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TRANSFORMAÇÕES LINGUÍSTICAS NO CONTEXTO ESCOLAR BRASILEIRO

 

Cristiane Bergmann Sartori[1]

Francielli Ribeiro de Oliveira[2]

 

RESUMO

A função deste estudo é refletir sobre a Nova Ordem Ortográfica que vigorou no Brasil no dia 1º de Janeiro de 2016. Aqui refletiremos sobre as mudanças linguísticas que o Brasil vem passando ao longo dos tempos, tendo em foco o Novo Acordo Ortográfico.  Este artigo tem como objetivo analisar as grandes dificuldades de nossos alunos em absorver essas novas regras, como também o papel do professor e da escola diante de tal obstáculo. Para tanto se realizou uma pesquisa bibliográfica considerando as contribuições de autores como GONÇALVES (2012), MARIANI (2004), MENDES (2012), SILVA (2009) entre outros. Neste estudo refletiremos sobre as grandes intenções que “os grandes governantes” tiveram/têm em transformar a ortografia brasileira. Sabemos que no período da colonização brasileira a verdadeira intenção do povo português era o de catequisar os índios para adquirirem riquezas, ou seja, conquistar seus próprios interesses. Todavia é notável que uma das intenções da Nova Ordem Ortográfica vigorada em 2016 não fica tão distante da época da colonização, já que a Nova Ordem possibilita a facilitação da integração comercial entre as nações, facilitando assim as negociações de mercadorias e valores, podendo até ocasionar a diminuição nos custos de produção e adaptação de obra – prima. No entanto, no que diz respeito ao aprendizado do aluno, o professor deve agir de maneira que possa contribuir para o melhor entendimento do aluno, já que o mesmo é o principal responsável pela aprendizagem deste.

Palavras-chave: Aluno. Professor. Nova Ordem Ortográfica, transformações linguísticas.

 

ABSTRACT

The purpose of this study is to reflect on the New Orthographic Order that was in force in Brazil on January 1, 2016. Here we will reflect on the linguistic changes that Brazil has been passing through the ages, focusing on the New Orthographic Agreement. This article aims to analyze the great difficulties of our students in absorbing these new rules, as well as the role of the teacher and the school in face of such obstacle. For that, a bibliographic research was carried out considering the contributions of authors such as GONÇALVES (2012), MARIANI (2004), MENDES (2012), SILVA (2009) and others. In this study we will reflect on the great intentions that "the great rulers" had / have in transforming the Brazilian orthography. We know that in the period of Brazilian colonization the true intention of the Portuguese people was to catechize the Indians to acquire wealth, that is, to conquer their own interests. It is notable, however, that one of the intentions of the New Orthographic Order in 2016 is not so far removed from the time of colonization, since the New Order facilitates trade integration between nations, thus facilitating the negotiation of commodities and values, The reduction in production costs and the adaptation of the master - piece. However, with regard to student learning, the teacher should act in a way that can contribute to the student's better understanding, since he is the main responsible for learning the student.

Keywords: Student. Teacher. New Orthographic Order, linguistic transformations.

 

Introdução

 

O presente trabalho tem como foco de análise as várias transformações linguísticas que vem ocorrendo no Brasil desde a época da colonização. Neste será apresentado a história da linguagem brasileira desde a chegada dos portugueses na “Terra do ouro” (Brasil), até a Nova Ordem Ortográfica, que vigorou em janeiro de 2016.

Pensando nestes pressupostos serão apontados os seguintes pontos:

·                           A chegada dos povos portugueses ao Brasil;

·                           A transformação da língua dos nativos, do Tupi para o Português;

·                           Quais eram as verdadeiras intenções dos portugueses em alfabetizar os Índios?

·                           As principais mudanças da ortografia brasileira, depois da Nova Ordem Ortográfica;

·                           Como fica a mente de nossos alunos com tantas mudanças?

·                           É possível aprender as novas regras?

·                           O que nós professores podemos fazer para ajudar nossos alunos a compreenderem melhor as mudanças ortográficas?

            Através destes pontos serão feitas análises sobre as várias mudanças da linguagem brasileira, tanto a oral quanto a escrita, como também as dificuldades que são encontradas no contexto escolar em se habituar às novas regras.

O artigo terá o auxílio de pesquisas bibliográficas, baseado em pensamentos de alguns autores, como: GONÇALVES (2012), MARIANI (2004), MENDES (2012), SILVA (2009), entre outros.

Partindo para o contexto escolar, Barreto, Renovato, Peixoto, Mendonça e Soares (2011, p.40) acreditam que:

O aprendizado da ortografia não é tão simples. Diversos docentes utilizam práticas pedagógicas inadequadas e tradicionais no que tange ao ensino da ortografia, como as listas de regras para a escrita correta das palavras. Essas listas apenas elencam como se deve escrever e não trazem explicações, ou seja, o porquê de se escrever de determinada forma, as implicações sociais, entre outras. De forma descontextualizada, é difícil alcançar resultados produtivos. É preciso que o ensino de ortografia esteja ligado ao contexto em que o estudante está inserido. Ele deve ver as palavras fazerem parte de seu dia a dia, entender o uso dessas palavras e a necessidade de escrevê-las corretamente. (BARRETO, PEIXOTO, MENDONÇA e SOARES 2011, p.40).

 

Através desta citação, temos a confirmação de que o ensino da ortografia não é tarefa fácil, porém, não é impossível de aprendê-la. Partindo deste pensamento, teremos como objetivo central, analisar as mudanças ocorridas na linguagem brasileira, as dificuldades enfrentadas para se adaptar a elas e o papel do professor frente a este desafio.  

 

TRANSFORMAÇÕES LINGUÍSTICA NO CONTEXTO ESCOLAR BRASILEIRO

 

As transformações linguísticas vêm ocorrendo no Brasil, desde muito tempo atrás, e porque não dizer, desde o seu descobrimento. Para analisarmos as grandes transformações linguísticas no contexto escolar brasileiro, é necessário fazer um breve resumo sobre o período de colonização do país.

Durante o período Medieval a educação no Ocidente era realizada pela igreja católica a fim de formar o homem na fé cristã. Como material de estudo era utilizado somente o bíblico-cristão, outro tipo de material didático era proibido. Porém com o passar do tempo a educação começa a herdar a língua latina, a gramática, a retórica, a dialética, a aritmética, a música, a geometria e a astronomia. Nesta época as escolas eram escassas, a forma de ensinar era oral, o importante para eles era a imposição de valores e os conhecimentos mais refinados da corte.

Aos poucos as escolas que até o presente momento eram vinculadas as paróquias, com o objetivo de catequisar, começam a receber outras crianças. Com isso a igreja católica começa a perder o controle da escola modelo da era.

No início do século XVI com o movimento da Reforma protestante, com Lutero e Calvino a igreja católica começa a perder seus fieis levando assim a prejuízos religiosos, econômicos e políticos. Com isso a igreja católica reagiu automaticamente com a Contrarreforma, a qual tinha o objetivo de “impedir a propagação do protestantismo e converter pagãos ao catolicismo” GONÇALVES (2012, P. 59).

Segundo Gonçalves (2012, p. 60) após a Reforma protestante, “os colégios foram dirigidas tanto pelos reformadores protestantes como pelos católicos, em especial os jesuítas, inclusive como estratégia para a conquista e manutenção de fiéis”.

            Lutero defendia o direito de todos os fiéis terem acesso à leitura, com isso traduziu a Bíblia do Latim para o Alemão.

Como já citado antes, desde a época da colonização a ortografia brasileira vem passando por grandes transformações haja vista que os colonizadores portugueses, logo que pisaram em terras brasileiras notaram uma variedade de falares diferentes dos seus, e com isso foram incorporando aos poucos a língua portuguesa.

Quando chegaram ao Brasil, os Portugueses tiveram dificuldades em compreender a língua falada dos nativos, era quase impossível entendê-los, pois a tal linguagem era o Tupi. MARIANI (2004, pág. 47) cita um trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha. Através dele podemos identificar a diferença da linguagem entre os nativos e os portugueses, como também analisar a intenção que Portugal tinha na Nação brasileira:

Em seguida o Capitão foi subindo ao longo do rio, que corre rente à praia. E ali esperou por um velho que trazia na mão uma pá de almadia. Falou, enquanto o Capitão estava com ele, na presença de todos nós; mas ninguém o entendia, nem ele a nós, por mais cousas que a gente lhe perguntava com respeito a ouro, porque desejávamos saber se o havia na terra. (Mariani, 2004, pág. 47)

 

Através deste relato de Caminha, fica evidente que o principal objetivo que levou os portugueses a se deslocarem para um país tão distante e estranho foi o de obter riquezas e fácil mão de obra. Porém, para conquistar tal meta era necessário que ambas as línguas se entendessem. Com isso formularam-se, então, um decreto, “O Diretório dos Índios”. Tal diretório estabelecia que os jesuítas ensinassem (catequisassem) os índios, uma nova língua.

Estes religiosos da Companhia de Jesus chegam ao Brasil com o objetivo de converter os índios ao cristianismo. Com pretexto de propagar a fé católica, logo de início, ensinam aos nativos a ler e contar.

Na segunda metade do século XVI, os jesuítas organizam duas instituições, uma denominada, bê-á-bá que tinha por objetivo escolarizar as crianças indígenas e a outra conhecida como colégio interno, este tinha o objetivo de escolarizar os filhos dos colonizadores portugueses. Azevedo (1976, p.48) acredita que:

A educação da mocidade reinol e colonial, monopolizada pelos padres,
orientava-se, sem dúvida, para a uniformidade intelectual; os quadros do
seu ensino, dogmático e abstrato, não apresentavam plasticidade para se
ajustarem às necessidades novas: os métodos, autoritários e conservadores
até a rotina; e, além de não incluir o ensino das ciências, esse plano de
estudos, excessivamente literários e retóricos, não abria lugar para as
línguas modernas, conservando nas elites uma tal ignorância sobre essas
línguas que de maravilha se encontraria, na colônia, um brasileiro que
soubesse francês. (AZEVEDO, 1976, p. 48)

 

Com esta opressão de ensino escolar, fundaram vários colégios, com o objetivo de propagar a fé cristã. Pois fazendo isso recebiam verbas do Estado português. Durante a Companhia de Jesus, houve muitos conflitos e divisões dentro da igreja, porém a companhia propagou a fé cristã em todos os territórios coloniais. Apesar de seus esforços perceberam que os índios não se adequaram aos padrões católicos, isso foi algo frustrante para os religiosos.

Para o mercado Europeu era vantajoso que o índio se tornasse amigável, pois era mais fácil a mão-de-obra, já que a verdadeira intenção era a lucratividade. E assim Portugal se considerava defensor do catolicismo e estimulava a atuação educacional. Os professores tinham atenção toda especial, porque o ensino a ser repassado não poderia fugir do que era determinado pelo governo Europeu. Contudo, em 1759, Marquês de Pombal vendo as verdadeiras intenções dos Jesuítas os expulsam do território brasileiro.  No que se refere a expulsão, Serrão (1982, p.356) ressalta a seguinte tese:

(...) deve ser considerada a hipóteses de que, para além de todas as
motivações de natureza ideológica de fundo mais ou menos iluminístico,
o fenômeno da expulsão dos jesuítas da Península Ibérica se liga
fundamentalmente a uma dada conjuntura imperial quer de Portugal quer
de Espanha. É que no Brasil as minas de ouro tendiam para a exaustão,
o que tornava necessário rever e recondicionar uma nova política geral
para com a grande colônia sul-americana, sem a qual Portugal não fazia
sentido no mundo de então. Ora, o tradicional papel dos jesuítas no Brasil
– a sua força ideológica e até econômica – impedia ou dificultava esse
recondicionamento da política luso-brasileira. (SERRÃO 1982, p. 356)

 

Após a expulsão, mudou-se a qualidade de vida daqueles povos nativos, como também começou a vigorar uma nova lei. Carvalho e Leal (2014, p.430) ressaltam que:

Essa lei assegurava a liberdade aos índios, e continha algumas regras que beneficiavam e/ou os prejudicavam, como por exemplo, que cada vila ou aldeia teria escola com um professor para os meninos e um para as meninas onde somente seria ensinado o Português, sendo assim proibida a prática de qualquer outro idioma e desrespeitando as questões culturais desses povos. Todo indígena deveria ter sobrenome Português e não poderiam andar despidos. (CARVALHO e LEAL 2014, p.430).

 

Se refletirmos entenderemos que tal regulamento não teve consideração pelos índios, pois não respeitaram suas questões culturais. Tais ações nos leva crer que a principal intenção de Marquês de Pombal era o de conseguir benefícios próprios.

Através deste breve relato sobre a colonização brasileira fica compreendido que cada um daqueles povos veio para o Brasil, e agiram no meio dos nativos não com o objetivo de ajudá-los, mas sim, correr atrás de seus próprios interesses. Será que isso também não acontece em nossos dias?

Todavia, a intenção dos governantes com o Novo Acordo Ortográfico não fica muito distante dos interesses dos portugueses quando colonizaram o Brasil, ou seja, um dos principais objetivos das mudanças é o investimento político-econômico entre as nações. Mendes (2012, p.13) faz um breve relato sobre os acordos ortográficos. Ela declara que:

No início do século XX, Portugal estabeleceu pela primeira vez um modelo ortográfico de referência para as publicações oficiais e também para o ensino. Esse modelo não foi adotado pelo Brasil, tornando a ortografia do português um tema sobre o qual muito se discutiu e se negociou. Com o objetivo de instituir normas comuns que regessem a ortografia oficial de todos os países de língua oficial portuguesa, foram assinados tratados de acordos ortográficos. O primeiro deles data de 1931 e o mais recente é de 1990. Esse último acordo, assinado em 2009, tentar promover uma unificação da ortografia entre os países de língua oficial portuguesa. (MENDES 2012, p.13)

 

Com a unificação da língua a comunicação entre os países fica muito mais fácil, obtendo assim a facilitação das negociações ou até mesmo diminuir os custos na produção e adaptação de obra - prima.

 Mendes (2012 p.10) afirma que:

A ortografia é a parte da gramática de uma língua responsável pela grafia correta das palavras. A história da ortografia da língua portuguesa passa por três momentos. No primeiro, as palavras eram grafadas mais ou menos de acordo com a sua pronúncia, sem nenhuma sistematização criteriosa. No segundo momento, usam-se símbolos extravagantes a pretexto de uma aproximação artificial como o grego e o latim. É desse período o emprego de consoantes geminadas e consoantes sem som (usadas apenas com finalidade etimológica). No terceiro momento, aparece Aniceto dos Reis Gonçalves Viana, foneticista português, que, depois de algumas tentativas, consegue apresentar um sistema racional de grafia. (MENDES 2012, p.12)

 

            Por meio da afirmação de Mendes (2012), percebemos que a nossa língua vive em constantes transformações.

O Novo Acordo Ortográfico entrou em vigor no Brasil no dia primeiro de janeiro de 2016, no entanto teve seis anos de transição, já que o mesmo era para ser vigorado em 2009. Vejamos algumas transformações que a nossa língua sofreu:

·         No alfabeto brasileiro foram inseridas as letras k, w e y;

·         Eliminação do acento agudo de algumas palavras;

·         Eliminação do trema;

·         Alterações em relação ao uso do hífen em palavras derivadas e compostas

Waal (2009, p.986) relata que:

É interessante analisarmos a influência exercida pela gramática principalmente nas escolas, pois a mesma passou a determinar o certo e o errado na língua mesmo tendo nascida muito depois do surgimento da linguagem. É indispensável esse olhar crítico do professor frente ao ensino da gramática, assim como é indispensável que os mesmos estejam cientes do que realmente esteve por trás da criação da gramática para que possam ministrar esse ensino de maneira eficiente. (Waal 2009, p.986)

 

Sobre a nova ordem Ortográfica, algumas pessoas afirmam que a nova mudança veio para facilitar nossas vidas, no entanto, outras acreditam que tal mudança veio para confundir as cabeças dos brasileiros.  Trazendo para o contexto escolar, será que tal mudança beneficiará ou complicará a vida dos alunos? Mendes (2012, p.36) revela:

Ao ser aprovado, o Novo Acordo Ortográfico de 2009 trouxe consigo uma rejeição entre os alunos, já que algumas mudanças na grafia das palavras acarretariam uma certa dificuldade de memorização para eles, uma vez que, desde muito tempo, a mesma palavra era escrita de outra forma. (MENDES 2012, p.36)

 

Tal Ordem está causando muitas confusões nas mentes dos educandos, pois eles já possuem as antigas regras formuladas em suas cabeças, no entanto deverão reformulá-las novamente, tendo que fazer um estudo mais detalhado, para ajudar a esclarecer as tantas dúvidas. Mendes (2012, p.13) afirma que o período de aprendizagem da criança acontece:

A partir do momento que a criança entra na escola e começa o processo de alfabetização, a escrita passa a fazer parte do conjunto de dificuldades a serem enfrentadas por ela, dificuldades essas que podem perdurar por toda a vida. É como se a criança tivesse que aprender uma nova língua. Apesar disso, o ensino da ortografia é de suma importância para a formação do aluno. (MENDES 2012, p.13)

 

Para tanto, é fundamental que o professor e a escola trabalhem unidos, pois estes são os principais agentes de ensino, principalmente na fase da alfabetização.

Segundo Silva (2009, p.20):

 

A ortografia age na parte gráfica e funcional da escrita. Por isso o ensino da ortografia deve acontecer desde as séries iniciais, onde os alunos aprendem a ler escrever e falar de uma maneira correta. A ortografia é um meio eficaz de aprender a ler, escrever e falar corretamente, e é de extrema importância enfatizá-la de uma forma mais intensa no ensino. (SILVA 2009, p.20)

 

            Com tantas mudanças, é cabível ao professor agir de forma mediadora, a fim de ensinar seus discentes de maneira clara e objetiva as novas regras ortográficas. Sabemos que não será fácil para eles, pois já têm grande quantidade de informações armazenadas em sua mente, desde a antiga ortografia. No entanto, o professor não deve jamais se intimidar com os desafios, deve agir como um verdadeiro mediador proporcionando assim a autonomia dos alunos com tais conteúdos. Por mais que pareça difícil de adaptarem à Nova Ortografia, não é impossível de aprendê-la, basta esforçar e dedicar aos estudos para que os desafios sejam superados.

 

CONCLUSÃO

 

Através deste estudo foi possível conhecer as grandes transformações que a nossa língua “brasileira” passou ao longo dos tempos. A linguagem do Brasil começou a se transformar desde a época da colonização brasileira, tanto na forma oral quanto na forma escrita. É sabível que a língua utilizada pelos nativos na época do descobrimento do país era o tupi. No entanto os portugueses saíram de sua Terra com a ambição de vir para a “Terra do ouro” explorar mão de obra barata e exportar riquezas. Porém para alcançar tais objetivos era preciso que houvesse entendimento entre as línguas, tal ambição resultou nas alterações culturais dos habitantes da Terra Brasil. Trouxeram para cá missionários para lecionar para os índios, começaram as aulas catequisando os mesmos, todavia com objetivo de transformar os nativos em pessoas amigáveis, para facilitar a obtenção de mão de obra.

Trazendo para o contexto escolar brasileiro, vimos que a nossa ortografia passou mais uma vez por transformações, recentemente. Houve a unificação da Língua Portuguesa entre os países. No entanto, tais mudanças acabam confundindo as mentes de nossos alunos, já que os mesmos possuem grande quantidade de informações sobre a antiga ortografia armazenadas em suas mentes. Neste caso é fundamental que o professor aja de forma mediadora transmitido de forma clara tais conteúdos, a fim de que seus discentes esclareçam melhor suas dúvidas. Como já citado antes, por mais que pareça difícil de adaptarem à Nova Ortografia, não é impossível de aprendê-la, basta esforço e dedicação aos estudos para que os desafios sejam superados.

 

REFERÊNCIAS

BARRETO, PEIXOTO, MENDONÇA e SOARES. Um olhar crítico para os erros de grafia dos estudantes da Escola Municipal Nivalda Lima Figueiredo. Disponível em: www.unemat.br/revistas/fronteiradigital/docs/artigos/n4_2011/fronteira_digital_n4_2011art_4.pdf. Acesso em 28 de fevereiro de 2016.

 

GONÇALVES, Nadia Gaiofatto, In: Constituição histórica da educação no Brasil Curitiba: InterSaberes, 2012.

 

BETHANIA, Mariani. Colonização Lingüística. Campinas, SP: Pontes, 2004.

 

AZEVEDO, Fernando de. A cultura brasileira. 5.ed. São Paulo: Melhoramentos/INL, 1976. Parte 3: A transmissão da cultura.

 

SERRÃO, Joaquim Veríssimo. A história de Portugal. 3. ed. Lisboa: Verbo, 1982. v. 6: O despotismo iluminado (1750-1807)

 

MENDES, V. Decreto adia implementação do acordo ortográfico. 2012. Disponível em: www.estadão.com.br/noticias/geral,decreto-adia-implementação-do-acordo-ortografico,978535,0.htm. Acesso em 20 de março de 2016.

 

WAAL, Daiane. Gramática e o ensino da língua portuguesa. Disponível em: http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2003_1006.pdf. Acesso em 10 de março de 2016.

 

SILVA, Maurício (org). Ortografia da língua portuguesa: história, discurso e representações. São Paulo: Contexto, 2009.

 

CARVALHO, LEAL. Transformações linguísticas da Língua portuguesa. Disponível em: sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/eventos/article/viewFile/1424/1149 acessado em 20 de março de 2016.

 



[1] Aluna do curso de Pós-Graduação em Língua Portuguesa e Literatura do Instituto PROMINAS, Licenciada em Língua Portuguesa e Literatura (UNIJUI).

[2] Aluna do curso de Pós-Graduação em Língua Portuguesa e Literatura do Instituto PROMINAS, Licenciada em Língua Portuguesa e Língua Espanhola (UNINTER).