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ALFABETIZAR PARA AVANÇAR: A CRIANÇA COMO BASE PARA O CRESCIMENTO DA HUMANIDADE

Thays Regina Lemes Alves
Elice Kelly Farias Garcia
Renata Porto de Souza

 

 

RESUMO

O objetivo é discutir a importância da alfabetização na perspectiva do letramento utilizada para a inclusão de jovens, adultos e idosos que almejam aprender a ler e escrever e encontram desafios ao longo de seu aprendizado. O processo de alfabetização deve ir além de codificar e decodificar os signos, fazendo valer a perspectiva de uso social, e cada vez mais tendo em vista o letramento, mesmo sabendo que os desafios e as dificuldades a serem enfrentadas serão enormes para sua formação. A Educação de Jovens e Adultos traz para esse público a oportunidade de uma nova chance por meio da alfabetização associada ao letramento, com uma abordagem simples de imersão na cultura vivenciada, transformando sua leitura de mundo em um espaço para a aprendizagem. Os sujeitos, por sua vez, podem e devem ser protagonistas de suas histórias, utilizando o que levam como experiências para promover uma educação livre de preconceitos. Porém, há a necessidade de debater com os professores que se encontram nas salas de alfabetização, aqueles que estão na prática, para que não fiquem apenas no discurso de um ou outro profissional e sim, realmente tragam para os alunos a segurança e a confiança de que precisam, não apenas para o acesso, como também para a permanência nas   instituições educacionais.

 

PALAVRA-CHAVE: Alfabetização; letramento; educação; jovens; adultos.

 

 

INTRODUÇÃO

 

Os sujeitos que ingressam na Educação de Jovens e Adultos vêm em busca de um universo escolar da alfabetização, cada um com objetivos e propósitos específicos que circundam a leitura e a escrita. Seu intuito perpassa o desejo nato de entender e decifrar esses códigos que, em consequência disso, determinarão seu cotidiano: sua independência, seu trabalho, seu convívio social; e os farão superar as barreiras que os impedem de serem inseridos em uma sociedade tão excludente.

Dessa forma, vemos que a Educação abre portas e podemos perceber o grau de importância da escola, em desempenhar seu papel no processo de alfabetização, tornando o indivíduo capaz de ler e escrever, garantindo seus direitos como cidadão.

A Educação de Jovens e Adultos traz para esse público a oportunidade de uma nova chance por meio da alfabetização associada ao letramento, com uma abordagem simples de imersão na cultura vivenciada, transformando sua leitura de mundo em um espaço para a aprendizagem.

O processo de alfabetização deve ir além de codificar e decodificar os signos, fazendo valer a perspectiva de uso social, e cada vez mais tendo em vista o letramento, mesmo sabendo que os desafios e as dificuldades a serem enfrentadas serão enormes para sua formação.

Pensando nisso, surge o questionamento para elaboração deste trabalho, entender o processo de alfabetização dos alunos e compreender quais são essas barreiras encontradas pelos sujeitos que desejam ingressar na Educação de Jovens e Adultos. O objetivo é discutir a importância da alfabetização na perspectiva do letramento utilizada para a inclusão de jovens, adultos e idosos que almejam aprender a ler e escrever e encontram desafios ao longo de eu aprendizado. Utilizando-se de uma metodologia de análise bibliográfica, através a pesquisa por autores com foco na alfabetização letramento direcionada para a Educação de Jovens e Adultos.

Com essa pesquisa, o desejo de auxiliar professores e profissionais da educação a refletir como os sujeitos da EJA são reconhecidos no processo de ensino e de aprendizagem, levando em consideração seus conhecimentos prévios e as dificuldades que enfrentam para alcançar seus objetivos.

 

 

DESENVOLVIMENTO:

 

Alfabetização e Letramento na Educação de Jovens e Adultos

 

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino criada para beneficiar sujeitos que não conseguiram ou que não tiveram direito a escolarização na idade adequada. A Constituição Federal do Brasil de 1988 traz os indícios de expressividade a respeito da EJA, quando garante o direito à Educação a todos os cidadãos brasileiros, do qual encontramos o texto no art. 208: Art. 208. O dever do Estado com a educação será   efetivado   mediante a garantia de: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria (BRASIL,1988).

Com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB Nº 9394/96, estabelece-se definições para a EJA enquadrando-a como uma Modalidade da Educação Básica “destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio, na idade própria” (BRASIL, 1996). Essa lei veio para fortalecer a educação para os jovens e adultos e reduzir a exclusão encontrada nesse grupo de indivíduos.

Sabemos que as políticas públicas no Brasil descrevem garantias de direito à educação básica para todos os cidadãos, porém isso não é uma verdade absoluta.  A realidade é que muitos sofrem devido a problemas socioeconômicos e os direitos, que deveriam ser mínimos, acabam não sendo nem conhecidos, quem dirá adquiridos.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA só foram instituídas a partir do ano 2000, com a publicação do Parecer CNE/CEB -11/2000, normatizando a Educação de Pessoas Jovens e Adultas em todas as suas modalidades, definindo diretrizes nacionais que devem, obrigatoriamente, ser observada na oferta da EJA, nas etapas fundamental e média, nas formas presencial e semipresencial, com a certificação de conclusão de etapas da educação básica, em instituições que integrem a organização da educação nacional, considerando o caráter próprio desta modalidade de educação. Esse Parecer define a EJA como: reparadora, pela restauração de um direito negado; equalizadora, de modo a garantir uma redistribuição e alocação em vista de mais igualdade na forma pela qual se distribuem os bens sociais; e qualificadora, no sentido de atualização de conhecimentos por toda a vida. (BRASIL, 2002).

Com a intenção de sanar a problemática da baixa escolarização e analfabetismo no Brasil, a EJA surge com a finalidade de proporcionar a formação escolar desses grupos que estão à margem da sociedade. Com o atual panorama, temos uma crescente nessa modalidade, reunindo em uma sala de aula variações de idades, motivados a alcançar o mínimo do conhecimento, muitas vezes por exigência do mercado de trabalho e algumas vezes apenas para realizar o tão sonhado desejo de ler e escrever.

 

 

CONCLUSÃO:

 

A leitura e a escrita se fazem presentes em nosso cotidiano desde criança quando começamos a perceber tudo que nos rodeia e é, a partir deste momento, que as nossas relações se ampliam, pois através das interações com o meio e com os nosso pares, que nos trazem o convívio com palavras e gêneros textuais orais e escritos.

O professor tem um papel fundamental para a formação da sociedade, representando uma ferramenta do sistema podendo ser para a reprodução da cultura dominante, mantendo-se as desigualdades, ou escolher ser um problematizador, colocando em sua prática uma educação emancipatória, crítica e política. Baseando-se nessa configuração, deve-se ter em mente que na Educação de Jovens e Adultos as práticas pedagógicas precisam ser planejadas para estimular o alfabetizar letrando, onde o diálogo se faça presente na relação professor e aluno, proporcionando a ampliação dos conhecimentos desses estudantes.

 

 

REFERÊNCIAS:

 

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil . Brasília: Senado, 1988.   

 

FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre:

 

Artes Médicas, 1988.