DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA ESCOLA
Silvia Regina dos Santos Alexandre
RESUMO
O objetivo de esse trabalho a seguir tem como tema a diversidade e inclusão na escola que vem da preocupação vivida no interior das escolas abordarão alguns assuntos de como podemos melhorar as estatísticas das escolas. Inclusão e diversidade escolar são acolher todos os alunos respeitando cada um do jeito que eles são estimulando os alunos o gosto pela leitura, ampliando o repertório para o trabalho de leitura e escrita. A Educação Básica em seu papel deve ser propulsora para o enfrentamento que é trabalhar a inclusão escolar.
Projetos e ações afirmativas deve ser um caminho para construção da tão almejada igualdade. Quando abordamos o assunto inclusão ou diversidade não se remete somente a minoria ou apenas a alunos com necessidades especiais. È uma questão muito mais abrangente, pois todos nós seres humanos somos únicos, consequentemente diferentes uns dos outros. Tentar possibilitar a construção de uma sociedade digna, juta e inclusiva é o que o governo deve oferecer a todos, fazer a sociedade refletir e mudar deve ser um obrigação.
Palavras-chave: Educação. Inclusão Escolar. Diversidade. Aprendizagem. Cotidiano Escolar.
Introdução
Esse artigo tem como tema a diversidade e inclusão na escola a finalidade dele é mostrar a realidade dentro das escolas e o que pode ser feito para melhorar, como que nós futuros pedagogos devemos lidar com um assunto tão presente em nossa sociedade.
Refletir sobre educação e diversidade na escola é colocar em pauta o processo de desenvolvimento humano integral e sobre a democratização do saber. Isso implica no desenvolvimento de um processo de ensino-aprendizagem singular, critico dinâmico e desafiador, que considere as diferentes culturas, ritmos e níveis de desenvolvimento dos alunos e que promova efetivamente a inclusão social.
A inclusão deve ser trabalhada constantemente em conjunto com a família escolar que são todos os envolvidos da escola juntamente com a família do aluno que necessita de uma atenção a mais. Além destes problemas, são detectados no decorrer do ano alunos que apresentam dificuldades na leitura, escrita e cálculos básicos, que não atingem os objetivos, capacidades de um ano para outro dentro das três etapas chamadas de ano acabam por necessitar de Apoio Pedagógico do professor Articulador.
O espaço escolar se apresenta hoje com grandes desafios com relação aos alunos especiais. Falamos de formação aos educadores, falamos de estrutura física, falamos de estrutura ética e social. Trabalhar a inclusão implica em buscar subsídios teóricos, filosóficos e acima de tudo humanos para que a mesma aconteça.
A postura profissional e os desafios que a educação inclusiva nos oferece estão pautados no olhar além dos paradigmas de que não sabemos como fazer. Cabe aqui dizer que a diversidade, a cidadania e os princípios da coletividade estão o tempo todo nos reinventando, lançando ideias, técnicas, métodos os mais amplos possíveis para que o fizer pedagógico aconteça também com os alunos que apresentam necessidades especiais.
O tema diversidade e inclusão na escola implicam em um projeto de estruturação progressiva e mudança significativa. Por essa razão nossas ações de hoje dificilmente irão resolver os princípios que delimitam a inclusão, mas certamente podem contribuir e propiciar momentos em sala de aula que despertam para as melhorias e conquistas dessa problemática, a fim de chegar à verdade inclusão social.
Desenvolvimento
“A educação é uma questão de direitos humanos e os indivíduos com deficiência devem fazer parte das escolas, as quais devem modificar seu funcionamento para incluir todos os alunos.” Esta é a mensagem que foi claramente transmitida pela Conferência Mundial de 1994, da UNESCO, sobre Necessidades Educacionais Especiais. Pensando de uma maneira ampla o ensino inclusivo, é a Pratica da Escola Para Todos. Com salas de aulas provedoras de conhecimento, convivência e de cooperação entre todos. Um local onde as necessidades dos alunos, sem distinção são satisfeitas.
A Educação Inclusiva tem uma importância social fundamental e primordial, porque educando todos os alunos juntos, as pessoas com deficiência têm oportunidade de preparar-se para a vida na comunidade. Para a escola, a instituição escolar se transforma num ambiente onde todos os alunos, recebem a mesma oportunidade e com a garantia de que suas especificidades serão respeitadas.
Quando existem programas adequados, a inclusão funciona, gerando o aprendizado para a vida na sociedade. A habilidade acadêmica não deve estar repousada na habilidade social e vice-versa. As habilidades sociais praticada no âmbito escolar se fazem primordial, assim como o aprendizado pedagógico adequado que a escola devera oferecer. A relação dos estudantes com o aluno com deficiência depende da orientação e direção por parte dos professores, ou dos adultos nessa interação.
A interação e comunicação facilitada ajudam ao desenvolvimento de amizades e os trabalhos com os colegas. O que esta em questão não é apenas se o ensino inclusivo deve receber pessoal especializado e pedagogo qualificado, mas sim em oferecer a esses alunos um ambiente integrado, e fundamentalmente proporcionar aos professores informação e atualização de suas habilidades de educador. O mundo contemporâneo expresso a miscigenação de culturas, raças, crenças e classes sociais, primando pelo respeito e valorização das diversidades. Os educadores precisam de ferramentas pedagógicas e novas habilidades para trabalhar com os alunos de hoje.
Os alunos aprendem a ser mais sensíveis, a compreender, respeitar e a crescer confortavelmente com as diferenças e as semelhanças entre os indivíduos. Quando as escolas são excludentes, o preconceito fica inserido na consciência de muitos alunos quando eles se tornam adultos.
O que resulta em maior conflito social e em uma competição desumana. A inclusão não é um modelo de prestação de serviços de educação especial é um novo paradigma de pensamento e de ação, com a finalidade de incluir a todos os indivíduos, criando uma sociedade onde a diversidade se torna mais normal do que exceção. Valorizamos cada ser, como um ser em potencial o desafio é estender a inclusão a um maior número de escolas e de comunidades e ter em mente que o principal propósito é facilitar e ajudar na aprendizagem e no ajustamento de todos os alunos, os cidadãos futuros.
Nessa transformação do educador, os professores têm a oportunidade de desenvolver suas habilidades profissionais de colaboração e de apoio entre os profissionais. Quando ha apoio e cooperação da instituição de ensino os professores melhoram suas habilidades, com efeitos visíveis sobre a aprendizagem dos alunos e a instituição de ensino deve garantir esse direito ao professor e ao aluno.
A instituição escolar precisa se apropriar da preparação de seus professores e funcionários, no que se refere à inclusão escolar. Todos do ambiente devem saber sobre o assunto e participar a favor. Como disse Vygotsky, 1988:
“Se ignorarmos as necessidades das crianças, aquilo que efetivamente as incentivam a agir, nunca seremos capazes de entender seus avanços evolutivos para outro, porque cada avanço está ligado a uma mudança de motivos, inclinações e incentivos.”
A escola que fundamenta a inclusão produz ao seu redor uma comunidade ativa e consciente. Matricular um aluno de inclusão, hoje, não é mais um quesito de boa vontade, como há alguns anos. Hoje é uma obrigação, não só educacional, e social, mas uma obrigação constitucional. Os pais de um aluno com necessidades especiais não devem mais se sentir reféns da boa vontade de um diretor da escola. Hoje essa realidade já não pode e não deverá ser aceita, Porém transformar um conceito de segregação plantado no histórico de uma sociedade não é uma tarefa fácil, ao contrario é tarefa árdua e requer constante vigilância, por parte de todos os que defendem a inclusão escolar.
As demandas para a educação com vistas à inclusão das diversidades escolar são históricas e devem ser reconhecidas, compreendidas e abordadas no currículo escolar em toda a educação básica, suas especificidades e modalidades, visando á ampliação de conhecimentos, educação para sociedade sustentáveis dos direitos humanos e respeito às diferenças, sejam elas, religiosas, de gênero e orientação sexual, entre outras, que podem ser incluídas pelas unidades escolares.
Gomes (2007, pag.17) conceitua diversidade a partir da perspectiva cultural na qual é compreendida:
[...] como a construção histórica, cultural e social das diferenças. A construção das diferenças ultrapassa as características biológicas observáveis a olho nu. As diferenças são também construídas pelos sujeitos sociais ao longo do processo histórico e cultural, nos processes de adaptação do homem e da mulher ao meio social e no contexto das relações de poder.
A diversidade enquanto componente do desenvolvimento biológico e cultural dos seres humanos faz-se presente nas praticas, conhecimentos, valores, linguagens, técnicas artísticas e cientificas, representações do mundo, experiências de sociabilidade e de aprendizagem (Gomes, 2007, pag.18). Assim, a inclusão das questões relativas à diversidade no processo de ensino e aprendizagem de crianças, jovens, e adultos favorece o desenvolvimento pessoal, psíquico, acadêmico, emocional e social dos educandos.
O âmbito escolar é mais que uma referencia para sociedade a escola transmite através da educação os valores que condizem para transformar seus alunos em bons cidadãos. Trabalhar com a diversidade não uma tarefa fácil, mas também não é nenhum bicho de sete cabeças. De acordo com Ambrosetti (1999, p.92);
“Trabalhar com a diversidade não é, portanto, ignorar as diferenças ou impedir o exercício da individualidade”. Pelo contrario, esse trabalho envolver o favorecimento do diálogo. Neste sentido, constitui imperativo “dar espaço para a expressão de cada um e para a participação de todos na construção de um coletivo apoiado no conhecimento mútuo, na cooperação e na solidariedade".
A inclusão requer interesse, estratégias e dedicação constante observam-se na atitude de respeitar as especificidades de cada um, a segregação e acomodação no simples fato de aceitar a presença do aluno no âmbito escolar regular. Como se isso caracterize a inclusão. Vamos lembrar que a escola promove a preparação da vida social, e o ensino amplia as capacidades cognitivas dos alunos. Esses estímulos devem funcionar como sementes férteis e fortes. E os frutos são colhidos ainda na escola.
O termo inclusão não abarca apenas pessoas que poderiam ser excluídas da educação devido a dificuldades de aprendizagem. Ele abrange todas as crianças e todos os jovens, com saúde e desenvolvimento típicos ou não, de todas as etnias e as classes sociais, pois expressa o direito a educação de maneira ampla qualquer dificuldade de aprendizado que se tenha, seja ela decorrente de qualquer condição, deve ser acolhida e solucionada pela escola. No caso dos alunos com deficiência, a inclusão parece ser mais evidente, mas isso não significa que os colegas considerados típicos não se beneficiem dela.
Assim, a integração é um processo dinâmico de participação de pessoas num contexto relacional com a interação nos grupos sociais, independentemente de quais sejam os sujeitos. Implica viver e conviver em comunidade, por meio de uma participação ativa, com direitos e deveres estabelecidos.
É possível concluir que a educação inclusiva tem por principio a valorização da diversidade humana em seus múltiplos aspectos culturais, sensoriais, étnicos, físicos, mentais. Mussi (2008) afirma que a inclusão não deve ser vista como algo a ser conquistado, mas como direito de todos encontrarem as condições necessárias para seu desenvolvimento.
Segundo Monteiro (2001):
“[...] A inclusão é a garantia, a todos, do acesso continue ao espaço comum da vida em sociedade, uma sociedade mais justa. Mais igualitária e respeitosa orientada para o acolhimento a diversidade humana e pautada em ações coletivas que visem à equiparação das oportunidades de desenvolvimento das dimensões humanas” (MONTEIRO, 2001, p. 1)
Sendo assim o sistema educacional brasileiro deve buscar uma educação para todos por meio de uma escola heterogênea, pluralista e acolhedora, independentemente de suas diferenças. A educação inclusiva visa desenvolver valores educacionais e metodologias que permitam desenvolver as diferenças através do aprender em conjunto, buscando a remoção de barreiras na aprendizagem e promovendo a aprendizagem de todos, principalmente dos que se encontram mais vulneráveis, em contraposição com a escola tradicional, que sempre foi seletiva, considerando as diferenças como uma anormalidade e, desenvolvendo um ensino homogeneizado Carvalho (2000).
A escola, ao considerar a diversidade e a inclusão, tem como valor máximo o respeito às diferenças, não o elogio a desigualdade. As diferenças não são obstáculos para o cumprimento da ação educativa podem e devem, portanto, ser fator de enriquecimento.
Rosseto (2005, p.42) salienta que:
A inclusão é um programa a ser instalado no estabelecimento de ensino em longo prazo. Não corresponde a simples transferência de alunos de uma escola especial para uma escola regular, de um professor especializado para um professor de ensino regular. O programa de inclusão vai impulsionar a escola para uma reorganização. A escola necessitara ser diversificada o suficiente para que possa maximizar as oportunidades de aprendizagem dos alunos com necessidades educativas especiais.
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, para todos, é viver a experiência da diferença. Não podemos ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, para-nos, como futuros professores, o maior ganho este em garantir a todos o direito à educação.
Conclusão
Portanto na elaboração desse artigo observe-se a importância do respeito que se deve ter com as diferenças dos colegas no ambiente escolar, pois vivemos em uma sociedade mista e temos que aprender a conviver com as diferenças, pois é na diferença que somos todos iguais.
Assim a diversidade em sala de aula tem que ser levada como fator positivo, onde o educador tem uma ampla gama de culturas que podem ser exploradas durante o aprendizado, sem deixar que estas diferenças se tomem negativas, prejudicando o processo de ensino.
O artigo apresentado expõe que a diversidade sempre esteve presente em nossas vidas, desde os tempos mais remotos até hoje, e ainda hoje o diferente passa por situações humilhantes de preconceito.
Pela observação dos aspectos analisados, compreende a relevância de conhecer a realidade dos alunos e da escola, a escola, espaço de convivência com a diversidade, é um espaço privilegiado para a discussão de questões referentes é diversidade e inclusão devendo assumir o compromisso de educar o olhar dos estudantes quanto a seus direitos legais.
REFERÊNCIAS
AMBROSETTI, N.B. O “Eu” e o “Nós”: trabalhando com a diversidade em sala de aula. In: Pedagogias das diferenças na sala de aula. Marli André (org.). São Paulo. Editora Papirus, 1999.
BRASIL. Ministério da Educação. Gênero e diversidade na escola: formação de
Professoras gênero, orientação sexual e relações étnico-raciais. Livro de conteúdo. Rio de Janeiro: CEPESC, Brasília: SPM, 2005.
CARVALHO, Rosita Edler. Removendo Barreiras para a aprendizagem. 4. ed. Porto Alegre: Mediação,2002. p. 70, 75,106, 111, 120, 174.
GOMES, Nilma Lino. “Diversidade cultura, currículo e questão racial”. Desafios para a prática pedagógica, 2007.
MONTEIRO, Mariângela da Silva. Ressignificando a educação: a Educação Inclusiva para seres humanos especiais. 2001, p.1.
MUSSI, Sandra Buissa. Ressignificando a escola na proposta inclusiva.
Disponível em: http://www.abpp.comrbr/artigos/Othm. Acesso em: 20 de ago 2018.
ROSSETO, M. C. Falar de inclusão... falar de que sujeitos? ln: Lebedeff, T. B.
Pereira. Educação especial - olhares interdisciplinares. Passo Fundo: UPF Editora,
- P. 41-55.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1998.