Buscar artigo ou registro:

 

INCLUSÃO DA CRIANÇA COM AUTISMO EM SALA

Francisca da Conceição Pereira

 

RESUMO

Quando a criança é trabalhada e estimulada desde a infância, elas se tornam capazes de na vida adulta tornar-se portadoras dos verdadeiros valores essenciais à vida. A criança com autismo apresentam prejuízos na comunicação, tanto na linguagem verbal quanto na não verbal. Muitas vezes, não conseguem entender expressões emocionais, gestos, símbolos e metáforas. Muitos desses prejuízos cognitivos associados a problemas de comportamento e de comunicação interferem consideravelmente na adaptação de uma criança à escola e a contextos sociais e familiares em geral. Elas apresentam dificuldades para resolver problemas da vida diária, para comunicar-se de maneira eficaz, para manter relacionamentos sociais e para lidar com imprevistos e dificuldades diárias. É mais do que importante que os adultos valorize os conhecimentos e a criatividade que essas crianças trazem para a sala de aula ou da sala de aula para casa, e compreender a importância existente no ato delas explorarem, pesquisarem, recriarem e criarem coisas novas, coisas que aguce a sua criatividade.

 

Palavras-chave: Inclusão. Autismo. Sala de aula

 

INTRODUÇÃO

 

O que realmente importa para a criança autista é o brincar aprendendo, é esperar curiosamente pelo inesperado, estar envolvida com o lúdico e com a possibilidade de sonhar, pois assim, ela aprende se sentindo mais realizada e mais feliz.

É importante que a Educação Infantil seja ainda mais valorizada, é importante que os governantes vejam a real necessidade de mais profissionais voltados para essa área, que entendam que a educação infantil é a base, o alicerce para bons alunos futuros, que a educação infantil é o preparo para o amanhã, que entendam que a criança com autismo em suas diversas modalidades e variações devem ser trabalhadas desde o início da escolarização e que tudo isso pode ser trabalhado de maneira lúdica, criativa e envolvente.

De algum modo, as experiências de integração e o conhecimento produzido em decorrência desse movimento abriram caminhos para a proposição de discursos e práticas que possam superar suas contradições internas.

A inclusão da criança com autismo na sala regular é de suma importância para seu desenvolvimento, é através da inclusão que as crianças autistas conseguem se interagir junto aos colegas de sala.

O professor ao trabalhar com o autista, tem que está baseado no conhecimento de sua história, essa criança se torna dependente do adulto para qualquer tipo de aprendizado. O autista tem um diagnóstico que existem três níveis: (Leve, moderado e severo).

A criança com autismo leve: É aquele que aceita com facilidade as colocações do professor e não tem dificuldade em se interagir ao meio a sociedade.

A criança com autismo moderado: é aquela que fala atrasada é incapaz de falar duas palavras aos dois anos de idade, apresenta ecolalia, ou a repetição de palavras ou grupos de palavras, muitas vezes fora do contexto etc.

A criança com autismo severo: É aquela que não fala e não consegui interagir junto a sociedade é agressiva, se bate, costuma apresenta choro sem motivo aparente, muito suscetível à sobrecarga sensorial. Irritam-se facilmente com barulho, multidões, muitas coisas ao mesmo tempo ou afago, se morde e agride o próprio colega e a se mesma. Eles tem grande interesses em tópicos particular como: trens, filmes, dinossauros e outros animais.

A criança com autismo necessita de um atendimento mais especifico em sala de aula as atividades que o professor passa para estar criança deve ser diferenciadas. Assim passada para a criança, com a ajuda de uma auxiliar; O professor consegui desenvolver as atividades com o mesmo.

 

DESENVOLVIMENTO

 

As escolas regulares tem que receber o aluno com autismo, o diretor não pode negar o direito a criança ser matriculada na escola, se caso houver rejeição pela a direção o diretor será punido com multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários mínimos. Podendo perde seu cargo e responder processo perante a justiça.

Na verdadeira inclusão social, é a sociedade que deve ser modificada para incluir todas as pessoas. Ela precisa ser capaz de atender às necessidades de seus membros. A inclusão social é um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade através de transformações, pequenas e grandes, no ambiente, espaços, equipamentos, aparelhos, utensílios, transporte e na mentalidade das pessoas, inclusive, do próprio deficiente. Assim, estaremos equiparando oportunidades para todos.

A criança autista pode apresentar aparência totalmente normal, e também um perfil irregular de desenvolvimento. O autismo é um transtorno do desenvolvimento que se manifesta através das dificuldades nas três áreas do desenvolvimento.

Interação social: A criança apresenta dificuldades em manter contato visual, brincar compartilhado, falta interesse em compartilhar prazeres ou realizações.

Comunicação: Geralmente é a primeira característica a ser observada, a criança pode apresentar ausência total da fala, atraso na fala, fala de forma ininteligível ou de maneira ecolalia, não funcional.

Dificuldades comportamentais: Interesse restrito a objetos ou partes particulares dos objetos como por exemplo, girar a roda de um carrinho por horas ao invés de explorar o brinquedo como um todo. Resistência a mudança de rotinas, estereotipias (movimentos repetitivos) e dificuldade no uso da imaginação.

Os principais sintomas do autismo, decorrentes de problemas físicos no cérebro, são: os distúrbios no ritmo de aparecimentos de habilidades físicas, sociais e linguísticas, a reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo, a fala e a linguagem ausentes ou atrasadas, certas áreas específicas do pensar, presentes ou não, ritmo imaturo da fala, restrita compreensão de ideias o uso de palavras sem associação com o significado e o relacionamento anormal com os objetivos, eventos e pessoas, respostas não apropriadas a adultos e crianças, objetos e brinquedos não usados de maneira devida. Além desses sintomas acima citados, os autistas podem apresentar agressividade, auto- agressão, agitação, irritabilidade, déficits de atenção e controle motor, temor excessivo a objetos inofensivos ou ausência de medo em resposta a perigos reais e transtornos de humor e afetivos.

Para que a criança tenha uso de estímulos visuais para estabelecimento de rotina e instruções é necessário o uso de cartazes e figuras que orientem a criança em relação às tarefas e às atividades que ela precisa realizar ou a determinados tipos de comportamento em que ela deve se envolver, como por exemplo: permanecer sentada.

Apesar dessas semelhanças, havia algumas diferenças entre o enfoque do artigo de Kanner e a perspectiva do de Asperger. Interessa-nos destacar aqui uma delas: Kanner, em 1943, não se preocupou com a educação, mas Asperger sim. Os interesses educativos de Asperger, porém, não foram dominantes nos primeiros 20 anos de estudo e tratamento do autismo infantil. Isso se deve a duas razões principais:

1º. O artigo Asperger era praticamente desconhecido fora dos círculos restritos de língua Alemã e somente em 1991, esse artigo foi traduzido para o Inglês.

2º. No primeiro momento da pesquisa do autismo, predominaram concepções dinâmicas, muito matizadas de equívocos e mitos, que não facilitavam um enfoque educacional coerente do autismo. Vale a pena comentar brevemente esse segundo aspecto, diferenciando três momentos principais de estudo do autismo: O primeiro estendeu-se de 1943 a 1963, ocupando os primeiros 20 anos de estudo da síndrome; O segundo abarcou as duas décadas seguintes, de 1963 a 1983; O terceiro perfilou-se nos últimos 10 ou 15 anos, quando foram feitas descobertas muito importantes sobre o autismo e se definiram novos enfoque para sua explicação e seu tratamento.

 

O conteúdo do programa de uma criança autista deve estar de acordo com seu potencial, de acordo com sua idade e de acordo com o seu interesse. Se a criança estiver executando uma atividade nova de maneira inadequada, é importante a intervenção rápida do professor, mesmo que para isso seja necessário segurar a mão da criança ou até mesmo dizer-lhe a resposta. (PEETERS, 1998 s/pág)

 

Segundo Peetrs, 1998 s/pág a criança com autismo deve ser bem cuidada e observada pelo o professor ao passar uma atividade, o conteúdo deve esta adequando com o suas limitações. A criança autista a partir do momento que esta inclusa na sala regular necessita de uma auxiliar para ajuda o professor no seu desenvolvimento e aprendizado, toda criança com deficiência tem o direito de se socializar ao meio a sociedade é através da inclusão na escola que ela busca sua autonomia e passa a ter sua independência na vida cotidiana.

A inclusão escolar amplia-se a cada ano em nosso país e por ter como objetivo a docência, tal fato preocupa-me e ao mesmo tempo me anima por oportunizar-me o contato com situações diversas, nas quais eu pretendo fazer um trabalho adequado e eficaz.

 

CONCLUSÃO

 

A criança com autismo (TEA), tem o direito e dever de se ingressar na inclusão escolar ao receber uma criança com TEA em sala de aula o professor tem que conhecer um pouco da teoria sobre o autismo.

Nessa “era de inclusão”, se as leis fossem cumpridas as crianças com necessidades especiais receberiam uma educação adequada e vida social de direito. Por outro lado, se simplesmente tais crianças forem colocadas dentro de uma sala de aula sem uma estrutura apropriada e sem um professor qualificado, não ocorrerá a inclusão, apenas um dado estatístico que comprovará que há uma criança a mais em sala de aula.

Este trabalho tem a intenção de resgatar a importância da inclusão da criança com autismo nas instituições de forma que os egressos aos cursos estejam preparados para vivenciar sua profissão de forma responsável com conhecimento de base, preparado para enfrentar a realidade do mundo fora dos muros valorizando e fazendo-se valorizar no mundo de trabalho.

É através destas ações que podem-se transformar a realidade vivenciada nos bancos escolares.

É sabendo ser e sabendo fazer que estara-se aptos a desenvolver a nossa profissão de maneira digna e com sabedoria.

Neste estudo, parto do pressuposto de que o trabalho de inclusão de crianças autistas na educação infantil seja para o professor e para a própria instituição de ensino um grande desafio, pois a criança autista possui muitas dificuldades em se adaptar ao meio social por apresentar características que serão abordadas no corpo do trabalho.

 

REFERÊNCIAS:

 

BRASIL, CORDE. Câmara técnica “Autismo e outras Psicoses Infanto-Juvenis”: Resultados da Sistematização dos Trabalhos. Brasília, 1996.

 

FACION, José Raimundo. Transtornos invasivos do desenvolvimento e transtorno de comportamento disruptivo. Curitiba: IBPEX, 2005.

 

FACION, José Raimundo. Transtorno invasivos do desenvolvimento associados a graves problemas de comportamento: reflexões sobre um modelo integrativo. Brasília: CORDE, 2002.

 

GAUDERER. E. Christian: Autismo Década de 80. Almed, São Paulo, 1987.

 

MANTOAN, M.T.E.(1989). Compreendendo a deficiência mental: Novos

caminhos educacionais. São Paulo: Scipione.

 

OLIVEIRA, M. K. Vygotski: Aprendizado e Desenvolvimento: um processo sóciohistórico. São Paulo: Editora Scipione. 2000. Nova Escola, maio, p. 24, 2005.