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A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA DENTRO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Rosivania Bergamin Durante
Mayara Priscila Brauna
Andréia Fernanda Gonçalves
Josiely de Jesus Moura
Amanda de Jesus Marangoni

 

RESUMO:

Dentro da alfabetização e do letramento o educador, pode buscar por técnicas que incentivem e faça com que o educando compreenda o uso social da escrita, percebendo a importância da alfabetização para sua vida na sociedade letrada. Assim, compreende-se que quando a criança desde muito cedo tem acesso à alfabetização junto com a ludicidade seja na escola ou na comunidade onde vive ela consegue ter uma formação humana como sujeito solidário, crítico, participativo em sua comunidade.  Para a realização da pesquisa, foi utilizado a metodologia bibliográfica, onde buscamos por opiniões diferentes de diversos autores, sobre o mesmo tema. Chegamos à conclusão da importância da alfabetização e do letramento para o crescimento pessoal e profissional e cada um, entre outros.

 

Palavras-chaves: Alfabetização. Letramento. Ludicidade.

 

ABSTRACT:

Within literacy and literacy, the educator can look for techniques that encourage and make the student understand the social use of writing, realizing the importance of literacy for their life in literate society. Thus, it is understood that when the child has access to literacy from an early age along with play, whether at school or in the community where he lives, he can have a human formation as a solidary, critical, participatory subject in his community. To carry out the research, the bibliographic methodology was used, where we searched for different opinions from different authors on the same topic. We have come to the conclusion of the importance of literacy and literacy for personal and professional growth and each other, among others.

 

Keywords: Literacy. literacy. playfulness.

 

INTRODUÇÃO

 

É necessário entender que o sentido da palavra alfabetização ao longo do tempo não era mais suficiente para abarcar toda a complexidade do ato de ler e escrever em uma sociedade letrada.

O que levou a um processo de amadurecimento da concepção de alfabetizar na contemporaneidade, de forma que:

 

Em um primeiro momento, essa visibilidade traduziu-se ou em uma adjetivação da palavra alfabetização funcional tornou-se expressão bastante difundida ou em tentativas de ampliação do significado de alfabetização/alfabetizar por meio de afirmações como “alfabetização não é apenas aprender a ler e escrever”, “alfabetizar é muito mais que apenas ensinar a codificar e decodificar”, e outras semelhantes. A insuficiência desses recursos para criar objetivos e procedimentos de ensino e de aprendizagem que efetivamente ampliassem o significado de alfabetização, alfabetizar, alfabetizado, é que pode justificar o surgimento da palavra letramento, consequência da necessidade de destacar e claramente configurar, nomeando-os, comportamentos e práticas de uso do sistema de escrita, em situações sociais em que a leitura ou a escrita estejam envolvidas (SOARES, 2005, pg.55).

 

Esta pesquisa tem como objetivo geral, demonstrar a importância da tecnologia dentro do processo de alfabetização e letramento. Tendo como objetivos específicos;

Apresentar o conceito de educação;

Explicar o que é Tecnologia da Educação;

Apresentar o contexto de avanço tecnológico e educação.

As pessoas conseguem compreender a importância do avanço tecnológico dentro do processo de ensino e aprendizagem?

Ressaltamos assim, que num primeiro momento apresentou-se o significado da palavra alfabetização e a sua importância, assim, conscientizando as pessoas da importância da alfabetização e letramento para a sociedade de modo geral, ampliando-se a compreensão e o processo em ela ocorre.

Nos dias atuais, os professores vêm passando por diversas mudanças, uma constante é o uso da tecnologia em sala de aula, onde buscam interligar a modernidade com o ensino tradicional, entre outros.

Conforme esses autores, para realização de pesquisa com uma abordagem qualitativa os dados são coletados em seu ambiente natural, sem nenhum tipo de manipulação intencional; todos os dados são considerados importantes e apresentados de forma descritiva; o pesquisador tem sua atenção mais voltada ao processo do que ao resultado; o pesquisador se preocupa com o significado que o participante dá às coisas e à sua própria vida e, a análise dos dados coletados parte de uma visão mais ampla para uma mais focada.

Onde se realizou uma pesquisa bibliográfica, a característica principal da pesquisa bibliográfica é a de possibilitar ao pesquisador uma bagagem teórica variada, contribuindo para ampliar o conhecimento, de forma a fazer da pesquisa um material rico sobre o assunto, fundamentando do ponto de vista teórico o material a ser analisado.

 

O AVANÇO DATECNOLOGIA DENTRO DA ALFABETIZAÇÃO

 

Segundo Santos (2011) alfabetização não é um processo baseado em perceber e memorizar, para aprender a ler e escrever, a criança precisa construir um conhecimento de natureza conceitual, ele não só precisa saber o que é a escrita, mas também de que forma a ela representa graficamente a linguagem.

A alfabetização e letramento não é somente aprender a ler e escrever corretamente, mas também compreender o que se deseja transmitir através da escrita, sabendo compreender a ideia de outros indivíduos e a sua própria.

A atividade lúdica desenvolve na criança várias habilidades tais como a atenção, memorização, imaginação, enfim, os aspectos básicos para o processo da aprendizagem, que está em constantes mudanças.

Assim, uma prática edu­cativa de qualidade exige, portanto, que se considere a criança como eixo do processo e considere as diferentes dimensões de sua formação. Tendo também como base a concepção de infância que se encon­tra subjacente às práticas e ações educati­vas.

Para Santos (2002), a palavra ludicidade, proveniente do latim, assume diversas dimensões é originalmente reservada para as brincadeiras verbais, como charadas, enigmas, piadas entre outros.

A atividade lúdica tem papel fundamental para o desenvolvimento das crianças, principalmente na fase inicial, onde se inicia a formação do caráter de cada um.

A arte lúdica é utilizada desde o ventre materno, até o nosso último suspiro, seja em forma de aprendizagem, ou de diversão.

Nos dias atuais, se utiliza muito a arte lúdica para lecionar, onde consegue se entreter os alunos, de forma que os mesmos conseguem adquirir conhecimento de forma, divertida e ao mesmo tempo educativa. Onde se aprende brincando, são passados conceitos de moral e boa índole através da arte de brincar.

Silva (2005, pg. 10), relata que:

 

O aprendizado do sistema de escrita não se reduziria ao domínio de correspondências grafo-fonêmicas (a decodificação e a codificação), mas se caracterizaria como um processo ativo por meio do qual a criança, desde seus primeiros contatos com a escrita, construiria e reconstruiria hipóteses sobre a natureza e o funcionamento da língua escrita como um sistema de representação (SILVA, 2005, pg. 10).

 

Assim, compreendemos que esse processo de aprendizagem contribui de forma direta para o desenvolvimento da comunicação de cada um, em que o processo de pensar sobre a escrita convencional ocorre a partir de reflexões mediadas pelo professor alfabetizador.

Os professores consideram que tais atividades propiciam desafogo de dificuldades emocionais e sentimentos agressivos, fortalecendo entre outras coisas a autoestima e a segurança.

De acordo com Klisys (apud Arnais& Machado 2012, p.9), “os brinquedos e jogos trazem a história e a engenhosidade que a humanidade levou anos para construir”. Assim, quando a criança está de posse de um brinquedo ou toma parte de um jogo, ela tem possibilidade de apropriar–se da cultura produzida por sua geração e por gerações anteriores a ela.

 

A conduta lúdica da criança apresentada por meio do jogo/brincadeira oferece oportunidade para experimentar comportamentos que em situações normais não seriam possíveis. Aponta a potencialidade da brincadeira para a descoberta de regras e para a aquisição da linguagem (SANTOS, 2011, pg. 35).

 

Desse modo, a importância do brincar no processo de aprendizagem apresentando detalhadamente quais os motivos que levam ensinar brincando, quais as vantagens e desvantagens que podem trazer para a vida das crianças e adolescentes são ações pedagógicas que devem permear a concepção e prática do alfabetizador contemporâneo. 

Pois, aprender brincando além de ser mais divertido faz com que superando assim a visão de alfabetização ao ato de decorar e/ou memorizar, que foi a vanguarda da concepção de alfabetização que imperou em nosso meio educacional por anos.

Assim, arte do brincar nos primeiros anos de vida das crianças, muda todo o seu desenvolvimento, ou seja, é uma ferramenta que contribui na formação corporal, afetivo e cognitivo, por ter uma característica lúdica se torna fonte de significação das situações vivenciadas, sendo assim deixando as atividades mais atrativa o que favorece o seu desenvolvimento afetivo, social e cognitivo.

Vasconcelos (2015, pag.15) diz que:     

 

[...] a arte do brincar é de suma importância, principalmente na creche e na pré-escola, no entanto, usa se várias táticas para incrementar o aprendizado, a cultura é uma delas, onde as crianças aprendem sobre as culturas alheias e a sua própria cultura, assim aprendendo a respeitar ambas.

 

Entretanto, o mais extraordinário que isso é decidir quais os objetivos que se almeja conseguir, para que esta ação seja, de fato, importante o ensinar e o brincar, de forma a interceder atos na zona de desenvolvimento proximal sendo uma maneira sensata de promover o crescimento do indivíduo.

 

Desse modo, acreditamos que é através do jogo, do brincar, as crianças passam suas fantasias, seus pensamentos, seus desejos, suas experiências, mais que na verdade, é um mundo de fantasias, como um conto de fadas, onde tudo é possível, tudo acontece, tudo se transforma, e eles fazem parte desse mundo, conseguindo dirigir seus pensamentos e desejos para a concretização dos seus sonhos (RAU, 2006, pg. 36).

 

Desde o início dos tempos, as pessoas utilizam-se dessa fase da vida para passarem os seus conhecimentos através da arte de brincar, onde as crianças conseguem aprender o que é ser adulto.

Aprendendo desenvolver as atividades lúdicas onde a mesma contribui para pessoa memorizar fatos e favorecer em testes intelectuais.

A leitura e a escrita são de suma importância na vida de todos nós, deste modo à sociedade contemporânea está cada vez mais letrada e assim a falta da habilidade de escrever, ler e compreender se torna um fator de exclusão social. 

Herbrard (1993, pag.33) cita que “não serve para nada ter aprendido a ler e a ler bem, se essa capacidade não se tornar núcleo de um novo hábito”.

Nesse contexto, a linguagem assume um papel primordial, pois a mesma pertence ao mundo real que se integra a um sistema em que a percepção é associada à ação. Assim, a escrita permite às pessoas se comunicarem sem a presença física do emissor e a escrita se compõe, assim, como uma das instituições e criações mais extraordinárias do ser humano (GARCIA, 1998).

Desse modo, a linguagem escrita tem características próprias e com isso sua metamorfose é associada diretamente ao meio onde ela está inserida, assumindo diversos papeis sociais e econômicos.

Sendo um processo mais complexo, pois envolve diferentes habilidades e implica em uma estruturação daquilo que se considera representar.

Segundo Garcia (1998) pode-se analisar a escrita no ditado com base na análise acústica dos sons por meio da qual os fonemas componentes da palavra seriam identificados, pois para escrever uma palavra que lhe foi ditada, o sujeito deverá ter construído a noção de letra, de número, de vogal, de consoante, de palavra e de frase.

Entretanto a escrita passou a ser uma preocupação social recentemente, pois é vinculada à sociedade de forma intrínseca e por vezes utilizada como forma de subjugar e controlar através de ideologias.

Nesse processo, a leitura é considerada um sistema de símbolos, fundamentados na linguagem falada, que por sua vez depende da linguagem interior.

A relação entre a palavra escrita e o sistema simbólico de significação é uma operação cognitiva que envolve processos e etapas específicas como a codificação, decodificação, percepção, memória entre outros, estes sempre ligados a elementos significativos na vida social do sujeito.

Desse modo, a leitura deve fazer parte das nossas vidas, pois através da mesma conseguimos compreender o mundo de modo geral. 

Assim, a alfabetização e o letramento são essenciais para o desenvolvimento pessoal e social de cada um, pois é através da escrita e leitura significativa ao contexto, em que se esteja inserido que a pessoa consegue ampliar o seu conhecimento expandido sua visão de mundo.

No Brasil inúmero são as dificuldades enfrentadas no processo de alfabetização e letramento de crianças, jovens e adultos, considerando a escola como a instituição oficial responsável pelo ensino da leitura e da escrita.

Nesse contexto, pesquisas demonstram que esse espaço de aprendizagem tem convivido com desafios que perpassam pela compreensão do processo de aquisição da linguagem escrita, métodos e metodologias, bem como as facetas sociais enfrentadas pelas escolas, professores e alunos.

Dessa forma, entendemos por a alfabetização e letramento os processos que perpassam por aprender e compreender tudo o que se escreve e o que se fala, conseguindo compreender o sentido das palavras, nos contextos sociais em que são utilizadas.

Assim, as diferentes práticas de alfabetização vivenciadas ao longo da nossa história estariam relacionadas a mudanças de naturezas didática e pedagógica no ensino da leitura e da escrita, decorrentes de diferentes aspectos – desenvolvimento científico em diferentes áreas, contexto socioeconômico, organização escolar, desenvolvimento tecnológico, mudanças pedagógicas e concepção de professores.

Nesse contexto, a discussão sobre currículo envolve diferentes aspectos, tais como os conhecimentos escolares, os procedimentos e as relações sociais que conformam o cenário em que os conhecimentos se ensinam e se aprendem, bem como as transformações que se deseja proporcionar aos educandos, os valores e as identidades que se pretende construir (Brasil, 2011).

Na sessão que trata do ensino da Língua Portuguesa, o texto da BNCC informa que retoma propostas já apresentadas em outros documentos curriculares, a exemplo dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), e assume a perspectiva enunciativo-discursiva de linguagem, compreendida como “uma forma de ação interindividual orientada para uma finalidade específica; um processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes numa sociedade, nos distintos momentos de sua história” (Brasil, 1998, p. 20 apud Brasil, 2017, p. 65).

 

Conhecer a ‘mecânica’ ou o funcionamento da escrita alfabética para ler e escrever significa, principalmente, perceber as relações bastante complexas que se estabelecem entre os sons da fala (fonemas) e as letras da escrita (grafemas), o que envolve consciência fonológica da linguagem: perceber seus sons, como se separam e se juntam em novas palavras etc. (Brasil, 2017, p. 88).

 

Para Ferreiro (2001), a escrita não é um produto escolar, mas sim um objeto cultural, resultado do esforço coletivo da humanidade. A escrita é, portanto, um objeto conceitual construído socialmente, sobre o qual os sujeitos pensam, desenvolvem ideias e refletem.

Vale destacar aqui a investigação coordenada por Ferreiro (1983) com o propósito de analisar o processo de construção do sistema de escrita em adultos não alfabetizados que nunca haviam frequentado a escola.

Os estudos revelaram, entre outros aspectos, a existência de conceitualizações semelhantes e diferentes em crianças e adultos. Mais de 20 anos depois, Kurlat (2008) retoma os estudos de Ferreiro e constata que os níveis de conceitualização sobre o sistema de escrita identificados em adultos convergem com aqueles encontrados nas crianças pequenas.

Além dos esclarecimentos em torno do processo de construção do sistema escrita, Kurlat também destaca que os resultados da sua pesquisa mostram que não se pode pensar nos caminhos de construção do sistema de escrita pelos jovens e adultos descolados “de los modos de enseñanza recibidos y de la percepción que poseen los sujetos de sí mismos tras la experiencia de 'fracaso' del que se sienten responsables” (KURLAT, 2008, p.23).

As observações de Kulart em torno do impacto de determinas práticas pedagógicas na formação de jovens e adultos reiteram a ideia de que o fracasso escolar não existe como tal, ou seja, não são os alunos que fracassam. Eles são os que sofrem as consequências irreparáveis de uma concepção de educação que concebe os sujeitos como meros decodificadores.

Que encontrará várias situações em sala de aula como a: indisciplina, o desânimo, falta de interesse, de compromisso e responsabilidade.

Tudo isso ocorrerá principalmente se as aulas não estiverem de acordo com a realidade da criança, se ela não for atrativa, contagiosa.

O educador da atualidade precisa romper com essa perigosa zona de conforto em que ele se cerca e perceber que está formando sujeitos de uma nova geração, uma geração mais ativa, mais audaciosa.

Pode-se considerar que a forma tradicional de educação é aquela em que há a necessidade da presença física do aluno em sala de aula, com a devida e direta participação do professor no mesmo ambiente e ao mesmo tempo.

Neste modelo tradicional de ensino, conforme salienta Oliane et al (2015), não são ponderados cada um dos interesses e as necessidades dos alunos, uma vez que na perspectiva do ensino tradicional ele é apontado, apenas, como simples receptador e armazenador de um conteúdo previamente formatado e fechado, e o professoro detentor exclusivo do conhecimento.

Assim, neste modelo da pedagogia, ensino e aprendizagem tradicional, o tempo dedicado para o aluno aprender é limitado ao tempo que o professor está em sala, enquanto a compreensão do conceito é variável em um modelo onde não existem os usos das TICs.

Oliveira (2006) destaca que o modelo utilizado no ensino tradicional apesar de estudos e esforços no âmbito educacional ainda mantém o mesmo padrão de ensino herdado do século XIX, isso pode inferir que este ainda se baseia no ajuntamento dos estudantes, utilizando-se como critério, suas faixas etárias, com currículos escolares de um tamanho definido e único, onde os conteúdos e fundamentos são expostos por meio da exibição verbal do professor na expectativa de que esses alunos, ao longo de todo o processo de ensino e de aprendizagem possam construir o seu conhecimento.

O processo de aprendizagem tradicional é desenvolvido de forma predominantemente passiva, onde o aluno atua como receptor de informações, o que o limita a decorar e a memorizar os conteúdos, ou seja, o aluno não é instigado a participar de todo o processo e se torna incapaz de relacionar o conteúdo memorizado com o que ele convive ou conhece (Oliane et al, 2015). Essa situação gera no aluno a incapacidade de questionar a lógica interna das informações que ele recebe, o tornando acomodado, passivo durante o processo de construção do seu conhecimento.

Assim, Oliane et al (2015) conclui que as metodologias educacionais tradicionais são pouco eficazes quanto à colaboração para o aprendizado do aluno para que o mesmo crie, pense, reflita e propicie soluções para os problemas vividos.

Portanto, observa-se que há um grande espaço entre o modelo educacional tradicional de ensino e de aprendizagem em relação às diversas necessidades dos alunos que vivem no mundo da cultura digital. Assim, é importante proporcionar condições para que o aluno seja um ator em atividade no seu processo de ensino e de aprendizagem e que desta forma esse se torne capaz de construir o seu próprio conhecimento, viabilizando a sua formação de e criando grupos de estudos de forma colaborativa, ágil, simultânea e global, o que transcende as limitações da sala de aula presencial tradicional.

Dentro deste contexto Kawasaki (2008) salienta que a educação tradicional é mais voltada para a individualidade, uma vez que é condição indispensável para que este desabroche, no entanto, às vezes também é necessário que o aluno chegue a condições favoráveis que haja a intervenção de um professor, dessa forma a abordagem tradicional é caracterizada pela concepção de educação como um produto, já que os modelos a serem alcançados estão pré-estabelecidos.

O mesmo autor complementa que na escola o tipo de relação estabelecido nessa concepção é a vertical, do professor para o aluno. O ensino e aprendizagem são devido às situações da sala de aula onde os alunos são doutrinados e instruídos pelo professor de forma que os conteúdos e todas as informações têm de ser adquiridos, através de modelos imitados.

Assim, continua o autor, o ensino tradicional vale-se da atividade dos alunos, sendo uma das decorrências do ensino tradicional, já que a aprendizagem versa no adquirir as informações através das demonstrações transmitidas.

O papel do professor, a autoridade intelectual e moral na sala de aula, está fortemente tachado na transmissão verbal de certo conteúdo, este que é predefinido e que constitui o propósito da existência escolar.

Essa metodologia tradicional ainda é muito comum atualmente em nossas salas de aula. Ainda, segundo Mizukami (1986) os catedráticos que defendem este método de ensino acreditam que ele promove a pesquisa pessoal no aluno, pois quando os alunos alcançam o objetivo apresentado pelo professor, seja ele qual for, entende-se que eles compreenderam o conteúdo totalmente, tal como este proposto.

Vidal (2002) expõe que as estratégias de interação estabelecidas entre aluno e professor, funcionam como elementos de apoio e motivação, possibilitando o intercâmbio de ideias e conhecimentos, bem como a avaliação da aprendizagem.

Desta forma sem a devida aplicação de um sistema de visualização em tempo real de informação como a televisão e o computador conectado à internet, o professor, que se utiliza de métodos informatizados, não recebe qualquer tipo de informação visual dos diferentes locais de estudo. Contudo o professor que faz uso do ensino tradicional pode saber, se os seus alunos estão atentos à aula, estão conversando uns com os outros ou se estão utilizando de celulares em sala.

No ensino tradicional, o aluno pode dar a sua opinião a qualquer momento da aula e pode transmitir o seu conhecimento sobre a informação que está sendo repassada (VIDAL,2002).

Vidal (2002) salienta que na área da formação para empresas, o ensino tradicional já não consegue responder às necessidades. Cada vez mais, as escolas e o mercado sentem a necessidade de formar os seus quadros de forma que se tenham amplo conhecimento do assunto e posterior aplicação dos mesmos nos anos vindouros.

Pode-se afirmar que o sistema de ensino tradicional, é considerado pouco eficiente, principalmente, porque uma grande parte do tempo, dos estudantes, destinado ao aprendizado é perdido nas entradas e saídas da sala de aula, além de que alguns alunos não chegam ou estão aptos para aprender ao mesmo tempo, levando-se em conta a fisiologia de cada aluno, pois quando chegam à sala de aula eles podem demorar a arrumar os cadernos, a procurar o lápis, etc, ou seja, perdem muito tempo, até que se concentrem naquilo que o professor está a dizer (PONTE, 1997).

A abordagem tradicional do ensino parte do pressuposto de que a inteligência é uma faculdade que torna o homem capaz de armazenar informações, das mais simples as mais complexas.

É sabido e explanado por diversos autores que o aluno inserido no método de ensino tradicional tem um papel passivo em sala de aula, com poucas responsabilidades. Além de terem que se adaptar às diferentes práticas pedagógicas, estilos e métodos de ensino de cada professor a ele disponibilizado. Assim, o ensino tradicional é um ensino baseado na memorização e na imitação de como age o professorem sala.

 

CONCLUSÃO

 

Nesse contexto, a formação inicial e continuada são elementos indispensáveis no processo de desenvolvimento da docência, para que o mesmo possa pesquisar inovar, aperfeiçoar e melhorar a sua prática pedagógica.

Hoje ser professor é um desafio grande seja por falta de valorização do profissional em decorrência do baixo salário e estrutura física em que atua no espaço escolar, seja pelas facetas sociais vivenciada pelas crianças em díade escolar, ou seja, pelo avanço da modernidade que o mundo se encontra.

Assim, a formação continuada é tida como uma dimensão da formação do professor que o ajuda no processo de se tornar pesquisador de sua própria prática. Nesse contexto, a sua sala de aula e seus alunos são elementos de pesquisa, isto é, conhecer e estudar o seu aluno, buscar saber como a criança pensa e aprende os conhecimentos que sua realidade trás, para atuar com qualidade no contexto escolar.

Estar aberto ao novo, em que se precisa compreender que ele encontrará seres humanos em diferentes estágios de formação e desenvolvimento, cada um com o seu tempo e sua particularidade.

A alfabetização e o letramento juntamente com a ludicidade ajudam o novo educador a melhorar a sua prática pedagógica e sair da rotina, é preciso ele se entregar a esse prazer que é brincar ensinando e aprendendo. Tem de despertar nas crianças, ou melhor, resgatar aquilo que foi perdido com o avanço da tecnologia.

 

REFERÊNCIAS

 

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