uma condição indispensável para que a criança se sinta segura e principalmente motivada, pois a demonstração de carinho e de que a escola e um ambiente saudável trará a esta criança a segurança necessária para que os professores consigam inserir o processo de aprendizado.
Também procede que quando a família se mostra interessada pelo âmbito escolar, os professores também conseguem fazer um melhor trabalho, sentindo assim que existe uma parceria no processo, segundo as autoras Rocha & Machado (2002, p.18)
... o envolvimento familiar traz também benefícios aos professores que, regra geral, sente que o seu trabalho é apreciado pelos pais e se esforçam para que o grau de satisfação dos pais seja grande.
Assim sendo diante do contexto em que a família e parte fundamental para se ter um processo de aprendizado coerente vislumbramos que a mesma tem a capacidade direta de influenciar as relações emocionais de seus filhos no ambiente escolar, bem como também com o ambiente social, do mundo que se vive. Neste sentido muitas vezes e necessário que a escola conheça a realidade familiar desta criança para que se possa proceder de maneira correta e necessária para entender os conflitos, as angustias e os motivos que esta criança traz consigo, transformando todo o processo em uma grande desmotivação.
O DESMOTIVAÇÃO ESCOLAR E A METODOLOGIA NECESSÁRIA
Que a falta de motivação escolar e algo real e este problema deve ser resolvido já sabemos, sabemos que existe uma grande influência na mídia eletrônica bem como o âmbito familiar, porém como professores devemos ter a observância de como agir e o que fazer para que consigamos atingir a meta desejada. O trabalho não é fácil porem e necessária para poder trazer para junto a si o aluno que problematicamente não consegue ter a motivação necessária para que exista um aprendizado pleno.
Segundo Torre (1999), “a motivação escolar é algo complexo, processual e contextual, mas alguma coisa se pode fazer para que os alunos recuperem ou mantenham seu interesse em aprender” (p. 09).
Existem muitas maneiras e métodos para que se obtenha resultados desejáveis dentro a uma turma escolar, desde a mais antiga maneira de educar até as mais novas metodologias usadas mundialmente, na verdade deve se buscar a melhor e a mais adequada ou melhor falando adaptável para que traga a global motivação para dentro de sala de aula. Sabemos que existem as grades curriculares onde estabelece a necessidade de cada serie, porem muitas vezes estas mesmas acabam por dificultar a temática individual de cada professor, principalmente quando temos que trabalhar individualmente com alunos que demostram um certo grau de desmotivação. Qual a metodologia usar? Como se posicionar? Segundo Vigodsky deve existir uma reorganização dos objetivos para que assim possa alcançar as muitas necessidades existentes.
Temos que ressaltar ainda sobre o desenvolvimento cognitivo do indivíduo, tentando entender as necessidades individuais, assim entendendo que a criança não deve ser adaptada ao ambiente social, e sim deve ter uma formação neste ambiente, entendendo que esta criança trará sua vivencia para o aprendizado em sala de aula, sabemos que todos os alunos tem suas diferenças relacionadas tanto com suas capacidades quanto com suas motivações, então podemos dizer que o desenvolvimento cognitivo está totalmente ligado com esta situação pois este conhecimento e um processo onde o indivíduo adquire conhecimento ao longo da vida, então podemos entender que se houver algum desequilíbrio neste processo poderá acarretar dificuldades para o mesmo, fazendo muitas vezes que a desmotivação impere nesta criança. Segundo Piaget (1973) , a aprendizagem só se dá com a desordem e ordem daquilo que já existe dentro de cada sujeito. Porem e importante ressaltar que este desenvolvimento e individual e necessário, e o educador necessita estar conectado a este processo para poder se reorganizar e montar estratégias para que o aluno desmotivado sinta segurança no processo de aprendizagem.
O desenvolvimento cognitivo (e metacognitivo) está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento social e emocional, significando isso que mudanças fundamentais no pensamento têm de ser acompanhadas por uma reorganização dos objetivos, das atitudes e das formas de mediação (Vygotsky, 1998).
A sala de aula que vemos hoje ainda infelizmente se parece muito com as salas de aula do séc. XIX onde as escolas somente eram destinadas para as classes sociais mais abastadas e dominante, com o objetivo de socialização, ou melhor falando “aplicar a Cidadania”. A metodologia se continha em simplesmente o controle dos alunos. O ensino se resumia em que o professor escrevia de costas para os alunos em um quadro negro e os mesmos copiavam em seus cadernos. Esta realidade nos dias de hoje não está muito longe de ser encontrada. Segundo Nogueira (2005, p. 44)
“é importante levar em conta que pela própria formação que nós, professores, tivemos, podemos ainda tentar perpetuar o modelo pedagógico, que recebemos em nossa trajetória de alunos”.
Porém o próprio autor indagado pela perspectiva em que nossos alunos estão vivendo nos apresenta onde está findando as antigas metodologias, o autor rebate que estamos deixando nossos alunos desmotivados
Nogueira (2005, p. 45) a constatar: “nossos alunos apresentam-se desinteressados, desatentos, desmotivados, indisciplinados, com problemas de aprendizagens, etc.”
Analisando assim verificamos que o próprio método de ensino pode estar compactuando com a falta de motivação escolar, tendo em vista que vivemos em um mundo onde as pessoas tendem a ser muito mais autônomas, dinâmicas, vivemos em uma sociedade onde a globalização perpetua e ate mesmo nossos pequenos alunos das primeiras series já elaboram questionamentos e discordâncias onde a décadas atrás não teríamos nem noção de que poderíamos ver tais indagações, hoje os professores precisam ser dinâmicos e versáteis, para assim não perder a motivação de ensinar, que e uma outra grande problemática existentes em nossas salas de aula. Jesus (2004) “aponta que é relevante se pensar em novos paradigmas educacionais onde se reestude o modelo escolar atual e se leve em conta as limitações e o bem-estar tanto do professor quanto do aluno”.
Conforme pesquisa elucidada com o tema verificamos a importância da motivação para aprendizagem onde Buzunek (2001 p.13) afirma que:
Alunos desmotivados estudam muito pouco, ou nada e, consequentemente aprendem muito pouco. Em última instância, aí se configura uma situação educacional que impede a formação de indivíduos mais competentes, para exercerem a cidadania e realizarem se como pessoas, além de se capacitarem para aprender pela vida a fora”
Perpetuando entre a metodologia em que se pode ser ministrada para que se possa alcançar uma grande motivação vamos verificar um pouco sobre os tipos de motivação que devemos conhecer. Segundo Stipek (1998) e Printrich (2003) a motivação pode ser observada por meio do comportamento dos alunos, levando em consideração o começar rapidamente uma tarefa e o desempenho para finaliza-la, bem como o objetivo que terá esta tarefa. O ponto de maior observância neste estudo e descobrir e entender os tipos de motivação, para que assim se possa encontrar o melhor método ou metodologia para se aplicar. Independente de qual for a observância usada para estabelecer que tipo de motivação e desmotivação existe, sempre teremos dois tipos de motivação extrínseca e intrínseca. Segundo Ryan e Deci (2000), a motivação humana foi dividida, tradicionalmente, em dois pólos, intrínseco e extrínseco sendo, no primeiro caso, o comportamento motivado pela atividade em si ou pela satisfação dela decorrente. Do outro lado, a motivação extrínseca ocorre em situações nas quais a atividade é percebida como meio para alcançar eventos externos desejáveis ou para evitar outros indesejáveis. A motivação intrínseca está relacionada ao interesse da própria atividade, que tem um fim em si mesmo e não como um meio para outras metas. Já a motivação extrínseca está relacionada às rotinas necessárias ao longo da vida. Huertas (2001) persiste que existem dois tipos de motivação: motivação intrínseca e a motivação extrínseca. A motivação intrínseca está ligada a relação do indivíduo a própria atividade, que é um fim e não um meio para outros objetivos, podendo ser considerada uma motivação independente das demais, que suporta uma antecipação dos objetivos.
Segundo Bettina (2007),
... a motivação é um processo que engloba motivos intrínsecos e extrínsecos de cada pessoa, motivos esses construídos nas inter-relações sociais, desde a infância, e que acabam se efetivando na intrapessoalidade. Dessa forma, a cada nova situação vivenciada, novos motivos poderão ser construídos. Por isso, entender a motivação em cada pessoa é, antes de tudo, perceber e entender o ser humano com características e subjetividades próprias, é conceber o desenvolvimento e a aprendizagem como um processo que acontece ao longo da vida de cada um.
Em resumo entendemos que a motivação intrínseca e aquela onde o indivíduo faz por prazer, porque se sente bem, porque gosta, e a motivação extrínseca e aquela que o indivíduo tende a fazer com alguma recompensa no caso da escola seriam notas ou metas, em sendo assim conseguimos estabelecer as motivações individuais.
...quando uma ação se encontra intrinsecamente, esta se fundamenta principalmente em três características: autodeterminação; competência e satisfação em fazer algo próprio e familiar. (Knüppe apud Huertas 2001).
Diante disto sugere-se que a motivação em sala de aula não ocorre espontaneamente, ela depende de fatores para que ela ocorra, tais como o ambiente escolar, a participação das pessoas envolvidas bem como o espaço físico e a estrutura e também a metodologia empregada.
Quando falamos dos envolvidos sugere-se que estão envolvidos neste processo os alunos, os professores bem como os familiares, juntos trabalhando em um processo que tornara muito mais atraente e decisivo para o aprendizado escolar, considera-se também a necessidade de se ter um ambiente escolar com uma boa organização, onde se e vislumbrado o quantitativo de alunos, a temática da sala bem como a didática usada.
Hoje os professores devem estar atentos aos seus alunos buscando neles encontrar o que há de melhor, quais suas habilidades, onde ele se destaca com maior observância, sentir na criança o que ele busca e tentar encontrar sua melhor característica para assim implantar novas abordagens e conteúdo buscando assim aproximar-se do universo ideal, para poder trazer esta criança muito mais motivada e satisfeita para sala de aula. Como o autor destaca.
Ferrero (1985), ”o insucesso da alfabetização depende do método de ensino adotado pela escola e o estado de maturidade ou prontidão da criança”
E preciso ir de encontro com a grande necessidade, ou melhor dizendo com a individual necessidade dos alunos, a dinâmica ideal, trazer para si o desafio, mesmo sabendo que existem milhões de obstáculos, pois salas lotadas, problemas sociais e familiares, problemas de gestão dentre uma infinidade de adversidades referente ao âmbito escolar. O professor deve estar aberto para o novo, bem como para se renovar e se conectar com estes alunos com suas individuais complexidades, o importante e estar além de tudo disposto a tentar resolver esta questão. Nesse contexto, Fita e Tapia (2000, p, 8) ressaltam:
A motivação está ligada à interação dinâmica entre as características pessoais e o contexto em que as tarefas escolares se desenvolvem. Isto quer dizer que o desempenho do professor é tão importante quanto o do aluno, para proporcionar a motivação para a aprendizagem.
Assim podemos entender que existem vários fatores que estão envolvidos neste processo de motivação e que cada professor terá seu meio de tentar abolir esta situação, o processo não e fácil, sabemos que a pratica e muito mais real que a pesquisa, porém é buscando em teorias e na própria vivencia que poderá acontecer uma mudança.
CONCLUSÃO
O assunto discutido nesta pesquisa nos fez refletir o quão grande e este universo, que a motivação e a chave mestra da aprendizagem, e a base para o estudo, e preciso estar motivado para que se possa ter um índice de entendimento necessário e adequado. Para que o aluno possa aprender e necessário que o aluno esteja envolvido, que esta seja a sua meta, e somente estando pleno e motivado terá ao desempenho desejado.
Mencionamos neste estudo a competição existente entre a mídia e o ambiente escolar, compreendemos que existe uma grande necessidade de d se adequar, trazer para dentro da escola, salas de aula mais atraentes com modelo de ensino que que torne o aprendizado mais agradável fazendo que a criança tenha o mesmo prazer de estudar ao que tem com as brincadeiras eletrônicas, que tem com a internet e com a tv.
Observamos que a família e o ponto chave, que e ali que surgem a maioria dos anseios, desejos e manifestações de sentimentos, a família e onde se cria a base emocional de uma criança, e também pode ser ali que inicia também alguns problemas emotivos que podem acarretar uma grande perca de motivação, então conseguimos analisar que a família pode ser o grande desencadeador de motivação, uma vez que se ela já sai de casa motivado, feliz e com estimulo, terá mais facilidade de enfrentar as dificuldades existentes, bem como terá mais prazer em aprender.
Verificamos também o papel do professor e a metodologia usada, comparamos os métodos mais antigos de ensino e conseguimos entender que e necessário uma nova temática, uma nova metodologia, bem como e preciso estar diariamente se aprimorando para conseguir trazer de encontro estes alunos com problematização de falta de motivação, fazendo com que este aluno consiga quebrar as barreiras para ter o bem estar positivo dentro de sala de aula. Bem como os professores também precisam estar motivados e em busca de superação para poder aprimorar sua metodologia, trazendo aulas mais criativas e envolventes. E bem claro que todos sabemos a importância da motivação em sala de aula, porem e um assunto, com uma grande necessidade de reflexão. Segundo FITA "não existem receitas mágicas que melhorem a motivação de nossos alunos", precisamos estar sempre em construção, buscando a melhor maneira de enfrentar os obstáculos, criando novas maneiras de ser um professor criativo e dinâmico, e para isto precisamos também estar motivados.
Concluímos com esta pesquisa que devemos estar juntos nesta empreitada, pais, professores bem como todo o corpo escolar, buscando a cada dia trazer novas formas de educar buscando estarmos todos motivados a caminho de uma melhor e mais satisfatória educação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRIADA, E.; NOGUEIRA, G.M.; VAHL, M.M., A sala de aula no século XIX: disciplina, controle, organização (2012). Revista Conjectura, v. 17, n. 2 p. 37-54
Bzuneck, J.A. (2001). A motivação do aluno: AspectosIntrodutorios.In:Bzuneck, J.A.BORUCHOVITCH, E. A Motivação do aluno. Contribuições da psicologia contemporânea. Rio de Janeiro, 2001 p.9-15.
BZUNECK, J. A. As crenças de auto-eficácia dos professores. In: F.F. Sisto, G. de Oliveira, & L. D. T. Fini (Orgs.). Leituras de psicologia para formação de professores. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2000.
CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida. Psicologia do desenvolvimento . São Paulo: Ática 1998.
FERREIRO, E. & TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. 4ª ed. Trad. Diana M. Lichtenstein, Liana Di Marco e Mário Corso. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
JESUS, Saul Nunes de. Desmotivação e crise de identidade na profissão docente. KATÁLYSIS, v. 7, n. 2, 2004. Disponível em http://didnet.unirioja.es/servlet/fichero_articulo?codigo=2926117&orden=0. Acesso em 24/11/201
NOGUEIRA, N. R. Pedagogia dos Projetos: Etapas, Papéis e Atores. São Paulo: Érica, 2005.
SANTOS, Bettina, Steren dos;ANTUNES,Denise,D. Vida Adulta, Processos Motivassionais e Diverssidades. Educação, PUCRS, ano XXX, n 61, p. 149-154. 2007
ROCHA, S.C & MACHADO R.C. Artigo relação família escola. Disponível em HTTP:\\ www.unimeo.com.br. Belém –Pará , p.18 , 2002.
ZENTI, L. Aulas que seus alunos vão lembrar por muito tempo: motivação é a chave para ensinar a importância do estudo na vida de cada um de nós. Nova Escola, São Paulo: Abril, v. 134, ago. 2000.