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DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE PROVOCADA POR APLICAÇÕES CONTÍNUAS DE AGROTÓXICO NAS LAVOURAS

 

Leonícia Goulart de Oliveira Silva

 

 

 

 

 

 

SIGLAS

 

ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária

MMA- Ministério do Meio Ambiente

DDT- Diclorodifeniltricoloetano

DNA- Ácido Desoxirribonucleico

IBAMA- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

IMP- Instituto Ambiental do Paraná

LMR- Limite Máximo de Resíduos

OGM- Organismo Geneticamente Modificado

OMS- Organização Mundial da Saúde

PARA - Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos

RNA- Ácido Ribonucleico

GLOSSÁRIO

 

Acaricidas: substância ou preparado para matar ácaros (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Aminoácidos: ácido orgânico que tem parte do hidrogênio não ácido substituída por um ou mais radicais de amina (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Biota: conjunto de seres vivos de habitantes de uma região (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Commodities : é uma palavra em inglês, é o plural de commodity que significa mercadoria (SIGNIFICADOS, 2017).

 

Ecossistema: conjunto de relações entre os diversos componentes de um meio ambiente (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Entomologia: parte da Zoologia que estuda os insetos (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Forense: que diz respeito à lei; judicial; judiciário; do direito; jurídico; do fórum (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Himenóptero: espécime de uma ordem de artrópodes, da classe dos insetos (vespas, abelhas) (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Nematoides: espécie dos vermes de corpo cilíndrico fino e alongado, revestido de cutícula, de vida livre ou parasita. Filo dos vermes (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Neoplasia: desenvolvimento anormal de tecido; qualquer tumor maligno e benigno (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Organoclorados: que contém composto orgânico combinado com cloro (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Organofosforados: que contém composto orgânico combinado com fósforo (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SUMÁRIO

 

 

 

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

 

 

 

 

 

Na Segunda Guerra Mundial, os agrotóxicos eram utilizados como armas químicas. Depois foram utilizados como defensivos agrícolas, com o objetivo de combater pragas e organismos patogênicos que possam comprometer a produção agrícola. O uso indiscriminado de agrotóxicos acarreta muitos problemas. Quando usados sem respeitar as normas de segurança e sem orientação técnica, podem contaminar o solo, os rios, os aplicadores e consumidores.

O papel de pesticida pode ser desempenhado por uma substância química ou por agentes biológicos (bactérias, vírus). São sempre tóxicos, porém, nem sempre venenosos. Existem várias classificações para os pesticidas, pois é dado de acordo com a praga a ser combatida.

A contaminação por ingestão de alimentos com alta quantidade de agrotóxico pode causar sintomas como dores de cabeça, alergias; esses podem ser de imediato, crônico ou agudo, de curto ou longo prazo. Quando se trata de tumores ou doenças cancerígenas, pode ser hereditário, ou seja, passar para as próximas gerações.

Ao pensar na segurança do consumidor a ANVISA criou um Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), com o objetivo de assegurar que a quantidade de agrotóxico utilizado nos alimentos está de acordo com o Limite Máximo de Resíduos (LMR).

A água é de extrema importância para a vida de todos os seres vivos que habitam o planeta Terra. Embora este recurso seja encontrado em abundância, o uso contínuo de agrotóxico a deixa imprópria para o consumo.

Este estudo demonstrou as causas e consequências da utilização de agrotóxicos nas plantações e a maneira como esse elemento atua no ecossistema.

 

Justificativa

Selecionei este tema, pelo fato de ser um dos assuntos mais polêmicos e preocupantes da nossa atualidade. Observei que através desta pesquisa posso acrescentar algo de grande importância ao meu conhecimento, pois se trata das ações em relação aos nossos meios de sobrevivência.

A pesquisa objetivou mostrar como esses elementos atuam no ecossistema. A escolha do tema deu-se pela preocupação em relação ao meio ambiente. Por isso, realizei esta pesquisa para expor os problemas ambientais que são provocados por aplicações de agrotóxicos nas plantações brasileiras.

Sendo assim, esse estudo se justifica pela preocupação com o uso ininterrupto de agrotóxicos e defensivos nas lavouras. Dessa forma, este teve como ponto primordial demonstrar as consequências desses produtos no meio ambiente e na saúde dos seres vivos.

 

Problematização

Quais as consequências do uso contínuo de agrotóxicos em leguminosas?

 

Objetivo Geral

Conhecer as causas e consequências da utilização de agrotóxicos nas plantações do Brasil.

 

Objetivos Específicos

  • Analisar os tipos de agrotóxicos utilizados.

  • Mostrar o desequilíbrio da fauna e flora após a contaminação.

  • Mostrar como a contaminação dos alimentos (frutas, legumes e verduras) afeta a saúde humana.

  • Expor os benefícios trazidos pela água e os malefícios causados devido a sua contaminação.

1.1 Metodologia

A palavra metodologia vem do Latim Methodus que significa “caminho ou a via para a realização de algo”. Segundo Almeida (2011, p.19) “Metodologia corresponde a um conjunto de procedimentos adotados em estudos aos quais se atribui a confiabilidade do rigor científico”.

Pesquisa básica teve como objetivo expor os problemas ambientais causados pelo uso do agrotóxico, sem colocá-lo em prática. Método de pesquisa que se utiliza conhecimento sobre a natureza sem aplicações práticas e imediatas.

A pesquisa descritiva teve como objetivo descrever como o uso inadequado do agrotóxico prejudica o meio ambiente.

Tem finalidade de descrever o objeto de estudo, as suas características e os problemas relacionados, apresentando com máxima exatidão possível os fatos e fenômenos” (ALMEIDA, 2011, p. 31).

Com base nos problemas ambientais causados pelo agrotóxico, optei pela pesquisa bibliográfica, a partir da coleta de informações em sites e livros para a conclusão do trabalho.

Este tipo de estudo toma como objetivo apenas livros e artigos científicos, tendo normalmente a finalidade de buscar relações entre conceitos, características e ideias, às vezes unindo dois ou mais temas” (ALMEIDA, 2011, p.33).

1.2 Coleta de Dados

Os dados secundários “são aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e, muitas vezes, até analisados, com propósitos outros ao de atender as necessidades da pesquisa em andamento, e que estão catalogados a disposição dos interessados” (PORTAL EDUCAÇÃO, 2013).

 

CAPÍTULO II

REVISÃO DE LITERATURA

 

 

 

 

2.1 Administração e meio ambiente

Chiavenato (2010, p. 4) destaca que a palavra administração:

[...] tem em sua origem do latim (ad, direção para, tendência e minister, comparativo de inferioridade; o sufixo ter, subordinação ou obediência, isto é, aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem, aquele que presta um serviço a outro) e significa subordinação e serviço.

 

Tem como função servir de intermediário entre a empresa e os funcionários, utilizando o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos e competências organizacionais. Assim, alcançando seus objetivos com eficiência e eficácia.

A influência da Revolução Industrial segundo Rosa (2012) houve a substituição de oficinas artesanais por fábricas, transferindo assim, o núcleo dos negócios da agricultura às indústrias.

Com o surgimento da máquina a vapor, sua posterior aplicação à produção, houve o surgimento de uma nova concepção de trabalho que modificou a estrutura social e comercial da época, originou profundas e rápidas mudanças de ordem política, social e econômica e ambiental. Conforme as empresas crescem, os administradores devem trançar metas que não prejudiquem o meio ambiente.

Independente do porte da sua empresa a missão visão e valores tendem cada vez mais a serem influenciados pelas políticas ambientais; Sendo assim o administrador terá pela frente o desafio de traçar metas que visem não somente o lucro; mas também a conservação e reutilização dos recursos naturais como um todo (SOUZA, 2010).

 

Favorecendo assim, os objetivos da organização e ao mesmo tempo a sustentabilidade do planeta.

Segundo Clara Emilie (2006) a inserção de medidas sustentáveis nas organizações, como o uso racional dos recursos naturais (água, as florestas, o solo, etc.) e bens da empresa (luz, papel, etc.) podem ser revertidos numa maior conscientização humanitária, qualidade de vida no trabalho e na diminuição dos impactos ambientais.

Em todas as indústrias e em algumas empresas cabe à implementação da gestão ambiental, o ISO 14000 é um exemplo, que serve para garantir que determinada empresa (pública ou privada) pratique a gestão ambiental.

É indiscutível a necessidade das empresas despertarem para a questão do meio ambiente, não só pela defesa de seus próprios interesses econômicos, mas principalmente pela questão da ética, da cidadania e da responsabilidade social (EMILIE, 2006).

 

2.2 Revolução Verde

A expressão Revolução Verde faz referência a um programa de inovações tecnológicas no setor da agricultura. Conforme Francisco (2016), “a revolução verde surgiu com o propósito de aumentar a produção agrícola através de desenvolvimento de pesquisas em sementes, fertilização e utilização de maquinário”.

As sementes modificadas e desenvolvidas nos laboratórios possuem alta resistência a diferentes tipos de pragas e doenças, seu plantio, aliado à utilização de agrotóxicos, fertilizantes, implementos agrícolas e máquinas, aumenta significativamente a produção agrícola (LUNA, 2015).

 

O programa de revolução teve início logo após a Segunda Guerra Mundial. Pesquisadores de países industrializados pretendiam aumentar a produção de alimentos, acabando assim com a fome do mundo. No entanto, o aumento da produção não foi suficiente para acabar com a fome mundial, pelo fato dos alimentos produzidos serem destinados às grandes potências.

Essa a chamada Revolução Verde trouxe considerável aumento na produção agrícola, porém isso ocorreu ao custo de alto contingente populacional rural; então a modernização atendeu o interesse da elite rural, mas induziu ao desemprego no campo, uma vez que a mão de obra foi substituída por máquinas ─ em consequência foi gerado o êxodo rural. A Revolução Verde, que tinha como objetivo acabar com a fome, contradiz-se e o que de fato prevalece é o aumento de capital dos comerciantes de máquinas e de insumos, pois a produção de alimentos nos países em desenvolvimento é destinada, principalmente, a países ricos e industrializados (ANDRADE, 2014).

 

Segundo Souza (2013) “a Revolução Verde no Brasil ocorreu na ditadura militar, permitindo que o país desenvolvesse tecnologias próprias em universidades, centros de pesquisas, agências governamental e instituições privadas”. Na década de 1990 houve um grande desenvolvimento agrícola, devido às inovações. Transformando o país em um dos recordistas de produtividade e exportação. Na época, a produtividade era o maior desafio do programa. Atualmente, é ter uma agricultura sustentável e com menor impacto ambiental.

De acordo com o site Pensamento Verde (2013) a Revolução Verde trouxe inúmeros problemas para o meio ambiente. Com o desmatamento para cultivo, surgiram pragas e, consequentemente, a necessidade do uso de agrotóxico. Desta forma, houve uma alteração e contaminação em todo o ecossistema.

 

2.3 Agrotóxicos

Os agrotóxicos foram desenvolvidos na Primeira Guerra Mundial e utilizados mais amplamente na Segunda Guerra Mundial como arma química. Com o fim da guerra, o produto desenvolvido passou a ser utilizado como "defensivo agrícola". Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2016):

 

A legislação vigente, agrotóxicos são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, utilizados nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, pastagens, proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais. O agrotóxico visa alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos. Também são considerados agrotóxicos as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento.

 

O primeiro composto dessa classe, denominado DDT, foi a principal arma no combate contra o mosquito da malária, até descobrir que ele, assim como todos os organoclorados, era prejudicial aos seres vivos (é um composto cancerígeno, teratogênico e cumulativo no organismo) e ao meio ambiente.

Naquela época, homens [...] foram recrutados para combater uma verdadeira guerra contra o mosquito vetor da malária e outras endemias. Sem conhecimento e acreditando que o veneno era inofensivo ao ser humano, os agentes se embrenhavam na mata e tinham contato direto com o produto, usando apenas um chapéu de alumínio e uma farda (MADRUGA, 2015).

 

Desde a Revolução Verde, o processo de produção agrícola sofreu grandes mudanças, com a implantação de tecnologia, visando à produção das commodities agrícola. Estas tecnologias abrangem o uso extensivo de agrotóxico. Com o propósito de reduzir pragas e aumentar a produtividade.

Segundo o MMA (2016) os agrotóxicos podem ser divididos em dois grupos: agrícolas e não agrícolas. Os agrícolas são empregados nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens e nas florestas plantadas. Os não agrícolas são destinados à proteção de florestas nativas, outros ecossistemas ou de ambientes hídricos. Além disso, são indicados para ambientes urbanos e industriais, domiciliares, públicos ou coletivos, ao tratamento de água e em campanhas de saúde pública.

Os princípios ativos dos agrotóxicos podem ser altamente tóxicos e assim causar alterações no sistema nervoso central além de gerar mutações genéticas de graus elevados e que podem ter como consequência neoplasias” (SANAGUA, 2015).

Santos; Phyn (2003) afirmam que “a produção agrícola pode ser afetada por diversas pragas, como insetos, patógenos e plantas invasoras. Para combater estes organismos, são utilizados produtos químicos, como inseticidas, fungicidas, acaricidas, nematicidas, bactericidas e vermífugos”. Dentre os defensivos agrícolas mais nocivos para o organismo estão os inseticidas, herbicidas e rodenticidas.

 

2.3.3.1 Inseticidas

Inseticidas são compostos capazes de combater insetos. São utilizados em lavouras, indústrias e residências.

Os organoclorados (Diclorodifeniltricoloetano, Dicofenol, Endrin) segundo Cardoso (2016) são compostos orgânicos que apresentam átomos de cloro em ligações covalente na cadeia e altamente perigosos. É capaz de permanecer no ambiente terrestre por mais de 100 anos, pois esse inseticida libera resíduos que se acumulam nos tecidos gordurosos de mamíferos, peixes e aves.

Organofosforados (Parathion, Malathion, Orthene, Bidrin) são ésteres do ácido fosfórico e menos perigosos. Pertencente ao grupo autodenominado inibidores, são absorvidos pelo organismo dos seres vivos através de todas as vias possíveis, incluindo a via dérmica, o trato gastrointestinal, a via respiratória e as membranas mucosas.

Após a absorção oral, inalatória ou cutânea, os organofosforados são distribuídos pelo organismo, mas não se acumulam em tecidos específicos, entretanto, alguns compostos não inibem as esterases antes de sofrerem ativação pelas enzimas hepáticas. A única forma de desintoxicação possível no organismo são as reações de esterificação que ocorrem no fígado, podendo ocorrer indução hepática quando os animais são expostos cronicamente a doses não letais de alguns organofosforados (HATCH, 1992; REPETTO et al., 1995 apud COSTABILE et al., 2004).

 

Já os carbamatos (Carbaryl, Methomil, Furadan) são considerados pouco perigosos. Assim como os organofosforados, também se integram ao grupo de inibidores. Sua diferença é que os efeitos permanecem apenas uma semana, já o dos organofosforados demoram aproximadamente um mês para se extinguir.

Os inseticidas, de um modo geral, apresentam sérios efeitos ao homem e o meio ambiente, visto que podem contaminar águas dizimando espécies que têm esse ambiente como habitat. Seu uso comumente confere aos insetos certa resistência, tornando necessárias aplicações cada vez maiores. O vegetal sofre alterações metabólicas e estruturais, e o próprio ser humano também sente consequências, sendo a principal delas, o câncer (CARDOSO, 2016).

 

2.3.3.2 Herbicidas

Os herbicidas segundo Cardoso (2016) “são compostos químicos utilizados na agricultura para controlar o desenvolvimento de ervas daninhas. Essas plantas são eliminadas geralmente quando disputam certos recursos com as cultiváveis, como por exemplo, espaço, água, sais minerais, entre outros”.

Paraquat – Muito Perigosos: Um tipo de composto altamente tóxico e que ataca gravemente todos os tecidos do organismo. A intoxicação pode acontecer por ingestão ou então por inalação. Se por acaso esse composto for consumido em estado puro basta uma colher de chá para levar a óbito.

Glifosato – Menos Perigosos: Uma classe de agrotóxico que apresenta um nível de toxicidade relativamente baixo para o ser humano, porém cuja ingestão acidental pode causar vômitos, náuseas e outros tipos de distúrbios gastrointestinais.

Clorofenóxicos – Pouco Perigosos: Quando o manuseio desse tipo de agrotóxico é feito de forma correta é bem pouco tóxico para o ser humano. Porém, durante a sua fabricação é liberada uma substância conhecida como dioxina que deve ser mantida isolada. No caso de ela contaminar esse herbicida a mistura torna-se cancerígena (SANAGUA, 2015).

 

2.3.3.3 Rodenticidas

Segundo um artigo do site Cultura Mix (2014) o Fluoracetato de Sódio é considerado muito perigoso, pois “dentre todos os tipos de agrotóxicos certamente a categoria dos rodenticidas é a mais venenosa de todas e o Fluoracetato de Sódio em particular é o pior de todos”.

Já o Fosfeto, Cultura Mix (2014) é considerado menos perigosos, porque é bastante utilizado para a proteção de sementes que ficam em estoque antes do plantio. Mesmo sendo proibido no Brasil, é bastante comum na utilização doméstica contra ratos. Quando esse composto entra em contato com a água ou com a saliva libera a fosfina, um gás venenosíssimo.

Os Hidroxicumarínicos são classificados como pouco perigosos, por serem pequenos (granulados) podem ser ingerido por acidente causando hemorragias nos seres humanos.

 

2.3.1 Agrotóxico e meio ambiente

A dificuldade da avaliação da conduta de um agrotóxico depois de aplicado deve-se à necessidade de se considerar a intervenção dos agentes que atuam provocando transformações nas substâncias. Essas sofrem processos físicos, químicos ou biológicos, os quais podem alterar as suas propriedades e influenciar no seu comportamento, inclusive com a formação de outros produtos com propriedades totalmente diferentes do produto inicial e cujos danos à saúde ou ao meio ambiente também são distintos.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente – MMA (2016):

A atuação do agrotóxico no ambiente é bastante complexa. Quando aplicado, o agrotóxico é capaz de atingir o solo e as águas, principalmente devido aos ventos e à água das chuvas, que promovem a deriva, a lavagem das folhas tratadas, a lixiviação e a erosão. Além disso, qualquer que seja o percurso do agrotóxico no meio ambiente, perpetuamente atingirá o receptor, isto é, o homem.

 

2.3.2 Agrotóxicos no Brasil

Os agrotóxicos são considerados extremamente relevantes no modelo de desenvolvimento da agricultura no país. Segundo G1 (2017) o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxico no mundo, embora não seja o maior produtor. Em grãos o Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos (Embrapa, 2017).

Para Lucena (2010) há três razões que explicam os motivos de o Brasil ser o país que mais utiliza agrotóxico:

A mais óbvia é que somos um dos maiores produtores agrícolas do mundo, de soja principalmente. Outra é que nossas sementes melhoradas já são pensadas para usar agrotóxicos. São selecionadas até certo ponto em que, realmente, dependem destes produtos. E, para dar a produtividade que se espera, demandam grandes quantidades. Em terceiro lugar, não temos mais pragas, mas, por usarmos agrotóxicos há tantos anos, nossas pragas ficaram mais resistentes. É um espiral que vai aumentando. 

 

Em decorrência da significativa importância, tanto em relação à sua toxidade quando à escala de uso no Brasil, uma ampla variedade de agrotóxicos é legalizada no Brasil, com um grande número de normas legais.

 

 

 

 

 

 

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2016):

O referencial legal mais importante é a Lei nº 7802/89, que rege o processo de registro de um produto agrotóxico, regulamentada pelo Decreto nº 4074/02: os agrotóxicos, para serem produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados devem ser previamente registrados em órgão federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura. O IBAMA realiza a avaliação do potencial de periculosidade ambiental de todos os agrotóxicos registrados no Brasil.
Segundo a Lei 7.802/89, artigo 3º, parágrafo 6º, no Brasil, é proibido o registro de agrotóxicos: a) Para os quais o Brasil não disponha de métodos para desativação de seus componentes, de modo a impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e à saúde pública; b) para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil; c) que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica; d) que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e experiências atualizadas na comunidade científica; e) que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório, com animais, tenham podido demonstrar, segundo critérios técnicos e científicos atualizados; f) cujas características causem danos ao meio ambiente.

2.4 Impacto Ecológico na Fauna e Flora

Conceito de fauna e flora: Fauna refere-se a grupos de animais de uma determinada região. Flora, conjunto de vegetais de uma determinada região. Segundo o Instituto Ambiental do Paraná (IMP, 2016):

Os animais possuem papéis importantes para a manutenção do equilíbrio na natureza. São eles quem dispersam sementes "plantando" árvores, controlam populações de espécies que quando em excesso podem ser prejudiciais as nossas lavouras e criações, e ainda produzem remédios importantes para a cura de muitas doenças. Cada pequeno animal tem sua função específica na natureza e a sua ausência acarreta em prejuízos incalculáveis para a humanidade.

 

A classe animal dominante na Terra é a dos insetos (insecta). Esses pequenos invertebrados possuem um papel importantíssimo na natureza. Na vida humana, sua influencia é variada, tendo aspectos positivos e negativos. Os aspectos positivos segundo Barros e Paulino (2009) estão relacionados:

Algumas espécies têm papel fundamental na polinização de flores, com benefícios a produtividade agrícola. De certas abelhas, o ser humano obtém mel e geleia real – utilizados como alimentos -, e própolis – produto utilizado como cicatrizante e no combate a inflamações de garganta, tosses, asmas e bronquites, entre outras aplicações; a larva do bicho-da-seda produz fios de seda, que o ser humano utiliza na produção de tecidos. Vários insetos são usados em controle biológico, auxiliando o ser humano no combate a espécies consideradas daninhas à agricultura; é o caso da joaninha, inseto predador de pulgões, animais que parasitam plantas diversas, como o milho e o trigo.

 

Os aspectos negativos estão relacionados a muitas espécies que atacam plantas cultivadas, comprometendo a produtividade agrícola; é o caso do pulgão e da cigarrinha-das-pastagens. Alguns insetos são transmissores de doenças, um exemplo muito conhecido é o mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue, o zika vírus, a febre amarela e a chikungunya). E também há insetos que causam prejuízos domésticos, como as traças.

Um papel fundamental dos insetos é a polinização. Um crescente número de animais polinizadores está ameaçado de extinção, devido a fatores como a mudança climática, as mudanças na utilização da terra e o uso exagerado de pesticidas.

Estudos científicos recentes indicam que o uso desses agrotóxicos é prejudicial para insetos polinizadores, em especial para as abelhas, podendo acarretar em morte ou alterações no comportamento de tais himenópteros. As abelhas são consideradas os principais polinizadores de ambientes agro naturais, contribuindo para o aumento da produtividade agrícola, além de serem diretamente responsáveis pela fabricação de mel (MACHADO, 2012).

 

De acordo com um comunicado do IBAMA (2012) publicado no Diário Oficial da União, há quatro ingredientes ativos que são nocivos as abelhas: imidacloprido, tiametoxam, clotianidina e fipronil, que passarão por um processo de reavaliação. Como prevenção o IBAMA proibiu o uso desses agrotóxicos provisoriamente.

Os insetos também possuem um papel importante no que diz respeito à criminalística. Os insetos necrófagos, que se alimentam de cadáver, ajudam a obter informações do horário e local da morte do individuo. Segundo um artigo publicado no site Portal São Francisco (2017) Entomologia forense “é a utilização dos insetos e seus parentes de artrópodes que habitam em decomposição continua a ajudar as investigações legais”, ou seja, relacionam insetos a detalhes do crime. Como exemplos moscas e besouros (dípteros muscóides e colópteros); formigas e vespas (himenópteros).

Deve-se pensar que os insetos fazem parte de inúmeras cadeias alimentares, servindo de alimentos para outros animais como os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Conforme Santos (2016) “caso os insetos fossem eliminados por completo de uma área, o desequilíbrio ecológico seria muito grande, pois afetaria uma grande quantidade de seres vivos”. Até mesmo os humanos se alimentam de insetos.

 

 

 

[...] no metabolismo das plantas que acabam ficando com sua seiva cheia de açúcares solúveis e aminoácidos livres. Tais substâncias em excesso, são detectadas pelos sensores bioquímicos dos insetos que atacam preferencialmente essas plantas, já que não têm capacidade de se alimentar de proteínas e outras moléculas mais complexas. Desta forma, o uso de agrotóxicos favorece um desequilíbrio metabólico nas plantas que as tornam mais suscetíveis de serem atacadas por insetos e outros mecanismos prejudiciais (PLANETA ORGÂNICO, 2017).

 

Quando possuem uma quantidade equilibrada de proteína, se torna menos atrativa para os insetos, visto que estes não têm a capacidade de decompor as proteínas vegetais.

De acordo com o site Planeta Orgânico (2017) o pesquisador francês Francis Chaboussou “observou que existe uma relação direta entre a suscetibilidade das plantas ao ataque das pragas e doenças e a utilização dos agrotóxicos”. E diz ainda que

A seiva transporta proteínas e aminoácidos, açúcares e nitrato para os pontos de crescimento da planta. Porém, o uso de agrotóxicos, a adubação desequilibrada e a falta de boas condições para a planta atrapalham este mecanismo. Quando isso acontece, a seiva fica carregada de aminoácidos livres, açucares e nitrato. Estes são os alimentos preferidos de fungos, bactérias, ácaros, nematoides e insetos (SECRETARIA ESPECIAL DE AGRICULTURA FAMILIAR E DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, 2016).

 

O homem altera o DNA e o RNA dos vegetais visando maior produção, produzindo organismo geneticamente modificado que “são aqueles que sofrem modificações em seu DNA” (Linhares e Gewandsznajder, 2013, p.100). No entanto, os transgênicos são mais resistentes a herbicidas. Porém, há pesquisadores que defendem a OGM. Devido o aumento do fruto, mais nutritivo e sabores acentuados.

A inovação da biotecnologia a este nível é tal forma grandiosa, que é possível produzir variadíssimos tipos organismos que nos possibilitem uma vida mais fácil. É possível criar vacinas comestíveis, modificar o material genético das vacas para produzirem mais leite, criar peixes coloridos para comercializar como peças de decoração, assim como muitas outras coisas que falamos mais à frente. Tudo isto contribui para um largo interesse econômico à escala mundial (MEIO AMBIENTE TÉCNICO, 2012).

 

Um organismo modificado só é transgênico se for inserido o material genético de outro organismo. Como exemplos têm o milho, a soja, o mamão papaya, abobrinha, arroz, feijão, etc.

 

2.5 Contaminação dos Alimentos

Nos anos de 2011 e 2012, a ANVISA analisou 3.062 amostras de 25 culturas vegetais, destas 32% estavam insatisfatórios para o consumo.

No caso do levantamento da ANVISA (2012), os "organofosforados", substâncias presentes nos acaricidas, fungicidas, inseticidas, bactericidas, cupinicidas e formicidas, composto químico que - como citado anteriormente, causam danos nas células musculares e compromete o sistema nervoso, sem contar nos problemas cardiovasculares – estavam presentes na maior parte das amostras.

 

 

Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), elas são responsáveis por 63% das 57 milhões de mortes declaradas no mundo em 2008, e por aproximadamente 50% do volume global de doenças. A OMS prevê um aumento de 15%, entre 2016 e 2020, dos óbitos causados por essas doenças. No Brasil, elas já representam a principal causa de óbito, sendo responsáveis por 74% das mortes ocorridas em 2008 (893.900 óbitos) (MUNDO SIMPLES, 2016).

 

Mesmo após terem saído da zona rural, os alimentos ainda recebem quantidades de agrotóxicos. Segundo o Mundo Simples (2016) um levantamento da ANVISA (2012), o morango, o pimentão, a abobrinha, o pepino e a alface, lideram o ranking dos alimentos mais contaminados por pesticidas.

 

2.6 Água

É de conhecimento geral que 70% da Terra é composta por água. O volume é dividido em 97,4% de água salgada e 2,6% de água doce. É encontrada nos estados líquido, sólido e gasoso.

No corpo humano, ela representa cerca de 70% do peso, ou seja, se um individuo pesa 60 kg, 40 kg é composto por água. Os seres humanos conseguem sobreviver semanas sem comida, mas apenas alguns dias sem água (4-7 dias). Dentre os benefícios que a água traz ao homem, está a regulação térmica, que é fundamental para o funcionamento adequado do organismo.

A água é fundamental para o transporte de substâncias, como o oxigênio, nutrientes e sais minerais, pois faz parte da composição do plasma sanguíneo. Além de levar nutrientes para as células, a água proporciona a eliminação de substâncias para fora do corpo, como é o caso da urina, que é formada basicamente por água e substâncias tóxicas ou em excesso dissolvidas (SANTOS 2016).

 

A água também forma as lágrimas, evitando o ressecamento das córneas e a limpeza das estruturas. Ou seja, é essencial para o funcionamento dos olhos. Nas membranas que envolvem o sistema nervoso (meninges), por exemplo, são lubrificadas pelo liquor, substância rica em água que fornece proteção mecânica a esse sistema.

O reino vegetal necessita diretamente de água, pois a água é o elemento principal na formação de açúcares. Essa substância também pode ser retirada de todos os alimentos, que se diferenciam apenas pela quantidade de água disponível em cada um. Como exemplo tem a melancia e o pepino compostos por 96% de água.

 

O aparecimento da vida em nosso planeta dependeu, entre outros fatores, da capacidade que a água tem de dissolver diversas substâncias, com sais, glicídios, proteínas, etc., permitindo, desse modo, as reações químicas que sustentam os sistemas vivos (LINHARES E GEWANDSZNAJDER, 2013, p. 37).

 

No meio ambiente é muito difícil encontrar água pura, devido à facilidade que outras substâncias se misturam a ela. Mesmo a água da chuva, por exemplo, ao cair, traz impurezas do ar nela dissolvidas. Por estar infiltrada nos espaços do solo e das rochas, nas nuvens e nos seres vivos a água nunca será encontrada pura.

Os agrotóxicos estão em segundo lugar nas causas de contaminações de rios no Brasil, perdendo apenas para o esgoto doméstico. Segundo Antonelli (2012) cerca de 70% da água doce é utilizada na agricultura e jogada fora. A maior parte dos agrotóxicos não atinge a praga alvo, contaminando os rios, o solo, o ar e para as águas subterrâneas, trazendo graves riscos à saúde.

Conforme o site Agsolve (2012), em entrevista com o professor Mohamed Habib:

A contaminação das águas pelos agrotóxicos tem efeito direto nos seres vivos que vivem na água, a biota de um modo geral. Se o veneno que chega nas águas for o herbicida, o efeito é direto e pode, por exemplo, matar as plantas aquáticas. Se o rio for contaminado por um veneno que mata animais, pode ocorrer a morte de algumas espécies de peixes menores.

 

Assim como nos alimentos, a água também é contaminada pelo agrotóxico. Dependendo do tipo de veneno, pode causar um simples envenenamento estomacal ou levar a óbito. O efeito pode ser imediato, crônico ou agudo, de curto ou longo prazo. Quando se trata de tumores ou doenças cancerígenas, pode se hereditário, ou seja, passar para as próximas gerações.

Dentre os benefícios que a água traz ao homem, está a regulação térmica, que é fundamental para o funcionamento adequado do organismo.

 

CAPÍTULO III

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

 

 

 

 

 

 

 

 

3.1 Análises de Resultados

Para a realização deste trabalho, foram utilizados dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) 2010, 2011 e 2012. O PARA foi um programa criado pela Anvisa em 2001 com o objetivo de avaliar e promover a qualidade dos alimentos em relação ao uso de agrotóxicos e afins. Em 2003 transformou-se em programa e passou a ser desenvolvido anualmente pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.

O PARA tem por objetivo verificar se os alimentos comercializados no varejo apresentam níveis de resíduos de agrotóxicos dentro dos Limites Máximos de Resíduos (LMR) estabelecidos pela Anvisa e publicados em monografia específica para cada agrotóxico. Permite, também, conferir se os agrotóxicos utilizados estão devidamente registrados no país e se foram aplicados somente nas culturas para as quais estão autorizados (ANVISA, 2013).

 

Sabe-se que o objetivo central deste trabalho é mostrar as causas e consequências da utilização de agrotóxico nas lavouras do Brasil, sendo assim, os relatórios dos anos de 2010, 2011 e 2012 realizados pelo PARA serviram de embasamento para esta pesquisa.

Foram selecionados 11 dos 18 alimentos apresentados e consumidos pelos brasileiros: alface, arroz, batata, cenoura, feijão, laranja, maçã, morango, pepino, pimentão e tomate.

Na primeira tabela são apresentados os alimentos mais contaminados, ou seja, com resultados insatisfatórios, no ano de 2010.

 

Tabela 1 - Alimentos com resultados insatisfatórios em 2010.

Produto

Nº de amostras analisadas

NA

(1)

>LMR

(2)

>LMR e NA

(3)

Total de Insatisfatórias (1+2+3)

%

%

%

%

Alface

131

68

51,9%

0

0%

3

2,3%

71

54,2%

Arroz

148

11

7,4%

0

0%

0

0%

11

7,4%

Batata

145

0

0%

0

0%

0

0%

0

0%

Cenoura

141

69

48,9%

0

0%

1

0,7%

70

49,6%

Feijão

153

8

5,2%

2

1,3%

0

0%

10

6,5%

Laranja

148

15

10,1%

3

2%

0

0%

18

12,2%

Maçã

146

8

5,5%

5

3,4%

0

0%

13

8,9%

Morango

112

58

51,8%

3

2,7%

10

8,9%

71

63,4%

Pepino

136

76

55,9%

2

1,5%

0

0%

78

57,4%

Pimentão

146

124

84,9%

0

0%

10

6,8%

134

91,8%

Tomate

141

20

14,2%

1

0,7%

2

1,4%

23

16,3%

Total

1.547

457

29,5%

16

1,03%

26

1,6%

499

32,2%

 

 

Fonte: ANVISA (2010) adaptado pelo autor, 2017.

 

Percebe-se que o pimentão lidera o ranking com uma porcentagem absurda de amostra insatisfatória. Das 146 amostras analisadas, 91,8% apresentaram resultados insatisfatórios e deste 91,8%, 84,9% eram agrotóxicos não autorizados. No morango e no pepino, o percentual de amostras irregulares foi de 63,4% e 57,4%, respectivamente. A alface e a cenoura também apresentaram índices elevados de irregularidade. A alface com 54,2% e a cenoura com 49,6%. Em 29,5% dos casos selecionados o agrotóxico não era autorizado para uso na cultura analisada.

No pimentão foram encontrados resíduos de carbendazim, endossulfam, procimidona, carbofurano, carbaril, metomil, dicofol, clorpirifós e dimetoato. No morango clorfenapir, tiabendazol, endossulfam, captana, folpete, procloraz, clorotalonil, metomil, acefato, clorpirifos, dimetoato, fosmete, metamidofos, parationa-metílica e profenofo (ANVISA, 2011).

Dos resíduos de agrotóxico encontrados nas amostras o Carbendazim da classe Benzimidazol se destacou com um amplo número de amostras contaminadas. Porém, a classe que se destacou foi a dos organofosforados com um número elevado de clorpirifós, metamidofós e acefato. Das 2488 apresentadas na tabela da ANVISA (2011) eles contribuíram com 154, 125 e 76 resultados de amostras insatisfatórias, respectivamente.

 

Tabela 1 - Total de alimentos insatisfatórios de 2011-2012.

Produto

Nº de amostras analisadas

NA

>LMR

>LMR E NA

Total de Insatisfatória

(1)

(2)

(3)

(1+2+3)

%

%

%

%

Alface

134

55

41%

1

0,7%

2

1,5%

58

43%

Arroz

261

2

1%

0

0%

0

0%

2

1%

Cenoura

229

75

33%

0

0%

0

0%

75

33%

Feijão

217

13

6%

0

0%

0

0%

13

6%

Laranja

227

58

26%

3

1%

2

1%

63

28%

Maçã

263

18

7%

3

1%

0

0%

21

8%

Morango

211

80

38%

13

6%

32

15%

125

59%

Pepino

264

101

38%

6

2%

4

2%

111

42%

Pimentão

213

178

84%

2

0,9%

10

4,7%

190

90%

Tomate

151

14

9%

0

0%

4

2,6%

18

12%

Total

2.170

594

27,3%

28

1,2%

54

2,4%

676

31,1%

 

 

Fonte: ANVISA (2011-2012) adaptado pelo autor, 2017.

 

 

Houve variação nas porcentagens de 2011 e 2012. Porém, o pimentão permanece em primeiro, com 90% de amostras insatisfatórias – destas, 84% eram pesticidas não autorizados. No morango também houve uma queda 4,4% de 2010 até 2012. Segundo ANVISA (2013) “dentre as culturas monitoradas, o morango apresentou o elevado percentual de amostras com resultados insatisfatórios contendo resíduos de agrotóxicos com concentrações acima do LMR”.

De acordo com a análise das figuras 1 e 2, o feijão e o arroz que é um prato típico do brasileiro. Esses apresentam um índice consideravelmente de contaminação de agrotóxicos, todos não autorizados pela ANVISA. “Observa-se que o maior índice de irregularidade nas amostras analisadas são ocasionadas pela presença de agrotóxicos não autorizados para a cultura” (ANVISA, 2013).

Sabe-se que a ingestão de verdura, legumes e frutas são necessárias. Por isso é importante optar por alimentos identificados ou orgânicos, pois a ingestão diária de produtos contaminados está associada ao surgimento de doenças crônicas como desregulação endócrina, quadros degenerativos, alergias graves, outras patologias crônicas e câncer. Além dessas doenças, a infertilidade e problemas de ordem neurológicos também podem ser causados por agrotóxicos, como a depressão.

De acordo com Giovanini (2011) da revista Estadão, o diretor geral da ANVISA, Agenor Álvares afirma que “os dados são preocupantes, se considerarmos que a ingestão cotidiana desses agrotóxicos pode contribuir para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a desregulação endócrina e o câncer”. Há três vias principais que são responsáveis pelo impacto direto da contaminação humana por agrotóxicos:

A via ocupacional, que se caracteriza pela contaminação dos trabalhadores que manipulam essas substâncias. [...] A via ambiental, por sua vez, caracteriza-se pela dispersão/distribuição dos agrotóxicos ao longo dos diversos componentes do meio ambiente: a contaminação das águas, através da migração de resíduos de agrotóxicos para lençóis freáticos, leitos de rios, córregos, lagos e lagunas próximos; a contaminação atmosférica, resultante da dispersão de partículas durante o processo de pulverização ou de manipulação de produtos finamente granulados (durante o processo de formulação) e evaporação de produtos mal estocados; e a contaminação dos solos [...] E a via alimentar caracteriza-se pela contaminação relacionada à ingestão de produtos contaminados por agrotóxicos (MOREIRA et al., 2001).

 

Conforme o aumento populacional, também ocorre o aumento da demanda de alimentos. O “crescimento da população em conjunto com o consumo e a demanda de produtos alimentícios vem exigindo a utilização, cada vez maior, de produtos químicos em áreas de cultivo agrícola” (JARDIM et al., 2009). Sendo assim, o fator que mais auxiliou para que o uso de agrotóxicos aumentasse consideravelmente no decorrer dos anos, uma vez que estes têm grande influência no desenvolvimento das culturas. Jardim (2009) apud CETESB (2007) ressalta ainda que:

a existência de uma área contaminada pode gerar inúmeros problemas à sociedade, como danos à saúde pública, comprometimento da qualidade dos recursos hídricos utilizados para o consumo humano, restrições ao uso do solo e, até mesmo, danos ao patrimônio público e privado com a desvalorização das propriedades, além de danos ao meio ambiente.

 

Tendo em vista que a utilização exacerbada de agrotóxicos afeta não somente os alvos biológicos, mas também o meio ambiente, as culturas e consequentemente, os consumidores. As preocupações em torno da saúde da população, que passou a consumir alimentos cada vez mais contaminados por esses insumos químicos e os impactos no ambiente que contribuíam para a contaminação indireta dos alimentos.

A água é uma substância extremamente importante para a manutenção da vida no planeta. É encontrada no meio ambiente em todos os estados físicos: sólido, líquido e gasoso. A água mantém-se em constante circulação, passando pelo ambiente físico, pelos seres vivos e mudando de estado. A circulação da água constitui o chamado ciclo da água. Esse ciclo compõe-se de precipitação, evaporação, transpiração, infiltração, percolação e drenagem. Dos 2,5% da água doce, 29, 9% são subterrâneas (Morais, 2009). As águas superficiais e subterrâneas podem ser contaminadas direta e indiretamente pelo agrotóxico. Morais (2009) diz que:

A contaminação direta é resultante do controle de ervas aquáticas, despejo de efluentes industriais e esgotos municipais. A contaminação indireta é devida à movimentação dos agrotóxicos após a sua aplicação no solo ou em uma plantação. Neste caso, a contaminação das águas superficiais pode ocorrer através do transporte de vapor e de poeira, da precipitação, escoamento superficial dos agrotóxicos pela água da chuva, lavagem dos materiais usados durante a aplicação dos agrotóxicos ou ainda pelo descarte inadequado de embalagens usadas.

 

Um exemplo de águas subterrâneas contaminadas no Brasil é o aquífero do guarani, um dos maiores aquíferos do mundo e está presente nos países sul-americanos: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Aproximadamente 70% desse reservatório de água está localizado no Brasil, espalhado pelo subsolo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Apesar da importância do Aquífero Guarani, as atividades humanas, sobretudo as industriais e agrícolas, têm provocado a contaminação da água. Os maiores vilões desse processo são o agrotóxico utilizado na agricultura e o vinhoto (resíduo da destilação fracionada da cana-de-açúcar), que atingem o reservatório (FRANCISCO, 2017).

 

3.2 Conclusão

Desde 1950, a quantidade de inseticidas usada em todo o mundo aumentou 30 vezes e isso não significa que houve uma eficácia no combate às pragas.

Chamam-se pragas às espécies de seres vivos que, competem por alimentos, transmitido doenças e destruindo plantações. As substâncias químicas destinadas ao controle desses organismos indesejáveis são inseticidas de modo geral. O inseticida químico DDT devido sua elevada toxicidade de se acumular nos tecidos dos organismos de uma cadeia alimentar, teve a produção e comercialização proibida no Brasil.

Entre os benefícios com o uso de inseticidas nas lavouras, destacam-se: aumento da oferta de alimento e maiores lucros na atividade agrícola, pois acredita-se que, sem os inseticidas, a oferta mundial de alimentos seria reduzida a metade.

Um dos sérios problemas provocados pelos inseticidas é a seleção de linhagens de insetos menos sensíveis a esses produtos. Quantidades progressivamente maiores passam a ser empregadas, potencializando os danos ambientais uma vez que depois de aplicados, os inseticidas movem com facilidade pelo ambiente (ar, água, solo e seres vivos).

Os efeitos nocivos do uso de agrotóxicos para a saúde humana têm sido objeto de diversos estudos, os quais têm detectado a presença dessas substâncias em amostras de sangue humano, no leite materno, resíduos presentes em alimentos consumidos e água pela população em geral. A possibilidade de ocorrência de anomalias congênitas, de câncer, de doenças mentais e de disfunções na reprodução é apontada.

A vida na Terra não pode existir sem água. Em geral a biodiversidade de um ambiente é diretamente proporcional à disponibilidade de água. Sem a circulação da água, nutrientes como cálcio e o fósforo não seriam transportados, os ecossistemas não funcionariam e a vida não se manteria, ou seja, a água é um meio de transporte essencial para todos os seres vivos. Como meio de transporte ela carrega toda e qualquer substância independente dos benefícios ou malefícios. Uma vez que grandes quantidades de agrotóxicos são liberadas no solo, o mesmo tem como ponto de chegada o lençol freático, podendo contaminar centenas de milhares de organismos vivos.

Portanto, os agrotóxicos são substâncias químicas destinadas ao controle de pragas que atingem às culturas, comprometendo assim a produção agrícola. Entretanto, há alternativas de combate ao uso exacerbado de agrotóxicos entre eles: Controle biológico, práticas de cultivo e melhoramento genético. Dessa forma, pode assim alcançar o desenvolvimento sustentável a sociedade que é capaz de lidar com sua economia sem exceder a capacidade de os ecossistemas absorverem agressões ambientais. Isso permite a reposição dos recursos naturais mantendo adequadamente os seres humanos e todas as demais formas de vida, geração após geração.

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