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EDUCAÇÃO E A AFETIVIDADE

Adélia Ferreira

 

RESUMO

A relação entre afetividade e aprendizagem, realizando de forma eficaz, demonstrando respeito pelo educando como um ser de infinita capacidade. O professor deve se apresentar como um mediador empregar a afetividade com seus alunos. .A presença efetiva da afetividade na sala de aula resulta em aspectos positivos na relação aluno-objeto de conhecimento. Se o aluno perceber a atitude afetiva e sua relação com o trabalho pedagógico e assim essa relação atua na aprendizagem do aluno, melhorando até sua autoestima e autoconfiança.

 

INTRODUÇÃO

 

As práticas educacionais realizadas com afetividade proporcionarão um desenvolvimento cognitivo efetivo dos educandos. A afetividade é um sentimento comum nas relações humanas, sentimento esse que dá motivação desde as ações mais corriqueiras até as mais complexas.

A importância da afetividade na aprendizagem escolar na relação aluno-professor ocorre as interações, nas quais a afetividade está presente como aspecto facilitador para o aprendizado.

Se o professor conquistar através do afeto mútuo o respeito e a confiança do aluno, isso fará com que o mesmo tenha uma maior facilidade de fazer com que o educando se aproprie do conhecimento. No processo de aprendizagem na educação infantil, que o aluno começa a desenvolver suas habilidades. Para tanto, o professor precisa conhecer o seu aluno de forma particular.

A relação professor-aluno tem sido uma das preocupações nas práticas educativas, pois muitas ações desenvolvidas no ambiente escolar acabam por fracassar.

O professor além de conhecimentos teóricos, ele precisa conhecer o seu aluno, entendê-lo, demonstrar disponibilidade de mudança, quando perceber que está cometendo certos equívocos, pois o professor não é dono do Saber, e se faz necessário, reconhecer quando existem falhas na sua prática pedagógica, o aluno deve ser encarado como o sujeito ativo, o qual deseja aprender de forma significativa, não sendo um mero expectador, em que só são repassados os conteúdos, sem haver uma preocupação por parte do professor.

 

DESENVOLVIMENTO

 

A afetividade, de acordo com Kramer, (2018, p. 5) é:

 

Um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções que provocam sentimentos. A afetividade se encontra “escrita” na história genética da pessoa humana e deve-se a evolução biológica da espécie. Como o ser humano nasce extremamente imaturo, sua sobrevivência requer a necessidade do outro, e essa necessidade se traduz em amor.

 

A aprendizagem é uma mudança fundamental que é resultado da experiência vivenciada no ambiente, onde o processo afetivo em qualquer ambiente ajuda a criança a construir o conhecimento.

 

O termo afetividade, de um modo geral, refere-se à habilidade para experimentar sentimentos positivos ou negativos e a eles reagir. É empregado no sentido da identificação dos fenômenos psíquicos e físicos, que incluem “o domínio das emoções propriamente ditas, dos sentimentos das emoções, das experiências sensíveis e, principalmente, da capacidade em de poder entrar em contato com sensações”. (MENDONÇA, , 2018 p. 59)

 

A afetividade colabora com o desenvolvimento do indivíduo. Por meio do contato com o outro a criança estabelece vínculos afetivos podem contribuem para se criar melhores condições de aprendizagem no ambiente escolar.

 

Muitos alunos há cuja inteligência foi bloqueada por motivos afetivos; outro há cuja afetividade não resolveu determinados problemas, apresentando falha no comportamento. A afetividade constitui a base de todas as reações da pessoa diante da vida de todos os seus acontecimentos, promovendo todas as atividades ” (MENDONÇA, , 2018 p. 59).

 

Os aspectos afetivos devem ser trabalhados pelos professores na relação ensino-aprendizagem. Pois, o educador é o mediador entre a criança e o conhecimento. A afetividade é vital para todos os seres humanos, pois, as relações construídas com o outro durante a vida que proporcionam grandes elos de aprendizagem. Vygotsky (2003, p. 121) diz que:

 

As reações emocionais exercem uma influência essencial e absoluta em todas as formas de nosso comportamento e em todos os momentos do processo educativo. Se quisermos que os alunos recordem melhor ou exercitem mais seu pensamento, devemos fazer com que essas atividades sejam ensinadas e instigadas emocionalmente. A experiência e a pesquisa têm demonstrado que um fato impregnado de emoção é recordado de forma mais sólida, firme e prolongada que um feito indiferente.

 

A escola precisa ser vista como um lugar onde a estimulação afetiva é necessária e possível.

 

Por meio da afetividade e do processo de cuidar da criança, o educador colabora com o desenvolvimento da autonomia, autoestima e interrelação da criança com o seu ambiente e sociedade. O educador que é o mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento deve dar oportunidades aos alunos de vivenciarem espaços e situações, de forma que os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas sejam bem articulados (MENDONÇA. 2018).

 

A ausência de afetividade na relação professor- aluno pode trazer sérias consequências ao educando, como o desinteresse, pois a escola, por ser o primeiro agente socializador fora do círculo familiar da criança, torna-se a base da aprendizagem se oferecer todas as condições necessárias para que ela se sinta segura e protegida.

Sabe-se que muitos estudiosos e pesquisadores construíam trabalhos significativos nas escolas em relação o processo de aprendizagem interação social. Na escola, pode-se dizer que a interação professor-aluno é imprescindível para que ocorra o sucesso no processo ensino aprendizagem.

Gasparin, (2015) descreve que de acordo com as abordagens de Paulo Freire, percebe-se uma vasta demonstração sobre esse tema e uma forte valorização do diálogo como importante instrumento na constituição dos sujeitos. No entanto, esse mesmo autor defende a ideia de que só é possível uma prática educativa dialógica por parte dos educadores, se estes acreditarem no diálogo como um fenômeno humano capaz de mobilizar o refletir e o agir dos homens e mulheres. E para compreender melhor essa prática dialógica, Freire acrescenta que:

 

Assim, o professor através de sua relação com o alunos estará conquistando em relação aos alunos através da articulação das experiências dos alunos com o mundo, levando-os a refletir sobre sua prática docente.

 

Gasparin, (2015) descreve que já para Vygotsky, a ideia de interação social e de mediação é ponto central do processo educativo. Pois para o autor, esses dois elementos estão intimamente relacionados ao processo de constituição e desenvolvimento dos sujeitos. A atuação do professor é de suma importância já que ele exerce o papel de mediador da aprendizagem do aluno.

Certamente é importante a relação professor e aluno, em relação à aprendizagem na escola, pois a escola é um local que busca promover a interação, construção, de valorização e respeito.

Charlot, (2015) descreve que na teoria de Vygotsky, é importante perceber que como o aluno se constitui na relação com o outro, a escola é um local privilegiado em reunir grupos bem diferenciados a serem trabalhados. Essa realidade acaba contribuindo para que, no conjunto de tantas vozes, as singularidades de cada aluno sejam respeitadas. Portanto, para Vygotsky, a sala de aula é, sem dúvida, um dos espaços mais oportunos para a construção de ações partilhadas entre os sujeitos.

Na escola deve haver uma interação constante no processo ensino aprendizagem. Pode-se dizer também que o ato de educar pode ser constantemente nutrido pelas relações estabelecidas entre professor-aluno

 

CONCLUSÃO

 

A relevância da afetividade para aprendizagem significativa só é estimulada através da vivencia, onde o professor/educador estabelece vínculos de afeto com o educando. Sabe-se que toda criança precisa de estabilidade emocional para aprender, e a afetividade é eficaz nesse processo.

A influência da afetividade na relação professor-aluno no momento de ensino-aprendizagem identificou uma natureza afetiva. O comportamento afetivo do professor influência na aprendizagem, na relação do aluno com o objeto do conhecimento e transmissão e produção de conhecimento

De fato, acredita-se que a relação de afeto é uma importante ferramenta no auxílio do professor, em sala de aula para alcançar a atenção do aluno que querer aprender e ao mesmo tempo tornar-se participativo. O afeto o poder de derrubar muralhas de romper bloqueios e também de promover um bem estar no aluno. Diante dessa reflexão descreveremos no próximo capítulo a questão da afetividade.

 

REFERÊNCIAS

 

CHARLOT, B. Relação com o saber, Formação dos Professores e Globalização. Porto Alegre: Artmed, 2015.

 

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3 ed. Campinas: Autores Associados, 2015

 

KRAMER, Sonia. Alfabetização, leitura e escrita: Formação de professores em curso. São Paulo: Ática, 2018.

 

MENDONÇA, M. A.; TAVARES, H. M.. Afetividade: O fio condutor na educação infantil.–Uberlândia: Faculdade Católica de Uberlândia, 2018. XII p.

 

VYGOTSKY, L. S. A educação do comportamento emocional. In: Psicologia Pedagógica: edição comentada. Porto Alegre: Artmed, 2003.