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A LUDICIDADE NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Noraneuza Rodrigues Lima[1]

Regiane Cristina Goetz[2]

Vânia Lúcia Dias de Moura[3]

Mara Helena Martins[4]

 

RESUMO:

Este artigo tem como visualizar a função educativa do lúdico oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber e sua compreensão de mundo. O lúdico compreende o entendimento da criança, apresenta a palavra lúdico vem do latim ludus e significa brincar. Para a formação da criança se dar através do lúdico, que está na visão do jogo e brincadeiras, mas sim pode ser encontrado em várias manifestações como na dança, teatro, brincadeiras, construção de forma concretos e nas histórias ou no imaginaria. Este estudo foi realizado através de pesquisa com vários autores teórico com as referências bibliográfica.

 

 

1.INTRODUÇÃO

 

O presente artigo tem como reflexão, analisar a importância das brincadeiras lúdicas no espaço escolar e nas diferenças das habilidades para o processo de ensino aprendizagem no cotidiano do concreto, objetivo principal formar cidadãos críticos e construtivos, capazes de resolver problemas, inventar, construir e aprimorar os seus conhecimentos. Em função disso o lúdico está engajado na prática pedagógica para contribuir na qualidade do aprendizado e possibilitando ao educador a organização de aulas mais dinâmicas, onde os alunos interajam, despertando o interesse nas aulas, o aumento na vontade de aprender e consequentemente o maior rendimento no seu aprendizado. Este estudo foi realizado através de uma busca bibliográfica. Podemos afirmar que a ludicidade oferece condições para o aluno vivenciar situações problemas, experiências com a lógica e o raciocínio, atividades físicas e mentais que favorecem a sociabilidade e estimulam às reações afetivas, sociais, morais, cognitivas, culturais e linguísticas. Essa pesquisa foi desenvolvida por materiais impresso, as médias, e vários autores teóricos, que costa na referência bibliográficas.

 

 

  1. DESENVOLVIMENTO:

 

Na Escola como sinônimo de conhecimentos atrativos que significa a forma de saber compreender como é o lúdico.  Ao longo do tempo, a escola vem buscando aperfeiçoar suas técnicas e métodos de ensino, a fim de transformar o ensino visa uma técnica inovadora e prazerosa, algo que não seja somente baseado na transmissão de sabedorias, mas sim em um espaço rico de significados e troca de experiências, a partir da socialização e da situação que envolve o aprender.

Na busca por esse aperfeiçoamento, o lúdico surge como um recurso didático dinâmico que proporciona resultados positivos na educação, envolvendo o aluno no processo de aprendizagem e exigindo do professor maior engajamento e planejamento das atividades executadas em aula.

Atualmente o lúdico é uma das técnicas mais utilizadas pelos professores, pois através desta prática se desenvolvem várias inteligências além de permitir que o aluno participe da construção do seu próprio conhecimento de uma forma significativa.

 

De acordo com Vygotsky (1984), é na interação com as atividades que envolvem simbologia e brinquedos que o educando aprende a agir numa esfera cognitiva. Na visão do autor a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto pela capacidade de subordinação às regras.

 

Outra característica muito positiva da ludicidade é a capacidade de transformar as aulas, por vezes cansativas e desmotivadas, em aulas alegres, motivadoras e principalmente atrativas aos olhos das crianças.  as possibilidades oferecidas pelos jogos ou representações teatrais são infindáveis, pois, para o autor é sempre possível encontrar um assunto que oferecerá as crianças oportunidade de desenvolver muito melhor o aprendizado da leitura, escrita, História, Literatura, Geografia do que através da rotina dos livros didáticos.

 

Este é simplesmente outro modo de dizer que “learning by doing” é um modo melhor de aprender, do que apenas ouvindo, uma vez que a criança constrói mental e fisicamente experiências que se revelaram importantes para a humanidade e desenvolve, além disso, padrões mais eficientes de julgamento, comparação e crença. (KISHIMOTO, 2002, apud NEVES, 2009, p. 50)

 

Durante muito tempo, acreditou-se numa prática pedagógica fundamentada na repetição de exercícios. Pensava-se que essa prática é que levaria a criança a aprender a ler e escrever melhor. Porém, sabemos que essa não é mais a melhor maneira de transmitir o conhecimento para os alunos. Os professores deixaram de serem os transmissores do conhecimento e passaram a ser os mediadores da aprendizagem, pois o aprendiz não é um receptor passivo.

A tarefa dos educadores é buscar novos meios de inovar e incentivar a construção do conhecimento, extinguindo a ideia de aprendizagem mecânica, na qual novas informações eram interiorizadas de maneira arbitrária, literal, não significativa. Reconhecemos que o lúdico é sem sombra de dúvidas muito importante para a melhoria da educação e para o andamento das aulas, pois provoca uma aprendizagem significativa que ocorre gradativamente e inconsciente de forma natural, transformando-se em um grande aliado aos professores na caminhada para bons resultados.

Cabe aos professores buscar informações e aperfeiçoamento necessários para implantar novas técnicas e instrumentos para serem utilizados como suporte durante as aulas, fazendo com que o conteúdo se torne mais atrativo e passe a instigar a curiosidade nos alunos.

Já dizia Albert Einstein “A curiosidade é mais importante que o conhecimento”, pois se não temos curiosidade de saber como algo funciona, para que serve ou simplesmente para sanar nossas dúvidas, não teríamos o conhecimento, ele provém da curiosidade, da investigação, do desejo de descoberta. Esta é uma ótima maneira de fazer com que os alunos desenvolvam o seu senso crítico, sejam pensadores, questionadores e não sejam como máquinas repetidoras de informações. Bons professores usam a memória como armazém de informações, professores fascinantes usam a memória como suporte da criatividade. Bons professores cumprem o conteúdo programático das aulas, professores fascinantes também cumprem o conteúdo programático, mas seu objetivo fundamental é ensinar os alunos a serem pensadores e não repetidores de informações. “A memória clama para que o ser humano seja criativo, mas a educação clássica clama para que ele seja repetitivo (CURY, 2003, p.68,69)”.

É muito importante que os educadores mudem os padrões de conduta em relação aos educandos, deixando de lado os métodos e técnicas tradicionais e passem a acreditar que o lúdico é eficaz como estratégia do desenvolvimento em sala de aula.

Segundo o autor, não basta apenas cumprir com o conteúdo programático das aulas, se o aluno não compreende o que está estudando, ou se está apenas repetindo e armazenando mecanicamente as informações que com certeza em curto prazo já estarão esquecidas.

Precisa-se envolver o aluno no conteúdo, utilizar ferramentas de suporte, ser inovador, criativo. Não se aprende o que não nos interessa que é significativo, importante, pode-se aprender por obrigação, mas com certeza muito logo alunos irão esquecer. Assim, entendemos que “infelizes dos professores que não conseguem aprender com seus alunos e renovar as suas ferramentas” (CURY, 2003, p.53), nós professores temos o dever de desenvolver as potencialidades nos nossos alunos.A teoria de Adriana Friedmann , autora de vários livros relacionados com o universo da criança e do brincar, afirma:

 

[...] Quando se afirma que este tem a ver com as tradições popular não se pode cair na ideia de que este seja sobrevivência intocada, que somente foi criativo e dinâmico no lugar e no grupo onde originou: em qualquer cultura, tudo é movimento. O ser humano faz, refaz, inova, recupera, retomo o antigo e a tradição inova novamente, incorporando o velho no novo e transforma um como poder do outro”. (1996. p. 40).

 

Devemos aprender a adaptar o conteúdo das aulas, e transformá-lo em algo mais atrativo, pois é através dessas inovações que conseguiremos conquistar os alunos e proporcionar um aprendizado de qualidade para eles. A escola, e principalmente os professores devem tratar a ludicidade como um sinônimo de aprendizagem atrativa e significativa no desenvolvimento da criança. Segundo Piaget (1975), o jogo não pode ser tratado somente como uma atividade para desgastar a energia, e sim como uma ferramenta importantíssima no processo de desenvolvimento.

Muito pode ser trabalhado a partir de jogos e brincadeiras. Contar, ouvir histórias, dramatizar, jogar com regras, desenhar entre outras atividades, constituem meios prazerosos de aprendizagem. À medida que a criança interage com os objetos e com outras pessoas, construirá relações e conhecimentos a respeito do mundo em que vive. Aos poucos, a escola, a família, em conjunto, devem favorecer uma ação de liberdade para a criança, uma socialização que se dará gradativamente, através das relações que ela irá estabelecer com seus colegas, professores e outras pessoas.

 

Para Friedman (1996) os jogos lúdicos permitem uma situação educativa cooperativa e interacional, ou seja, quando alguém está jogando está executando regras do jogo e ao mesmo tempo, desenvolvendo ações de cooperação e interação que estimulam a convivência em grupo.

 

Para que isso aconteça, a criança não deve sentir-se bloqueada, nem tão pouco oprimida em seus sentimentos e desejos. Suas diferenças e experiências individuais devem, principalmente na escola, ter um espaço relevante sendo respeitadas nas relações com o adulto e com outras crianças. Brincando em grupo as crianças envolvem-se em uma situação imaginária onde cada um poderá exercer papéis diversos aos de sua realidade, além de que, estarão necessariamente submetidas a regras de comportamento e atitude. Diante desta realidade, faz-se necessário apontar para o papel do professor na garantia e enriquecimento da brincadeira como atividade social da infância.

 

 

  1. CONSIDERAÇÃO FINAL:

 

Esta conclusão realiza um estudo que busca as referências bibliográficas dos autores e considerando que a brincadeira deva ocupar um espaço central na aprendizagem, entendo que o professor é figura de analisar, que isso aconteça, criando os espaços, oferecendo material partilhando das brincadeiras. Devemos ter espírito aberto ao lúdico, reconhecer a sua visão enquanto fator dos alunos . Seriam importante termos na sala de aula um cantinho para várias brincadeiras.

 Na verdade, qualquer sala de aula disponível é apropriada para as crianças brincarem. Podemos ensinar as crianças também, a produzir brinquedos. O que ocorre geralmente nas escolas é que o trabalho de construir brinquedos com sucatas fica restrito às aulas de arte, enquanto professores poderiam desenvolver também este trabalho nas áreas de teatro, música, ciências etc. integrando aos conhecimentos que são ministrados.

 A realidade objetiva é que dá origem ao lúdico acionado pela imaginação. Assim podemos afirmar que a brincadeira por abrir espaços para o jogo da linguagem com a imaginação se configura como possibilidade da criança forjar novas formas, conceber a realidade social e cultural em que vive, além de servir como base par a construção de conhecimentos e valores. Isto faz com que o brincar seja um grande avanço no ensino aprendizagem.

 

 

  1. REFERÊNCIA:

 

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Tradução de Álvaro Cabral e Cristiane Monteiro Oiticica. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

 

VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.ROSA, Cátia Pereira da

 

FRIEDMANN, Adriana. Brincar, crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996.

 

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos tradicionais Infantil: O jogo, a criança e a educação. Petrópolis: Vozes 1993.

 

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