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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NAS ESCOLAS

Suelen Cristina de Oliveira Rodrigues
Juliana Aparecida Berguimo

RESUMO

Na educação o momento mais adequado para trabalhar o lúdico com as crianças é na alfabetização, pois é nessa fase que as crianças estão desenvolvendo o físico e o mental. As brincadeiras de alguma maneira marcam a vida da criança, pois a experiência do brincar não é simplesmente reproduzida, e sim, recriada pela criança com o seu poder de imaginar, criar e reinventar entre a realidade e a fantasia. A ludicidade estimula no sentido de desenvolver diferentes habilidades nos campos da expressão (oral, corporal, etc.) e da criatividade. Livres para criar, é brincando que os alunos traduzem seus universos e significam jogos e brincadeiras, descobrindo letras, fonemas e escrevendo histórias que retratam vidas. Compreender como o lúdico pode ser uma alternativa didática que contemple a heterogeneidade de conhecimentos dos aprendizes no processo de desenvolvimento da criança. Enquanto joga e brinca, podem ser recriados conceitos cotidianos, compreendendo a realidade, contribuindo assim para uma maneira melhor de se relacionar com o outro e desenvolvendo sua identidade e autonomia. Se por um lado a criança de fato reproduz e representa o mundo por meio das situações criadas nas atividades de brincadeiras, por outro lado tal reprodução não se faz passivamente, mas mediante um processo ativo de reinterpretação do mundo, que abre lugar para a invenção e a produção de novos significados, saberes e práticas. Ao observarmos os alunos na escola brincando, podemos conhecê-los melhor, pois uma parte de seus mundos e experiências revela-se nas ações e significados que constroem em suas brincadeiras.

 

Palavras-chave: Lúdico. Ensino Aprendizagem. Planejamento.

 

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem a finalidade de fazer uma breve reflexão referente aos jogos e brincadeiras usados como instrumentos de apoio na sala de aula com turma de alfabetização e educação infantil do Ensino Fundamental da educação no campo. Observar os problemas ocasionados e dificuldades enfrentadas tanto pelo corpo discente quanto pelo corpo docente por se tratar de uma sala multisseriada, isto ocorre devido a junção de turmas numa sala só com apenas um professor. Buscar novos caminhos e novas posturas de trabalho para a alfabetização tem sido uma das metas essenciais do educador alfabetizador. Observando o cotidiano, e até mesmo convivendo com as crianças na escola, na comunidade e até em suas residências, é possível notar que as brincadeiras estão muito presentes nas atitudes das crianças.

A brincadeira e o jogo se torna parte integrante da vida do ser humano. Os jogos e brinquedos fazem parte da infância das crianças, onde a realidade e o faz de conta juntam-se, tornando-se um processo importante no desenvolvimento do ensino aprendizagem na vida da criança. É preciso deixar de lado esse olhar de que o lúdico é apenas passatempo e diversão, e que não é só nas aulas de educação física que pode-se trabalhar o lúdico, pois, através dos jogos e brincadeiras independente da disciplina trabalhada a criança desenvolve sua aprendizagem, respeitando regras, aprendendo a ganhar, a perder, desenvolver o raciocínio lógico, aprender a trabalhar no coletivo/grupos de forma dinâmica e objetiva.

No entanto para que a brincadeira ou jogo se torne significativo para a criança e favorável ao seu aprendizado, o planejamento do professor é imprescindível, o conteúdo a ser trabalhado deverá ser planejado antecipadamente com objetivo de explorar todos os seus aspectos educativos respeitando o conhecimento que o aluno já traz de casa, e para que não corra o risco da atividade lúdica se tornar apenas um mero passatempo.

O brincar é um impulso natural da criança, que é aliado à aprendizagem torna-se mais fácil á obtenção de aprender devido á espontaneidade das brincadeiras através de uma forma intensa e real.

Por meio da educação e do lúdico possibilita um favorável crescimento da criança, investindo numa elaboração integra do conhecimento infantil.

Muitos professores ainda são preocupados com aquela alfabetização através da cartilha, e nem se quer fazem conta de que os jogos e brincadeiras são um instrumento facilitador e importante no ensino aprendizagem que auxiliam o professor a resgatar o interesse da criança, o prazer e entusiasmo de aprender através do lúdico além de tornar a sala de aula um ambiente alfabetizador agradável e prazeroso de aprender.

Ainda é muito presente em algumas escolas aquele pensamento sobre o brincar e o estudar, de modo que ao primeiro é concedido direito de existência em hora e lugar determinados, sendo determinado tempo para aprendizagem e tempo para recreação, levando a um questionamento sobre o distanciamento da escola em relação ao prazer do aluno aprender brincando.

A criança ao jogar se envolvem tanto com a brincadeira que expõe durante o desenvolvimento da brincadeira todo o seu sentimento e emoção, compreendendo o conteúdo de uma forma inexplicável. Pode se dizer que a atividade lúdica funciona como um meio integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, portanto a partir do brincar, desenvolve-se a facilidade para á aprendizagem, o desenvolvimento social cultural e pessoal. Ao brincar a criança também adquire a capacidade de simbolizar, permitindo que ela possa vencer realidades angustiantes e domar medos instintivos.                   

A pesquisa será fundamentada nos seguintes autores: Freire, Kramer, Russo, Friedmann, Soares, Vygotsky, dentre outros.

            O presente estudo tem a intenção de levar no primeiro momento o uso das brincadeiras e os jogos na alfabetização e no segundo momento pretende-se mostrar a importância do planejamento do professor.

 

  1. ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEORICA.

A área de concentração escolhida foi Metodologia de Ensino e tem como tema A Importância do Lúdico no Processo Ensino Aprendizagem na Escola.

Consciente de seu papel no processo de alfabetizar, o educador pode realizar um trabalho de ação pedagógica com enfoque no desenvolvimento e construção da linguagem infantil. Ao deixar de lado uma metodologia imposta por uma cartilha e partindo da leitura de mundo das crianças, o educador passa a mediar e participar no processo espontâneo do sistema da escrita alfabética.

O processo de ensino/aprendizagem da alfabetização deve ser organizado de modo que as atividades sejam desenvolvidas numa linguagem real, natural, significativa e vivenciadas na prática. A postura construtivista sustenta como uma de suas características fundamentais, a construção parte do aluno de seu próprio saber. Para uma compreensão abrangente da alfabetização, é preciso que a resgatemos como objeto de conhecimento, do qual os indivíduos se apropriam através das brincadeiras  as  experiências significativas e dinâmicas.

As brincadeiras de alguma maneira marcam a vida de crianças por todo o mundo. O brincar se materializa num conjunto de ações sócio-culturalmente criadas, que, muitas vezes, nos remete ao passado, mas ao mesmo tempo são (re)criadas refletindo o presente das crianças em cada espaço-tempo em que vivem ( Educação do campo, p. 09, 2012).

Nos termos de Borba (2011), a experiência do brincar “não é simplesmente reproduzida, e sim recriada a partir do que a criança traz de novo, com o seu poder de imaginar, criar, reinventar e produzir cultura”(apud, Educação do Campo, p. 09, 2012)

Estamos no século XXI e ainda muitos educadores pensam que o brincar na escola é na hora do recreio, brincadeira-tempo livre, pois a sala de aula é para estudar escrevendo, lendo. Contrariando essa falsa dicotomia Borba afirma, fundamentada em Vygotsky (1987),  (apud,  O lúdico nas escolas do campo, p. 10, 2012) que:

 

O brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.

 

A criança produz, representa e reinterpreta por meio do faz de conta no seu mundo da imaginação através das situações criadas nas atividades de jogos e brincadeiras, por outro lado essa reprodução não se faz mediante um processo ativo de reinterpretação do mundo, que abre lugar para a invenção e a produção de novos significados, saberes e práticas, além das atividades desenvolvidas em sala com o jogo, podem-se observá-los na hora do recreio, quando estão livremente brincando, assim conhecemos melhor, pois é através dessas brincadeiras que eles revelam suas histórias, experiências, com suas ações e atitudes repletas de significados que demonstram ao brincar. E é nesse brincar que podemos ultrapassar os muros da escola e conhecer a história do aluno, de onde vem e com quem convive, e ao obter esse conhecimento podendo mediar na sua aprendizagem. Isso porque o processo do brincar referencia-se naquilo que os sujeitos conhecem e vivenciam.

 Com base em suas experiências, os sujeitos reelaboram e reinterpretam situações de sua vida cotidiana e as referências de seus contextos socioculturais, combinando e criando outras realidades. Podemos compreender que as brincadeiras contribuem não só para o desenvolvimento cognitivo, mas também o motor, o social e o físico e devem ser incorporadas às rotinas didáticas escolares.

A ludicidade estimula no sentido de desenvolver diferentes habilidades nos campos da expressão (oral, corporal, etc.) e da criatividade. Livres para criar, é brincando que os alunos traduzem seus universos e significam jogos e brincadeiras, descobrindo letras, fonemas e escrevendo histórias que retratam vidas.

No brincar os alunos assumem um papel ativo no contato direto com os objetos com os quais brinca, definindo e cumprindo regras, almejando alcançar objetivos pré-estabelecidos. Cabe ao professor um papel de mediador, que, ao mesmo tempo em que acompanha o envolvimento do aluno no grupo ao brincar, pode problematizar a brincadeira ao propor elementos ainda não despertados pelos brincantes. Muitas brincadeiras estimulam o processo de alfabetização na sala de aula e podem ser utilizadas em diferentes disciplinas, como por exemplo, brincar de adivinha, jogo da forca, desafio, listar nomes de brincadeiras, explicar como são as regras de uma brincadeira, montar quebra cabeça com o nome das brincadeiras, etc. Muitas das brincadeiras ao mesmo tempo em que se preocupam em oportunizar práticas de leitura e escrita, se voltam para aprendizagem do Sistema de Escrita Alfabética.

Com as brincadeiras citadas, os alunos têm a oportunidade de aprender brincando. Além disso, o professor estará inserindo, na rotina escolar, alternativas pedagógicas que levem em consideração a necessidade de alfabetizar letrando.

            A esse respeito, Soares (2003) destaca:

 

A necessidade de reconhecimento da especificidade da alfabetização, entendida como processo de aquisição e apropriação do sistema da escrita, alfabético e ortográfico; em segundo lugar, e como decorrência, a importância de que a alfabetização se desenvolva num contexto de letramento – entendido este, no que se refere à etapa inicial da aprendizagem da escrita, como a participação em eventos variados de leitura e de escrita, e o consequente desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes positivas em relação a essas práticas. (p.25)

 

O professor deve ter consciência e conhecimento e compreender que nenhuma brincadeira traz conhecimentos prontos e, portanto, não pode ser utilizada como única estratégia para alfabetizar. O seu uso deve ser combinado com outras estratégias didáticas e, em todas as situações, o professor tem o papel de avaliar a sua eficácia, a partir do objetivo proposto.

 

Em relação ao brinquedo, Vygotsky (1998, p. 137) afirma:

 

A essência do brinquedo é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção visual, ou seja, entre situações no pensamento e situações reais”. Essas relações irão permear toda a atividade lúdica da criança. Será também importante indicador do desenvolvimento da mesma, influenciando sua forma de encarar o mundo e suas ações futuras. (apud, GUERRA; ROLIM; TASSIGNY, 2008, p. 178).

 

Vygotsky (1998) fala que o brinquedo ajudará a desenvolver uma diferenciação entre a ação e o significado. A criança, com o seu evoluir, passa a estabelecer relação entre o seu brincar e a idéia que se tem dele, deixando de ser dependente dos estímulos físicos, ou seja, do ambiente concreto que a rodeia. Brincar é aprender, e é através da brincadeira que a criança desenvolve uma aprendizagem mais objetiva e rápida. O lúdico é um dos métodos metodológicos que facilita para o aluno enfrentar as dificuldades no processo ensino aprendizagem de uma forma mais dinâmica.

Por meio da brincadeira o aluno expressa sua linguagem através de atitudes e gestos repletos de significados, mostrando que a brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento na fase da alfabetização.

 

A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança; pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais. O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço – ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer – e ao mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinando se a regras e, por conseguinte renunciando ao que ela quer, uma vez que a sujeição a regras e a renúncia a ação impulsiva constitui o caminho para o prazer do brinquedo. (VYGOTSKY, 1998, p. 130)

 

A criança utiliza o brinquedo para expor suas emoções, construindo um mundo imaginário a sua volta, trazendo o mundo adulto para um mundo em miniatura, o que a criança passa ou vive no seu cotidiano familiar, com sua capacidade de imaginar ela recria esse cotidiano no espaço onde ela está inserida, o brincar da criança é a imaginação em ação.

Os jogos na alfabetização de crianças do campo brasileiro podem ser compreendidos como brinquedos educativos. Brandão (2009, p.13) citando Kishimoto (2003, p. 36), afirma que:

 

O brinquedo educativo data dos tempos do Renascimento, mas ganha força com a expansão da Educação Infantil [...]. Entendido como recurso que ensina, desenvolve e educa de forma prazerosa, o brinquedo educativo materializa-se no quebra-cabeça, destinado a ensinar formas ou cores, nos brinquedos de tabuleiro que exigem a compreensão do número e das operações matemáticas, nos brinquedos de encaixe, que trabalham noções de sequência, de tamanho e de forma, nos múltiplos brinquedos e brincadeiras cuja concepção exigiu um olhar para o desenvolvimento infantil e materialização da função psicopedagógica: móbiles destinados à percepção visual, sonora ou motora; carrinhos munidos de pinos que se encaixam para desenvolver a coordenação motora, parlendas para a expressão da linguagem, brincadeiras envolvendo músicas, danças, expressão motora, gráfica e simbólica. (apud, caderno 04, p. 21, 2012)

 

O trabalho metodológico com jogos e brinquedos na sala de aula, as aulas de alfabetização se torna mais dinâmico, diminuindo a centralidade em treinos, na maioria das vezes, mecânicos, repetitivos, cansativo e de pouca eficácia. Para Brandão (2009, p.14):

 

Nos momentos de jogo, as crianças mobilizam saberes acerca da lógica de funcionamento da escrita, consolidando aprendizagens já realizadas ou se apropriando de novos conhecimentos nessa área. Brincando, elas podem compreender os princípios de funcionamento do sistema alfabético e podem socializar seus saberes com os colegas. No entanto, é preciso estar atento que nem tudo se aprende e se consolida durante a brincadeira.

 

Nesse sentido, a autora destaca o papel de outras atividades complementares aos jogos, que visem à sistematização das aprendizagens. Destaca ainda o papel de mediador que deve ser desempenhado pelo educador. Isso requer um planejamento sistematizado com recursos didáticos que estejam em consonância com os seus objetivos de alfabetizar e avaliando esses recursos para um melhor aprendizado dos alunos.

Nas fotos abaixo mostra uma das estratégias que a professora utiliza para trabalhar os números e suas quantidades, onde os próprios alunos com lacre de latinhas de refrigerante brincam contando, jogam um dado no chão e quantidade que sair deve apresentar a quantidade de lacre, sendo um jogo simples, mas, com ótima oportunidade de aprendizagem, pois alem de jogar, aprendem regras, formam duplas e trabalham no coletivo, aprendem a contar e a escrita dos números através do registro e muitas outras atividades sequenciais.

 

                           

Fonte:  (arquivo particular da professora titular da sala).

 

 

O desenvolvimento social do aluno é imprescindível em qualquer escola, porque as interações sociais são indispensáveis para o desenvolvimento moral e cognitivo. Por meio dos jogos de regras, ele desenvolve aspectos morais, cognitivos, políticos e emocionais. Os jogos colaboram e motivam os alunos a cooperar para elaborar regras.

Vygotsky coloca que uma das características do jogo é a natureza das regras do jogo. Ele afirma que não existe atividade lúdica sem regras. A situação imaginária de qualquer forma de brinquedo já contém regras de comportamento, embora possa não ser jogo com regras formais estabelecidas. Essas regras não precisam ser explicitadas, como é o caso das brincadeiras. (apud, Friedmann, 2012 p. 40).

A atividade lúdica também liberta das situações difíceis, por isso se torna importante no desenvolvimento da criança.

Sommerhalder (2011, p. 13) destacam:

 

É no ‘como se’ da brincadeira/jogo que a criança busca alternativa e respostas para as dificuldades e/ou problemas que vão surgindo, seja na dimensão motora, social, afetiva ou cognitiva. É assim que ela testa seus limites e seus medos, é assim também que ela aprende e constrói conhecimentos, explorando, experimentando, inventando, criando. Em outros termos, é assim que ela aprende o significado e o sentido, por exemplo, da cooperação, da competição, é assim que ela explora e experimenta diferentes habilidades motoras, que ela inventa e cria novas combinações de movimentos, é assim que ela consegue reconhecer valores e atitudes como respeito ao outro etc.

 

Mrech (2003, p. 128) citado por Brandão (2009, p.14) nos traz um argumento interessante ao afirmar que:

 

Brinquedos, jogos e materiais pedagógicos não são objetos que trazem em seu bojo um saber pronto e acabado. Ao contrário, eles são objetos que trazem um saber em potencial. Este saber potencial pode ou não ser ativado pelo aluno.

 

Uma forma de o educador utilizar esse saber pode partir do levantamento dos jogos, que fazem parte do cotidiano dos alunos. Jogar com as palavras no universo infantil pode partir de cantigas de rodas, adivinhações, pequenos livretos da literatura de cordel, caça-palavras, pesca-letras, dentre outros.

Para Leal, Albuquerque e Leite 2005), os jogos podem auxiliar em diferentes etapas do processo de alfabetização. Destacamos dentre essas etapas, a descoberta das propriedades do sistema de escrita, na reflexão fonológica ou na apropriação do SEA.

Os jogos eles podem ser utilizados em diferentes etapas da alfabetização, desde que o jogo tenha possibilidade de adequação de acordo com o aluno e seu limite de aprendiz.

Nos termos de Brandão (2009), os educadores devem utilizar os jogos que os educandos já trazem na sua bagagem de conhecimentos prévios, introduzindo outros, que inovem, visando à transformação da língua em objeto de atenção e reflexão constantes.

Na organização da rotina escolar, inserir atividades que se preocupem com as práticas de leitura e escrita na aprendizagem do aluno no processo da alfabetização que contemplem a dimensão lúdica é um desafio constante para o professor. Uma das maneiras de realizar tal trabalho é utilizar os jogos e as brincadeiras como recursos que conciliam prazer e divertimento no processo de ensino e aprendizagem do aluno durante o processo da alfabetização que ampliem o sistema da escrita alfabética independente de idade ou turma. Na Educação do Campo, tais recursos também potencializam a construção de conhecimentos, principalmente quando os jogos valorizam a vida em comunidade e estimulam a curiosidade dos alunos. Na interação com outros alunos da turma ou com o próprio professor, o aluno, ao brincar com as palavras, terá a oportunidade de reformular sua compreensão sobre o sistema da escrita alfabética. Kishimoto (2003) destaca que: A utilização dos jogos potencializa a exploração e construção do conhecimento, por contar com a motivação interna, típica do lúdico, mas o trabalho requer a oferta de estímulos externos e a influência de parceiros bem como a sistematização de conceitos em outras situações que não jogos. (pp. 37-38). O ensino não pode ser visto como um modo de tornar o conhecimento estático e/ou uniforme, mas como uma maneira de oportunizar o desenvolvimento das diversas habilidades do aluno, ampliando suas participações sociais e envolvimento nas lutas da comunidade.

Sabendo que os jogos são recursos que, por si só, não trazem um saber acabado, é preciso considerar que os conhecimentos mobilizados pelos jogos podem ou não serem ativados pelos alunos. Compreendendo que o aluno é um ser ativo e que a aprendizagem da leitura e da escrita são processos que envolvem processos mentais, ressaltamos que, nas situações em que os alunos estão jogando, o professor assume um papel fundamental não só por intermediar as trocas entre os alunos, mas, principalmente, por potencializar os conflitos. Trata-se de relacionar a qualidade de aprendizagem com a qualidade de mediação docente.

Para Brandão (2009, p.14):

 

Nos momentos de jogo, as crianças mobilizam saberes acerca da lógica de funcionamento da escrita, consolidando aprendizagens já realizadas ou se apropriando de novos conhecimentos nessa área. Brincando, elas podem compreender os princípios de funcionamento do sistema alfabético e podem socializar seus saberes com os colegas. No entanto, é preciso estar atento que nem tudo se aprende e se consolida durante a brincadeira.

 

 

As atividades quando são bem planejadas e trabalhadas no coletivo podem promover momentos ricos de socialização de saberes, o que, sem dúvida, ajuda bastante os alunos. Ao descobrir esse  saber, os alunos não apenas reconstroem seus próprios conhecimentos, como auxiliam seus colegas a se apropriar do que elas sabem. Quando o professor problematiza um conhecimento, com questões pertinentes, ele desafia os alunos a elaborar hipóteses e mobilizar saberes necessários à participação das atividades propostas.

Acredita-se que, ao brincar com as palavras, os alunos terão a oportunidade de compreender a lógica do SEA. Nesta perspectiva, os jogos se configuram como um recurso em potencial para os alunos e uma alternativa didática para o professor. No entanto, outras atividades para o ensino de língua materna nos anos iniciais precisam estar presentes na organização da rotina escolar, tal como destacam Silva Morais (2011, p.24): “os jogos não podem ser utilizados como únicos recursos didáticos no processo inicial da aprendizagem da leitura e escrita, pois eles, por si sós, não garantem a apropriação dos conhecimentos visados”.

 

3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

 

Planejar o ensino no ciclo de alfabetização não é uma atividade fácil, sobretudo
quando se considera a heterogeneidade em sala de aula, que implica em diferentes
necessidades; a complexidade do processo de alfabetização, que engloba diferentes
dimensões do trabalho com a língua e os diferentes percursos de vida dos estudantes.

O planejamento, na realidade, é uma ação autoformativa, que propicia a
articulação entre o que sabemos, o que fizemos e o que vamos fazer.

Segundo Gómez (1995, p. 10): Ao planejarmos, aprendemos a “construir e comparar novas estratégias de ação, novas fórmulas de pesquisa, novas teorias e categorias de compreensão, novos modos de enfrentar e definir problemas”(apud caderno do campo, unidade 02, p. 35, 2014).

Segundo Freire, a prática não planejada “produz um saber ingênuo, um saber de experiência [...] (na qual) falta rigorosidade metódica que caracteriza a
curiosidade epistemológica do sujeito” (1996, p. 43). É na ausência de um planejamento realizado pelo próprio docente que são impostos modos de agir padronizados e não reflexivos, que muitas vezes são contrários às concepções dos próprios professores.

A sala de aula que vise à Alfabetização do aluno deve ser vista como um ambiente de aprendizagem pautado no diálogo, nas interações, na comunicação de ideias, na mediação do professor e, principalmente, na intencionalidade pedagógica para ensinar de forma a ampliar as possibilidades das aprendizagens discentes e docentes. Tal intencionalidade requer um planejamento consistente do professor, uma sala de aula concebida como uma comunidade de aprendizagem e uma avaliação processual e contínua do progresso dos alunos, bem como dos vários fatores intervenientes no processo como: a prática do professor, o material e a metodologia utilizados, dentre outros.

A sala de aula deve ser um espaço no qual as crianças ficarão
imersas no processo de apropriação da leitura e da escrita da língua materna, bem
como da linguagem matemática, com ampla exposição dos alunos aos materiais
impressos e manipuláveis que nos envolvem cotidianamente e possibilitam explicitar a função social da escrita. Nas fotos abaixo mostram alguns dos espaços que existem na sala e são utilizados pelos alunos.

 

Fonte:  (arquivo particular da acadêmica).

Garantir a presença de materiais e recursos pedagógicos no espaço escolar é uma medida que, por si só, não garante mudanças na aprendizagem. Depende de o professor organizar seu planejamento para fazer uso desses materiais de forma contextualizada, dialogando entre os saberes das diferentes áreas, de modo a possibilitar ao estudante o acesso à compreensão das atividades propostas com o uso desses materiais. Quando o ambiente favorece a aprendizagem, transforma o desinteresse de alguns em motivação. Assim, a sala de aula deve incentivar a reflexão e ser motivadora da leitura, da escrita e do manuseio de material didático, deve servir para despertar os sentidos das crianças, transformando-se em local especial para a aprendizagem.

Observei que muitas vezes a professora tem dificuldade em manter a sala e conservar o material desses espaços organizados, porém para ajudar nesse processo ela possui uma lista com o nome dos alunos que está organizado em duplas ajudantes do dia, uma excelente estratégia e uma maneira da escrita cumprir a sua função social.

 

 

Fonte: (arquivo particular da acadêmica)

No momento do professor organizar a sala de aula para trabalhar com seus alunos não pode esquecer que o brincar, o imaginar, o expressar nas múltiplas linguagens são direitos da criança, e as brincadeiras que fazem parte da infância devem estar presentes no cotidiano da sala de aula tornando a sala um espaço alfabetizador privilegiado com interações e descobertas significativas que contribuem para o desenvolvimento da aprendizagem do aluno.

É de suma importância trazer para a sala de aula as experiências vividas que o aluno já traz de casa, pois é nesse caminho, respeitando as histórias da infância que o professor terá condição para dar continuidade no seu trabalho fazendo uma sequencia às falas dos alunos, só assim terá uma sala de aula um espaço de aprendizagem onde professor e aluno aprenderá de forma coletiva e colaborativa.

Os espaços de aprendizagem na sala de aula são estratégias metodológicas que devem ser organizados pelo professor para que auxiliem os alunos nas atividades de observação, comparação, experimentação e manuseio de materiais concretos, esses recursos promovem um trabalho pedagógico significativo para o professor e para os alunos.

Garantir a presença de materiais e recursos pedagógicos no espaço escolar é uma medida que, por si só, não garante mudanças na aprendizagem. Depende de o professor organizar seu planejamento para fazer uso desses materiais de forma contextualizada, dialogando entre os saberes das diferentes áreas, de modo a possibilitar ao aluno o acesso à compreensão das atividades propostas com o uso desses materiais. Quando o ambiente favorece a aprendizagem, transforma o desinteresse de alguns em motivação. Assim, a sala de aula deve incentivar a reflexão e ser motivadora da leitura, da escrita e do manuseio de material didático, deve servir para despertar os sentidos das crianças, transformando-se em local especial para a aprendizagem.

Pensar a organização do trabalho pedagógico para a Alfabetização
envolve as diferentes formas de planejamento, desde a organização da sala até o fechamento da aula, entendidos de forma articulada e que orientam a ação do professor alfabetizador. O planejamento pode ser pensado como espaço de antecipação do que deverá ser feito.

O professor tem o comprometimento de ter um planejamento adequado e flexível, que possa fazer proveito dos materiais e espaços disponíveis na sala de aula.


O cotidiano da sala de aula é tempo/espaço de imprevisibilidade.
O professor frequentemente se encontra diante de situações comuns que alteram a dinâmica da sala de aula, interferindo no processo ensino/aprendizagem. O planejado, vai sendo atravessado pelos fatos que se impõem ao previsto, criando novas demandas, novas possibilidades, novos obstáculos, fazendo com que o preestabelecido precise ser constantemente revisto e reorganizado. (ESTEBAN, 2001, p. 172)

 

Segundo Freire, a prática não planejada “produz um saber ingênuo, um saber de experiência [...] (na qual) falta rigorosidade metódica que caracteriza a
curiosidade epistemológica do sujeito” (1996, p. 43).

O planejamento, na realidade, é uma ação autoformativa, que propicia a
articulação entre o que sabemos o que fizemos e o que vamos fazer. Segundo Gómez (1995, p. 10), ao planejarmos, aprendemos a “construir e comparar novas estratégias de ação, novas fórmulas de pesquisa, novas teorias e categorias de compreensão, novos modos de enfrentar e definir problemas”.

O planejamento da ação pedagógica e a organização das informações sobre os alunos e dos materiais de uso são os pilares básicos para que as intenções docentes sejam concretizadas e todos os alunos aprendam o que lhes é de direito. Tal organização do trabalho pedagógico é fundamental para orientar os processos avaliativos, integrando à ação pedagógica, como sujeitos ativos que constroem a escola.

 

  1. MATERIAL E MÉTODOS

 

A metodologia utilizada para o desenvolvimento desse trabalho foi pesquisa bibliográfica com leituras de vários autores que discutem sobre esse assunto, e não deixando de considerar todas as experiências vividas durante o estágio onde observei o trabalho da professora que atuava em sala e principalmente a organização do planejamento pedagógico que a mesma utiliza no desenvolvimento do seu trabalho, a sala de aula como é organizada com os espaços de leitura, espaços dos jogos e materiais manipuláveis, calendário confeccionado com materiais recicláveis, organização das carteiras dos alunos, todos em circulo, por ser uma sala multisseriada a preocupação da professora com aprendizado dos alunos é inexplicável, todos os métodos utilizados pela professora para o desenvolvimento de sua aula eu anotava em caderno de campo, mesmo que esse foi uma das formas que utilizei para que pudesse compreender como o lúdico pode ser uma alternativa didática que contempla a heterogeneidade de conhecimentos dos aprendizes no processo de desenvolvimento da aprendizagem do aluno.

O trabalho do lúdico pode auxiliar a criança a obter desempenho na aprendizagem através da utilização de uma metodologia espontânea divertida e recreativa o lúdico que agem como forma de comunicação e aprendizagem das crianças, pude observar também a capacidade de desenvolvimento cada um dentro do seu limite de conhecimento e aprendizagem trabalhados através da musica, brincadeiras, jogos, dentre outros meios utilizados no desenvolvimento da aula. 

No qual observei que a educação é um processo continuo que se desenvolve no ambiente familiar e social, é importante desenvolver ações que envolvam o contexto familiar e a relação com a escola. Tendo a pratica efetiva dos pais no processo de aprendizagem com os alunos, para que eles possam encontrar na instituição o prazer e a segurança de freqüentar o ambiente escolar.

Para realizar este trabalho procuraram-se leituras de textos, livros e observações em sala durante os estágios e apoio para fundamentação teórica de alguns autores que abordam esse tema como:  Freire, Kramer, Russo, Friedmann, Soares, Vygotsky, dentre outros.

            O presente estudo teve a intenção de levar no primeiro momento o uso das brincadeiras e os jogos na alfabetização e a  importância do planejamento do professor, e num segundo momento a metodologia usada para desenvolver o trabalho e o resultado e discussão.

 

  1. RESULTADOS E DISCUSSÃO

           

Analisando a situação sobre a importância de trabalhar de forma lúdica em sala de aula constata-se que o jogo e as brincadeiras podem propiciar a construção de conhecimentos novos, um aprofundamento do que foi trabalhado ou ainda, a revisão de conceitos já aprendidos, servindo como um momento de avaliação processual pelo professor e de auto avaliação pelo aluno.

Mesmo com o que muitos autores discorrem sobre a contribuição dos jogos didáticos para a aprendizagem do sistema da escrita alfabética, observa-se em diálogos com outros professores e pais de alunos, que a utilização dos jogos como apoio pedagógico ainda continua sendo uma perda de tempo. Muitos não fazem nem questão de uma reflexão sobre a necessidade de aliar o lúdico ao processo de apropriação do sistema de escrita alfabética e suas convenções.

Tomando o conjunto de observações, os registros observam-se como o planejamento do professor é um instrumento de trabalho que auxilia na atividade e ao mesmo tempo colabora para que ele próprio possa compreender melhor e projetar-se no tempo planejando ações problematizadoras para promover a aprendizagem de seu aluno, não deixando de lado as informações sobre o que os alunos já sabem e o que ainda precisam aprender. 

É importante observar que toda metodologia utilizada em sala de aula requer um planejamento e uma postura coerente de alunos e professor. Ao utilizar os jogos em sala de aula não é possível exigir silencio principalmente quando trabalhamos com crianças, pois requer muita conversa risadas, até alguns gritos eufóricos decorrentes da própria atividade do jogo, fazem parte daquele momento. Através do brincar o aluno inventa, descobre, experimenta, adquire habilidades, desenvolve a criatividade, autoconfiança, autonomia desenvolvimento da linguagem, pensamento e atenção. Por meio da sua dinamicidade, o lúdico proporciona além de situações prazerosas, o surgimento de comportamentos e assimilação de regras sociais. O lúdico ajuda a desenvolver seu intelecto, tornando claras suas emoções, angustia ansiedades, reconhecendo suas dificuldades, proporcionando assim soluções, um enriquecimento na vida  da criança. 

É essencial que o professor esteja disponível a acolher as produções lúdicas do aluno e reconhecer nelas sua íntima ligação com o aprender.

A utilização de jogos e brincadeiras no meio educacional propicia aos alunos o aprimoramento de diversos conhecimentos de forma lúdica. Aos educadores, estes além de terem motivados também com o lúdico, é preciso um conhecimento mais elaborado acerca do tema, para poder intervir as brincadeiras. Contudo, faz-se necessário auxiliar o aluno, de maneira sutil, para que brinque com diversos tipos de brinquedos.

Foram contribuições valiosas que me fizeram ver com um olhar diferenciado o fazer e como fazer em sala de aula, refletir sobre as diversas maneiras que se podem trabalhar conteúdos em sala fazendo as intervenções necessárias ao aprendizado de cada um.

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da pesquisa proposta neste artigo, pode-se compreender melhor o papel do lúdico na alfabetização e que brincar para o aluno se torna algo inexplicável. De acordo com as observações feitas na sala de aula e no espaço fora da sala e conversa com a professora e outros colegas que trabalham na própria escola, podemos concluir que o lúdico faz parte da metodologia que deve ser utilizada em sala e que o mesmo é muito sério, representa: interesse, alegria, criatividade, motivação, interação, socialização e que a união de todos esses elementos pode ser utilizada diariamente em sala de aula, facilitando o processo de aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor da criança.

Podemos dizer que o lúdico é uma estratégia que merece atenção dos pais e dos professores, pois é através do jogo que ocorrem experiências reflexivas e inteligentes, onde retrata a emoção, o prazer e a criatividade. Pois é por meio da brincadeira que ocorre a descoberta de si próprio e do outro.

Cabe, então, a nós futuros professores e professores atuais criarmos mecanismos para que os alunos contribuam para a construção de um mundo mais equilibrado e saudável.

Contudo, a escola de uma vez por todas deve perceber que a criança, o brinquedo, os jogos, as brincadeiras e a imaginação se completam e tudo isso não pode ser desvinculado de propostas pedagógicas para o ensino aprendizagem na alfabetização.

          Aos professores, estes além de serem motivados também com o lúdico, é preciso obter um conhecimento mais elaborado acerca do tema, para poder intervir as brincadeiras da criança. Contudo, faz-se necessário auxiliar o aluno, de maneira sutil, para que brinque com diversos tipos de brinquedos que não se tornem perigosos para os mesmos, mas que tenham um significado para o aprendizado dele.

          Concluo este trabalho refletindo sobre a importância de trabalhar de forma lúdica em sala de aula e perceber que o jogo e as brincadeiras pode propiciar a construção de conhecimentos novos, um aprofundamento do que foi trabalhado ou ainda, a revisão de conceitos já aprendidos, servindo como um momento de avaliação processual pelo professor e de auto avaliação pelo aluno.

                                                          

                                                                                                                                                       

REFERÊNCIAS

 

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