AÇÃO PEDAGÓGICA GARANTE O SUCESSO DOS ALUNOS DO CAMPO
Lucimaia Rodrigues Pinto[1]
Janeth Rodrigues Pinto[2]
Varnice Arruda Dias Ferreira[3]
Zilmeire Macedo de Oliveira[4]
Raquel Machado Santana[5]
RESUMO
Este artigo tem como objetivo primordial ressaltar o trabalho pedagógico realizado na Escola Municipal Macia Euzébia Ferreira, criada em um assentamento e a Escola Estadual Ana Maria Tissiani de Oliveira criada para atender os alunos que após concluir o ensino fundamental não tinham garantia nenhuma na continuidade nos seus estudos. O trabalho pedagógico desenvolvido na unidade escolar visa propiciar melhorias nas condições de ensino da escola existente no assentamento buscando assim novas perspectivas nas ideias e ações pedagógicas voltadas para educação no campo. Todas as ações pedagógicas são norteadas pelos princípios da educação inclusiva, buscando o ensino de qualidade para todos atendendo assim aos anseios da educação no campo, assim sendo, objetiva também formar cidadãos capazes de construírem sua própria identidade, conhecimento e sua própria cidadania, tendo uma educação do campo no campo e para o campo, fortalecendo esses familiares no campo.
Palavras-chaves: Ações pedagógicas. Educação no Campo. Diversidade.
ABSTRACT
The primary objective of this article is to highlight the pedagogical work carried out at the Macia Euzébia Ferreira Municipal School, created in a settlement and the Ana Maria Tissiani de Oliveira State School created to serve students who after completing elementary school had no guarantee of continuity in their studies. The pedagogical work developed at the school unit aims to provide improvements in the teaching conditions of the existing school in the settlement, thus seeking new perspectives on pedagogical ideas and actions aimed at education in the countryside. All pedagogical actions are guided by the principles of inclusive education, seeking quality education for all, thus meeting the aspirations of education in the field, therefore, it also aims to train citizens capable of building their own identity, knowledge and citizenship, having a education from the countryside in the countryside and for the countryside, strengthening these family members in the countryside.
Keywords: Pedagogical actions. Education in the Field. Diversity.
DESENVOLVIMENTO
Devido a distância que impossibilita o acesso das crianças em idade escolar na zona rural, então cria-se a Escola “Maria Euzébia Ferreira”, em homenagem a professora e antiga dona de uma das glebas que compõem o assentamento.
A Escola Municipal “Maria Euzébia Ferreira”, iniciou suas atividades devido a necessidade de atender os filhos dos no sitio “Solentiname” localizada no Rio \preto. Com a mudança do acampamento para a área desapropriada, hoje P.A Bojuí, onde está construída a escola definitiva, distante 40 Km da sede do município.
Já a Escola Estadual Ana Maria Tissiani de Oliveira”, foi criada para atender os alunos que após concluir o ensino fundamental não tinha garantia nenhuma na continuidade dos seus estudos. Criada através do decreto nº l6 publicada no diário oficial de l4/01/2011 e as suas atividades educacionais são desenvolvidas no prédio da Escola Municipal “Maria Euzébia Ferreira” que está localizada na Agrovila do P.A Bojui a uma distância de 40 Km da sede do município.
Com o objetivo de dar melhoria nas condições de ensino da escola existente no assentamento, buscando assim novas perspectivas nas ideias e ações pedagógicas voltada para a educação no campo, a escola tem como obrigação e é um direito deles terem acesso a educação gratuita, que venha de encontro aos anseios e que essa educação sirva para fortalecer o homem do campo, não para excluí-lo, nem focando simplesmente a parte acadêmica, mas principalmente formar cidadãos capazes de construírem sua própria identidade, conhecimento e sua própria cidadania, tendo assim uma educação do campo para o campo, fortalecendo essas famílias no campo.
Como pode ver, a escola é mista, isto é, funciona duas redes no mesmo prédio, os alunos são filhos dos assentados, outros filhos dos funcionários das fazendas, as crianças são bem humildes, sobrevivem do que cultivam e vendem na feira, outros de salários, a escola é o lugar onde se encontram, tornando não apenas um lugar de conhecimento, mas de entretenimento, muitos pais também estudam, pois a escola, também oferece a modalidade Eja-Campo.
Referente aos educadores, a maioria são oriundos da zona urbana, por isso há a necessidade da formação continuada voltada para educação do campo, mas também tem alguns educadores que moram na agrovila, os professores em primeiro lugar devem ser apaixonados pela educação do campo, conhecer bem a população, se identificar com o local, defendendo sempre a Educação do campo, para o campo e no campo.
Desafios encontrados na realidade escolar Escola Municipal Maria Euzébia Ferreira e na Escola Estadual Ana Maria Tissiani de Oliveira
Coordenar duas redes, a grande dificuldade, sem dúvida é o espaço físico, os alunos almoçam, e fica bem tumultuado, para isso os alunos são organizados em blocos, para facilitar durante a semana, dividido em grupos de alunos por idade, para haver um remanejamento de turmas, e com isso a escola consiga atender, e atender com qualidade os alunos. Para conseguir um bom trabalho conta com a colaboração de todo quadro de profissionais das duas redes; um bom relacionamento entre todos é primordial para que as crianças e adolescentes aprendam sobre o cooperativismo, aplicando o conhecimento adquirido na escola, em casa e na comunidade promovendo formas de melhorar a convivência entre eles e fazer com que todos trabalhem em conjunto através de valores e princípios do cooperativismo proporcionando uma ambiente escolar mais bonito e agradável.
A Escola tem um papel fundamental na formação de um indivíduo. A formação desse novo sujeito implica numa escala de valores éticos, de inclusão, de cooperação, de justiça, de aceitação do diferente e de transformação pessoal e social. A Escola é esse canal. Se acreditarmos que por meio da Educação o Ser Humano se transforma, aí teremos a confiança de estarmos no caminho certo. A escola tem a comunidade como parceiros, os alunos tem satisfação em vir para a escola, e todo grupo docente trabalha pautados em gestão democrática, justa e que o elemento central são os alunos.
O trabalho pedagógico na Escola Municipal Maria Euzébia Ferreira e na Escola Estadual Ana Maria Tissiani de Oliveira, também enfrenta essa nova realidade da globalização, isso significa ter como perspectiva cidadãos abertos e conscientes, que saibam tomar decisões e trabalhar em equipe. Para romper as dificuldades encontradas nessa perspectiva da informática. Na educação do campo é um pouco complicada a acessibilidade a internet, pois foge um pouco da realidade da globalização por falta de equipamentos, mesmo assim a equipe gestora busca romper com essas dificuldades indo em busca de soluções, isto é, das ferramentas necessárias para que ocorra o desenvolvimento e o uso dessa tecnologia.
No desenvolver das ações pedagógicas foram implantados planos de trabalhos flexíveis na identificação dos recursos necessários (disponíveis e a providenciar) para implementar ações coerentes com o projeto pedagógico, na busca de um clima de cooperação, de diálogo, de respeito mútuo, de responsabilidade e de liberdade que contribua para a construção de conhecimentos e de valores.
Os temas transversais, apresentados nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 2004), representam um rico espaço para construir a competência na área da interdisciplinaridade. Nessa perspectiva, o professor cria ambientes de aprendizagem interdisciplinares, propõe desafios e explorações que possam conduzir a descobertas e promove a construção do conhecimento utilizando o computador e seus programas (software) para problematizar e implementar projetos.
É preciso um processo de formação continuada do professor, que se realiza na articulação entre a exploração da tecnologia computacional, a ação pedagógica com o uso do computador e as teorias educacionais, O professor deve ter a oportunidade de discutir o como se aprende e o como se ensina. Deve também ter a chance de poder compreender a própria prática e de transformá-la. (VALENTE, 2002).
A informática então, a serviço de um projeto educacional, propicia condições aos alunos de trabalharem a partir de temas, projetos ou atividades extracurriculares. O computador é apenas e tão somente um meio onde desenvolvemos inteligência, flexibilidade, criatividade e inteligências mais criticam. Se a educação se esgotar no processo de transmissão dos conhecimentos e dos valores criados por gerações passadas sem a elaboração de conhecimentos novos, sem questionamento de valores, sem inventividade e inovação, não teremos evolução cultural, social, tecnológica e educacional.
Como toda tecnologia, a introdução dos computadores na educação apresenta aspectos positivos e negativos. Para que uma instituição escolar introduza a informática, é preciso ter em primeiro lugar um plano pedagógico, onde serão discutidos os objetivos de sua utilização como ferramenta educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais fácil e eficientemente os objetivos educacionais, não deixando, portanto, que o computador se torne um brinquedo.
A escola precisa de professores capacitados e disponibilizados a encarar esse novo ícone que é a informática educativa sem medo de que algum dia seja substituído por computadores. É preciso então que haja uma integração entre o meio escolar e o corpo docente, desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e a familiaridade dos professores com o mundo da tecnologia (PAPERT, 1994).
Porém, a introdução de computadores nas escolas é, nem virá a ser, uma solução para os problemas que afligem a educação. O computador não é um ―bicho de sete cabeças e não salvará o ensino. Ele pede educar, mas também deseducar dependendo da maneira como será utilizado. Ele não substitui a inteligência e a criatividade que são inerentes ao ser humanos, apenas às desenvolve.
ENTRE O REAL, O IDEAL E O POSSÍVEL
Qualquer formação continuada deve ser organizada a partir de temáticas pertinentes à teoria e prática da coordenação pedagógica, tendo como eixo central o trabalho pedagógico.
Os temas abordados devem objetivar e desencadear reflexões sobre a aprendizagem e o desenvolvimento humano que se estabelecem nas e pelas interações sociais. Para tanto, apresentar a escola com contexto favorável ao desenvolvimento humano a partir de experiências de infância, juventude e vida adulta, considerando a diversidade dos sujeitos que convivem neste espaço para organização do trabalho pedagógico com foco na aprendizagem e na inclusão de todos. Assim, os textos devem pautar-se na aprendizagem e em práticas educativas escolares, nos sujeitos de aprendizagem, na relação entre coordenadores e professores no processo de ensino e aprendizagem e na ampliação dos espaços de aprendizagem e de novas possibilidades de atuação do professor na escola, abordando a organização do trabalho pedagógico com foco na aprendizagem e na inclusão de todos, o que converge para a função social da escola. Assim os profissionais da zona rural terão uma melhor compreensão sobre os desafios enfrentados pela escola, a partir do momento em que esta busca cumprir sua função social, que é estimular e motivar o aluno para construção de novos conhecimentos, derrubando, assim, a aprendizagem superficial que aumenta os altos índices de analfabetos ou analfabetos funcionais.
Ser confiante no trabalho pedagógico ao lidar com grupo disperso de docentes, em que cada um cuida apenas do seu trabalho, utilizando o recurso da problematização da realidade vivida e sua análise crítica à luz de teorias da Educação para construir uma dinâmica colaborativa. Algumas perguntas devem perpetuar em uma ação pedagógica: Qual é a maior finalidade da nossa escola? Onde ela está localizada? O que caracteriza seu entorno? Quem são nossos alunos? Como vivem e com quem convivem? Que projetos de vida e trabalho alimentam? Quais são seus sonhos? E nós, educadores, o que temos com isso?
Pois, o coordenador pedagógico, individualmente, não constrói nem mantém uma identidade profissional somente pelo desejo, pela autoconsciência profissional; o sistema escolar, as políticas públicas, os demais profissionais da educação interferem nessa construção.
O planejamento das ações e o estímulo ao trabalho coletivo na escola são condições para o sucesso da gestão pedagógica, é evidente que na aplicação de práticas pedagógicas, deve buscar ainda mais garantir a participação e o envolvimento dos professores, motivando-os e instigando-os para que se assumissem como responsáveis pela solução dos problemas detectados quanto à aprendizagem dos alunos.
É imprescindível desenvolver ações apropriadas e eficazes à resolução dos problemas detectados na rotina escolar, priorizando a participação ativa da equipe. Com essas ações, terá resultados muito mais satisfatórios na aprendizagem dos alunos.
É nesse movimento de lidar continuamente com elementos curriculares na perspectiva democrática e emancipatória que se encontra a especificidade do trabalho pedagógico; uma vez que a escola é uma instituição social na qual ocorrem, de forma intencional e sistemática, o ensino e a aprendizagem de múltiplos conhecimentos produzidos ao longo da história. Surgindo desse modo possibilidades de desenvolver atitudes mais éticas, humanas e solidárias. Só quando entende profundamente isso, consegue engajar e desempenhar um bom trabalho.
Os temas abordados nas formações devem servir de elementos para a prática, evidenciando que o planejamento das ações e o estímulo ao trabalho coletivo na escola são condições para o sucesso da gestão pedagógica, é evidente que na aplicação das práticas explanadas, possa garantir a participação e o envolvimento dos professores, motivando-os e instigando-os para que se assumem como responsáveis pela solução dos problemas detectados quanto à aprendizagem dos alunos.
Que a escola saiba desenvolver ações apropriadas e eficazes à resolução dos problemas detectados na rotina escolar, priorizando a participação ativa da equipe. Com essas ações, terão resultados muito mais satisfatórios na aprendizagem dos alunos.
É nesse movimento de lidar continuamente com elementos curriculares na perspectiva democrática e emancipatória que se encontra a especificidade do trabalho pedagógico; missão que equivale à de um maestro. Em vez de músicos, eu reje professores para que esses repensem os princípios e objetivos educacionais, reconstruam os conhecimentos curriculares, revejam os critérios de avaliação, reinventem os modos de interação entre o educador e o educando e recriem os métodos de ensino intra e extraescolares. É desse modo que uma boa atuação contribui efetivamente para a escola cumprir sua função.
Uma vez que a escola é uma instituição social na qual ocorrem, de forma intencional e sistemática, o ensino e a aprendizagem de múltiplos conhecimentos produzidos ao longo da história. Surgindo desse modo possibilidades de desenvolver atitudes mais éticas, humanas e solidárias. Só quando entendi profundamente isso, eu consegui me engajar e desempenhar bem o papel de Coordenador Pedagógico. Ressaltando a importância da atuação na formação contínua.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quaisquer formação que vem de encontro ao fazer pedagógico é positivo e de fundamental importância para a vida profissional e pessoal, mas é de grande relevância o uso da tecnologia internet, além de poder interferir por meio de um projeto de ação na escola, faz avançar no uso das tecnologias digitais.
Dizer que formação continuada não contribui para o fazer pedagógico seria uma falácia, pois toda aprendizagem de alguma forma enriquece o trabalho desenvolvido na escola.
O coordenador pedagógico constitui um elemento referencial que organiza as atividades pedagógicas a serem desenvolvidas na escola, acompanhando o desenvolvimento da proposta pedagógica e criando espaços de reflexão sobre a prática e a participação dos membros da a comunidade educativa.
As políticas públicas refletem e retratam as mudanças na sociedade e suas expectativas em relação à educação. Nesse contexto, estão os profissionais que, espera-se sejam responsáveis por sua execução.
Assim, fica evidente, o quanto que uma Coordenação Pedagógica tem muito a oferecer na criação de uma escola viva e apaixonante.
Fica claro de que o coordenador pedagógico constitui um elemento articulador entre o professor, alunos e os demais agentes educativos, no qual deve estar atento ao caráter ensino e aprendizagem dos alunos no interior da escola e, respondendo as necessidades dos professores e alunos.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
DOURADO, L. F. - Políticas e Gestão da Educação Básica no Brasil: limites e perspectivas FERNANDES, M. J. S. O professor coordenador pedagógico, a articulação do coletivo e as condições de trabalho docente nas escolas públicas estaduais paulistas. Afinal, o que resta a essa função?
FERREIRA, João de Oliveira, Karine Nunes de Moraes e Luiz Fernandes Dourado – UFG – UFG/ Políticas e Gestão na Educação
LIMA, Elvira de Souza - Indagações sobre o currículo.
LIMA, Paulo Gomes, O COORDENADOR PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO BÁSICA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
PIMENTA, S. G. - Questões sobre a organização do trabalho na escola
RIOS, TEREZINHA, Indisciplina na escola/vídeo.
[1] O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
[2] O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
[3] O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
[4] O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
[5] O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.