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JOGOS E BRINCADEIRAS COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL INCLUINDO TEMA TRÂNSITO.



ARACI OMIZZOLO PEREIRA ROSA

Vanessa Margareth Soares

Priscila Marengo Segrillo

Elisabete Gonçalves Rabelo

 















RESUMO




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Na presente pesquisa de trabalho, tivemos por objetivos investigar como é explorado no seu aspecto pedagógico com vista ao desenvolvimento cognitivo, corporal e emocional da criança e sua autonomia. Enquanto escolha metodológica buscou na pesquisa qualitativa, utilizarmos entrevistas e questionários. Constatamos que jogos e brincadeiras são de fundamental importância no processo de construção do conhecimento da criança. Pois através do lúdico desenvolveu-se de forma harmoniosa e prazerosa. Podemos constatar que os professores tem consciência da importância dos jogos e brincadeiras, quanto ao tema trânsito, mas ainda falta um pouco de vontade de buscar maior conhecimento e por em prática. Quanto aos alunos, trabalhamos várias atividades lúdicas que realmente tiveram resultado satisfatórios. Acreditamos que uma escola compromissada com a qualidade do processo educacional deve propor situações de aprendizagem que permitem o aluno à assumir o papel de agente transformador, ao professor compete adotar novas posturas em parcerias com seus alunos buscando práticas educativas prazerosas e geradoras de conhecimento, estabelecendo uma relação entre o aprender e o brincar.

 

Palavras-chave: Educação infantil. Trânsito. Jogos. Brincadeiras. Crianças e professores.



















INTRODUÇÃ0




Os jogos e as brincadeiras surgiram a partir de conversa informais e observações nas instituições  de educação infantil, sendo que não era dada a devida importância sobre o tema no seu aspecto pedagógico. Por ser um trabalho com crianças de 0 á 6 anos, uma tarefa especial, que deve estar em permanente construção, para um completo desenvolvimento do ser, precisando acontecer concomitantemente nas diferentes áreas,  para que haja o equilíbrio necessário como um todo. Quando explorado no seu aspecto pedagógico, proporciona a criança um melhor desenvolvimento na dimensão corporal, afetiva, cognitiva e na construção de sua autonomia. Nosso objetivo de pesquisa foi levantar dados de como jogos e brincadeiras no seu aspecto pedagógico é visto pelos coordenadores, professores e as crianças. Qual é a sua importância no processo ensino aprendizagem e introduzi-lo enquanto auxílio nas atividades lúdicas incluindo temas transversais e o tema local de educação para o trânsito. Pois através dessas discussões o processo ensino aprendizagem coloque um olhar mais atento aos jogos e brincadeiras.

Trabalhamos as contribuições teóricas, num contexto sócio histórico de alguns autores, que nos deram melhor clareza para trabalhar jogos e brincadeiras em consonância com áreas de ensino contemplado no referencial curricular nacional para a educação infantil, visando proporcionar aos professores estudo do tema transversal para reflexões das ações cotidianas na sala de aula.   

Propomos trabalhar com as crianças através de jogos e brincadeiras, construindo conceitos através de atividades participativas, estabelecendo uma relação entre várias especialidades didáticas, sendo trabalhado de forma global em todas as áreas do conhecimento como: linguagem, ciências naturais, matemática e ciências sociais, envolvendo o tema trânsito que se encaixa facilmente em qualquer uma das disciplinas.

Relatamos assuntos referentes a jogos e brincadeiras como instrumento pedagógico na  educação infantil incluindo o tema trânsito na qualificação de professores. Propondo sensibilizar os mesmos para que sejam inovadores, comprometidos, críticos e procurem cada vez mais aperfeiçoar-se, fazendo com que o aluno busque o conhecimento, numa permanente construção, que vai prepará-lo para a vida, com autonomia e criatividade. Assumindo assim a responsabilidade de uma melhor transformação integrando valores que contribuem para a cidadania com competência e dinamismo.



















DESENVOLVIMENTO

 

                 JOGOS E BRINCADEIRAS NO ASPECTO CULTURAL TEÓRICO

O ser humano tem recebido várias designações, uma delas é o homem ludens, porque dedica-se a atividade lúdica, que significa em latim “brincar”, no qual estão relacionadas às brincadeiras, jogos e brinquedos,  que vieram de diferentes culturas. Neste contexto o ato de brincar pode incorporar valores morais e culturais, em que as atividades lúdicas devem visar a auto-imagem, a auto-estima e o auto-conhecimento, conduzindo a imaginação, fantasia, criatividade e criticidade.  Necessidade interior, tanto da criança quanto do adulto, sendo que a necessidade de brincar é inerente ao desenvolvimento.      

Ao valorizar as atividades lúdicas, ainda a percebemos como uma atividade natural, espontânea e necessária a todas as crianças, tanto que o brincar é um direito da criança reconhecido em declarações, convenções e leis a nível mundial. (SANTOS, 1997, p. 20)

O direito de brincar esta reconhecido desde 1959, no princípio 7 da declaração dos direito da criança, adotado pela assembleia geral da ONU. E é considerado tão importante para a criança como direito a saúde, à segurança, à educação. Também na constituição brasileira de 1989, no Estatuto da criança e do adolescente aparece a brincadeira sendo fundamental para o desenvolvimento da criança. Ainda o conselho Estadual de defesa dos direito da criança de Mato Grosso lei 5.892/91, no artigo 4º “O ensino será com base na busca da beleza, da criatividade, da ousadia, do desprendimento, da solidariedade, da liberdade e da emoção” (Estatuto da criança e do adolescente p. 6)

Então fica claro que precisa a criança ter a sua infância respeitada e valorizada, e os jogos e brincadeiras fazem parte de suas necessidades, para ter uma infância sadia, com valor, dignidade, aprendendo o que é necessário para tornar a vida harmoniosa e bela.

Não é fácil buscar a origem da história dos jogos e das brincadeiras. Várias pesquisas e estudos foram realizadas sobre a origem dos jogos tradicionais no Brasil, mas não foi obtido nenhum resultado satisfatório, por influência da miscigenação e dos portugueses que vieram para o país e trouxeram sua cultura. No século XIX, segundo, se intensifica a imigração de origem portuguesa, italiana e espanhola e com eles vieram o folclore, o conto, as lendas, as superstições e também  os jogos e brincadeiras que foram contadas de geração em geração. É muito importante conhecer alguns jogos da época tradicional, com o objetivo de termos uma noção de infância daquela época, como bola de gude, pipa, peão, bodoque, peteca, bola de vidro e outros.  

O negro, tem grande influência na cultura do Brasil, não se sabe realmente as brincadeiras das crianças negras, mas as mães transmitiam as histórias de suas terras mostrando os valores africanos. A infância na época de engenho era discriminada. As meninas brancas brincavam com as negras e era um saco de pancada, reproduzindo o tratamento adulto, na verdade eram animais, sendo alvo das brincadeiras de seus nho nhos ou sinhazinhas. As dramatizações das brincadeiras de meninas nos faz de conta representavam senhoras que dão ordem aos seus criados, onde a criança negra obedecia. Sendo dominada até nas brincadeiras, aprendendo seu lugar, como  sociedade de escravos.

Fora da casa grande, os meninos eram tratados de igual para igual, porque o branco queria a liberdade de brincar com a criança negra, que criava seus brinquedos e explorava no seu mundo de liberdade, e o branco sentia a necessidade pois fazia troca de brinquedos por alimentos.

O menino da casa grande trocava alimentos da sua própria casa por brinquedos construídos pelas crianças negras, no qual eles eram livres para correr, nadar, brincar de pião, bodoque, eles só não sabiam ler mas eram criativos em relação as brincadeiras livres (andar a cavalo, fazer bodoque, matar pássaros). Com suas habilidades e valores, fora da casa grande eles viviam de igual para igual como criança que sonha com a liberdade. (REGO, 1969, p. 56)

Para as sinhas isso era traquinagem, sendo as crianças negras culpadas pelos atos. Essas crianças só brincavam até os sete anos, tendo que esquecer as brincadeiras e dedicar-se aos estudos.

Os índios desde pequenos, brincavam com brinquedos manuais feito pelos pais, os quais são usados, quando adulto, para o trabalho, a exemplo disso é o arco e flecha, meninos que brincavam caçando animais como cobrinhas, cachorros e o do fio que desenhavam figuras de animais. Mais tarde eles irão juntos com os pais para irem aperfeiçoando-se  e tornarem-se independentes. Quer dizer as suas brincadeiras consistiam em preparar-se para a vida.

O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal social e cultural, colabora para uma boa saúde mental prepara para um estado interior fértil, facilita os processo de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento, (SANTOS, 1997, p.12)

A infância, tem que ser respeitada; a criança não é um adulto em miniatura; se for reduzida a isso pior para ela e para a sociedade, pois a vida cobra as etapas não vividas. As necessidades lúdicas e afetivas das crianças tem a mesma importância que suas necessidades físicas. Se suas características individuais forem respeitadas, passará do brincar para o trabalhar, sem perceber, pois continuará sentindo o mesmo prazer na atividade. Homem feliz é o que gosta do que faz; brincar, trabalhar são formas de expressão e a criança que hoje brinca bastante aprende a engajar-se por prazer e amanhã manifestará esse sentimento, engajando-se como cidadão participante no meio  onde vive.      

Para Rizzi Haydt  (1998, p.10), “O jogo pode confundir por vezes, como o próprio trabalho principalmente no caso do trabalho espontâneo, e a atividade lúdica pode se revestir da mais profunda seriedade (...).” Então é preciso a escola valorizar o ato de brincar ajudando as  criança a formar um bom conceito de mundo

A criança desenvolve-se brincando e aprende a relacionar-se com seus companheiros, observar regras, desafiar obstáculos, buscar com anseio a grandeza e a descoberta do conhecimento,  construindo assim sua cultura lúdica.














  OS FAZERES NA EDUCAÇÃO INFANTIL ENQUANTO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO

 

                                  HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Antes as creches eram vistas como instituições de cunho filantrópicas, em que o enfoque era cuidar das crianças enquanto os pais trabalhavam, tinha como modelo os asilos e os orfanatos e como clientela crianças de camadas populares. Para trabalhar nas creches não era preciso formação especificamente em pedagogia. 

A LDB de 1996, cria novos modelos onde o objetivo da educação infantil é “educar e cuidar” e essa inclusão tem como primeiro segmento do ensino básico. Essas mudanças trouxeram a responsabilidade para a área educacional, em que as  instituições de atendimento as crianças de zero a seis anos, que era da responsabilidade da área de assistência social, passaram a ser integradas para o sistema municipal do ensino. A LDB Art. 29 especifica que a finalidade na educação infantil é o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicomotor, lógico, intelectual e social. 

Conforme referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCN), a lei  9.394/96, estabelece que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica, como também este documento tem como objetivo, auxiliar na realização de trabalho educativo diário junto a criança pequena, na busca por uma ação integrada que incorpore as atividades educativas, os cuidados essenciais das crianças e suas brincadeiras. O referencial enfatiza os conteúdos ligados ao saber fazer, aos procedimentos que as crianças precisam saber e desenvolver para que possam apreender. 

É necessário que sensibilizamos que educação infantil é fundamental para o bom desenvolvimento da criança, compreendendo que a escola deve prepará-las para a satisfação das múltiplas necessidades humanas, possibilitando a construção da identidade, autonomia criticidade, responsabilidade e a formação para a cidadania.

A demanda pelo atendimento de crianças de zero a seis anos é grande em nossa sociedade, fazendo-se necessário a construção de mais creche para poder atender as crianças. Atualmente a educação é concebida como um direito da população, que estabelece o atendimento integral à crianças de zero a seis anos de idade e que deverá ser prestada em creches e pré-escola, assegurando o direito a educação gratuita e de qualidade.

As crianças de educação infantil de 0 a 6 anos são alicerce, o inicio de tudo, onde o aluno poderá se tornar um ser criativo e questionador ou então um mero receptor de conteúdos. Para isso é que dependemos de bons profissionais comprometidos com a educação, e que provoque transformações na prática pedagógica e no cotidiano da sala de aula.

Baseado na pesquisa de campo realizada no período de 06 à 10 de Outubro de 2009,em escolas municipais de Sinop - MT, através de questionários elaborados para professores coordenação pedagógica e crianças, conseguimos obter várias informações que mostram a importância de jogos e brincadeiras na educação infantil. 

As quatro coordenadoras pesquisadas conceberam que a educação infantil é o inicio do desenvolvimento e que os jogos e brincadeiras são muito importantes para a aprendizagem, pois é no brincar que as crianças exploram na sua maneira a realidade que vive. Porém precisam ser trabalhados mais jogos e brincadeiras paralelos aos conteúdos, conforme uma afirmação “Os jogos e brincadeiras no processo e aprendizagem são vistos como uma ponte onde de um lado fica os conteúdos, vem as brincadeiras e jogos e depois a aprendizagem”. 

Elas afirmam que os professores já estão sensibilizados quanto o grau de importância de se trabalhar atividades lúdicas na salas de aula, porém destacam que ainda falta maior conscientização sobre o tema não estão preparadas para trabalhar com o tema trânsito .Acreditam que a criança aprende brincando mas precisam oferecerem melhores condições, valorizando e incentivando para melhor transformações. E que a escola realmente precisa reencontrar novos caminhos para uma prática pedagógica que contribua na formação da criança, possibilitando uma educação com competência e qualidade. Anexo A

Nas entrevistas e questionários respondido por dezessete professores da rede municipal  concebem a educação infantil como início da aprendizagem que vai preparando para o ensino fundamental. E os jogos e as brincadeiras são importantes para o desenvolvimento no processo aprendizagem da criança. Os mesmos usam atividades lúdicas, mas sentem dificuldade quanto ao números de crianças nas salas e falta de materiais pedagógicos específicos para a educação de trânsito , tendo afirmação como “ uso brincadeiras como estratégia e sinto dificuldades por não ter recursos pedagógicos na sala de aula” ou “sinto dificuldades porque tem muitas crianças em sala”. As brincadeiras que mais gostam de brincar com as crianças são quebra-cabeça, casinha, danças, jogos de memórias, caça ao tesouro, imitar bichos, ovo choco e morto vivo, com o objetivo de desenvolver na criança agilidade, criatividade, atenção,  participação e memória.

Relataram também que gostariam de terem mais conhecimento o  tema trânsito, pois acreditam que a criança aprende brincando, segundo uma afirmação: “acredito, porque muitas crianças em algumas horas depois que brincamos queriam repetir tudo o que fizemos, principalmente musiquinhas especifícas e rodas”.

Logo notamos claramente que todos acham importante e já trabalham jogos e brincadeiras com seus alunos, porém encontram dificuldades em relacionar com os conteúdos propostos, e o que mais dificulta é o espaço físico, material sobre o tema trânsito e as salas que são superlotadas. Percebendo a importância de trabalhar com o lúdico no ensino aprendizagem faz-se necessário propor atividades onde o professor possa adaptar o conteúdo programático aos jogos e brincadeiras. Para que tenhamos um aumento nos números de vagas e que não haja salas cheias, vista como um cabideiro, devemos propor aos governantes a construção de mais creches para a educação infantil.  

Através das respostas das crianças entrevistadas que são num total de vinte e cinco, elas gostam da escola e sabem da necessidade de estarem ali, pois uma afirmou “gosto da minha escola porque meu pai trabalha, minha mãe também, minha tia é boa não briga” e o que mais gosto de fazer é “pintar, desenhar, brincar no parque, gosto dos colegas e também de brincar juntos dos meninos e meninas”. Outra afirmou que as brincadeiras que mais gosta são “bolinha, boneca, escolinha, amarelinha e dança” e através dos jogos, segundo elas, aprendem “brincar, estudar, o amigo não pode bater no outro, números, letras e montar brinquedo”. 

As crianças deixaram bem claro o quanto gostam e precisam brincar e que nas brincadeiras e jogos  elas aprendem a ler números, letras, montar brinquedos e respeitar os colegas, principalmente quando há varias crianças, meninas e meninos juntos. Para elas a professora e a escola são peças fundamentais nas suas vidas. 

 Percebemos a necessidade de desenvolver um trabalho, que venha sensibilizar melhor os professores, auxiliando no entendimento dos conteúdos escolares durante a prática de ensino utilizando jogos, brincadeiras, oficinas de sucata, massinha e dobraduras. Tendo objetivos claros  que através da confecção de jogos integram as diferentes áreas do desenvolvimento infantil. Nesse processo vivencial, a criança vai desenvolvendo melhor seu potencial criador, trocando valores entre o ter e o fazer.

Através da coleta de dados, vimos que jogos e brincadeiras vem conquistando espaço nas escolas e muitos professores buscam fazer trabalhos com projetos, onde o ato de aprender ganham novos sentidos através do lúdico, possibilitando a construção do conhecimento de forma interessante e envolvente. Porém sabemos que tem muitos educadores que não procuram aprofundar nos estudos, ficando muito no tradicional, não acompanhando o processo de uma educação desafiadora, que inventa, reinventa, que transforma a sala de aula em um laboratório prazeroso e de comprometimento.

É necessário que aconteça a transdiciplinaridade, elaborando assim trabalhos coletivos para o alcance dos objetivos educacionais, onde as atividades durante a prática de ensino, sejam variadas desde exposições dirigidas, até atividades experimentativas e explorativas, estimulando assim constantemente o interesse, a curiosidade e a participação ativa das crianças.   

Dentro desta perspectiva procuramos realizar as atividades práticas do estágio, o mesmo foi aplicado na creche União, localizada à Av. das Itaúbas nº 2.251 no Centro. Atendendo cerca de cem crianças na faixa etária de três meses a seis anos, distribuídas em cinco turmas: berçário, maternal I, maternal II, pré I e pré II.

Pela necessidade dos pais, ambos saírem juntos para trabalharem o dia todo e não dispõem de tempo necessário para ficar juntos aos filhos, surge a necessidade de que a criança precisa ficar na creche. Sendo um desafio para ela pois é algo novo, gerando insegurança para a criança, desta forma é necessário manifestar o respeito ao aluno e a sua família, facilitando a adaptação, através de diálogos e de proposta de trabalho, mostrando confiança e segurança.

Por ser uma das primeiras creches construídas no município, conta com uma estrutura em alvenaria ampla, com parquinho e grande área de lazer, com o privilégio de ter árvores frondosas que proporcionam sombras sob as quais são desenvolvidas atividades pedagógicas, reuniões e comemorações. Tem piscina, onde as crianças amam tomar banho, pois é uma atividade geradora de muito prazer.

O corpo docente é formado por quatro professores, quatro monitoras e um atendente os quais se empenham no processo educativo da melhor maneira que podem, sabem da responsabilidades dos objetivos da escola, que é de cuidar e educar. Mas como em todo lugar tem professores e professores, há sempre uns que procuram desafiar mais a educação, buscando alternativas e procurando atualizarem-se para serem facilitadores do processo ensino aprendizagem, buscando a interação com o outro e aprendendo a ser criativo.

A coordenadora é pedagoga, procura dirigir a creche da melhor maneira possível, preocupando-se  com os problemas e com o bom andamento, procura-se relacionar bem com os alunos e os pais. É responsável pelo bom desenvolvimento da creche e da execução da política de ação definida para a creche. Quando se faz necessário ela que passa as determinações das ordens dos superiores, como também, promove reuniões com pais visando a integração escola, família e comunidade.

O projeto político pedagógico, foi elaborado com a participação de pais, funcionários, visando assegurar a melhoria do ensino, garantindo a articulação do currículo em todos os aspectos cognitivo, psicomotor e social. Não tendo um caráter unicamente assistêncialista, mas sim de educar e cuidar respeitando os princípios éticos, políticos e estéticos.

A escola como agência de transformação tem o compromisso de atender às expectativas que desperta pelo seu grandioso poder de atração e sedução. Todo projeto pedagógico deve estar estruturado em três pontos básicos: educacionais, culturais, sociais.( OLIVEIRA, 1998, p. 27).

A escola precisa propor fins a serem atingidos, desenvolvendo o senso crítico de transformação ou seja de mudança, visando o desenvolvimento do aluno, partindo da ação social ajudando-o a construir o conhecimento prático. Tendo a missão de comprometer com uma educação de qualidade onde se trabalha fora e dentro dela. Que de fato haja promoção e crescimento humano, livre de limitações de ordem. Propondo proposta coletiva com todos os seguimentos da comunidade em que essa proposta  prevê: uma escola geradora de idéias, articuladora de ações pedagógicas, construída na relação interativa com seus alunos, colegas, professores e sociedade, mostrando seu compromisso frente ao processo educativo.

Por fazer parte dessa Instituição, como professora ha cinco anos, por isso a opção em realizar o estágio da Educação Infantil na própria turma de trabalho, nos deu muito prazer. Durante o estágio, colocamos em prática o projeto de “Jogos e Brincadeiras como Instrumento Pedagógicos na Educação Infantil incluindo o tema trânsito”. Procurando fazer um ação que venha de encontro com propostas de trabalho dentro de uma visão sócio histórica, tendo como suporte os referenciais curriculares e teóricos que nos levem aos desafios da educação. Com idéias promissoras e renovadoras.

Como em toda instituição escolar, o trabalho desenvolve-se dentro de uma rotina, que  descrevemos a partir da chegada das crianças na creche partir das 6h. 50 min., deixada por seus pais a caminho do trabalho, os quais retornam para busca-las a partir das 17 horas.

A medida que as crianças vão chegando, vão sendo recepcionadas pela professora ou monitora, que se ocupa em envolvê-las em jogos recreativos até que todos estejam presentes, para ser servido o café da manhã. Após o café é feita a higienização dos dentes sobre a orientação da professora e auxílio da monitora, logo em seguida são desenvolvidas as atividades pedagógicas de acordo com o planejamento bimestral norteados por temas geradores. Na seqüência, é feita a recreação livre no parque. Posteriormente as crianças tomam banho para fazer a refeição. Após o almoço é feita novamente a escovação  dos dentes, seguido do repouso até as treze horas e trinta minutos aproximadamente. Depois do despertar são realizadas mais atividades pedagógicas, para depois ser servido o lanche da tarde.

As atividades foram desenvolvida com uma turma de vinte e oito alunos de maternal sendo quinze meninos e treze meninas, na faixa etária de dois a quatro anos, no período integral.

Concebemos a importância de trabalhar questões direcionadas ao total aproveitamento das expressões corporais, partindo de pressuposto necessário ao desenvolvimento da criatividade e imaginação da criança, sendo explorado no seu desenvolvimento cognitivo, corporal , emocional  e sua autonomia, considerando sua capacidade de produção simbólica nas múltiplas linguagem, apropriando das diversas formas de diálogo do atual contexto.

Para SANTOS (1999, p.49), “cabe ao educador infantil selecionar atividades adequadas para que a criança em interação com o meio, possa se orientar, localizar e respeitar o seu espaço imediato.” Que essas atividades pedagógicas exijam movimentos refinados e preciosos que envolvam a atenção e memória proporcionando aos alunos a liberarem a criatividade e a sua iniciativa própria.

Durante a prática de ensino trabalhamos o subtema os pais, de forma global nas áreas de conhecimentos como: linguagem, ciências naturais, matemática e ciência social. Através da interdisciplinaridade lúdica, propondo oportunizar as crianças atividades diferentes com estratégias abrangentes. Visto que na concepção de ALMEIDA (1995, p. 38), aponta que “As atividades lúdicas, nessa prática educativa torna-se atividades sérias que auxiliam, enriquecem a incorporação desse conhecimento (...).” Sendo essas atividades lúdicas importantes para a aprendizagem, trabalhamos contos, músicas, jogos, brincadeiras, parlendas, danças, histórias, textos orais, pinturas e desenhos. Partindo sempre da vivência das crianças, das necessidades e levando em conta os aspectos, afetivos, cognitivos, linguísticos e da motricidade.

Com o objetivo de compreender melhor o aspecto família, dialogamos sobre o dia dos pais, assistimos no vídeo a história do Pinóquio, no qual tinha a figura paterna, onde exploramos o aspecto de valorização, respeito, amor e amizade. Ensaiamos uma música dramatizada “ Meu paizinho”, para ser apresentada para o papai, também elaboramos um lindo livro no qual cada dia construímos uma página, como: desenho da mão direita com tinta guache, beijinhos, mensagem, recorte e colagem de figuras tirados de revistas, que gostaria de dar ao papai, desenhar o papai com lápis de cor e construção de um cartaz com mensagem aos pais. 

Ainda trabalhamos a letra P, da palavra papai, a letra inicial do próprio nome e a dos colegas, para reconhecer a seu nome e o dos outros, como também, trabalhamos conceitos e palavras com mímicas, brincadeiras, dialogamos sobre profissões do papai, o qual tinha como tarefa verificar com o mesmo qual era a sua profissão. Onde podemos exemplificar que um aluno não procurou e tentou conceituar a profissão do papai , “a profissão do papai é serviço”, sendo que no outro dia ela perguntou a seu pai e o mesmo disse a ele que era mecânico. Percebemos como a criança constrói o conhecimento através da relação, da troca, num contexto global família e escola.

Conforme CEDINA (1999, p. 62), “Dessa forma a brincadeira tem grande importância no desenvolvimento pois cria novas relações entre situações no pensamento e situações reais(...).” Assim sendo as crianças construíram o conhecimento, a partir da leitura que fizeram da sua realidade, por isso, a necessidade de propor desafios e situações estimuladoras que levam a criança a agir e criar conceitos de mundo.

Este trabalho de jogos, brincadeiras, textos poéticos, histórias, parlendas, versos, ditados populares, adivinhas, trava línguas, nos permearam durante o estágio de forma descontraída, prazerosa e divertida. Possibilitou uma autonomia na construção do conhecimento. Para REDIN (1998, p.52), “A escola só será libertadora se possibilitar, na sua prática a construção da autonomia e da cooperação.” Dessa forma trabalhamos de maneira prazerosa e integrada, levando as crianças ao desenvolvimento de suas potencialidades e de construção de conceitos. Propondo uma avaliação contínua através da observação, do interesse, da interação, da ação e da participação. Ocorrendo um grande avanço no conhecimento.

A prática de ensino fundamental realizou-se na escola Olímpio João Pissinati Guerra, cujo o nome foi em homenagem a um pioneiro. Foi fundada no ano de 1984, atendendo hoje a uma clientela de mil e seiscentos alunos, funcionando nos períodos matutino, vespertino e noturno.

A sala onde ocorreu o estágio foi a 1a série vespertino do ensino fundamental, com 37 alunos. As crianças tem anseio em aprender cada vez mais. Mas é claro que tem fatores que interfere na aprendizagem de algumas crianças como: alunos reprovados, faixa etária diferenciada, crianças que não fizeram pré, crianças expulsas de outras escolas, sala com super lotação, criança que mora no sítio e não pode vir no reforço e outras que a família deixa a “Deus dará”, dificultando um desenvolvimento mais rápido na aprendizagem. A maioria tem assimilação rápida na aprendizagem junto as atividades propostas.

Para LOPES (1999, p. 22), 

Se os conteúdos programáticos tiverem uma aplicabilidade prática, terão maior probabilidade de serem apreendidos do que as teorias soltas e muitas vezes transmitidas de maneira incompreensível, desestimulante e inútil.  

Então trabalhamos com conteúdos do planejamento da escola no qual a professora passou, para se elaborar o plano de aula, propomos trabalhar os conteúdos programáticos, utilizando os jogos e brincadeiras, de forma global incluindo o tema trânsito que se encaixa facilmente em qualquer disciplina, nas áreas de conhecimento como: linguagem, ciências natural, matemática e ciência social.

Também criamos histórias “o bolo da mamãe e vovó”, a partir de frases dos alunos, liamos poesias, cantávamos músicas regionais, sobre o trânsito , confeccionávamos cartazes, construímos brinquedos com sucatas, recorte e colagem, vídeos com músicas na qual eram dramatizadas pelas crianças, trabalhamos matemática com situações do dia a dia, utilizamos jogos de bingos, brincadeiras como amarelinha, pular elásticos, cadê a margarida, motorista, como era época de festa Junina trabalhamos a nossa cultura regional, onde apresentamos o siriri cuiabano, “quem quer bem e nandaia” e também quadrinhas que as próprias crianças trouxeram.

Com essas atividades as crianças convivem com os diferentes contextos sociais, levando a descobrir caminhos que estimule a buscar respostas para o desconhecido, onde o ato de aprender torna uma aprendizagem significativa.













JOGOS E BRINCADEIRAS COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR



Diante dos avanços em todos os campos e das mudanças tão rápidas em todos os setores, é preciso buscar novos caminhos para enfrentar os desafios do novo milênio, fazendo reflexões sobre a educação com competência, criatividade e comprometimento.

No atual contexto cultural e tecnológico somos, a todo momento levados a enfrentar novos desafios, que nos exigem uma visão mais crítica e abrangente dos recursos que nos cercam, imprimindo uma nova ordem ao tempo e ao espaço. Outras relações se estabelecem entre o indivíduo e a construção de sua identidade, sendo significativo o papel das diversas linguagens na constituição dessas relações na vida que se transforma, permanentemente. (Salto para o futuro, 1999, p. 38)

É importante que cada vez mais busquemos novos conhecimentos, para podermos acompanhar a modernização para a formação de cidadãos críticos e autônomos.

 Para REGINA (1997, nº 30 p. 28), 

o educador precisa ter uma formação que destaca o valor da prática como elemento da análise e reflexão do professor e não o vê como um técnico que tem de obedecer as orientações dos especialistas mas com um profissional crítico e reflexivo. 

Então o professor precisa ter um perfil determinante, sujeito capaz de ser crítico, envolvedor, profissional, capaz, pleno, onde descobre a necessidade individual de cada criança, tendo força de vontade, amor no que faz e uma relação de amizade, não sendo permissível, mas tendo domínio dos alunos e dos conteúdos básicos nas áreas dos conhecimentos como linguístico, matemáticos, natural e social inclusive os temas tranversais que são incluídos.

Sendo um profissional que garante uma diversidade, apresentando propostas desafiadoras, fazendo com que o aluno busque o conhecimento numa construção permanente no qual a emoção e o prazer de sempre estar buscando o novo, torna-se uma construção para sua própria autonomia, numa constante luta para a transformação de um bom preparo para a vida.

É necessário preocupar-se com a formação do professor, avaliar a experiência docente. Que características identificam o verdadeiro educador? Será que assume as atividades como um todo, na escola, sociedade e na vida dos alunos? Alguns seguem apenas o aspecto funcional, são professores, orientadores, supervisores, mas não são educadores. O verdadeiro educador é aquele que dedica por amor, que promove, valoriza todos de igual para igual e assume a educação como opção de vida, luta por ela por convicção e coerência, tem a humildade de reconhecer que errou e volta atrás. Portanto é a busca de tarefas desafiadoras.

Para PIAGET, o ensino em todos os níveis da educação precisa  ser fundamentado na atividade, interação, troca, fazer, pensar, reagir em situações que são apresentadas ao educando e ter habilidades para criar um ambiente, nos quais as crianças sejam ativas, que façam atividades num clima de interação e ajuda mutua, valorizando e respeitando suas individualidades, tendo domínio dos conteúdos e uma relação de amizade. O que é confirmado por OLIVEIRA,

Uma casa de educação só transforma, quando vence o individualismo do “cada qual para si...” e implanta mecanismos pedagógicos eficazes para a mobilização das potencialidades humanas. Isto se alcança pela participação lúdica, crítica e reflexiva. A reconstrução do projeto pedagógico da escola impõe a reconstrução do educador.(2000, p.47).

Jogos e brincadeiras tem nesse contexto enfocado como uma alternativa, para formação do ser humano, onde os temas apresentados devem ser adaptados a nova realidade. Através de um trabalho de reflexão crítica, sobre a própria prática,  possibilitando a reconstrução permanente. Portanto, o professor deve repensar sobre o seu perfil, que esteja comprometido com a educação e capaz de proporcionar mudanças no indivíduo, mudando assim a sociedade, para a plena realização social. 

Enfim, a proposta de trabalhar a ludicidade através de uma abordagem sócio histórico, sustentou o interesse e o prazer dos cursistas em participar das atividades, com muita imaginação e criatividade. Segundo VYGOTSKY, a imaginação é um processo novo para a criança e constitui uma característica típica da atividade humana consciente. E ao prover uma situação imaginária, por meio de atividades lúdicas, a criança desenvolve a iniciativa própria expressa seus desejos, desperta a cooperação, internaliza regras sociais, incorpora valores morais e culturais, se prepara para a vida aprendendo a conviver como um ser social. 

 Fizemos a exposição do projeto de pesquisa, jogos e brincadeiras como instrumento pedagógico na educação infantil, onde o aproveitamento das brincadeiras, em seus aspectos pedagógicos, explorados em sala de aula, ajudaram os alunos na elaboração de idéias, na formulação de hipóteses, proporcionando aos alunos um melhor desenvolvimento cognitivo, social e emocional na construção de conceitos e na sua autonomia. Trabalhamos com exposição oral com auxilio de cartazes, mensagens e dinâmicas. As dinâmicas foram desenvolvidas para conquistar um clima de reflexão e desinibinição de todos. Com a  do novelo de lã, os cursistas apresentavam-se e passavam o novelo para o outro colega, até que todos apresentaram-se, ficando um emaranhado de fio, onde foi colocado que cada componente tem a mesma importância na sociedade, pois aquelas linhas mostravam, que na vida para conseguirmos conquistar alguma posição social ou reconhecimento, dependemos dos demais, pois sozinhos não somos ninguém e na educação nota-se claramente, que os desafios são muitos e precisamos estar todos unidos, para atingir os objetivos desejados, fazendo os alunos aprender de forma prazerosa.

Além dessa, outras dinâmicas foram trabalhadas, uma bem destacada, foi a do tirar o chapéu, onde por unanimidade, todos tiraram o chapéu, para a qualificação do professor, jogos em salas, música, porém a única questão que não tiraram o chapéu, foi para a educação atual, pois segundo eles, muitos professores se preocupam quanto a quantidade e não quanto a qualidade de ensino, que na verdade é a maior responsável para que tenhamos alunos comprometidos com a sua formação. 

Propomos aos cursistas listarem as brincadeiras de infância e as brincadeiras de hoje, as  quais foram debatidas no grande grupo, percebendo que hoje tem muitas brincadeiras esquecidas e que muitas crianças e adolescente não conhecem, porque as famílias e os professores quase não brincam mais, dificultando as crianças à desenvolverem sua capacidade criativa, sendo que tudo é apresentando pronto, como por exemplo, jogos de computador e brinquedos que brincam sozinho. Sabemos que vários fatores interferem nesse processo, a falta de tempo, a falta de diálogo entre as famílias e a televisão é a principal culpada de fazer esse papel de vilã da desunião. As crianças só brincam com jogos e brinquedos prontos , não tem oportunidade de inventar e construir. Dornelles nos apresenta essa perda ao refletir sobre quais as oportunidades de brincar que tínhamos e quais as de hoje. 

Antigamente tínhamos a rua, os irmãos mais velhos, os primos e os tios. Hoje na correria do cotidiano, quem para e brinca com as crianças? Muitas vezes sem nos darmos conta disso, deixamos as crianças o dia inteiro na frente da televisão (DORNELLES, 1996, p. 89)

Se não nos preocuparmos com a emoção ou seja, o lúdico, que é um remédio para o stress, com certeza os meios de comunicação e as indústrias de brinquedos iludem as crianças e fazem delas seus espectadores compulsivos, mantendo-as passivas e presas diante de uma realidade ilusória. 

Os meios de comunicação e a indústria de shows e espetáculos criam uma multidão de situações que iludem nossa necessidade de lazer, tornando-nos espectadores de espetáculos exibicionistas, mantendo nos passivos diante deles, roubando nos os poucos espaços de liberdade que nos resta. Essas situações de substituições, vão desde as novelas, Xuxas e Angélicas. (REDIN, 1998, p. 63).

Se os meios de comunicação tem esse poder de prender a criança, é porque são criativos, então o professor deve ter mais criatividade, fazendo com que as crianças ao assistirem, sejam críticas quando necessário e não se deixam levar por ilusões imaginárias. Assim tendo uma aprendizagem libertadora dos meios de comunicação e dos exploradores.

Várias afirmações eram feitas pelas cursistas “A culpa é nossa, porque é mais fácil passar fita de vídeo,  ao invés de brincadeiras”. “Se nós não ensinarmos as brincadeiras de nossa infância, elas nunca vão saber”. Precisamos resgatar as brincadeiras para que possam perpetuarem de geração em geração, e todos pais, mães, tios e professores, devem utilizarem-se  de todos os momentos possíveis, para realizarem as mais diversas brincadeiras.

Essa experiência de relembrar as brincadeiras de infâncias, cantiga de rodas, proporcionou um vinculo cultural entre os cursistas, numa abordagem sócio histórico e juntos assumimos a responsabilidade de uma melhor transformação, integrando valores que contribuirão para a cidadania, com competência e dinamismo. Favorecendo o processo de desenvolvimento das crianças, respeitando suas diferenças e histórias de vida.










CONCLUSÃO





Esta proposta teve como fim, mostrar a importância de trabalhar questões direcionadas ao total aproveitamento dos jogos e brincadeiras como instrumento pedagógico, proporcionando aos alunos um ensino envolvente no processo do conhecimento, valorizando a criatividade, o cultivo da sensibilidade a busca da afetividade, tendo uma ação avaliativa contínua, englobando todos os aspectos na formação do aluno, sustentando a tese que jogos e brincadeiras são facilitadores de aprendizagem. 

Conseguimos com este projeto, alcançar nossos objetivos, pois verificamos que durante a prática na educação infantil, que as atividades lúdicas trabalhadas, no seu aspecto pedagógico, no dia a dia da escola, proporcionaram aos alunos trocar idéias, saber ouvir e participar, autoeducar-se e incorporar novos conhecimentos.

Através do trabalho de pesquisa desenvolvido, notou-se claramente que na maioria das escolas, os profissionais não estão habituados à desenvolver atividades lúdicas com seus alunos, alegando falta de espaço e material. Esse quadro deve ser urgentemente revertido, pois constatamos que na prática de educação infantil, é possível trabalhar de forma produtiva, utilizando jogos e brincadeiras em todos os conteúdos ministrados para os alunos. 

Entendemos que o professor é responsável, por buscar propostas desafiadoras no processo de construção do conhecimento e criar junto com a necessidade da clientela, uma proposta político pedagógica, que venha de encontro com uma nova visão de mundo, buscando através de estudos bibliográficos metodológicos para um bom rendimento escolar.

Durante o curso para professores por nós ministrados ouvimos vários relatos, dos quais sabiam da importância dos jogos e brincadeiras, mas não tinham como meta introduzi-la aos conteúdos, porém ao terem vivenciado nossas experiências, embasados em diferentes teóricos afirmando a necessidade e a grandiosidade de trabalhar através de jogos e brincadeiras as habilidades múltiplas das crianças, dentre eles mencionamos KISHIMOTO (1999), que segundo ele é muito mais fácil e eficiente aprende por meio de jogos e brincadeiras e quando escolhido de forma educativa, possibilita a auto descoberta a assimilação e a integração com o mundo por meio de relações e de vivência. Notando-se claramente a satisfação e adesão de tais pratica de ensino, através de nossa observação comprovamos que professores e escola valorizavam e abancaram a nossa proposta com competência e dedicação.

Constatou-se que o lúdico faz se necessário pois é no brincar que a criança entrega-se, prepara-se, numa constante descoberta onde a criatividade flui com maior naturalidade, se prepara para a vida assimilando a cultura do meio em que vive, integrando-se e adaptando as condições que o mundo lhe oferece. Aprendendo a competir, cooperar com seus semelhantes e a conviver como um ser social, permitindo ao aluno assumir o papel com sujeito e agente transformador, por isso cabe ao educador buscar cada vez mais práticas educativas prazerosas e geradoras de conhecimento estabelecendo, desta feita, uma relação entre o aprender e o aprender brincando, o que encantam os alunos de maneira em geral.     













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