PROJETO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO: O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Francieli Oliveira da Silva
Edna Maria Machado de Mattos
Maria Socorro Silva Pereira Brito
Gleicieli Oliveira da Silva Nascimento
RESUMO
O Projeto de Ensino em Educação tem como objetivo relatar O lúdico na Educação Infantil à importância dos jogos e brincadeiras, como recurso pedagógico para o desenvolvimento da criança. A aprendizagem de forma lúdica utilizando os jogos e a brincadeiras leva a criança ao desenvolvimento integral, pois insere a criança no meio social, desperta a imaginação, traz momentos de alegria, aprimora a sociabilidade, faz com que a criança exercite habilidades e potencialidades, desenvolvendo a expressão oral e corporal e reduzindo a agressividade. Além de ser diversão, proporciona ao aluno o desenvolvimento em sala de aula, auxiliando na estruturação do pensamento, na construção simbólica, estimulando a linguagem e a coordenação motora etc. O professor é o mediador da aprendizagem, que está aberto a inovações mostrando-se eficaz e comprometido, sendo espontâneo e criativo no seu fazer educacional, fazendo à diferença no ensino, procurando adequar às novidades da tecnologia atual, inserindo atividades, preparar aulas dinâmicas e pensar no aluno como um ser único que sente e age de acordo com que acontece ao seu redor. A evolução do jogo infantil realizado por Jean Piaget dividiu em três categorias; o jogo do exercício sensório-motor, o jogo simbólico e o jogo de regras. A criança desenvolve a afetividade no meio escolar, conhecimento construído através da vivência, por interagir com outras crianças, educadores e familiares, desenvolvendo a sensibilidade, a autoestima, o raciocínio, o pensamento e a linguagem, por meio do seu corpo. Esse processo é continuo e extremamente importante para o desenvolvimento da criança.
Palavras-chave: Jogos e Brincadeiras. Aprendizagem. Conhecimento.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo mostrar, a importância do lúdico na Educação Infantil, pois o mesmo permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento da aprendizagem e do desenvolvimento.
O lúdico é importante para o desenvolvimento da criança, pois merece a atenção dos educadores. Pois Cada criança é um ser único, com anseios, experiências e dificuldades diferentes. Consequentemente nem sempre um método de ensino atinge a todos com a mesma eficácia de aprendizagem, o professor deve utilizar variados mecanismos de ensino trabalhando com o lúdico, às atividades deve estimular o interesse, criatividade, interação, capacidade de observar, experimentar, inventar e relacionar conteúdos e conceitos. Independente da época, cultura classe social, os jogos e brinquedos fazem parte da vida da criança, pois os mesmos vivem em um mundo de fantasia, de encantamento, de alegria e sonhos onde a realidade e o faz de conta se confundem.
A ludicidade é um assunto que tem conquistado espaço no panorama nacional, principalmente na educação infantil, por ser o brinquedo uma essência da infância seu uso permite um trabalho pedagógico, permitindo a produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento.
Kishimoto (1993, p.7) afirma: “Cada tempo histórico possui uma hierarquia de valores que oferece uma organicidade a essa heterogeneidade. São esses valores que orientam a elaboração de um banco de imagens culturais que se refletem nas concepções de criança e de seu brincar.”
O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, sendo a necessidade da personalidade, do corpo da mente, pois estão presente na vida do ser humano há milhares de anos, por isso toda criança cria e vive momentos lúdicos, independente do local onde esteja e das condições físicas e econômicas, até no período medieval ou qualquer outro período da sociedade a ludicidade sempre fez parte do desenvolvimento infantil, não e um tema desconhecido, muito menos novo. Atualmente percebe-se uma evidencia maior sobre o assunto, devido a novas pesquisas e a busca de padrões educacionais.
De acordo com (Kishimoto, 2002, p.146), “por ser uma ação iniciada e mantida pela criança, a brincadeira possibilita a busca de meios, pela exploração ainda que desordenada, e exerce papel fundamental na construção de saber fazer”. As brincadeiras consistem uma forma original que a criança se relaciona e se apropriar do mundo.
Os primeiros sinais de valorização da atividade lúdica tiveram inicio no século XVI, sendo resgatados pelos humanistas, perceberam o valor educativo das atividades lúdicas, mas como forma bajulação ou paparicação, uma maneira de agradar ou recompensar.
A metodologia lúdica faz com que o aluno aprenda com prazer, alegria e entretenimento, sendo um processo contínuo que depende de várias metodologias e estratégias para o ensino e aprendizagem.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O Lúdico tem origem na palavra latina Ludus, que significa jogo. Caso ficasse restrito ao seu significado puro e simples, o termo lúdico estaria se referindo ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. De acordo com Almeida (2006), o lúdico passou a ser reconhecido como uma das formas utilizadas para o estudo do comportamento humano. O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, passando a ser necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente. Para PIAGET (1967) “o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”.
Segundo kishimoto (2002, p.28) diz que os jogos são criados e recriados pelo o homem. “A criança é um ser em pleno processo de apropriação da cultura, precisando participar dos jogos de uma forma espontânea e criativa”. Pois desenvolve a curiosidade, a criticidade, a confiança e a participação e o conhecimento no mundo da cultura.
Segundo Kishimoto,( 1993, p.110):
Brincando [...] as crianças aprendem [...] a cooperar com os companheiros [...], a obedecer às regras do jogo [...], a respeitar os direitos dos outros [...], a acatar a autoridade [...], a assumir responsabilidades, a ceitar penalidades que lhe são impostas [...], a dar oportunidades aos demais [...], enfim, a viver em sociedade.
A brincadeira é uma atividade livre e espontânea, sendo uma concepção da cultura. A aprendizagem se dá por meio das interações e do convívio com os outros por meio do ato de brincar. Por meio de processar e assimilar os assuntos e entender o mundo, brincar de faz-de-conta.
Os primeiros anos de Educação Infantil consistir na concretização dos saberes vivido pela criança, esses saberes envolve a ludicidade, pois a criança necessita de situações concretas e táteis para a compreensão do conhecimento e valores a fim de alcançar uma aprendizagem significativa.
Envolver atividades lúdicas, como: ouvir música, adivinhações, cantigas de roda, história em quadrinhos, vídeos, jogos, jogos digitais, jogos on-line etc. São momentos em que a criança fica motivada e envolvida de maneira que as descobertas vão naturalmente acontecendo, aprimorando novos conhecimentos no dia a dia, através da interação entre ambientes físicos e sociais.
No ato de brincar, podemos encontrar tanto a presença do conhecimento científico quanto do conhecimento espontâneo. Observar e trabalhar com o brincar permite que o professor identifique as relações que a criança estabelece entre esses dois tipos de conhecimento, possibilitando verificar se esses conhecimentos estão alinhados, se existe uma discrepância ou descompasso entre eles e, dessa forma, pode auxiliar o aluno na formação do conceito. (MEC, SEB, 2014, P. 38)
O dia a dia da criança deve ser permeado de atividades lúdicas, o professor deve ser o mediador, estimulando a criança perguntar, dar opinião, dialogar, estarem abertas as curiosidades, enquanto fala ou enquanto ouve. Assim a criança vai construindo sua identidade e obtendo interação com os outros colegas, auxiliando na construção de novas descobertas e favorecendo o desenvolvimento de habilidades e de conhecimentos.
Conforme os PCNs (1997), “cabe ao professor organizar e coordenar as situações de aprendizagem, adaptando suas ações às características individuais dos alunos, para desenvolver suas capacidades e habilidades intelectuais”.
Planejar é fundamental, em qualquer área profissional. Não se pode imaginar uma proposta de trabalho, que atenda todas as expectativas, sem o devido planejamento. É preciso saber o que pretende alcançar e por caminho trilhar, quando o professor planeja, não faz ideia dos rumos que o conteúdo ou aquela aula tomará com seus alunos, por isso a importância da flexibilidade, entra o conhecimento, o acompanhamento, a mediação do professor em realizar os ajustes necessários, tanto para o avanço quanto para a retomada de um terminado exercício.
Segundo Silva (2003, p. 11):
Faz-se necessário ao educador, na intenção de alcançar o desenvolvimento esperado dos seus alunos, buscar estratégias passíveis de acompanhar o desenvolvimento das crianças em suas singularidades, de forma a verificar qual o seu percurso na construção de seus conhecimentos visando uma mediação segura, eficaz e desafiadora às novas descobertas.
Para Vygotsky (1993, p.94), “[...] o aprendizado das crianças começa muito antes delas frequentarem a escola. Qualquer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem sempre uma história prévia”. As crianças vivenciam suas experiências mesmo antes de entrar na escola, basta o professor preencher essas experiências no ensino e na aprendizagem.
Para Antunes (1998, p.36), a aprendizagem ocorre “pela transformação, pela ação facilitadora do professor, do processo de busca do conhecimento, que deve sempre partir do aluno”. Ou seja, o professor tem de estimular o aluno a debates, pesquisas, tirar dúvidas, entre outros, num ambiente que transpira aprendizagem por todos os lados, sendo o mediador do conhecimento no meio social.
Segundo LIBÂNEO, (1994, p. 87):
A aprendizagem escolar tem um vínculo direto com o meio social que circunscreve não só as condições de vida das crianças, mas também a sua relação com a escola e estudo, sua percepção e compreensão das matérias. A consolidação dos conhecimentos depende do significado que eles carregam em relação à experiência social das crianças e jovens na família, no meio social, no trabalho.
Incluir jogo ou brincadeira, é forma de aprendizagem, acercar-se subsídios para o desenvolvimento do aluno, enquanto indivíduo, e para a construção do conhecimento, no dia a dia, e no meio social, pois a cada fase os alunos experimentam novos desafios transformando em conhecimento e fazendo parte do seu cotidiano. Independentemente da época ou do local vivido, a ludicidade aparece no ser humano de forma natural e espontânea, aprimorando novos conhecimentos e obtendo aprendizagem.
2.1 A EVOLUÇÃO DO JOGO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Na criança o jogo manifesta, inicialmente, ou seja, atitudes egocêntricas e espontâneas, pois ela acredita que tudo acontece por causa dela, e se considere o centro das atenções: o mundo existe em função dela.
De acordo com Almeida (2000), os jogos tornam-se significativos à medida que a criança se desenvolve, pois, a partir da manipulação de vários e diferentes materiais que a rodeiam e que serve de estímulo, ela passa a reconstruir suas ações, reinventando as coisas, o que exige uma adaptação mais completa.
De acordo com Rizzi e Haydt (2001), em estudo realizado por Jean Piaget sobre a evolução do jogo na criança, dividiu –se a estrutura do jogo infantil em três categorias: o jogo do exercício sensório- motor, o jogo simbólico e jogo de regras.
2.1.1 O JOGO EXERCÍCIO SENSÓRIO-MOTOR
Nos primeiros meses de vida, a criança demostra o impulso da ludicidade, que consiste no surgimento do reflexo através repetição de gestos e movimentos simples.
Segundo Almeida (2000, p.42):
Nesta fase a criança desenvolve seus sentidos, seu movimentos, seus músculos, sua percepção e seu cérebro. Olhando, pegando, ouvindo, apalpando, mexendo em tudo que encontra a seu redor, ela se diverte e conquista novas realidades. Em sua origem sensório-motora, o jogo para ela é pura assimilação do real ao ‘eu’ e caracteriza as manifestações de seu desenvolvimento. O bebê brinca com o corpo, executa movimentos como estender e recolher braços, as pernas, os dedos, os músculos.
Nesta fase do desenvolvimento, o estímulo dos pais e dos professores da Educação Infantil e fundamental de novas descobertas, sendo importante apresentar para a criança o máximo possível de experiência, para que ela possa aguçar todos os seus sentidos em diferentes atividades e oportunidades de ação.
2.1.2 O JOGO SIMBÓLICO
Do segundo ao sexto ano de vida, a criança se desenvolve a partir da assimilação do real, através da representação da imaginação, do mundo do faz de conta,
De acordo com (ALMEIDA 2000, p.47):
É a fase em que, sob a forma de exercícios psicomotores e simbolismo, a criança transforma o real em função das múltiplas necessidades do seu ‘eu’. [...] . Os jogos de que as crianças mais gostam são aqueles em que seu corpo está em movimento; elas ficam contentes quando podem movimentar-se, e é essa movimentação do corpo que torna seu crescimento físico natural e saudável. [...] È a fase em que a criança imita tudo e tudo quer saber (fase do porquê).
Nesta faze a criança não consegue seguir regras, por mais simples que elas pareçam. Segundo Chaparède (1956), o que acontece na maioria dos casos é que elas apenas não conseguem lembrar todas as regras.
De acordo com Almeida (2000, p.48), “Nesta fase, a criança reúne-se com outras crianças para brincar, mas ainda age sem observar regras. No jogo todas ganham e todos perdem.”
2.1.3 O JOGO DE REGRAS
O jogo de regras é a fase que começa se manifestar dos sete aos doze anos de vida. O que caracteriza este jogo é ser regulamentado e pressupõe a existência de parceiros, o fato de ganhar ou perder toma proporções bem definidas, por isso é necessário despertar na criança espírito de cooperação, criar mecanismo de preparação para uma competição sadia, na qual impera o respeito ao outro, a participação e orientação dos professores e pais é fundamental.
Segundo Almeida (2000, p.51):
Nesta idade criança começa a pensar inteligentemente, com certa lógica. Começa a entender o mundo mais objetivamente e a ter consciência de suas ações, discernindo o certo do errado. Nesta fase os jogos transformam-se em construções adaptadas, exigindo sempre mais o trabalho efetivo e participativo do processo de aprendizagem, que começa a sistematizar o conhecimento existente. O sentido de trabalho – jogo se define como algo inerente, e os trabalhos escolares passam a ter seriedade quando as crianças aprendem a ler escrever, a calcular, porque é por meio da atividade-jogo que a criança preserva o esforço de ser dar por inteiro na atividade que realiza.
Nesta fase, é importante oferecer atividades que envolva música, a corporeidade, a dramatização, evidenciando o trabalho em grupo e a sua organização.
Almeida (2000, p.52) afirma que “[...] a partir dessa idade, as brincadeiras, a prática esportivas, os jogos- sejam construtivos, descobertas, agrupamentos, comunicativos, musicais -, bem como os brinquedos, aparecem sempre sob a forma de interação social, munidos de regras.”
2.2 O JOGO E A BRINCADEIRA COMO RECURSO PEDAGÓGICO
Os jogos e brincadeiras na Educação Infantil, aliados com o ensino dos conteúdos escolares, mediados pelo o professor, podendo ser uma forma integrar no desenvolvimento da aprendizagem completa de fatores sociais, educacionais e psicológicas. A ludicidade estimula o desenvolvimento de habilidades reflexão, cooperação, enfatizando valores e conhecimento, através de brincadeiras produtivas estimulando o imaginário do aluno.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p.28):
As brincadeiras de faz de conta, os jogos de construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro), jogos tradicionais, didáticos, corporais etc. propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis por meio da atividades lúdica. É o adulto, na figura do professor, portanto, que na instituição infantil ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. Consequentemente é ele organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar. Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades sociais de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais de que dispõem.
Nos momentos das brincadeiras no pátio da escola ou no parque, nos momentos das refeições e da higiene, nas atividades educativas, nas brincadeiras de roda ao contar história etc., a ação pedagógica está ao mesmo tempo divertindo e educando.
Desta forma, o lúdico torna o momento de ensino agradável, prazeroso, divertido e ao mesmo tempo rico em conhecimento. De acordo com Kishimoto(2002,p.146), “[...] por ser uma ação iniciada e mantida pela a criança, a brincadeira possibilita a busca de meios, pela exploração desordenada, e exerce papel fundamental na construção de saber fazer.
Vigotsky (1987, p. 149) afirma “o jogo é considerado um estímulo à criança no desenvolvimento de processos internos de construção do conhecimento e no âmbito das relações com os outros”.
A importância dos jogos é a facilidade que o mesmo possui componentes do cotidiano da criança e o envolvimento despertando o interesse do aprendiz, tornando o aluno ativo no processo de aprendizagem, e o professor sendo o mediador, possibilitando situações tirar proveito de forma correta, tendo o planejamento da utilização dos jogos no processo ampliarem o desenvolvimento das atividades que permitam soltar a criatividade, imaginação e aprender.
2.3 A LUDICIDADE COM A AFETIVIDADE
A afetividade é considerada o elemento propulsor das emoções, dos sentimentos, das experiências, do conhecimento construído através da vivência, na qual o educador estabelece um vinculo de afeto com os educandos, proporcionar as crianças experiências lúdicas, prazerosas, diversificada e enriquecedoras, fortalecendo o autoestima e o desenvolvimento da capacidades.
Segundo Almeida (2011, p.1):
A afetividade é estimulada por meio da vivência, na qual o educador estabelece um vínculo de afeto com o educando. A criança necessita de estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem. O afeto pode ser uma maneira eficaz de se chegar perto do sujeito e a ludicidade, em parceria, um caminho estimulador e enriquecedor para se atingir uma totalidade no processo de aprender.
A criança desenvolve sua capacidade afetiva, a sensibilidade, a autoestima, o raciocínio, o pensamento e a linguagem, por meio do seu corpo, e do ambiente que vive e por meio da interação com outras crianças, educadores e familiares. Esse processo é continuo e extremamente importante para o desenvolvimento e aprendizagem da criança.
2.4 A MUSICALIZAÇÃO E A LUDICIDADE
A maioria das crianças recebem os primeiros estímulos musicais ainda no ventre materno quando a mãe canta suavemente para acalantar o bebê: é neste momento que a memória sonora das crianças começa a ser formada. Portanto o estímulo musical esta presente no desenvolvimento da criança, desde o ventre materno.
Segundo Jeandot (1993, p.18): [...] “quando a criança nasce, entra imediatamente em contato com universo sonoro que a acerca”. [...] Mesmo antes de nascer, ainda no útero materno, a criança já toma contato com um dos elementos fundamentais da musica-o ritmo, através da pulsação do coração de sua mãe.
A brincadeira musical na Educacional Infantil deve focar ações como: a escuta de músicas e diferenciação de som e silêncio, a exploração dos sentimentos através da música a criação musical livre e com regras etc. Portanto se for bem trabalhada desenvolve na criança o raciocínio, a criatividade e a possibilidade de descoberta de novos dons e aptidões, mas também para o reconhecimento do seu corpo, suas possibilidades e limitações espaciais, temporais e laterais por isso se torna relevante o recurso didático, devendo estar presente nas salas de aulas. Pois a musicalização e não deixa de ser uma atividade lúdica.
2.5 JOGOS E BRINCADEIRAS
Sabemos que o aprendizado se dá, a partir das experiências que as crianças desenvolver no dia a dia, é através disso que o professor desenvolvera jogos e brincadeira aperfeiçoando a aprendizagem no aluno e é brincando que se aprende. É através do jogo ou da brincadeira que as crianças perpetuam as brincadeiras tradicionais, sendo preservadas e recriadas em todas as novas gerações como; a amarelinha, balanço de corda, bambolê, bolinha de sabão, balão, pular corda, carrinho de rolimã etc.
Com tudo isso a seu favor o professor consegue fazer com que a criança possa se desenvolver e experimentar novos desafios, transformado em conhecimento fazendo parte do seu cotidiano.
2.5.1 A AMARELINHA
O jogo da Amarelinha ajuda as crianças a conhecer e a escrever os números, despertando o raciocínio lógico matemático, saltos ou pulos que as crianças terão que dar lhes dará mais agilidade, coordenação e força, auxiliando o desenvolvimento motor das crianças.
Segundo Lima (1999, p.29),
[...] a utilização do brincar como recurso pedagógico tem de ser vista, primeiramente, com cautela e clareza. Brincar é uma atividade essencialmente lúdica; se deixar de sê-lo, descaracterizar –se –á como jogo ou brincadeira. Como atividade infantil, na qual há construção de conceitos, eles podem e devem ser utilizados na escola […]
FIGURA 1- AMARELINHA
Fonte:<https://www.google.com.br/search?q=pular+amarelinha&rlz=1C1AVFC_enBR753BR753&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwibl-P-hNrWAhVHEJAKHc2MBpAQ7AkIMQ&biw=1366&bih=662>. Acesso em : 01 setembro.2017.
O jogo e a brincadeira é fornecer subsídios para o desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo e para a construção do conhecimento e da afetividade.
As brincadeiras por ser diversão, proporcionam a estruturação do pensamento, na construção simbólico, estimulando a linguagem e a coordenação motora etc.
2.5.2 PULAR CORDA
Pular corda consiste na brincadeira conhecida e divertidas da infância, pôr serem um exercício físico, para a saúde e nos momentos de diversão. A criança tanto pode pular corda sozinha ou em grupo, tanto na escola, em casa etc. A criança desenvolvera habilidades motoras ao saltar com um e dois pés, agachar, girar e equilibrar-se e obtendo agilidade, fazendo parte do jogo, é uma ferramenta muito divertida para combater o risco de uma vida sedentária com a qual estamos envolvidos na sociedade.
FIGURA 2 – PULAR CORDA
FONTE:<https://www.google.com.br/search?q=pular+corda&rlz=1C1AVFC_enBR753BR753&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwjUqL76hNrWAhVCDZAKHQhSA44Q7AkIag#imgrc=uAbQkSeKUXMfbM:>. Acessoem: 01setembro.2017.
Quando se brinca de corda, trabalha-se a coordenação dos movimentos amplos, o equilíbrio, o ritmo e a memória.
2.5.3 BRINCADEIRAS DE RODA
As brincadeiras de roda ajudam a sociabilizar e desinibir as crianças, uma vez que exige o olhar frente a frente, o toque corporal, a exposição, pois cada um deve se apresentar no centro da roda, auxiliando no desenvolvimento da expressão corporal, senso rítmico e organização coletiva. Sendo um elemento importante para a integração e o lazer infantil.
FIGURA 3- BRINCADEIRA DE RODA
FONTE:<https://www.google.com.br/search?q=brincadeira+de+roda&rlz=1C1AVFC_enBR753BR753&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwjsr_mMjdrWAhVIi5AKHa1ZBQMQ7AkIRQ&biw=1366&bih=613. Acesso em: 05setembro. 2017.
Ao brincar quando se utiliza o faz de conta, a criança expressa à compreensão da realidade vivenciada, reconstruindo o seu significado, flutuando entre o real e um mundo de fantasia, de imaginação, onde poderá sentir medo ou angústia. Com o a brincadeira a criança adquire a afetividade e consegue desenvolver-se com determinação.
2.6 ALGUMAS DAS LINGUAGENS UTILIZADAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Sabemos que o aprendizado infantil se da, a partir das experiências que as crianças tiverem no seu dia a dia, e através disso o professor consegue abordar vários tipos de linguagens utilizando o lúdico, desenho, pintura, jogo, brinquedo, corporal, dança, teatro, música, mídia, e, também, oralidade e escrita. Com tudo isso a seu favor o professor consegue fazer com que a criança possa se desenvolver a cada descoberta através das linguagens trabalhadas em sala.
2.6.1 TEATRO
A capacidade de fazer de conta é uma das características mais relevantes da infância, pois está diretamente ligada ao desenvolvimento intelectual e físico da criança. Quando imagina que é um policial à procura de um bandido, a criança elabora respostas distintas e coloque em pratica seu personagem, estabelecendo movimentos que ampliam a consciência e a expressão corporais. Por isso, os jogos teatrais são ótimos para desenvolver a relação da criança com o próprio corpo, e com o espaço. São jogos de construção em que a consciência é trabalhada de forma gradativa em direção à articulação da linguagem artística teatral. "Nesse processo de construção da linguagem, a criança estabelece com seus pares uma relação de trabalho, combinando a imaginação dramática com a prática e a consciência na observação das regras". Ainda segundo Sousa e Alves (2011, p. 7), a dramatização,
Não é somente uma realização de necessidade individual na interação simbólica com a realidade, proporcionando condições para um crescimento pessoal, mas uma atividade coletiva em que a expressão individual é acolhida. Ao participar de atividades teatrais, o indivíduo tem a oportunidade de se desenvolver dentro de um determinado grupo social de maneira responsável, legitimando os seus direitos dentro desse contexto, estabelecendo relações entre o individual e o coletivo, aprendendo a ouvir, a acolher e a ordenar opiniões, respeitando as diferentes manifestações, com a finalidade de organizar a expressão de um grupo.
FIGURA 4- TEATRO
FONTE:<https://www.google.com.br/search?q=teatro+infantil&rlz=1C1AVFC_enBR753BR753&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi02PPIgtrWAhXJhJAKHQyRDDwQ_AUICygC&biw=1366&bih=662>. Acesso em: 05setembro. 2017
O teatro tem como embasamento a experiência de vida, conhecimentos e sentimento, sua ação é uma, organização desses conteúdos individuais e grupais. A criança, ao começar a frequentar a escola, possui a capacidade da teatralidade como um potencial e como uma prática espontânea vivenciada nos de faz-de-conta, e na convivência do seu dia a dia. Cabe à escola estar atenta ao desenvolvimento dessas dramatizações oferecendo condições para que a criança possa se desenvolver e expressar seus sentimentos e sua criatividade usando a linguagem dramática.
Os professores devem compreender a atividade teatral como uma combinação de atividade para o desenvolvimento do indivíduo, auxiliando no processo de socialização, compreendendo que é um exercício de convivência democrática, uma atividade artística com preocupações de organização e regras, o teatro ajuda na imaginação, percepção, emoção, intuição, memória e raciocínio.
2.6.2 DESENHO E PINTURA
Os primeiros rabiscos da criança são chamados de garatuja, a criança esta interessada no efeito surpreendente ao passar o lápis vai obter uma representação de algo sobre o papel e servira de base para que futuramente a criança desenvolva sua facilidade em ampliar seu conhecimento na arte. E para que isso aconteça devem ser oferecidas a ela várias possibilidades para que se expresse e melhore suas habilidades motoras e enriquecendo seu repertório.
Deve-se oferecer à criança materiais diversificados. Papéis de várias texturas, pincéis, lápis e canetas de espessuras diferentes, tintas coloridas, essas variedades de materiais vão estimular novas ideias e perspectivas na criança, tendo a oportunidade de testar um novo material, um novo posicionamento diante da atividade que surgirá.
Segundo Nunes e Silva (2007. p. 7 ):
Existe uma grande relação entre o ato de desenhar com a linguagem falada e escrita, que esta por sua vez é uma etapa próxima da criança no processo de apropriação do conhecimento, a criança consegue desenhar quando a linguagem falada já está bem formada. Seus desenhos são de memória e eles não tem nada em comum com o objeto original. Existem também os “desenhos de raios-X”, na qual a criança desenha partes que na verdade não se pode ver, como por exemplo, o dinheiro dentro da carteira. E o desenho que exclui partes do corpo como pernas e braços.
Quanto ao desenho, a criança tende a desenhar além do que vê no objeto, pois, sua mão começa a fazer movimentos inconscientes e prazerosos até chegar a um traçado organizado, que acaba aparecendo no papel.
FIGURA 5- DESENHO E PINTURA
FONTE:<https://www.google.com.br/search?q=desenho+e+pintura+nas+multiplas+linguagem+da+educaçao+infantil> Acesso em: 05 setembro. 2017.
As crianças desenham sobre diferentes apoios e com diversos materiais. Através dos traçados procura-se conhecer, reconhecer-se e ser reconhecido. As crianças utilizam a sua realidade para colocar em seus traços e cores. Dessa forma, o professor deve estar com as crianças, observando, preparando junto com elas espaços apropriados para que elas possam se expressar e aprender ainda mais.
2.6.3 LINGUAGENS ORAL E ESCRITA
A fala é o principal veiculo de comunicação entre criança, familiares, professores e colegas. Por meio da fala, a criança expressa seus sentimentos, desejos ou angústia. A leitura também faz parte da linguagem oral, e não é só á leitura de livros, mas a de objetos, imagens ou musicas, ajudará no desenvolvimento da criança.
A linguagem escrita, ela acontece, dentro do processo construído com a criança. Na Educação Infantil vai avançando sua etapa alfabética na medida em que mantém contato com as letras e os livros, obtendo o mundo de descobertas e aprendizagem. Segundo Cruviel, Lima e Alves (2013. Pg 03 e 04), afirma:
… linguagem oral tem uma função essencial no desenvolvimento da criança, ela é o principal meio de comunicação das crianças, é por meio dela que a criança amplia seu contato com o mundo de pessoas e objetos que a rodeiam. As crianças da educação infantil não terão mais tempo e ambiente para brincadeiras, pois agora elas estarão ocupadas com as tarefas de escrita e assim as crianças deixam de forma suas bases necessárias para aprendizagem da escrita à função simbólica que se forma na pintura, desenho, na modelagem a necessidade de expressão que se forma com a vivência em atividades que tenham sentido e significado para as crianças.
Para as crianças da educação infantil, a aprendizagem da linguagem oral e escrita é um dos pontos importantes para que possam ampliar suas possibilidades de inclusão e de participação nas diversas práticas sociais e convívio familiar.
FIGURA 6- LINGUAGENS ORAL E ESCRITA
FONTE:<https://www.google.com.br/search?q=IMAGENS+LINGUAGENS+ESCRITA+E+ORAL&rlz=1C1AVFC_enBR753BR753&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwjTgIObldrWAhXHf5AKHYITA28QsAQIKA&biw=1366&bih=613>. Acesso em: 05 setembro. 2017.
Na educação infantil, quando se promove experiências de aprendizagem da linguagem, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Quando o professor da à oportunidade e estimula à criança ela representa a história ouvida ou até mesmo se expressa com algo do seu cotidiano vivido com sua família.
2.7 OFICINAS LUDOPEDAGÓGICA
Caracteriza por ser uma ação espontânea e por promover momentos singulares de vivência, despertando a autonomia. Quando a criança brinca sozinha ou com outra criança, com o objeto com o meio, ela manifesta desejos, cria desafios, reformula ideias e conceitos já incorporados. É interessante que o professor estimule essas atividades, pois é possível perceber e analisar conflitos que a criança vive.
2.7.1 BRINQUEDOTECA
A brinquedoteca é instituição recreativa pode ser implantada na escola ou em outros locais, resgatam o espaço de brincar livremente.
Segundo Santos (2000, p.58):
Falar sobre brinquedoteca é [...] falar sobre os mais diversos espaços que se destinam à ludicidade, ao prazer, às emoções, ás vivencias corporais, ao desenvolvimento da imaginação, da criatividade, da autoestima, do autoconceito positivo, da resiliência, do desenvolvimento do pensamento, da ação, da sensibilidade, da construção do conhecimento e das habilidades.
FIGURA 7- BRINQUEDOTECA
FONTE:<https://www.google.com.br/search?q=fotos+brinquedoteca+escolar&rlz=1C1AVFC_enBR753BR753&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwieyoTcmtHXAhUHHZAKHWa_AqIQsAQIJQ&biw=1366&bih=662#imgrc=Z A>. Acesso em: 05 setembro 2017.
Na escola seu bom funcionamento, é necessário estar fundamentada em objetivos e ações bem definidas que ajude promover o desenvolvimento infantil.
2.7.2 CANTO DOS ESPELHOS
Dispor vários espelhos de tamanhos e formatos variados, para que a criança possa observar-se reconhecer seu próprio corpo. Adquirindo o conhecimento, as mudanças de gestos, aprendizagem e afetividade.
FIGURA 8- CANTO DO ESPELHO
FONTE:<https://www.google.com.br/search?q=cantos+espelho+para+educa%C3%A7ao+infantil&rlz=1C1AVFC_enBR753BR753&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwjc0uOYntHXAhWCl5AKHXw0Bx8QsAQIJQ&biw=1366&bih=613#imgrc=YJ9DvvtNnYNE7M:>.Acesso em: 05 setembro 2017.
Os alunos obtém o conhecimento ao olhar no espelho, mudanças de gestos, aprendizagem e afetividade, podendo visualizar os colegas ou ate imitando um adulto.
2.7.3 CANTO DA LEITURA
Deve ser um espaço aconchegante com livros, tapete, almofadas, uma pequena estante ou prateleiras que fiquem na altura das crianças e que sejam convidativas a leitura.
FIGURA 9 – CANTO DA LEITURA
Podendo disponibilizar fantoches ou dedoches, para que possam narrar ou dramatizar as histórias contadas pelas próprias crianças ou pela professora.
2.8 O LUDÍCO E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR
Segundo Souza (2013. Pg. 30) “O professor deve possibilitar inúmeras situações em que a criança utilize a comunicação, ou seja, deve ser uma rotina e algo que realmente ofereça uma aprendizagem significativa” para a criança. Pois a mesma tem que aprender a se tornar independente o professor vai ser um orientador neste processo colocando rotinas para que a criança possa aprender que cada momento ela terá uma atividade diferente, sempre utilizando planejamento de forma divertida lúdicas para que a criança possa ter uma melhor compreensão.
Mas não basta o professor colocar as crianças em um círculo ditar rotinas e assim dizer que está contribuindo para que ela se torne independente e com isso a mesma saberá expressar e desenvolver suas ideias. O professor tem que saber direcionar as atividades utilizando o lúdico, pois não basta escrever, tem que executar as atividades de forma que as crianças possam desenvolver a aprendizagem.
É preciso, então, ressaltar a importância da ludicidade na formação profissional do professor, abrangendo “a formação lúdica deve proporcionar ao futuro educador conhecer-se como pessoa, saber de suas de possibilidades e limitações, desbloquear suas resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança, jovem e do adulto”. (Santos, 1997 p.14).
A aprendizagem por meio do lúdico desenvolve o crescimento da criança, investindo numa elaboração íntegra do conhecimento infantil. Enquanto joga e brinca, podem ser recriados conceitos cotidianos, compreendendo, encenando, reelaborando a realidade, contribuindo para o ensino aprendizagem, obtendo a amizade com o colega e professor, desenvolvendo sua identidade e autonomia.
O lúdico como método pedagógico prioriza a liberdade de expressão e criação. Por meio dessa ferramenta, a criança aprende de uma forma menos rígida, mais tranquila e prazerosa, possibilitando o alcance nos diversos níveis do desenvolvimento. Cabe, portanto, uma estimulação por parte do adulto/professor para o planejamento diversificado que favoreça o desenvolvimento infantil, por mediação da ludicidade.
A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança; pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais. O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço – ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer – e ao mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinandose a regras e, por conseguinte renunciando ao que ela quer, uma vez que a sujeição a regras e a renúncia a ação impulsiva constitui o caminho para o prazer do brinquedo. (VYGOTSKY, 1998, p. 130).
Vygotsky (1998, p. 137) afirma: “A essência do brinquedo é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção visual, ou seja, entre situações no pensamento e situações reais”.
A formação se estabelece de forma gradativa neste processo de transformação do meio educacional, onde todos fazem parte de um processo de construção contínua do saber e do fazer.
Entretanto, Sousa (2008, p. 42) ressalta “Ser professor, hoje, significa não somente ensinar determinados conteúdos, mas, sobretudo um ser professor comprometido com as transformações da sociedade, oportunizando aos alunos o exercício dos direitos básicos à cidadania”. A formação é uma das principais estratégias para a conquista de um ensino
3 MATERIAL E MÉTODOS
Para realização do Projeto de Ensino em Educação, tendo como área de concentração escolhida “Metodologias de Ensino” em que abordarei o tema: O Lúdico na Educação Infantil a cerca de ampliar o desenvolvimento tema, a fim de melhorar meu conhecimento e dar suporte ao meu Trabalho de Graduação, realizei a internet, livros didáticos, pesquisas bibliográficas, computador, impressora e pendrive etc.
Em seguida realizei observação in loco, posteriormente fiz a regência em sala de aula na Educação Infantil, Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e na Gestão Educacional, para o cumprimento do meu Estágio, relacionando com tema do trabalho (O Lúdico na Educação Infantil), realizei entrevista in loco com gestor e coordenador na Escola Municipal atalaia, efetuando questões envolvendo o lúdico ampliando o projeto de ensino, alcançando a troca de conhecimento, experiência e aprendizagem, sendo bem recebida pelos os profissionais nas diversas aréas de trabalho.
E obtendo todo um planejamento do tutor em sala, para a realização do Estágio I, II, III, o primeiro momento foi à escolha da Instituição Concedente, onde fui entregar todos os documentos requeridos para o Estágio que são: Termo de Compromisso (03 cópias) Carta de Apresentação (01 cópias) e Ficha de Registro (01 cópia). Tendo orientação para o Projeto de Ensino, efetivando a socialização em sala, e desde o estágio I, realizando pesquisa para dar embasamento à área de concentração escolhida, fazendo análise a partir dos dados coletados na observação, fechando com a elaboração do Memorial descritivo expondo tudo o que desenvolvi no decorrer do estágio para ampliar a realização do trabalho de graduação. Para finalizar, será realizada uma Socialização, onde irei relatar como se deu todo o processo de desenvolvimento do Projeto de Ensino em Educação, com o tema O Lúdico na Educação Infantil.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Lúdico na Educação Infantil ajuda o aluno obter e desenvolver suas potencialidades, tanto na produção do conhecimento, no desenvolvimento integral, pois os jogos e brincadeiras insere a criança no meio social, desperta a imaginação, traz momentos de alegria, aprimora a sociabilidade, faz com que a criança exercite habilidades, desenvolve a expressão oral e corporal e reduz a agressividade da criança, obtendo a aprendizagem, é ensinando conteúdos convencionais de forma lúdica desenvolve o aprender, a socializar a fazer amigos, aprendendo a compartilhar, a escolher, a assumir lideranças e expressar opiniões.
Na escola que realizei os estágios, o planejamento foi trabalhar com os educandos atividades utilizando o lúdico o mesmo ajuda o aluno a interagir com os colegas, brincando que o aluno, aperfeiçoa o cognitivo motor, obtém noção de lataridade, \a sala de aula é bem decorada onde chama a atenção do aluno abrangendo para a aprendizagem, acontecendo à interação, após de vários estágios, observando a escola e realizando entrevistas com gestão a cerca do tema, muitos conceitos foram alcançados, pois o lúdico gera desenho, pintura, jogo, brinquedo, corporal, dança, teatro, música, afetividades, oralidade, escrita teatro e mídias como; Datashow, computador, televisão, DVD e aparelho de som. Etc.
A Escola Municipal Atalaia trabalha com o lúdico em sala de aula, proporcionando vários recursos pedagógicos para o professor fazer a utilização, pois deve partir do professor planejar uma aula criativa e participativa, onde o aluno se sente prazer de aprender.
A importância do lúdico na aprendizagem é através das brincadeiras ou jogos as crianças manifestam sua personalidade. Cada criança é um ser único, com anseios, experiências e dificuldades, pois as atividades lúdicas estimulam o interesse, a criatividade, a interação, a capacidade de observar, experimentar, inventar e relacionar conteúdos e conceitos. O espaço para a realização das atividades, deve ser um ambiente agradável, e que as crianças possam se sentir descontraídas e confiantes.
Brincando a criança aprende a conviver, a esperar por sua vez, aceitar regras, independente do resultado, e a lidar com frustrações sem deixar que isso interfira na sua vida. Além disso, a criança desenvolve sua linguagem, pensamentos, atenção, concentração, conseguindo uma participação satisfatória na construção do seu conhecimento.
A atividade lúdica é um instrumento que possibilita as crianças a aprenderem relacionar-se com outros, promovendo maior desenvolvimento cognitivo, motor, social e afetivo. Por meio do brincar, a criança experimenta, descobre, inventa, adquire habilidades, além de estimular a criatividade, autoconfiança, curiosidade, autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração envolvido com a aprendizagem.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui que o Projeto de Ensino em Educação com o tema O Lúdico na Educação Infantil, que a ludicidade é de extrema relevância para o desenvolvimento e o crescimento integral da criança, sendo uma metodologia de ensino, podendo ser diversificado no dia a dia.
Os jogos e brincadeiras, além de ser diversão, proporcionam o desenvolvimento da criança, auxiliando na estruturação do pensamento,na construção simbólico, estimulando a linguagem a coordenação motora etc.
A importância do lúdico no ensino a criança adquirem aspectos afetivos, cognitivos, motores e sociais, podendo assim interagir com o meio em que vive de forma dinâmica e prazerosa. O professor deve utilizar materiais diversificados, incluindo jogos e brincadeiras, provocando o desenvolvimento dos alunos, tanto na criatividade, na autonomia e na interação, pois brincar facilita a aprendizagem nos seus mais diversos campos, como a afetividade, a psicomotricidade, a sociabilidade, a solidariedade e a cognição.
A ludicidade gera a afetividade através da vivência, na qual o educador estabelece com educando, sendo um caminho estimulador e enriquecedor para atingir uma totalidade no processo do aprender. Pois a criança com jogos e brincadeira consegue crescer e desenvolver com segurança e determinação obtendo a aprendizagem no meio que a rodeia.
Conforme os PCNs (1997), “cabe ao professor organizar e coordenar as situações de aprendizagem, adaptando suas ações às características individuais dos alunos, para desenvolver suas capacidades e habilidades intelectuais”.
A ludicidade abrange todos os ciclos de aprendizagem, pois esta literalmente envolvida com a criança seja na escola ou na sociedade. A metodologia lúdica na Educação Infantil faz com que a criança aprenda com prazer, alegria e entretenimento, sendo um processo contínuo de metodologias pedagógicas para a aprendizagem.
Kishimoto (1993, p.7) afirma: “Cada tempo histórico possui uma hierarquia de valores que oferece uma organicidade a essa heterogeneidade. São esses valores que orientam a elaboração de um banco de imagens culturais que se refletem nas concepções de criança e de seu brincar”.
REFERÊNCIAS
NBR 6024: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
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Disponível em:<http://brincarbrincando.pbworks.com/f/brincar%20_vygotsky.pdf>. Acesso em: 27 setembro 2017.
Disponível em:<http://coral.ufsm.br/ppgter/images/Dissertacoes/2015/Andreia_Lima_-_UFSM-ilovepdf-compressed.pdf>. Acesso em: 24 setembro 2017.
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MELO, Fabiana Carbonera Malinverni.Lúdico e musicalização na educação infantil / Fabiana Carbonera Malinverni. Indaial: Uniasselvi, 2011.272p.il.
Metodologia cientifica/ André Bazzanella; Elizabeth Penzlien Tafner; Everalda da Silva; Antonio José Muller (Org). Indaial: Uniasselvi, 2013.