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HISTÓRIA DA ESCRITA: PERSPECTIVAS DO LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

 

Iraci Alves Ferreira Gresele1

Silvia Stering2

 

RESUMO

 

O presente artigo tem por objetivo apresentar uma reflexão sobre um breve retrospecto da história da escrita que enfatiza a sua importância para o ser humano e o seu desenvolvimento social, político e econômico. Além disso, também tem uma abordagem sobre a alfabetização, as cartilhas do século XIX e XX e a chegada do livro didático que perdura até hoje, bem como o surgimento da palavra letramento que deve ser aliada do processo de alfabetização no aprendizado da língua escrita e da leitura sendo a alfabetização que consiste no ato de ler e escrever e o letramento que são as práticas sociais de leitura e escrita no processo ensino-aprendizagem e suas relações na construção do conhecimento. Mas entende-se que o processo de alfabetização e letramento devem estar em consonância nas práticas educativas, ou seja, o “alfabetizar letrando”. Sendo que o artigo está fundamentado em PCNs (1998), Soares (2004 e 2017) e Tfouni (2010) e o mesmo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa para a fundamentação teórica. Para tanto, desde o surgimento da escrita com o processo de alfabetização, e a necessidade do termo letramento na sociedade contemporânea de fato foram muitos avanços na educação, inclusive da cartilha para o livro didático, e o ser humano de fato aprende ao longo de sua existência.

 

Palavras-chave: Escrita. Reflexão. Alfabetização. Letramento.

 

ABSTRACT


The present article aims to present a reflection on a brief retrospective of the history of writing that emphasizes its importance for the human being and its social, political and economic development. In addition, it also has an approach to literacy, the nineteenth and twentieth-century booklets, and the arrival of the textbook that continues today, as well as the emergence of the word literacy that must be allied with the literacy process in learning the written language. of the reading being the literacy that consists in the act of reading and writing and the literacy that are the social practices of reading and writing in the teaching-learning process and its relations in the construction of knowledge. But it is understood that the process of literacy and literacy must be in line with educational practices, ie "literacy literacy." Since the article is based on PCNs (1998), Soares (2004 and 2017) and Tfouni (2010), the same was done through bibliographical research with a qualitative approach to the theoretical foundation. In order to do so, since the beginning of writing with the literacy process, and the need for the term literacy in contemporary society, in fact, there have been many advances in education, including the booklet for the textbook, and the human being actually learns throughout his or her life. existence.


Keywords: Writing. Reflection.Literacy. Literature.


Introdução

 

O referido artigo tratada história da escrita num breve retrospecto, bem como do processo de alfabetização, com abordagem do uso das cartilhas como por exemplo a de Branca Alves de Lima que já está na tiragem de número 132ª no ano de 2017 , bem como o surgimento do termo letramento com a conceituação de vários autores e programas ofertados pelo governo federal como políticas públicas no âmbito educacional. Tendo como como foco Soares(2017) uma das que foi precursoras a escrever sobre esta temática “ Letramento” na educação brasileira.

No entanto, ao abordar o ensino da Língua Portuguesa que tem como objeto de estudo melhorar as práticas de ensino da escrita e leitura para refletir na qualidade de vida do aluno. Portanto, este artigo faz uma explanação e reflexão sobre alfabetização, letramento que se fundamenta na ação de ensinar e aprender a ler e escrever, além disso, o resultado desta ação se aplica as práticas sociais no processo de alfabetização como apropriação do sistema alfabético, ou seja, ler e escrever com efetividade e também com criatividade.

Para tanto, para o desenvolvimento do mesmo foi necessário leitura bibliográfica para a fundamentação teórica do referido artigo com a leitura de livros, artigos, resenhas, entre outros, para obter informações sobre a história da alfabetização e também do letramento, além das cartilhas no contexto escolar e até chegar no atual livro didático ofertado pelo governo federal.

 

História da escrita: perspectivas do letramento e alfabetização no processo ensino-aprendizagem

 

Conforme relata Tfouni (2017) historicamente, a escrita surgiu a cerca de 5.000 anos antes de Cristo, visto que foi um processo lento de difusão e adoção dos sistemas pelos seres humanos, devido aos fatores político-econômicos. Mas, somente nos séculos V e VI antes de Cristo que os gregos foram dados como letrados, passando por transformações. Desta maneira, a escrita tem como finalidade difundir as ideias e em alguns momentos ocultá-las para garantir o poder a poucos.

Sendo que a mais antiga forma de escrita de que temos notícia é a cuneiforme, originária da Mesopotâmia, pertencente ao povo da Suméria, que servia para marcar as relações administrativas, religiosas e econômicas. No entanto, a escrita marca o surgimento das civilizações modernas com o desenvolvimento científico, tecnológico e psicossocial em geral. A escrita em seus primórdios era para poucos e não era um meio democrático acessível na transmissão das tradições e conhecimentos. Além disso, a escrita marca um novo tempo em relação a humanidade desde o seu surgimento até os dias atuais da nossa civilização.

As concepções históricas ao abordar à alfabetização, bem como o letramento adentra-se no mundo da leitura e da escrita que até o final do século XIX era ofertado para poucos. Por isso, no processo de aquisição de leitura e escrita ocorreu mudanças na concepção pedagógica escrita da alfabetização para o letramento deve proporcionar condições aos alunos para que os mesmos nesta construção de saberes para aquisição da leitura e da escrita de forma significativa (LEITE, 2010, p.22).

Tfouni (2010) afirma que a escola precisa proporcionar momentos no fazer pedagógico de atividades que envolvam a oralidade para que dessa maneira os alunos possam desenvolver a fala em função da escrita. Desta forma valoriza-se o que se entende como um meio de expressar opinião, não esquecendo da leitura e escrita. Tfouni (2010) defende a teoria de que o letramento deve não ser apenas para aquisição de leitura e escrita, mas para a política, as questões sociais de inclusão e justiça, por meio da educação.

Conforme menciona Arantes (2010) os professores estão empenhados em lidar com as dificuldades dos alunos para ajudá-los no cotidiano, visto que no processo de ensino, alfabetizar é uma tarefa árdua que exige dedicação por parte dos educadores. Sabe-se que os dados educacionais revelam o baixo rendimento dos alunos ao se referir no desempenho das competências leitoras.

Foi no ano de 1867 que o Brasil produziu a primeira cartilha intitulada “Cartas Systematicas para Aprender a Ler” e usada para as escolas primárias, sendo a mesma composta por 21 lições, dentre elas a primeira era o alfabeto e por última lição os provérbios. Ainda no século XIX no de 1852 o encarregado Antônio Gonçalves Dias pelo governo fez uma pesquisa tanto no norte quanto no nordeste e o alertou para desenvolver cartilha de acordo com a realidade cultural, visto que seria mais eficaz para aprendizagem.

No entanto, a pressa tornou-se evidente por um querer alfabetizar as crianças com apenas 10 lições e com cartilhas nacionais, isso no séculoXIX e o número crescente de crianças ingressando nas escolas, e precisava aumentar os materiais escolares também para atendê-las. Mas, na educação na década de 30, houve grande discussão acerca do conceito da zona de desenvolvimento proximal do russo Vigotsky, voltado para os aspectos da teoria da cognição do processo interpessoal e intrapessoal em relação ao nível de aprendizagem real dos alunos que foram muito significativas para o processo de ensino -aprendizagem. Entretanto, ainda na de 1960 o ensino tradicional foi criticado e, devido as mudanças sociais e econômicas que perpassava pela alfabetização e cobrava da escola uma nova proposta pedagógica, visto que se tinha uma sociedade capitalista centrada no desenvolvimento tecnológico e na qualidade de mão de obra.

Como apresenta Mortatti (2004) ao longo da história da alfabetização no Brasil foi marcada por uma disputa de métodos, qual seria melhor para o professor alfabetizador de trabalhar a leitura e a escrita.

As fases em torno do ensino em relação ao método: letras, fonemas, sílabas, palavras e por fim as orações. Este método que principiava o ensino a partir das letras o vice-versa também era aceito na época, as crianças precisavam aprender. Além disso, as cartilhas era pré-requisito para a leitura. Deste modo até os anos 1980 as cartilhas estiveram no ambiente escolar com métodos sintéticos ou analíticos, mas sendo o foco o sistema alfabético e ortográfico. Portanto, uma cartilha que pode ser considerada um dos clássicos é Caminho Suave, de Branca Alves de Lima tendo sua primeira edição publicada em 1948 e já está 132ª edição, em 2017.

Porém, o termo letramento surgiu a partir da década de 1980, com profundas mudanças no processo de alfabetização escolar, tanto na teoria quanto na prática em detrimento ao método tradicional marcando todo um período em relação ao contexto educacional nas concepções pedagógicas.

Foi a partir de 1980, houve mudanças nas concepções de alfabetização. Conformeafirma Leite (2010, p. 18):

No modelo tradicional, a escrita era entendida como representação da linguagem oral: para cada som emitido, haveria uma forma de representação gráfica produzida pela cultura. Neste sentido, ler e escrever eram entendidos como atos de codificação e decodificação.

De acordo com a história da educação modelos são apontados de teoria e quem muito contribui para alfabetização foi Vygotsky que afirma que o conhecimento se dá entre a relação sujeito-objeto, sendo o professor mediador e outros, sendo necessária uma zona de desenvolvimento proximal para construção dos saberes.

Vygotsky também destaca a fala como sistema simbólico primário fundamental em função da escrita. A fala que tem significado essencial como afirmado anteriormente e com o surgimento da escrita há mais de cinco milênios, sendo o surgimento do termo letramento recente, visto que é da década de 1980, período em que o conceito da alfabetização passava por mudanças teóricas. Datado dos anos oitenta que segundo Soares (2004, p. 6) se dá:

Simultaneamente, a invenção do letramento no Brasil, do illettrisme, na França, da literacia, em Portugal, para nomear fenômenos distintos daquele denominado alfabetização, alphabétisation. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, embora a palavra literacy já estivesse dicionarizada desde o final do século XIX, foi também nos anos de 1980 que o fenômeno que ela nomeia, distinto daquele que em língua inglesa se conhece como Readinginstruction, beginning literacy tornou-se foco de atenção e de discussão nas áreas da educação e da linguagem, o que se evidencia no grande número de artigos e livros voltados para o tema, publicados, a partir desse momento, nesses países [...]


Foi com estas discussões em torno da alfabetização e do letramento que especialistas em educação iniciam o processo de que alfabetizar é muito mais do que codificar decodificar os sinais a língua escrita.

O ano 1990, Ano Internacional da Alfabetização propagou textos para reduzir o analfabetismo. Com isso foi de extrema relevância que o governo obrigou-se a criar a mecanismos para melhorar o processo de alfabetização até os dias atuais, inclusive dando mais suporte de formação continuada ao professor. Conforme Oliveira (2010) afirma:

Se “políticas públicas” é tudo aquilo que um governo faz ou deixa de fazer, políticas públicas educacionais é tudo aquilo que um governo faz ou deixa de fazer em educação. Porém, educação é um conceito muito amplo para se tratar das políticas educacionais. Isso quer dizer que políticas educacionais é um foco mais específico do tratamento da educação, que em geral se aplica às questões escolares. Em outras palavras, pode-se dizer que políticas públicas educacionais dizem respeito à educação escolar. (OLIVEIRA, 2010, p. 4).

Sendo que um programa do governo federal foi Pró-letramento foi lançado em 2006 para professores do 1º ao 5º ano que tinha como objetivo:

oferecer suporte à ação pedagógica dos professores dos anos ou séries iniciais do ensino fundamental, contribuindo para elevar a qualidade do ensino e da aprendizagem de língua portuguesa e matemática; propor situações que incentivem a reflexão e a construção do conhecimento como processo contínuo de formação docente; desenvolver conhecimentos que possibilitem a compreensão da matemática e da linguagem e de seus processos de ensino e aprendizagem; contribuir para que se desenvolva nas escolas uma cultura de formação continuada; desencadear ações de formação continuada em rede, envolvendo Universidades, Secretarias de Educação e Escolas Públicas das Redes de Ensino. (BRASIL, 2012, p. 7).

Além desta formação o governo também ofertou o curso PNAIC ( Pacto Nacional de Alfabetização pela Idade Certa) que enfatiza o direito principal de toda criança em processo de escolaridade:

o direito de aprender, como prevê a LDB 9394/96 no artigo 32: O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (BRASIL, 2012, p. 30)

De acordo com a fundamentação teórica do programa a formação de alfabetizadores, conforme Soares (2004) tem base na alfabetização em na escrita alfabética e no letramento nas práticas sociais de leitura e escrita que são duas categorias indissociáveis. Assim, a orientação do trabalho em salas de alfabetização tem abordagem sistemática de escrita de letramento, uma vez que, o aluno por sua vez tem direito de saber, o porquê, por que, para quem e como escrever, ou seja, a finalidade textual que é muito importante em determinado contexto da realidade da vivência.

De acordo com Kleiman (2014), o “letramento é aqui considerado um conjunto de práticas sociais que tem implicações importantes para os sujeitos envolvidos nessas práticas constroem relações de identidade e poder (p.11)”. Além disso, para Kleiman o letramento e escolarização se dão simultaneamente na escola que é a principal agência de letramento para a sociedade. Desta maneira, o adulto tem papel importante nos eventos de letramento, sendo também essencial também no processo da oralidade, mas também é importante nas interações que promova interações com livros e a escrita e que seja significativo.

Heath (2014) deixa evidente que as práticas adotadas na escola determina um modelo autônomo de letramento, tendo como foco a aquisição da escrita como um processo neutro, sem levar em consideração o contexto e o social. É fato que a escrita ainda está limitado a uma pequena elite, e a situação de usos, funções e contextos de acordo com uma realidade histórica.

Kleiman afirma que:

A concepção do modelo ideológico do letramento, que afirma que as práticas letradas são determinadas pelo contexto social, permitiria a relativização, por parte do professor, daquilo que ele considera universalmente confiável, ou válido, porque tem sua origem numa instituição de prestígio nos grupos de cultura letrada (2014, p.54).

Nesse sentido adota-se algumas perspectivas conforme modelo de letramento citado por Kleiman (2014) e acredita que seria possível atingir o objetivo de uma pedagogia culturalmente mais humana, por considerar a pluralidade e a diferença, formando seres humanos capazes de pensar e agir discursivamente numa dada situação comunicativa com eficácia.

Sendo que para Terzi (2014) o desenvolvimento da língua oral e o da escrita se suportam e se influenciam mutuamente. Portanto, nos meios letrados tem possibilidade a criança aprende a falar e os usos da escrita com concepções de letramento. Segundo estudo etnográfico da comunicação de Heath em eventos de letramento em que o núcleo de análise destas ocasiões era a língua escrita constatou-se que é parte constitutiva as interações e participações dos processos para entender o significado do texto.

Além do mais, é importante dizer que os encontros da leitura com diversos textos fora da escola, tais como eventos de letramento: anotar um recado, a leitura de bilhete, de uma mensagem, de uma carta, o recebimento de conta de luz, ou de água, correspondência, preenchimento de cheque solicitado por alguém da família, preencher um cupons para concorrer com crianças, etc. São eventos de letramento que acontecem fora do contexto escolar de leitura e de escrita que possibilitam aprendizagem para os alunos de forma significativa em suas práticas.

Terzi menciona que:

A oralidade e a construção conjunta do sentido do texto escrito- esse momento se caracteriza por uma ampliação das relações entre língua oral e a escrita o uso contextualizado do léxico que se dá a fala é buscado na compreensão da escrita. Assim como na fala, a criança se utiliza de conhecimentos anteriormente adquiridos, de suas experiências, suas crenças e seus valores para fazer sentido na leitura (2014, p.109)

No entanto, na linguagem verbal oral e escrita ambas se constroem dentro de um processo de letramento permitindo uma interação e significação visto que no mundo urbano as crianças tem possibilidades de conviver com as letras. Deste modo, a oralidade assim por dizer influência a compreensão do funcionamento da escrita no seu processo de construção de alfabetização.

Segundo Oliveira (2014) discute-se aspectos sobre cultura e modos de pensamento no que diz respeito aos grupos culturais poucos letrados na sociedade contemporânea, porém tem forte presença dos meios de comunicação de massa. Além do mais, é sabido que a inserção dos grupos poucos letrados são muitas vezes excluídos do sistema, conforme afirma Oliveira (2014) de um sistema em que o pleno domínio da leitura e da escrita e de outras práticas de letramento são necessárias na individualidade e muito valorizadas na sociedade.

Cabeafirmar que a escrita é um sistema representativo, fundamenta-se no modo letrado do pensamento, sendo que a escrita favorece o pensamento descontextualizado e independente da experiência do ser humano. Por outro lado, relativo e relacionado ao pensamento está o desenvolvimento da ciência formal com o surgimento da escrita com organização e formalização daquilo que se aplica numa sociedade regida pelo conhecimento científico e tecnológico. Assim, outro aspecto cultural tipicamente letrado com claras conexões com mudanças no modo de funcionar intelectualmente é a escola com papel de tornar os alunos membros letrados da sociedade, capazes de interagir de forma ativa na leitura e na escrita de acordo com o conhecimento de cada disciplina.

Para Oliveira (2014) a escola é um lugar social que se tem contato com a escrita como forma de construção de conhecimento de forma sistematizada e intensa. Nesse sentido, Signorini (2014)afirma que se faz necessário que haja entre os pares uma flexibilidade comunicativa contínua, habilidade para manter ou reestabelecer o diálogo em algumas situações de conflito entre os pares. Assim, quando se agrega letramento ao conhecimento científico se legitima de certa forma as relações de poder e interação nas ações de comunicação. Sendo que os tipos de letramento podem ser caracterizados como diferentes formas de impactar a escrita nas práticas sociodiscursivas que vão caracterizar em vários tipos de letramento, desde o prestigiado na escola até o considerado descontextualizado.

Entretanto, para Magalhães (2014): “As práticas discursivas de letramento são matrizes históricas que determinam a produção de interpretação de instâncias concretas de textos falados e ou escritos, com emissores e receptores concretos (p.205)”. Assim, na perspectiva do processo de comunicação tão valioso o letramento se faz presente como um alicerce para uma base dentro da construção da alfabetização para os saberes aprimorando de forma primordial o conhecimento como quesito para qualidade de vida melhor.

No entanto, a escola é parte integrante e somativa para as práticas de letramento dentro de um contexto que exige a sociedade atual de uma representação da realidade acerca da linguagem que conforme afirma Magalhães (2014): a linguagem é um processo que dar-se-á individualmente e que acontece na prática. Assim, compreende-se que é partir da individualidade linguística e associada com o diálogo com os pares que o ser humano desenvolve as habilidades discursivas com ações do cotidiano.

Partimos da premissa de que a aprendizagem também se dá por meio da construção do conhecimento que se confirma depois com os PCNs na década de 1997 e com os livros didáticos do PNLD-(Programa Nacional do Livro Didático- do Ministério da Educação(MEC).

Das cartilhas para o livro didático houve grande avanço, melhorias em qualidade das propostas pedagógicas; adequação para a formação cidadã do aluno, qualidade do próprio material do livro e no ano 2008 cabe destacar evidências mais do processo de letramento para as práticas sociais. Com esta perspectiva a alfabetização e o letramento dos livros para alfabetizar são propostas mais reflexivas, assim também exploram os gêneros textuais, a linguagem escrita e a oral para a formação de crianças leitoras e escritoras na construção do conhecimento

Visto que as críticas ao processo de alfabetização fizeram acolher de forma eficaz o termo letramento e assim, a valorização da escrita no envolvimento com as práticas sociais. Arantes (2010) entende que o letramento nos usos sociais da escrita tem o seu envolvimento na respectiva prática de leitura e escrita com os diversos gêneros textuais com diferentes objetivos e situações que permeia a cidadania do indivíduo.

Por isso, é valido reconhecer que o indivíduo ao adentrar no mundo da escrita perpassa por dois momentos simultâneos e que estes são diferentes, a apropriação da escrita no processo de alfabetização e o desenvolvimento das habilidades em práticas sociais de leitura e escrita que se intitula de letramento. Entretanto, a alfabetização e o letramento são indissociáveis, porque um precisa do outro nesta busca de saberes, cada qual com sua importância no mundo das informações.

Nessas informações dos saberes, para Soares (2017, p.66), apresenta duas dimensões: individual e social do letramento: “[...] a dimensão individual como um conjunto de habilidades, linguísticas e psicológicas, que se estendem desde a habilidade de decodificar palavras escritas até a capacidade de compreender textos escritos.” Além do mais, a dimensão social, são para aqueles que segundo a autora Soares (2017) priorizam na dimensão social, o fenômeno letramento, não em aspecto pessoal, mas prática social de letramento que as pessoas fazem com as habilidades de leitura e escrita num envolvimento em determinado contexto da sociedade, assim traz transformações: políticas, culturais, sociais e econômicas.

Destaca-se que a escola deve proporcionar um local que vise o letramento com alunos e professores numa proposta pedagógica eficiente que contemple as perspectivas do século XXI numa visão de um mundo globalizado e de uma sociedade letrada. Conforme a orientação da LDB -Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional(1996) nos princípios básicos da educação:

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.


Desta maneira para o exercício da cidadania é evidente o processo tanto da alfabetização e do letramento no espaço escolar, inclusive para as práticas sociais. Deste modo, consta que a educação básica é obrigatória e gratuita dos quatro aos dezessete anos e importante para a sua formação integral. Além disso, os professores tem a proposta de discutir a alfabetização como forma de alternativa de uma abordagem crítica na formação do ser humano, entretanto são inúmeros os problemas quando estas práticas. Deste modo à alfabetização e o letramento ocorrem simultaneamente segundo afirma Soares (2004, p.14):

 

Dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas, linguísticas e psicolinguísticas de leitura e escrita, a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) no mundo da escrita ocorre simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização – e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento. Não são processos independentes, mas interdependentes, e indissociáveis: a alfabetização desenvolvesse no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, isto é, através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só se pode desenvolver no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema–grafema, isto é, em dependência da alfabetização.

 

Conforme afirma Soares, o processo de ensino-aprendizagem da escrita deve estar associada as práticas sociais, ou seja, que sejam exercidas pelos alunos para que o mesmo entenda a teoria e a prática destes ensinamentos. Além do mais, a distinção entre os conceitos muitas vezes em prática na escola permite um ter mais valor do que o outro. Conforme Colello (2010, p.123): “Isso ocorre quando um deles, considerado na escola o mais importante, se coloca em detrimento do outro- ou quando, de modo inflexível, se atribui a alfabetização à escola e o letramento aos processos sociais inevitáveis.”

De acordo com Colello (2010):

O ensino da língua escrita abarca uma infinidade de saberes, habilidades, procedimentos e atitudes que se constroem em longo prazo pela possibilidade de, entre tantas coisas, conhecer letras e expressar sentimentos, decodificar sinais e interpretar o mundo, selecionar informações e articular ideias, escrever palavras e se relacionar com outro, conhecer arbitrariedades do sistema e aprimorar esquemas de organização do pensamento, desenhar traçados, convencionais e recriar as dimensões humanas de tempo e espaço, respeitar normas e constituir-se sujeito autor, adestrar os olhos e viajar por meio da leitura, dominar a mão e usufruir o direito à palavra (p. 77 e 78).

Contudo, entende-se o processo de ensino-aprendizagem do aluno construído de forma que tenha significado para a vida, mesmo sabendo que na abordagem dos PCN de 1997 de Língua Portuguesa para os anos iniciais ao referir-se a qualidade da educação no Brasil no tocante leitura e escrita, precisa melhorar a qualidade de ensino, isto em meados de 1980 e na atualidade.

Contudo, no começo do século a educação voltou-se para a globalização com os quatro pilares numa educação que visa o bem-estar de todos:

1) Aprender a conhecer;

2) Aprender a fazer;

3) Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros;

4) Aprender a ser.

Nesta preocupação que se orienta os pilares, professores precisam refletir sobre temáticas em função do processo ensino-aprendizagem, para que independente da faixa etária tenha condições de construir o conhecimento para construção de saberes. “Integra-se ao cotidiano da escola a compreensão de que cabe ao professor a tarefa de facilitar a aprendizagem, desenvolver no aluno determinadas habilidades e competências. (OLIVEIRA, 2010, p. 40).” Por isso aqui destacamos o papel do professor mediador, facilitador e do letramento pelo professor. Diante desta preocupação que explora vários aspectos que em relação ao professor de língua materna ao que se refere no desenvolvimento da competência leitora e escritora dos alunos.

Na integração de professor mediador postula-se que em Vygotsky sobre o desenvolvimento humano referenciando -se em três aspectos: interação no desenvolvimento; uso de ferramentas simbólicas (linguagens, utensílios, tecnologias, meios de comunicação, etc) culturalmente construídos e partilhados; processos sociais (interpsicológico) e individual (intrapsicológico)

No entanto, para Oliveira (2010):

Reflexo de diferentes- natureza histórica e política - que determinam as mudanças na sociedade (a monarquia, o capitalismo, a industrialização, a tecnologia, a globalização), das tensões sociais motivadas por diferentes interesses, das contradições ideológicas que regem grupos sociais, dos papéis que a sociedade, de alguma forma, impõe à escola, dos diferentes caminhos por que trilha a construção do conhecimento nos variados campos da ciência , as imagens e metáforas atribuídas ao professor assumem em diferentes épocas. (p.41)


Roupagens estas de treinador, mestre, de supervisor, aquele que exerce o sacerdócio, que cumpre sua missão e também outras metáforas ao se tratar de professor de palhaço, de sábio, de tia entre outras são muitas concepções construídas em torno do professor. Não se pretende aqui na realidade discutir historicamente estas roupagens.

Na perspectiva do professor agente de letramento, conforme orienta Oliveira (2010) significa compreender que o conhecimento como algo tecido em rede e nesta formulação tem a concepção holística e processual sempre inacabada, pois enfatiza a construção de forma coletiva de toda à comunidade escolar em função do conhecimento nos contextos de aprendizagens.

Considera-se como parte integrante desta rede de aprendizagens: o sujeito, o objeto, a comunidade, seus artefatos culturais, as regras e a divisão de trabalho. O sujeito refere-se à pessoa ou grupo de pessoas envolvidas em uma atividade, pessoas diferentes e histórias. O objeto é o alvo a ser atingido; compartilhado pela comunidade. A comunidade é o grupo de pessoas diferentes, com percepções de mundo diferentes que compartilha o objeto, através dos artefatos culturais (escrita, sinais, símbolos, máquinas, métodos, etc) que através do objeto da atividade é transformado em resultado. No entanto, as regras estabelecidas servem para regular e a divisão do trabalho como a comunidade é organizada e distribuída as tarefas.

É importante compreender que que em natureza conflituosa da prática se aprende participando e refletindo com os outros no processo ensino de acordo com habilidades e competências. Além do mais, a aprendizagem é vista como uma prática social, vista como participação social interativa, criativa e que envolve as inteligências múltiplas.

Conforme afirma Oliveira (2010, p.50):

É buscando a transformação social que os agentes se transformam a si mesmos. Essa ideia de transformação coletiva está na base das definições de conceito de agência, o qual incorpora variadas ideias: intencionalidade, livre escolha, resistência,dialogicidade, motivação, responsabilidade, pluralidade, mobilidade, conflito, fortalecimento e identidade.

De acordo com este campo de orientações que se enquadra o professor e o letramento capaz de promover capacidades e recursos aos alunos e suas redes comunicativas nas práticas sociais para o processo ensino-aprendizagem com autonomia. Sendo que o professor de além de mediador passa também a ser um agente do letramento de uma comunidade escolar e de promover cada vez mais habilidades e competências na construção dos saberes com práticas sociais com efetividade.

Nesta compreensão de que o professor perpassa por esta mediação de professor mediador para agente em função de práticas de letramento, obviamente é necessário que o professor esteja em programas de formação continuada, ou buscar à leitura como forma de informação para atualização e construção de conhecimento e troca de informação com os respectivos pares e a própria comunidade escolar. Entretanto, isso tudo é em prol de proporcionar ao aluno condições melhores de ensino para aprendizagem que vise à qualidade cada vez mais da educação na formação de leitores e escritores competentes em práticas do cotidiano.

Para tanto, para o professor , obviamente não será uma tarefa fácil, será árdua, exigente e de extrema relevância , visto que é durante toda à sua profissão e ao tratar-se do letramento em práticas sociais para à vida toda com troca de saberes construídos ao longo da vida com os pares e em determinadas situações se aprende com o aluno também, nessa socialização de informações, partilha-se as informações para que professores e alunos possam aprender e realmente construir o conhecimento de forma efetiva.

 

Considerações finais

Nas considerações finais, retoma-se ao conceito de letramento que surgiu na década de 80 no Brasil que se originou do inglês, porém com grande importância em práticas sociais de acordo com todo o contexto histórico-social e cultural. Além disso, considera-se como importante para o processo educacional a alfabetização mesmo sendo distinto do letramento, pois de fato os dois conceitos são importantes para a construção dos saberes. De acordo com Vigotsky (2007) é importante a linguagem, a escrita, o sistema de números, por isso foram criados pelas sociedades e mudam conforme o nível de desenvolvimento cultural da história da humanidade.

Considerando a importância da interação social, na atualidade do cidadão, a alfabetização e o letramento são significativos nas práxis pedagógicas dos anos iniciais. Nestas breves reflexões de leitura e escrita de práticas sociais para que o aprendizado seja representativo para o aluno.

Desde o surgimento da escrita até atualidade com os acontecimentos históricos trouxe mudanças significativas na sociedade. Além disso, abordamos a língua materna como fonte de sentido de transformação no processo ensino- aprendizagem por isso, o professor precisa estar atento para estas transformações na educação e construir reflexões sobre o seu trabalho que é muito complexo durante à alfabetização para o letramento.

De acordo com Kleiman (2014), considera-se o letramento o conjunto de práticas sociais que tem implicações importantes para os alunos envolvidos que constroem sua identidade e poder com estas práticas ao longo da vida. Além disso, para Kleiman o letramento e escolarização se dão simultaneamente na escola que é a principal agência de letramento para a sociedade. Desta maneira, o adulto tem papel importante nos eventos de letramento, sendo também essencial também no processo da oralidade, mas também é importante nas interações que promova interações com livros e a escrita e que seja significativo.

Heath (2014) deixa evidente que as práticas adotadas na escola determina um modelo autônomo de letramento, tendo como foco a aquisição da escrita como um processo neutro, sem levar em consideração o contexto e o social. É fato que a escrita ainda está limitado a uma pequena elite, e a situação de usos, funções e contextos de acordo com uma realidade histórica.

Kleiman(2014) afirma que diante da concepção de modelo ideológico as práticas letradas são determinadas pelo contexto, parte pelo professor, visto o que ele considera universal e cultural.

Nesse sentido adota-se algumas perspectivas conforme modelo de letramento citado por Kleiman (2014) e acredita que seria possível atingir o objetivo de uma pedagogia culturalmente mais humana, por considerar a pluralidade e a diferença, formando seres humanos capazes de pensar e agir discursivamente numa dada situação comunicativa com eficácia.

Além do mais, é importante dizer que os encontros da leitura com diversos textos fora da escola, tais como eventos de letramento: anotar um recado, a leitura de bilhete, de uma mensagem, de uma carta, o recebimento de conta de luz, ou de água, correspondência, preenchimento de cheque solicitado por alguém da família, preencher um cupons para concorrer com crianças, etc. São eventos de letramento que acontecem fora do contexto escolar de leitura e de escrita que possibilitam aprendizagem para os alunos de forma significativa em suas práticas.

No entanto, na linguagem verbal oral e escrita ambas se constroem dentro de um processo de letramento permitindo uma interação e significação visto que no mundo urbano as crianças tem possibilidades de conviver com as letras. Deste modo, a oralidade assim por dizer influência a compreensão do funcionamento da escrita no seu processo de construção de alfabetização. Assim, tendo como aspecto cultural tipicamente letrado com claras conexões com mudanças no modo de funcionar intelectualmente é a escola com papel de tornar os alunos membros letrados da sociedade, capazes de interagir de forma ativa na leitura e na escrita de acordo com o conhecimento de cada disciplina.

Para Oliveira (2014) a escola é um lugar social que se tem contato com a escrita como forma de construção de conhecimento de forma sistematizada e intensa. Nesse sentido, Signorini (2014) diz que se faz necessário que haja entre os pares uma flexibilidade comunicativa contínua, habilidade para manter ou reestabelecer o diálogo em algumas situações de conflito entre os pares. Assim, quando se agrega letramento ao conhecimento científico se legitima de certa forma as relações de poder e interação nas ações de comunicação. Sendo que os tipos de letramento podem ser caracterizados como diferentes formas de impactar a escrita nas práticas sociodiscursivas que vão caracterizar em vários tipos de letramento, desde o prestigiado na escola até o considerado descontextualizado.

Entretanto, para Magalhães (2014): “ As práticas discursivas de letramento são matrizes históricas que determinam a produção de interpretação de instâncias concretas de textos falados e ou escritos, com emissores e receptores concretos (p.205)”. Assim, dentro do processo de comunicação tão valioso o letramento se faz presente como um alicerce para uma base dentro da construção da alfabetização para os saberes aprimorando de forma primordial o conhecimento como quesito para qualidade de vida melhor.

No entanto, a escola é parte integrante e somativa para as práticas de letramento dentro de um contexto que exige a sociedade atual de uma representação da realidade acerca da linguagem que conforme diz Magalhães (2014): a linguagem é um processo que dar-se-á individualmente e que acontece na prática. Assim, compreende-se que é partir da individualidade linguística e associada com o diálogo com os pares que o ser humano desenvolve as habilidades discursivas com ações do cotidiano.

O letramento surgiu na década de 80, depois de outros acontecimentos tais como a publicação da LDB (BRASIL, 1996), logo em seguida os PCNs em (BRASIL, 1997), letramento Kleiman (1995), Soares (1998) e assim caminha a educação brasileira.

Portanto, letramento e alfabetização são importantes para o contexto educacional conforme Soares (2017) e são interdependentes para as práticas leitoras e escritoras dos alunos, para a construção do conhecimento de forma efetiva e para o exercício da cidadania. Neste sentido para que ocorra a formação de cidadãos críticos e com autonomia ações reflexivas conscientes na escola.

REFERÊNCIAS

 

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BRASIL. Pró-Letramento Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem. Guia Geral. Secretaria de Educação Básica. Brasília, 2012.


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KLEIMAN, Angela B.(Org). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2014.

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VIGOTSKY, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores.7.ed.São Paulo: Martins Fontes, 2007.

1Mestranda em Educação pelaUniversidade Saint Alcuin Of York Anglican College-Chile-AEBRA-(Agência Educacional Brasileira) e Formada em Letras e Pedagogia pela Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), especialização em Língua Portuguesa e Literatura pelas Faculdades Integradas de Várzea Grande- FIVE. Professora de Língua Portuguesa na Escola Estadual Nossa Senhora Aparecida e Escola Municipal Selvino Damian Preve, na cidade de Santa Carmem-MTO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

2 Pedagoga no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso- IFMT. Pós Doutora em Educação.