Buscar artigo ou registro:

 

 

O USO DOS JOGOS MATEMÁTICOS NO ENSINO FUNDAMENTAL

Elisangela Gonçalves Rabelo[1]

Elisabete Gonçalves Rabelo

 

RESUMO

O presente trabalho tem o objetivo de apresentar a utilização dos jogos matemáticos no ensino fundamental como ferramenta no ensino-aprendizagem nas salas de aula. Para cumprimento de tal objetivo serão realizados estudos bibliográficos utilizando os seguintes autores: Moura, BNCC, DCNs, Nova Escola, Freire, Mattos, Vygotsky e Leontiev, que evidenciam a importância de recursos diferenciados dentro da disciplina de matemática, despertando assim o interesse dos alunos e permitindo que estes se envolvam e possam trocar experiências e saberes. Através das leituras realizadas compreende-se que o uso dos jogos matemáticos auxiliam na ampliação de conhecimentos, principalmente no ensino fundamental, tornando as aulas mais interessantes e dinâmicas para os alunos.

 

PALAVRAS-CHAVE: Ensino Fundamental. Jogos Matemáticos. Ensino-aprendizagem.

 

INTRODUÇÃO

 

A Matemática está presente em nosso cotidiano, na escola ela faz parte da grade curricular, sendo uma disciplina que necessita do empenho do professor e do interesse do aluno para que se possa ter sucesso no processo de aprendizagem.

Partindo da necessidade de melhorar as aulas de Matemática no ensino fundamental, o professor pode utilizar diferentes jogos matemáticos como auxílio no processo de ensino-aprendizagem, tornando as aulas mais criativas e dinâmicas, despertando assim o interesse e motivando os alunos.  

Este artigo tem como finalidade reunir e analisar o maior número possível de informações sobre o uso dos jogos matemáticos na sala de aula, visando dar ênfase no processo de ensino dos alunos. Nesta perspectiva direcionamos as nossas descobertas aos educadores, principalmente os da disciplina de matemática que atuam no ensino fundamental.

Foi utilizada a metodologia de pesquisa bibliográfica, criando acervos e analisando diversas teorias que contribuíram para a construção deste artigo.

 

DESENVOLVIMENTO

 

A matemática é uma disciplina que desenvolve o raciocínio lógico, estimula o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas, mas para isso o educador necessita criar alternativas para motivar seus alunos, visto que a matemática é uma disciplina que requer o empenho e dedicação por parte de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

Nossa área de estudo será o ensino fundamental que é uma das etapas da educação básica, que tem a duração de 9 anos, sendo a matrícula obrigatória para todas as crianças com idade entre 6 e 14 anos.

De acordo com as DCNs - Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (2013 p. 110):

 

Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a criança desenvolve a capacidade de representação, indispensável para a aprendizagem da leitura, dos conceitos matemáticos básicos e para a compreensão da realidade que a cerca, conhecimentos que se postulam para esse período da escolarização.

 

As crianças do ensino fundamental serão as nossas protagonistas e o professor o mediador, que auxilia nas mais diversas aprendizagens, nosso foco será a disciplina de matemática e o uso dos jogos.

A Base Nacional Curricular Comum – BNCC[2], na etapa do ensino fundamental, evidência que:

 

O conhecimento matemático é necessário para todos os alunos da Educação Básica, seja por sua grande aplicação na sociedade contemporânea, seja pelas suas potencialidades na formação de cidadãos críticos, cientes de suas responsabilidades sociais.

 

Partindo da necessidade de ensinar a matemática em sala de aula o educador pode utilizar diferentes jogos matemáticos como auxílio no processo de ensino-aprendizagem, tornando as aulas mais criativas e dinâmicas, despertando assim o interesse e motivando os alunos.

Para Vygotsky e Leontiev, (1998, p. 23): “O jogo e a brincadeira permitem ao aluno criar, imaginar, fazer de conta, funciona como laboratório de aprendizagem, permitem ao aluno experimentar, medir, utilizar, equivocar-se e fundamentalmente aprender”. Desta forma o educador irá mediar esse processo, possibilitando ao seu aluno contato com diferentes meios de se aprender matemática.

Os jogos matemáticos são recursos excelentes no processo de ensino-aprendizagem, no site Nova Escola, encontram-se 7 exemplos de jogos matemáticos para utilizar no ensino fundamental, são eles:

 

Jogo de Trilha: construção de sequência numérica - Para os alunos do 1º ano do Fundamental, a proposta do jogo é trabalhar a reflexão e produção da escrita de números na sequência numérica. A brincadeira envolve a habilidade (EF01MA04) prevista na Base de contar a quantidade de objetos de até 100 unidades e apresentar o resultado por registro verbais e simbólicos.

Jogo das 10 cartas - Trabalhar a construção de sequências usando as ordens crescente e decrescente dos números é o objetivo do jogo das 10 cartas. Essa também é uma forma de abordar a unidade temática de Álgebra com os alunos.

Boliche para adição, subtração e multiplicação - Uma das propostas da BNCC é desenvolver nos alunos estratégias não convencionais de cálculo. Neste plano de aula, você pode entender como o boliche se aplica nesse contexto e poder levar a brincadeira para a sua turma.

Jogo “tapão da tabuada” - Que tal inovar ao falar sobre tabuada e multiplicação com a turma? O “tapão da tabuada” é uma ótima ideia para levar para sala de aula e desenvolver com os alunos a fluência na multiplicação.

Jogo mais ou menos - Nesta proposta, a ideia é desenvolver a habilidade de resolução e elaboração de problemas que envolvam operações com números inteiros. O objetivo é que durante o jogo, os alunos criem estratégias mentais de solução.

Jogo da velha das dízimas periódicas - Você já deve ter brincado de jogo da velha em algum momento da sua infância, não é mesmo? Mas duvido que você tenha brincado disso pensando em dízimas periódicas. Esse é o objetivo do jogo da velha deste plano de aula: reconhecer e utilizar procedimentos para a obtenção de uma fração geratriz para uma dízima periódica.

Jogo da memória - Para os alunos do 9º ano, o objetivo do jogo é que a turma compreenda os números e como eles são em notação científica. O conteúdo faz parte da unidade temática dos números.

 

Observando os jogos citados todos contribuem de forma significativa no desenvolvimento da matemática, resgatando o lúdico e desenvolvendo a habilidade de resolução de problemas. Para Mattos, (2009, p. 56): ‘‘O jogo faz parte do cotidiano do aluno, por isso, ele se torna um instrumento motivador no processo de ensino e aprendizagem, além de possibilitar o desenvolvimento de competências e habilidades’’.

Podemos analisar inúmeras estratégias que os jogos possibilitam, contribuindo na aprendizagem dos alunos. Para Moura:

 

[...] o jogo, na educação matemática, passa a ter o caráter de material de ensino quando considerando promotor de aprendizagem. A criança coloca diante de situações lúdicas, aprende a estrutura lógica da brincadeira, deste modo, aprende também a estrutura lógica matemática presente. (Moura 2008, p. 30).

 

O professor é uma peça fundamental no processo de ensino da matemática, cabe a ele criar estratégias, ser dinâmico e criativo, cativando seus alunos, tornando-os ativos, criativos e independentes na resolução de problemas. Segundo Freire, (2003, p. 47): "...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção". 

 

CONCLUSÃO

 

A matemática é uma disciplina muito complexa principalmente no ensino fundamental, os jogos matemáticos servem como ferramentas indispensáveis para consolidar o aprendizado. Partindo das diversas falas realizadas durante a pesquisa bibliográfica, pode-se observar que os jogos matemáticos são recursos muito importantes no processo de ensino da matemática, que o professor é o principal mediador que conduz e proporciona aos seus alunos o contato com esses diferentes recursos, levando a vivências significativas e criativas, tornando o ensino da matemática mais prazeroso e dinâmico.

 

REFERÊNCIAS

 

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. – Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.

 

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

 

VYGOTSKY, L. S. e LEONTIEV. ALEXIS. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Edusp, 1998.

 

MATTOS, Roberto Aldrin Lima. Jogos e matemática: Uma relação possível. Salvador: R.A.L,2009.

 

Nova Escola. São Paulo, abril. 2020. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/19050/ensino-fundamental-7-jogos-de-matematica-para-usar-com-a-sua-turma. Acesso em: 11 de outubro de 2021.

 

MOURA, Manoel O. de. Jogo, brincadeira e a educação. 11  Ed. São Paulo: Cortez, 2008.

 

FREIRE, PPEDAGOGIA DA AUTONOMIA - saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.

 

[1] O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

[2] Documento regulamento em 2017, que determina as diretrizes do que deve ser ensinado nas escolas em toda a Educação Básica, desde a Educação Infantil até o final do Ensino Médio.