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EDUCAÇÃO: CAMPOS DE ENSINO APRENDIZAGEM

Josiely de Jesus Moura
Marcia Pereira Machado
Elice Kelly Farias Garcia
Amanda de Jesus Marangoni
Queila Francelina Puger

 

RESUMO:

O contínuo movimento das políticas públicas relativas aos alunos com necessidades educacionais especiais tem conduzido a um incremento significativo da presença desses aprendizes em salas regulares. Neste artigo discutimos alguns dos desafios associados à inclusão de alunos com dificuldades nos processos de ensino e aprendizagem de Matemática. Para isso os envolvidos: professores, alunos e pesquisadores serão analisados quanto aos métodos avaliativos usados e quanto á maneira de expor o conteúdo para esses alunos com dificuldades especiais.

 

PALAVRAS-CHAVE: Educação especial. Inclusão. Aprendizado. Pratica e escola.

 

INTRODUÇÃO:

 

O movimento pela inclusão presente em nosso cotidiano, seja pela mídia, por organizações sociais ou por políticas públicas, tem consolidado um novo paradigma educacional no Brasil – a construção de uma escola aberta e acolhedora das diferenças. Este paradigma tem levado a busca de uma necessária transformação da escola e das alternativas pedagógicas com o objetivo de promover uma educação para todos nas escolas regulares. Para isso faz-se necessário um breve histórico para que possamos entender melhor quais foram os caminhos percorridos para que houvesse a inclusão de todos os alunos e cidadãos do nosso país nas escolas. Durante muito tempo nas primeiras décadas do século XX aquelas pessoas consideradas deficientes eram as que tinham causas fundamentalmente orgânicas e que não havia possibilidade de intervenções medicas para melhoria. (Martín e Marchesi,1995). Logo após questiona-se a questão da concepção da deficiência, considerando que esta poderia ser consequência de uma estimulação inadequada ou de processos de aprendizagem incorretos. Por isso acreditava-se que as influências sociais e culturais poderiam ser determinantes para um funcionamento intelectual mais adequado, favorecendo a perspectiva de possíveis intervenções (ibid). Posteriormente essas considerações foram sofrendo modificações devido as pesquisas nos campos de Medicina, Psicologia e Sociologia passando a ser originado o termo necessidades especial.  

 Essa pesquisa busca discutir e buscar meios para preparar melhor os professores e as instituições envolvidas para que desenvolvam melhor o trabalho matemático com os alunos que possuem necessidades educacionais especiais .Buscamos apoio nas teorias contemporâneas sobre o desenvolvimento psicológico de aprendizes com necessidades educacionais especiais – que trazem uma visão pós-vygotskiana – as quais destacam ser através da ação sobre o ambiente e da comunicação social que estes educandos podem dominar as habilidades mentais que os permitem o conhecimento da realidade (Cole e Wertsch, 1996; Valsiner eVeer, 1996; Oliveira,2002).

 

DESENVOLVIMENTO:

 

 A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente à espécie humana, busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. O ensino inclusivo não deve ser confundido com educação especial embora o contemple. No Brasil, a Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva, assegura acesso ao ensino regular a alunos com deficiência (mental, física, surdos e cegos), com transtornos globais do desenvolvimento e a alunos com altas habilidades, desde a educação infantil até à educação superior. Nesse país, o ensino especial foi, na sua origem, um sistema separado de educação das crianças com deficiência, fora do ensino regular, baseado na crença de que as necessidades das crianças com deficiência não podem ser supridas nas escolas regulares. Na perspectiva da Educação Inclusiva, outras racionalidades estão surgindo sobre a aprendizagem. Fazendo uso da concepção Vygostskyana principalmente, entende que a participação inclusiva dos alunos facilita o aprendizado para todos. Este entendimento está baseado no conceito da Zona de Desenvolvimento Proximal, ou seja, zona de conhecimento a ser conquistada, por meio da mediação do outro, seja este o professor ou os próprios colegas. E é nesta concepção que temos que nos basear para realizar nosso trabalho com eficiência buscando acima de tudo a aprendizagem dos alunos. Para iniciarmos o entendimento sobre a pratica educativa da matemática na educação inclusiva vamos entender o que ficou definido como essa pratica. De acordo com o Seminário Internacional do Consórcio da Deficiência e do Desenvolvimento (International Disability and Development Consortium - IDDC) sobre a educação inclusiva, realizado em março de 1998 em Agra, na Índia, um sistema educacional só pode ser considerado inclusivo quando abrange a definição ampla deste conceito, nos seguintes termos: Reconhece que todas as crianças podem aprender; Reconhece e respeita diferenças nas crianças: idade, sexo, etnia, língua, deficiência/inabilidade, classe social, estado de saúde (i.e. HIV, TB, hemofilia, Hidrocefalia ou qualquer outra condição); Permite que as estruturas, sistemas e metodologias de ensino atendam as necessidades de todas as crianças; Faz parte de uma estratégia mais abrangente de promover uma sociedade inclusiva; É um processo dinâmico que está em evolução constante; Não deve ser restrito ou limitado por salas de aula numerosas nem por falta de recursos materiais.

 

CONCLUSÃO:

 

Considerando todos estes pontos os profissionais da área de educação podem estar amparados e informados para poder lidar melhor com as situações comuns do dia-a-dia. A escola é o reflexo da vida em sociedade, pois acaba estabelecendo uma micro sociedade. Nesta perspectiva a educação inclusiva pode ser um grande avanço para todos, a partir da experiência com a diferença. Se os estudantes não passam por isso na infância, ou melhor, na escola, lugares privilegiados dos processos de aprendizagem mais tarde terão muita dificuldade em vencer os preconceitos, de forma a compreender e aceitar a diferença. A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor, o direito de ocupar o seu espaço na sociedade. Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, nós, professores, queremos garantir a todos o direito à educação.

 

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

 

GAZZETTA, Marineuza A modelagem como estratégia de aprendizagem damatemática em cursos de aperfeiçoamento de professores. Rio Claro, SP; 1989.Dissertação (Mestrado) – IGCE-UNESP.

 

DAVID, Maria Manuela M.S. As possibilidades de inovação no ensino-aprendizagem da matemática elementar. Presença Pedagógica, Belo Horizonte,n.1, v.1, p.57-66, jan./fev.1995.

 

MEC. Leis e Diretrizes Básicas da Educação Nacional, Editora do Brasil S/A;Brasília, 1996.

 

FERNANDES, Solange Hassad Ahmad –Uma Analise Vygotskiana da Apropriação do conceito de simetria por aprendizes sem acuidade visual PUC/SP. São Paulo, 2004.

 

VYGOTSKY, L. S – Fundamentos de deficiência.

 

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.

 

DAL FORNO, Josiane Pozzatti; OLIVEIRA, Valeska Fortes de. Ultrapassando barreiras: professoras diante da inclusão. 2005.

 

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Brasil adotará documento da ONU sobre pessoas com deficiência. DF: MEC 2008.

 

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Projeto Educar na Diversidade. DF: MEC 2008