NOVAS FERRAMENTAS DE TRABALHO RELACIONADAS ÀS INTELIGÊNCIAS NO ÂMBITO ESCOLAR
Mendes Évora Giulliani Mota
Lima Sara Tiago Silva Maia de
Macena Patrícia Lopes Augusto de
Becker Rosinei Gross
Amorim Jucélia Rodrigues de
Resumo
Este artigo foi escrito no intuito de discutir sobre a necessidade do trabalho voltado a inteligência emocional dentro das instituições escolares, sobretudo na educação infantil, quando acontece a formação moral da criança. Levando-se em conta que as emoções são a porta de entrada para os demais sentimentos, faz-se importante voltar à atenção a tal aspecto, visto que a harmonização destes levará o ato de ensinar e aprender ao sucesso esperado.
Palavras-chaves: INTELIGÊNCIA SOCIOEMOCIONAL, IMPORTÂNCIA DA LEITURA SOBRE O TEMA, FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA ÁREA EMOCIONAL.
Introdução
Os velhos métodos para medir a inteligência como o teste de Q I criado por Francis Galton, deram lugar às novas teorias e métodos como o das Múltiplas inteligências, de Howard Gardner, o que abriu diversos horizontes nos âmbitos da educação.
Se antes o potencial de aprendizado de uma pessoa era convertido em um número, hoje há muitas habilidades que compõem a capacidade de absorver conhecimento, e mais, há um novo olhar sobre o universo humano que traz um conjunto responsável pelo sucesso escolar.
Assim, a educação geral encontra-se diante de desafios no sentido de mudança, não somente nos métodos utilizados em sala de aula, mas, sobretudo na forma de pensar e agir quanto ao conhecimento externo (objeto de aprendizado) e interno (autoconhecimento). Nunca se fez tão necessário colocar-se em prática um conselho tão antigo como o de Sócrates que já dizia da importância de nos conhecermos a nós mesmos. É de forma cíclica de tudo acontece no Universo e o conhecimento faz uso dessa máxima para compor o novo cenário da educação nas escolas.
Inteligência Socioemocional
Conceito que relaciona a chamada "inteligência social" e a “inteligência emocional” presentes na psicologia e criadas pelo psicólogo Daniel Goleman, dos Estados Unidos. Para Goleman, um indivíduo capaz de identificar suas emoções obterá mais sucesso em seu desenvolvimento em todas as áreas, uma vez que encontrará maneiras de transpor suas barreiras, trabalhar suas limitações e alavancar seu potencial de adquirir conhecimento, porque uma vez que nosso sistema emocional aprende alguma coisa, parece que nunca mais nos livraremos dela. (Goleman, 1995, p.261)
As escolas brasileiras têm buscado implantar novas metodologias a fim de melhorar os resultados dos estudantes, e o aspecto emocional está presente em muitas delas, pois se observou que o aluno com maior dificuldade de aprendizado, é geralmente inseguro, confuso e/ou imaturo emocionalmente. Desse modo, lançou-se um novo olhar para o campo dos sentimentos.
Há diversas ferramentas para educar a emoção e uma delas, segundo o Psiquiatra e escritor, PHD e autor da Inteligência Multifocal, Augusto Cury é ser Autor da Sua História (Cury, 2019, p. 21), reconhecendo-se como ser humano único, gerindo pensamentos, protegendo emoções, filtrando estímulos estressantes, entre outras formas de construção do alicerce emocional equilibrado.
Importância da leitura sobre o tema
Para que haja eficiência no uso de métodos de ensino que trabalham as emoções, faz-se mister que os protagonistas da nova história da educação invistam em conhecimento, busquem qualificar-se e adquiriam ou ampliem hábitos como o de leitura. Menos da metade dos professores das escolas públicas brasileiras tem o hábito de ler no tempo livre aponta uma pesquisa feita pelo QEdu: Aprendizado em Foco, uma parceria entre a Meritt e a Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos voltada para educação.
Nesse contexto atual, torna-se indispensável que haja formação continuada para que professores estejam munidos de ferramentas necessárias à execução desse novo modo de ensinar, e mais, é de suma importância que tais profissionais abracem a ideia de se autoconhecer, pois assim haverá uma melhora significativa na qualidade de vida deste profissional, que certamente será refletida no âmbito escolar, uma vez que dele parte toda a conduta necessária à educação de qualidade.
Se antes o campo das emoções era observado com secundário no ambiente escolar, hoje ele está sendo colocado em evidência, convidando alunos, professores, familiares e sociedade em geral a olhar para dentro, trabalhar as emoções, entender os sentimentos que acometem a todos diariamente. Atitudes de autoanálise, autoconhecimento e autoamor são com toda a certeza a chave para uma transformação realmente positiva na vida de qualquer pessoa e consequentemente na sociedade.
Referências bibliográficas
GALTON, F. Teste de Q.I – Quociente de Inteligência
https://revistagalileu.globo.com › Sociedade › noticia › 2014/09.
GARNER, H.– Estruturas da Mente – A teoria das inteligências múltiplas - Múltiplas Inteligências - Editora: Artmed - Ano 1993.
GOLEMAN, D. PHD A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente –
Inteligência Emocional – Editora: Objetiva – Ano 1995.
TOKARNIA, M. Professores da Rede Pública do Brasil e o hábito de leitura
CURY, A. PHD A formação de mentes brilhantes – Inteligência Socioemocional – Editora: Ei - 2019