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TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA INCLUSÃO ESCOLAR

 

Ariêne Gomes Ferreira Amaral

Artigo Científico Apresentado à Universidade Candido Mendes - UCAM, como requisito parcial para a obtenção de título de Especialista em Educação Especial e Neuropsicopedagogia.

 

RESUMO

 

Na elaboração desse artigo a preocupação básica foi proporcionar conhecimentos sobre o conceito, as características do Transtorno do Espectro Autista, papel da família junto à escola, função do professor pedagogo, inclusão escolar. Este artigo tem como objetivo proporcionar conhecimentos pertinentes sobre o TEA descreve sobre a função da família, da escola do professor em relação ao transtorno no que se refere ao ambiente escolar. A pesquisa bibliográfica foi realizada com a contribuição de vários autores GLAT (2007), LIBÂNEO (1999), WILLIAMS (2008), entre outros, procurando demonstrar a importância da escola inclusiva, expondo sobre pedagogia e o autismo. Conclui se o quanto é necessário adquirir conhecimentos sobre o Transtorno do Espectro Autista, constata a importância da escola inclusiva o do papel do professor para educação.

 

Palavras- Chave – Transtorno. Autista. Inclusão. Escola. Professor.

 

 

Introdução

 

O presente artigo relata sobre o tema Transtorno do Espectro Autista e inclusão escolar, tem como objetivo expor resultados de pesquisas e estudos sobre o tema descreve sobre as seguintes questões:

  • Qual o conceito e características de Transtorno do Espectro Autista?

  • Qual o papel da família junto à escola?

  • Como deve ser uma escola inclusiva?

  • O que é pedagogia?

  • Como o pedagogo pode desenvolver seu trabalho frente à escola inclusiva?

Quando se fala em inclusão do Transtorno do Espectro Autista é necessário pensar que deve ser realizado este trabalho em equipe, através de planejamentos bem elaborados, respeitando as especificidades, onde cada membro deve desenvolver sua função com responsabilidade e qualidade, através disso torna se importante à realização desse estudo, sobre o TEA descrevendo o conceito, características deste transtorno, destacando o papel da família da escola e do professor.

Vários autores falam sobre a escola inclusiva, a Declaração de Salamanca trata de uma educação que atenda a todos, é um desafio que precisa ser vencido, crianças com necessidades educativas especiais, buscando praticas de inclusão e combatendo a discriminação. Segundo a declaração de Salamanca

O desafio que confronta a escola inclusiva é no que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de bem sucedida mente educar todas as crianças, incluindo aquelas que possuam desvantagens severas. O mérito de tais escolas não reside somente no fato de que elas sejam capazes de prover uma educação de alta qualidade a todas as crianças: o estabelecimento de tais escolas é um passo crucial no sentido de modificar atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras e de desenvolver uma sociedade inclusiva (DECLARAÇÃO...,1994, p. 4).

Os objetivos principais deste estudo é realizar uma pesquisa sobre o Transtorno do Espectro Autista, discorrendo sobre a função da família, das politicas publica, da escola, do professor pedagogo na inclusão desses indivíduos com o TEA, no ambiente escolar.

 

Desenvolvimento

 

O Transtorno do Espectro Autista ou autismo pode ser descrito como um distúrbio de desenvolvimento, que causa sério comprometimento da comunicação social e comportamentos limitados, repetitivos, que se caracterizam nos primeiros anos de vida, afeta a propensão de comunicar se com os outros, apresentam distúrbios de linguagem, dificuldades na compreensão de regras no convívio em sociedade.

Algumas das características de quem tem o TEA são: dificuldades com relacionamentos sociais, linguagem em compreender as mensagens ouvidas, pode ter uma memória sequencial e hipersensibilidade sensorial.

A complexidade de convívio social de compreender a intenção do outro, interagir, causa grande impacto na comunicação, com isso o cérebro social tende a tornar se mais lento nas funções comunicativas, que se tornam mais complexas de acordo com a faixa etária.

Autismo é caracterizado pela inaptidão de o individuo autista interagir socialmente, a comunicação verbal e uso da linguagem ser complexa. O significado de autismo segundo dicio.

Transtorno global do desenvolvimento, caracterizado pela incapacidade de interação social, pela dificuldade na comunicação verbal, ou no uso da linguagem, e pela concentração excessiva em pensamentos e sentimentos pessoais em detrimento do mundo exterior (AUTISMO, 2017).

A evolução da criança com autismo depende do diagnostico precoce, preferencialmente até os três anos de idade, é essencial que a família e os profissionais educacionais estejam atentos.

Na fase escolar que a criança precisa ter atenção, compreensão, interação, socialização, convívio com regras, desenvolvimento, fica mais fácil perceber suas dificuldades, viabiliza identificar o TEA.

As particularidades das crianças com essa síndrome variam de acordo com cada caso, podendo ser mais leves, ou mais graves, se torna essencial que seja desenvolvida estratégias adequadas, para ser aplicadas, apontando as dificuldades a partir de então planejar como serão aplicado o melhor planejamento educacional que visara o desenvolvimento integral da criança.

A criança nasce com a síndrome o TEA, não é algo que ela adquire após o seu nascimento no convívio familiar, é importante que a família esteja atenta e procure ajuda profissional quanto mais rápido obtiver o diagnóstico facilitara no tratamento, o autismo não tem cura, o desenvolvimento de quem tem esta síndrome vai depender de como se relacionam com a família e a escola como é tratado. De acordo com WILLIAMS.

Os pais são especialistas no que diz respeito aos filhos. Ninguém conhece seu filho melhor do que você. Se suspeitar que haja algo errado, talvez tenha razão. Em geral, a dificuldade é entender qual é o problema, sua gravidade e com quem compartilha as preocupações. A princípio, muitos de nós discutimos essas ansiedades com a família e amigos e depois consultamos um profissional da área da saúde (por exemplo, médico ou outro profissional qualificado) se ainda estivermos preocupados. Na maioria das vezes, ficamos mais tranquilos e, rápida ou gradualmente, os comportamentos que nos preocupam desaparecem. Ocasionalmente, contudo, o comportamento da criança e as preocupações dos pais persistem. Se for esse o caso, é preciso consultar novamente um profissional da saúde (WILLIAMS, 2008, p. 03).

É fundamental que a família e a escola trabalhem o desenvolvimento da criança em conjunto, se ajudando para superarem os desafios, respeitando sempre as especificidades visando o desenvolvimento integral.

A família tem um papel fundamental no processo de inclusão que precisa ser realizado, fazendo o controle social, garantindo os direitos de seus filhos, acompanhando e fiscalizando, no entanto é essencial que cumpra seus deveres. Também podem apoiar o professor falando sobre a necessidade especial do seu filho, dialogando para que a educação da criança seja em conjunto, é importante que falem a mesma língua, que cada um desenvolva sua função de maneira adequada e integrada visando o melhor para o educando.

Ao longo da história das pessoas com necessidades especiais, muito tem se avançado, através das políticas públicas visa guiar, reparar desigualdades através de ações, que indiquem uma direção, analisa a situação se necessário muda o rumo para atingir objetivos, demonstra ações do governo em relação à determinada situações educacionais.

As politicas públicas descrevem ações planejadas pelo governo de acordo com as necessidades visando atingir objetivos educacionais, que são alterados conforme as necessidades reais. Em outras palavras, o processo de formulação de política pública é aquele através do qual os governos traduzem seus propósitos em programas e ações, que produzirão resultados ou as mudanças desejadas no mundo real (SOUZA, 2003, p. 13).

A constituição federal de 1988 em seu Art. 208 inc. III sobre a educação estabelece que é dever do estado a garantia do atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência.

Inclusão é um tema relevante, mas é preciso que seja realmente efetivada e mantida, com qualidade, condições adequadas que facilite o atendimento e consequentemente favorecera o desenvolvimento da aprendizagem do individuo, garantindo o direito de todos ao acesso a educação.

A escola inclusiva precisa estar preparada para atender as crianças de acordo com suas necessidades e especificidades, com espaços adequados, disponibilizar os materiais necessários aos profissionais, para que possam desenvolver suas atividades com qualidade, disponibilizar professores preparados, que visem oferecer o seu melhor para o desenvolvimento do aluno, que trabalhem de maneira organizada e planejada de acordo com as necessidades da criança, pois a escola é um espaço que todos devem ter direito.

A inclusão escolar da educação especial é um modelo necessário, no entanto é preciso quebrar barreiras, criar condições para que os alunos portadores de necessidades especiais permaneçam, disponibilizando profissionais preparados e espaço adequado para um atendimento de qualidade. A educação inclusiva segundo GLAT (2007, p. 16).

A educação inclusiva significa um novo modelo de escola em que é possível o acesso e a permanência de todos os alunos, e onde os mecanismos de seleção e discriminação, até então utilizados, são substituídos por procedimentos de identificação e remoção das barreiras para a aprendizagem. Para tornar-se inclusiva a escola precisa formar seus professores e equipe de gestão, e rever formas de interação vigentes entre todos os segmentos que a compõem e que nela interferem, precisa realimentar sua estrutura, organização, seu projeto político pedagógico, seus recursos didáticos, metodologias e estratégias de ensino, bem como suas práticas avaliativas. A proposta de educação inclusiva implica, portanto, um processo de reestruturação de todos os aspectos constitutivos da escola, envolvendo a gestão de cada unidade e os próprios sistemas educacionais.

A escola para muitas crianças é o único espaço de acesso ao conhecimento, disponível a elas, ambiente esse que deve visar o desenvolvimento integral do individuo. É o lugar que vai proporcionar-lhes condições de se desenvolverem e de se tornarem cidadãos, alguém com uma identidade sociocultural que lhes conferirá oportunidades de ser e de viver dignamente (MANTOAN 2003, p.53).

É fundamental que a equipe escolar trabalhe de forma integrada, organizada, cada um deve desenvolver sua função com qualidade, buscando atender as particularidades de cada criança com necessidades especiais, efetivar realmente a educação inclusiva, em conjunto realizar o planejamento adequado de acordo com as necessidades, visando alcançar os principais objetivos propostos.

A direção escolar em relação às pessoas com necessidades especiais, precisa se preocuparem em preparar um espaço físico adequado, de livre acesso a todos, que atenda as diversas necessidades, propiciando o atendimento necessário sem discriminação, proporcionando um acolhimento especial.

Ao orientador cabe estar à disposição do docente para juntos, analisarem cada caso, observando as especificidades, se houver dúvidas buscar sana-las visando se preparar, com isso se torna mais confiante para realizar o acolhimento ao educando, oferecendo o melhor atendimento e consequentemente um maior desenvolvimento, é imprescindível fazer o planejamento e traçar objetivos educacionais que precisam ser atingidos.

O profissional em pedagogia tem especialidade em educação, estuda o método de ensinar, como instruir, uma de suas funções é criar, propagar conhecimentos educativos, não é fácil requer muita dedicação, atenção, carinho, precisa gostar da profissão, pois é o mediador, orientador, faz o acompanhamento das atividades desenvolvidas, coordena e elabora projetos com diversas finalidades, portanto se prepara para atuar-nos diversos desafios que vai encontrar no ambiente educacional, inclusive com crianças portadoras do TEA. De acordo com LIBÂNEO.

A Pedagogia é uma área de conhecimento que investiga a realidade educativa no geral e no particular, mediante conhecimentos científicos, filosóficos e técnicos profissionais buscando explicitação de objetivos e formas de intervenção metodológicas e organizativas em instâncias da atividade educativa implicada no processo de transmissão/ apropriação ativa de saberes e modo de ação. (LIBÂNEO 2001, p. 44).

O trabalho pedagógico é intencional, aponta um rumo a ser seguido, pois tem objetivos a serem alcançados, afinal ser professor é se preocupar com a educação de maneira em geral, identificar os problemas, procurar soluciona-los da melhor maneira, trabalhar visando formar cidadãos bem instruídos e preparados para conviver em sociedade, pois estuda a teoria para ter conhecimentos científicos para aplica-los na pratica ao desenvolver suas atividades no cotidiano.

O pedagogo busca soluções para lidar com problemas em geral no âmbito escolar, que surgirem no cotidiano, ampliar o conceito de inclusão, dedicar atenção necessária para as crianças com necessidades especiais, facilitando o acesso e a qualidade no atendimento ao indivíduo, respeitando as especificidades, quando um aluno sofre algum tipo de discriminação, busca formas de como solucionar o problema, junto à equipe escolar. Os pedagogos segundo Saviani (1999, p. 27):

[...] são aqueles que dominam sistematicamente e intencionalmente as formas de organização do processo de formação cultural que se dá no interior da escola, ou seja, o saber sistematizado convertido em saber escolar de forma dosada e sequenciada para efeito do processo de transmissão-assimilação de conhecimentos elaborados cientificamente.

Ser professor é formar cidadãos com visão crítica, deve estar atento, é muito importante saber ouvir para poder auxiliar melhor em qualquer situação que for necessário intervir, ter um bom relacionamento, com colegas de trabalho, alunos e familiares, estar disposto a aprender com os mesmos, em caso de portadores de necessidades especiais, devem ser tratados com respeito e seu trabalho devera ser planejado de maneira adequada para que seu desenvolvimento integral não seja prejudicado, garantindo assim o seu direito a educação.

O professor deve desenvolver seu trabalho com planejamentos bem elaborados de acordo com as especificidades do aluno, no caso de uma criança autista o educador precisa avaliar as necessidades, dificuldades do educando, organizar a sala de aula a fim de propiciar um ambiente que aperfeiçoe as habilidades mais comprometidas do individuo.

O pedagogo não é simplesmente um professor com intuito de ensinar, precisa ter sensibilidade, capacidade de orientar com sabedoria, analisar cada sujeito, observar, avaliar para contribuir com o processo de gestão escolar e com o aprendizado das crianças, não é simplesmente as notas de alunos, avaliação segundo Souza.

[...] tem a função de diagnosticar e estimular o avanço do conhecimento. Seus resultados devem servir para a orientação da aprendizagem, cumprindo uma função eminentemente educacional, rompendo-se com a falsa dicotomia entre ensino e avaliação (SOUZA, 1997, p. 274-275)

É fundamental que o professor faça uma avaliação, analisando se os objetivos estão sendo alcançado, observando o desenvolvimento do aluno, também é primordial se auto avaliar, esta avaliação é essencial para constatar se seu trabalho esta sendo realizado com qualidade, observar se o planejamento é criativo, flexível, tem clareza e objetividade nas metas a serem alcançadas, a fim de obter êxito nas atividades propostas para o desenvolvimento social e cultural do sujeito.

 

Conclusão

 

Diante do estudo realizado conclui se que quanto mais rápido for feito o diagnóstico das crianças autistas de preferencia menor de três anos, mais fácil será a evolução do seu desenvolvimento.

Com a realização da pesquisa aprofundada sobre o conceito e as características do Transtorno do Espectro Autista é possível estar preparado para desenvolver um planejamento adequado para ser aplicado a um individuo com autismo, através dos conhecimentos adquiridos possibilitara a aplicação de um trabalho com mais qualidade e eficiência.

A escola inclusiva é possível com a participação de todos, é fundamental que a família, equipe escolar desenvolva sua função com qualidade para que ela realmente aconteça.

Com certeza a inclusão faz a diferença nos dias atuais é uma conquista para as pessoas com necessidades especiais e também para as pessoas que estão envolvidas a esta questão.

A pedagogia é muito importante neste processo de inclusão das pessoas com necessidades especiais, o papel do professor pedagogo faz toda a diferença, no desenvolvimento das crianças com TEA, pois observa, planeja de acordo com as necessidades educacionais, realiza um planejamento criativo, flexível e de acordo com as especificidades.

Uma escola realmente inclusiva é aquela que tem profissionais preparados para atender as necessidades especiais dos indivíduos, de acordo com suas necessidades, tem uma equipe realmente empenhada em atingir os objetivos educacionais.

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

AGUIAR M. A. S. et al. Diretrizes curriculares do curso de pedagogia no Brasil: disputas de projetos no campo da formação do profissional da educação. Revista Educação e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 96, p. 819-842, out. 2006.

 

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BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm> Acesso em 10 de junho de 2017.

 

DECLARAÇÂO de Salamanca. Sobre Princípios, Políticas e Praticas na Área das Necessidades Educativas Especiais 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em 12 de junho de 2017.

 

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GLAT, R. (Org.) Educação Inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007.

 

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. (Col. Cotidiano Escolar).

 

SOUZA, Celina. Políticas públicas: questões temáticas e de pesquisa. Caderno CRH, Salvador, n. 39, jul./dez. 2003.

 

SAVIANI, Demerval. Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1999.

 

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos para Quê? 4ª edição. São Paulo:

Cortez, 2001.

 

WILLIAMS, Chris. Convivendo com autismo e síndrome de asperges: estratégias práticas para pais e profissionais. São Paulo: Mbooks, 2008.