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UTILIZAÇÃO DE TEXTOS PARA SUPERAR AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS

Meracy Santana de jesus
Crislayne Giovana Fontes Alves
Vanderleia Ramos Pereira Leles
Letícia Pereira Leles
Carla Fernanda Valentin

 

RESUMO

O presente trabalho aborda a alfabetização e letramento através de textos como forma de superação das dificuldades de aprendizagem na alfabetização. A escolha do tema deu-se por considerar o texto uma ferramenta importante na educação infantil em relação às práticas de leitura e escrita, pretendendo desvincular essas práticas de uma versão escolarizada do conhecimento e preparatória para o ensino fundamental.   A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, que teve como objetivo buscar informações para maior compreensão do tema abordado, através de livros, sites científicos e outros referente aos temas envolvidos, utilizando método monográfico.  Conclui-se que na atualidade a pessoa alfabetizada deve saber ler e escrever, para responder adequadamente às questões e ter interação com os mais diferentes tipos de textos que circulam na sociedade e ser capaz de  entender os significados das palavras em diferentes contextos.

 

Palavras-chaves: escrita, aprendizagem, conhecimento.

 

INTRODUÇÃO

 

A leitura e a escrita são habilidades que estão inseridas na vida do ser humano e deve ser realizada de forma que o mesmo faça relação e significados sobre as mesmas. Os textos são de grande ajuda na alfabetização, pois fornecem os mais diferentes suportes na aprendizagem da leitura e da escrita.

O processo da escrita e da leitura é um processo complexo, que envolve tanto o domínio do sistema alfabético quanto o ortográfico, pois a leitura e a escrita são atos de interpretar tudo aquilo que nos é mostrado; à medida que o professor trabalha a leitura e a escrita dentro da escola, seus alunos podem aprender sobre as práticas da leitura e ao mesmo tempo aprenderem sobre as características e o funcionamento da escrita e da leitura através dos textos.

A presente pesquisa esta dividida em quatro capítulos. No primeiro capítulo faz-se referência à produção de textos e os gêneros textuais. No segundo será relatado a questão das práticas de produção de textos na sala de aula. O terceiro traz uma discussão sobre a construção da linguagem escrita na educação infantil. Por fim, aponta-se os estilos de aprendizagem na educação infantil.

Portanto, despertar o interesse pela leitura e a escrita não é tarefa fácil, porém a tarefa de orientar o educando a ler, através do acesso aos textos auxiliará o educando a novas formas de conhecimento das práticas de escrita e de leitura

A presente pesquisa esta dividida em quatro capítulos. No primeiro capitulo será relatado sobre a produção de textos e os gêneros textuais. O segundo mostrará as práticas de produção de textos na sala de aula. O terceiro será sobre a construção da linguagem escrita na educação Infantil. E por fim será relatado sobre os estilos de aprendizagem na educação Infantil

 

DESENVOLVIMENTO

 

Compreendendo que esses pressupostos são de fundamental relevância para o trabalho com a linguagem escrita na escola, MARCUSCHI, (2018, p.62), afirma que a alfabetização precisa ser concebida como

 

[...] o processo pelo qual as crianças tomam para si o resultado do desenvolvimento histórico-social, de modo que desenvolvam as possibilidades máximas da humanidade, quais sejam, da universalidade e liberdade do homem.

 

Nesse sentido, o trabalho com a linguagem escrita abrange outras dimensões que não abarcam somente a aprendizagem das relações linguísticas, uma vez que “[...] a alfabetização implica, desde a sua gênese, a constituição do sentido [...] implica, mais profundamente, uma forma de interação com o outro pelo trabalho da escritura – para quem eu escrevo o que eu escrevo e por quê? [...].” (MARCUSCHI, 2018, p.54). Assim, mesmo antes de compreender as relações entre as unidades menores da língua (sons) e  as letras, as crianças se apropriam de sentidos produzidos socialmente revelando, por meio do trabalho de escritura, como se apropriam/elaboram o discurso social.

Nesse contexto, os sujeitos são concebidos como atores, construtores sociais de gêneros discursivos que se manifestam na forma de textos cujas condições de produção estão relacionadas com as instâncias de uso da linguagem, com as finalidades discursivas, com o conjunto de participantes e com a vontade enunciativa do locutor. Contudo, a inserção do texto na escola pressupõe uma variação do gênero, pois ele passa a ser tomado como objeto de ensino aprendizagem exigindo a formação de uma relação interlocutiva em que:

 

  1. a) se tenha o que dizer;
  2. b) se tenha uma razão para dizer o que se tem a dizer;
  3. c) se tenha para quem dizer o que se tem a dizer;
  4. d) o locutor se constitua como tal, enquanto sujeito que diz o que diz para quem diz [...];
  5. e) se escolham as estratégias para realizar (a), (b), (c) e (d) (KOCH, 2013, p.32).

 

O texto é o suporte do funcionamento da língua, pois é visto como a unidade básica de comunicação que tem significado, que serve para propósitos diferentes de acordo com o contexto que gera sua produção. Assim, ele é concebido como “um evento comunicativo em que convergem ações lingüísticas, sociais e cognitivas” (KLEIMAN, 2012).

De acordo com FERREIRO (2011), a produção de textos é um ato complexo, pois é uma atividade cognitiva e social, visto que pressupõe diversas decisões e processos cognitivos, que estão relacionados às condições e o contexto de produção dessa atividade, faz-se necessário uma ação pedagógica específica e sistemática em sala de aula. A freqüência desse tipo de atividade é de fundamental importância para o desenvolvimento das capacidades que são necessárias para produzir textos, pois permite que gradativamente o aprendiz se aproprie de conhecimentos sobre os textos, ascendendo o seu modo de funcionamento e aprendendo sua estrutura.

Autores como FERREIRO (2011, p.14), defende que:

 

[...] aprendemos muito através da interação com diferentes materiais gráficos, quando participamos de situações em que a escrita adquire significação. Isso nos leva a conceder grande importância à leitura de textos diversos para a inserção dos alunos em práticas sociais em que a escrita está presente, para o seu próprio desenvolvimento pessoal e para o desenvolvimento das capacidades de produção de textos.

 

Sobre a produção dos textos e sobre o desenvolvimento da capacidade de produzir textos escritos, MARCUSCHI, (2018), apresenta as operações de planejamento textual, textualização e revisão de texto, como os modelos teóricos enfatizados atualmente pela literatura. Segundo a autora:

 

  • O planejamento textual, que significa não o fato de “fazer um plano”, mas de levar em conta, na elaboração do texto, o destinatário e o objetivo (macroplanejamento) e a “organização que deve levar ao texto na sua forma final (microplanejamento).
  • A textualização, que “concerne” aos processos postos em ação para linearizar um texto.
  • A revisão dos textos (ou releitura) durante a produção ou depois do texto terminado. “Um tal processo parece exigir de parte do autor uma capacidade de se distanciar em relação aos seus escritos. (p.32).

De acordo com GONTIJO (2012), um processo de alfabetização que não torna possível uma relação consciente com o significado da linguagem escrita é alienador e essa alienação é decorrente da transformação das finalidades do processo de alfabetização em simples meio da reprodução da existência. A autora não desconsidera que os aspectos funcionais sejam importantes, pois eles podem se tornar motivos que “agem efetivamente” sobre as crianças e, assim, contribuir para a apropriação da significação social da linguagem escrita. Contudo,

 

As crianças, ao aprenderem apenas com a finalidade de usarem a escrita como meio de comunicação a distância, de serem trabalhadoras e, ilusoriamente, imaginarem que essa aquisição proporcionará mudança de suas condições materiais e, também, com a finalidade de realizarem as atividades propostas pela professora na sala de aula, estão se alienando da humanidade e constituindo a sua individualidade em si (GONTIJO, 2012, p. 131).

 

A definição desse centro de interesse é decorrente de uma concepção de alfabetização que, conforme argumenta MARCUSCHI, (2018, p.62),

 

[...] não implica, obviamente, apenas a aprendizagem da escrita de letras, palavras e orações. Nem tampouco envolve apenas uma relação da criança com a escrita. A alfabetização implica, desde a sua gênese, a constituição do sentido. Desse modo, implica, mais profundamente, uma forma de interação com o outro pelo trabalho da escritura – para quem eu escrevo o que eu escrevo e por quê? [...] essa escrita precisa ser sempre permeada por um sentido, por um desejo, e implica ou pressupõe, sempre um interlocutor.

 

Essa perspectiva nos remete a considerar que, mesmo antes de compreender as relações linguísticas do sistema alfabético de escrita, as crianças se apropriam de sentidos produzidos socialmente e expõem, nos textos que escrevem suas ideias, valores, saberes, cultura e, portanto, revelam, por meio do processo de escritura, como se apropriam/elaboram o discurso social. A educação infantil pode ser tomada, nesse contexto, como um espaço social e pedagógico privilegiado para o estudo das práticas que envolvem o trabalho com a linguagem escrita.

 

CONCLUSÃO

 

Na atualidade a pessoa alfabetizada deve saber ler e escrever, para responder adequadamente às questões e ter interação com os mais diferentes tipos de textos que circulam na sociedade e ser capaz de  entender os significados das palavras em diferentes contextos.

Um dos princípios da alfabetização é ensinar e a ler e escrever lendo e escrevendo. O professor deve levar o aluno a refletir sobre a escrita e que os mesmos consigam elaborar hipóteses sobre as informações presentes dentro de um texto. Desse modo a leitura e a escrita deve ser ensinada através do contato com os mais diversos gêneros textuais para criar situações propicias de desenvolvimento nos alunos.

O professor como orientador da aprendizagem deve sempre colocar a criança em contato com materiais que levem a criança a pensar sobre a escrita e a leitura e explorar o conhecimento que a criança já tem do mundo. É através dessas circunstâncias que as crianças irão evidenciar as situações de leitura e escrita na escola.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

CAGLIARI, L. C. Alfabetização e lingüística. 9. ed. São Paulo: Scipione,2016.

 

FERREIRO, Emília. Reflexão sobre alfabetização. 24. ed. São Paulo: cortez, 2011.

 

KLEIMAN, Â. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. Campinas: Pontes, 2012.

 

KOCH, I. V. O texto e a construção de sentidos. São Paulo: Contexto, 2016.

 

MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2018.