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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Maria de Fátima Furtado

 

RESUMO

A importância do estímulo da leitura e escrita é fundamental a todos os indivíduos, não somente ler, mas a capacidade de entender, ir além, ter a visão do mundo a sua volta como um todo. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, mas que responde adequadamente às demandas sociais da leitura e da escrita contribuindo para a formação de alunos leitores críticos e participativos, capazes de interagirem em sua realidade na condição de cidadãos conscientes. Alfabetizar letrando, é ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita no desenvolvimento de habilidades e objetivos para cada idade e fase. A leitura é prazerosa onde se pode viajar sem sair de casa, imaginar, flutuar, pensar e repensar. O hábito de leitura depende outros elos no processo de educação. Sem ler, será quase impossível, pesquisar, resumir, resgatar a ideia principal do texto, analisar, criticar, julgar e posicionar-se. Nesse conceito inicia se o processo de junção da alfabetização, letramento e o lúdico, intercalando teoria com a prática para uma aprendizagem significativa.

 

Palavras chaves: Aprendizagem. Leitura. Escrita. Letramento. Alfabetização.

 

Introdução

 

O conhecimento das crianças vem naturalmente de maneiro informal absorvido no cotidiano antes de irem à escola, na sequência iniciam o processo de alfabetização e letramento quando começam a serem inseridos nas escolas, letras é apenas um meio para o letramento, que é o uso social da leitura e da escrita para formar cidadãos atuantes e interacionistas. Letrar significa colocar a criança no mundo letrado, trabalhando com os distintos usos de escrita na sociedade.

Cada criança tem seu tempo de aprendizagens umas mais cedo, outras mais tarde, cada indivíduo tem seu tempo para a aprendizagem, desafios esses encontrados no decorrer dos anos iniciais que devem ser resolvidos com intervenção pedagógica para que possam aprender igualmente, pois todos tem o direito de aprender e de uma educação de qualidade.

O uso de diferentes estratégias de leitura e escrita tem o objetivo de fazer com que os estudantes gostem de aprender a disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse do estudante.

 O lúdico permite que o estudante explore a relação do corpo com o espaço, provoca possibilidades de deslocamento e velocidade, ou cria condições mentais para sair de enrascadas. Vai, então, assimilando e gostando tanto, que tal movimento a faz buscar e viver diferentes atividades que passam a ser fundamental, não só no processo de desenvolvimento de sua personalidade e de seu caráter como, também, ao longo da construção de seu organismo cognitivo.

 A aprendizagem por meio de jogos e do concreto, saindo um pouco da teoria e inserir mais a prática, o manusear, como dominó, palavras cruzadas, jogo da memória, tabuleiro, roda das adições e subtrações, material dourado, feijãozinho, alfabeto e famílias, recorte, colagem, dobraduras, entre outros itens permite que o educando melhore sua aprendizagem significativa de maneira mais divertida. Para isso, eles devem ser utilizados ocasionalmente para somar as lacunas que se produzem na atividade escolar diária. Neste sentido verificamos alguns aspectos que por si só justificam a incorporação do jogo nas aulas. São eles: o caráter lúdico, o desenvolvimento de técnicas intelectuais, a formação de relações sociais e socioemocionais.

 

Desenvolvimento

 

A alfabetização e o letramento, devem andar juntas intercalando a teoria com a prática par o sucesso no ensino aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada nas nossas escolas, através da leitura em sua totalidade como em: notícias e lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com as histórias em quadrinhos, seguir receita de bolo, a lista de compras de casa, fazer comunicação através do recado, do bilhete, do telegrama. Contribuir para o processo de alfabetização e letramento dos estudantes que apresentam desafios a serem superados.

Sabe-se que alfabetização não é um processo baseado em perceber e memorizar, para aprender a ler e escrever, o aluno precisa construir um conhecimento de natureza conceitual, ele não só precisa saber o que é a escrita, mas também de que forma a ela representa graficamente a linguagem.

 

Alfabetização – processo de aquisição da “tecnologia da escrita”, isto é do conjunto de técnicas – procedimentos habilidades - necessárias para a prática de leitura e da escrita: as habilidades de codificação de fonemas em grafemas e de decodificação de grafemas em fonemas, isto é, o domínio do sistema de escrita (alfabético ortográfico) (MORAIS; ALBUQUERQUE, 2007, p. 15).

 

Com os jogos/ lúdico os alunos passam a vivenciar novas experiências as quais potencializem sua aprendizagem, propiciando a atuação mais direta, dentro de um espaço lúdico, integrado ao uso de ferramentas tecnológicas e acervo de materiais com foco pedagógico, oportunizando um estudo diferenciado, a fim de proporcionar uma aprendizagem significativa da leitura, da escrita e da matemática aos estudantes que apresentarem desafios a serem superados no percurso ano/ idade na garantia de seus direitos de aprendizagem.

A palavra Lúdico vem do latim Ludus, que significa jogo, divertimento, gracejo, escola. Este brincar também se relaciona à conduta daquele que joga, que brinca e se diverte. Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo: seu saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo.

Para o desenvolvimento de qualquer indivíduo a aprendizagem é indispensável, e não podemos pensar nos passos do desenvolvimento da criança, sem que nos atenhamos às brincadeiras no desenvolvimento da criança sem considerar a prática do brincar, pois como afirma Santos (1997, p. 20):

 

"... brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra na sociedade e constrói seu próprio conhecimento;" Santos (1997, p. 20):

 

Segundo Piaget, nascemos para aprender. Todo ser humano é dotado de um potencial de aprendizagem. Ou seja, de adaptação e de organização em níveis racional, mental, emocional e psíquico. O ato de aprender é um processo de transformação, de preencher uma função de crescimento e desenvolvimento. Cabe ao educador revelar ao educando o seu próprio potencial de aprendizagem e suas possibilidades educativas ao estabelecer relações sociais, nas perspectivas da inclusão.

O lúdico contribui diretamente para o desenvolvimento da criança, uma vez a brincadeira torna a aprendizagem significativa e acima de tudo prazerosa, o que proporciona ao aluno aprender sem que se conta disto.

Alfabetizar é muito mais do que codificar e decodificar o código alfabético, por isso letramento se soma com a alfabetização e, o educador precisa saber o momento certo para articular leitura e produção de texto, fazer as intervenções adequadas para o aluno progredir, pois é uma fase de libertação, aquisição da escrita e não pode ser entendida como um recurso memorativo, alfabetizar é oferecer ao aluno a oportunidade de se expressar dando a oportunidade do mesmo construir o seu próprio conhecimento.

 

Conclusão

 

A compreensão da natureza da escrita de suas funções e usos é indispensável ao processo de alfabetização e letramento na visão do mundo ao seu redor, em sentido amplo. O conhecimento linguístico não acontece somente no ato de ler ou escrever, o básico dos conhecimentos prévios de leitura, é o falar uma língua desde nascença, é o conhecimento de uso da língua nativa que cada indivíduo tem. A escola é o espaço privilegiado para o desenvolvimento cognitivo do educando. E, nesse espaço, privilegia-se a leitura, pois de maneira mais abrangente ela estimula o exercício da mente; a percepção do real em suas múltiplas significações; a consciência do eu em relação ao outro; a leitura do mundo em seus vários níveis e, principalmente, dinamização do estudo e conhecimento da língua, da expressão verbal significativa e consciente (AZEVEDO, 2011).

“É durante os primeiros anos da vida da criança que sua mente é mais suscetível a impressões, sejam boas ou más. Durante esses anos, faz-se decidido progresso, quer na direção certa, quer. A força do intelecto, o saber substancial, são riquezas que o ouro de Ofir não pode comprar. O jogo é uma atividade natural e supõe um fazer sem obrigação ou imposição, embora necessite de normas e controle. Além de contribuir para a formação de atitudes, desenvolvimento da crítica, criação de estratégias e possibilidades, o jogo quando trabalhado em grupo desenvolve funções afetiva, cognitivas, social e moral nos estudantes e representa um estímulo para o desenvolvimento de sua competência matemática.

Os jogos auxiliam no aprendizado fornecendo diretrizes sobre o respeito às regras, estratégia e controle o tempo, proporcionando à criança o desafio de superar a si mesma e de trabalhar em equipe. Como instrumento de aprendizagem, os jogos ajudam no desenvolvimento do aluno sob as perspectivas criativa, afetiva, histórica, social e cultural. Jogando, a criança inventa, descobre, desenvolve habilidades e experimenta novos pontos de vista. Tanto as potencialidades quanto as afetividades da criança são harmonizadas no desenvolvimento das habilidades sociais e cognitivas.

O brincar pode ser visto como um recurso mediador no processo de ensino aprendizagem, tornando-o mais fácil. O brincar enriquece a dinâmica das relações sociais na sala de aula onde a alfabetização e o letramento acontecem naturalmente, processos complexos, mas que devem caminhar juntos.

 

Referências

 

ZABALA, Antoni. A prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed. 1998

 

CABRERA, R.C. Docência e desespero: avaliação da aprendizagem na Escola Ciclada. Brasília: Líber Livro, 2006.

 

https://www.pedagogia.com.br/artigos/ludico_importancia/ pesquisa dia 04/10/2021

GOOLGE : Alfabetização e letramento pesquisa em 07/12/2021 https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalhodocente/alfabetizacao

 

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo, Paz e Terra,1989.

 

PERRENOUD, Philippe. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação. Perspectivas sociológicas. Lisboa: Publicações Dom Quixote e IIE, 1993.

 

MATO GROSSO, Secretária de Estado de Educação. Orientações Curriculares: Concepções para a Educação Básica./ Secretaria de Estado de Educação e Mato Grosso. Cuiabá: Gráfica Print, 2012.

 

GOOLGE :DOIS CONCEITOS, UM PROCESSO pesquisa em 07/12/2021 https://portal.fslf.edu.br/wp-content/uploads/2016/12/tcc3-6.pdf