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INCLUSÃO ESCOLAR E SEUS DESAFIOS

Maria do Carmo Ferreira Lima

 

RESUMO:

A educação especial no momento passa por uma revisão epistemológica pelo movimento da educação inclusiva, que são mudanças ocorridas nos conteúdos que foram se estabelecendo ao longo do tempo, em relação ao tratamento dado aos alunos especiais. A escola nos mostra que toda criança pode aprender e fazer parte da vida social e escolar, porem nem sempre foi assim alguns anos atrás as crianças de inclusão, não eram reconhecidas como cidadão e nem aceitas em escolas comuns, mas nos dias atuais esses alunos conquistaram espaço na sociedade em que vive, são aceitos com suas diferenças tem mais oportunidades, são mais respeitados na sociedade em que convivem.

 

Palavras-chave: Respeitar. Aceitar. Sociedade e escola.

 

INTRODUÇÃO

 

Com a Resolução n.2/2001 que instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, houve mudanças no aspecto da universalização e atenção à diversidade, na educação, com a seguinte recomendação, em seu Art. 2º:

 

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para a educação de qualidade para todo.

 

Porém ainda a muito que conquistar por esses alunos, é preciso que a sociedade reconheça integralmente seus valores, capacidade e igualdade, e cada um de nós respeite essas diferenças.

A escola precisa fazer adaptações em suas estruturas criar estratégias que garantam a participação dos alunos no processo de aprendizagem, criar condições físicas, ambientes e materiais para a participação de todos os alunos sem diferenças. Para a autora Mantoan (2002, p. 3) nos revelam que:

 

(...) as escolas de qualidade são espaços educativos de construção de personalidades humanas autônomas, críticas, nos quais as crianças aprendem a ser pessoas. Nesses ambientes educativos, os alunos são ensinados a valorizar a diferença, pela convivência de seus pares, pelo exemplo dos professores, pelo ensino ministrado nas salas de aula, pelo clima sócio afetivo das relações estabelecidas em toda a comunidade escolar – sem tensões competitivas, solidário, participativo .

 

Para garantir pleno desenvolvimento desses alunos de inclusão não basta criar leis assegurando seus direitos, é necessário garantir a todos os alunos em todas as etapas de sua formação, condições para uma vida digna de qualidade, física, psicológica, social e econômica.

Além, disso a escola tem papel fundamental no desenvolvimento desses alunos, garantindo um espaço que favoreça a todos os alunos, através do conhecimento e desenvolvimento de suas possibilidades.

É dever da escola se organizar de forma a garantir que suas ações pedagógicas resultem em contribuição para o aprendizado de cada aluno, respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo suas potencialidades e necessidade.

Somente assim a escola poderá ser considerada inclusiva se estiver organizada independentemente de suas diferenças ou qualquer outra situação.

 

DESENVOLVIMENTO

 

A construção de uma escola inclusiva exigira por parte das autoridades, sociedade e interessados, exige mudanças na cultura e nas suas práxis, levando em conta o potencial de cada aluno respeitando as diferenças suas limitações e promover ações para superar essas barreiras.

Verifica se que a construção de uma escola inclusiva sugere transformações no contexto educacional, atitudes e nas relações sociais tanto no âmbito político administrativo como didático pedagógico. A inclusão escolar é um desafio requer mudanças de atitude diante do outro do diferente que não é apenas mais um aluno, mas sim alguém que é essencial para a construção que queremos formar.

De acordo com o MEC as adaptações curriculares são:

 

Respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e dentre estes, os que apresentam necessidades educacionais especiais, de acesso ao currículo, de participação integral, efetiva e bem-sucedida em uma programação escolar tão comum quanto possível; (BRASIL, 2000, p.7).

 

Para que de fato as escolas se tornem inclusiva e democrática e que atenda a todos precisamos modificar a visão que temos em relação ao ensino de qualidade das escolas, também será necessária uma formação de qualidade para os professores.

Segundo Mantoan (2006) a inclusão decorre por uma serie de:

 

(...) polêmicas envolvidas: Professores da educação especial que temem perder o que conquistaram, Professores do ensino regular são inseguros,Profissionais da saúde que tratam alunos com dificuldades de adaptação como pacientes e Pais de alunos 'normais' que temem uma queda na qualidade do ensino”. (MANTOAN, 2006, p.20)

 

CONCLUSÃO

 

Não basta ter apenas vontade de mudar a inclusão é preciso ações que de fato faça a diferença na educação, a participação efetiva de todos. Conhecemos a luta dos profissionais da educação para mudar esse senário nas instituições de ensino.

A educação inclusiva não é apenas aceitar ou matricular o aluno em salas de aula regular vai muito além disso, é necessário aceitar, respeitar as diferenças que as instituições de ensino de condições de acesso e permanência desse aluno na nas salas de aula. Que o aluno tenha rendimento no seu processo de aprendizagem.

Por outro lado, as pratica educativa com os alunos especiais precisa de muita revisão por parte dos educadores aproximar a pratica e teoria que qualifica a educação de qualquer grupo escolar.

 

Referências

 

Brasil, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Saberes e práticas da inclusão.

 

Mantoan, Maria Teresa Eglér. A integração de pessoas com deficiências. São Paulo 1997.

 

SEESP/MEC. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. Disponível em http://portal.mec.gov.br/escolasinclusivas. Acesso em 05 de julho de 2016.