O ensino de Ciências como mediador da aprendizagem nas séries iniciais
Magda Lima[1]
RESUMO
Este artigo incentiva um ensino que apresenta o ensino de ciências como prática pedagógica, desde as séries iniciais, buscando um trabalho lúdico para o desenvolvimento dos alunos e consequentemente sua aprendizagem. Este trabalho é referenciado em bibliografias sobre a temática, buscando suporte teórico metodológico. Tem como objetivo principal a contribuição para que os professores tenham uma proposta de trabalho embasada nos valores, e que a ciência possa colaborar para o processo de alfabetização. Através do ensino de ciências da natureza o aluno pode manifestar a curiosidade, desenvolver o pensamento crítico e habilidades de observação, além de desenvolver uma compreensão mais profunda das especificidades naturais, conectando teoria e prática, bem como aplicar conhecimentos em situações do dia a dia. O professor deve mediar essa descoberta, buscando o desenvolvimento da criança articulando esse processo, apresentando maneiras de convívio que permitam o exercício da cidadania e o desenvolvimento do ser humano.
Palavras-chave: Ensino de ciências. Desenvolvimento. Aprendizagem. Mediação.
ABSTRACT
This article encourages teaching that presents science teaching as a pedagogical practice, from the initial grades, seeking playful work for the development of students and consequently their learning. This work is referenced in bibliographies on the subject, seeking theoretical and methodological support. Its main objective is to help teachers have a work proposal based on values, and that science can contribute to the literacy process. Through teaching natural sciences, students can express curiosity, develop critical thinking and observation skills, in addition to developing a deeper understanding of natural specificities, connecting theory and practice, as well as applying knowledge in everyday situations. The teacher must mediate this discovery, seeking the development of the child by articulating this process, presenting ways of coexistence that allow the exercise of citizenship and the development of the human being.
Keywords: Science teaching. Development. Learning. Mediation.
Introdução
A escola é um espaço dinâmico, onde o diálogo e as interações favorecem o aprendizado, quando os alunos se sentem à vontade para trocar ideias, eles se tornam participantes ativos no processo de ensino-aprendizagem.
A função do professor é trabalhar e preparar os alunos de acordo com seu desenvolvimento, respeitando o ritmo e necessidade de cada indivíduo, quando se refere às ciências da natureza nas séries iniciais, articula-se usar esse recurso em prol de uma aprendizagem de maneira prática e coerente ao dia a dia escolar, as propostas devem ser dinâmicas, e, para isso o desenvolvimento do universo científico vem acrescentar na hora do aprender.
O objetivo deste trabalho é mostrar possibilidades de se trabalhar com as mais diversas propostas do ensino de ciências, buscando ampliar a compreensão de mundo que os alunos possuem, é o pensar fora da caixa, o professor pode apresentar experimentos práticos, realizar atividades experimentais que permitam aos alunos observarem e formular hipóteses, promovendo o método científico, almejando o estímulo do ensino de ciências em uma possível compreensão de desenho.
Ao planejar uma aula deve-se ter em mente que a ação pedagógica mais adequada e assertiva deve ser aquela que contemple, de maneira articulada e simultânea a troca de informações, o ensinar e aprender. Para se obter êxito o professor deve planejar suas aulas definindo os objetivos que pretende alcançar com estudo dirigido, selecionando autores adequados às crianças, os objetivos da proposta é proporcionar outras fontes de informações para despertar o interesse dos educandos.
Vários autores realizam estudos voltados ao ensino de ciências no processo de alfabetização, estudos com a temática da ciência da natureza, o que permite um levantamento bibliográfico sólido. Para a desenvolvimento deste trabalho, foram elencados vários autores, entre eles Sasseron (2008), que ressalta que a ciências é fundamental para o desenvolvimento integral da criança, promovendo a curiosidade, o raciocínio crítico e a observação do mundo ao redor. Iniciar esse processo de integração das ciências com a alfabetização possibilita que os temas científicos, sejam inseridos desde as séries iniciais. A ciências promove o desenvolvimento de habilidades, competências e conhecimentos, referindo-se à educação não se pode desamparar as partes envolvidas, ao contrário, é preciso unir as forças buscando o bem comum.
O termo “Ciência” em si mesmo é vago. Suas delimitações dependem não apenas de princípios epistemológicos, mas também de contingências históricas. Originalmente, a palavra “ciência” denotava qualquer forma de conhecimento sistemático, prático ou teórico (SVEN,2013)
Fundamentando-se em Pillar (1996) relata em seus estudos que na verdade precisa existir uma relação de confiança entre os envolvidos no processo educacional, sendo imprescindível uma mediação de tranquilidade e confiança, entre professor e aluno.
Segundo Pillar (1996), é necessário desenvolver uma troca com a equipe escolar, para que eles conheçam os objetivos e se comprometam com a proposta que é apresentada aos alunos.
Piaget (1973), diz que o conhecimento científico é uma das manifestações simbólicas da criança, sendo uma das maneiras de atribuição de significação aos objetos e fatos do mundo, é o resultado da interação entre sujeito e objeto.
Para Sasseron (2008), o ensino de ciências é entendido como um rico campo do saber podendo constituir relações com a vida, a história e a cultura dos povos, o dia a dia e suas vinculações com as demais áreas do conhecimento.
De acordo com Sasseron (2008), a ciências tem um significado muito importante no processo de aprendizagem, possibilita que o aluno desenvolva abordagens que criem um ambiente de aprendizado mais envolvente e eficaz, preparando os alunos para desafios futuros, desenvolvendo uma visão crítica e ética sobre a ciência e sua aplicação na sociedade, é por meio universo científico que acontece o processo de alfabetização, na medida que ela vai evoluindo na aprendizagem.
Sabe-se que a sociedade deposita algumas expectativas em relação à escola, esperam que unidade escolar posicione as crianças ao universo do conhecimento, que as ensinem em um lugar adequado, proporcionando uma convivência de qualidade, capaz de colaborar no desenvolvimento físico, emocional e cognitivo.
O professor deve preservar e ter um bom relacionamento com as famílias e comunidade, suas aulas devem ser pautadas nas reflexões e atuações éticas, para que os todos confiem que as atitudes do educador sejam as mais acertadas, é preciso fazer com que os envolvidos no processo saibam dos valores nos quais se fundamentam as decisões e atitudes adotadas dentro da Unidade Escolar. Cabe ao educador distinguir os “enigmas”, os planos, medos e seus anseios, é necessário entender as características e particularidades que direcionam o caminho daquela família, informações estas que cooperam para tomada de deliberações e atitudes em relação aos alunos.
Almeja-se com esse trabalho colaborar na busca de uma escola adequada ao ensinar e unir valores de todos; alunos, pais, funcionários, professores, coordenadores e direção.
Esse trabalho é fundamentado numa pesquisa bibliográfica, dividida em dois capítulos, no primeiro capítulo; aborda-se o universo escolar construído através da ciência da natureza e, no segundo, a ciência contribuindo para a aprendizagem.
Capítulo 1
O Universo escolar construído através da Ciência da natureza
Fundamentando-se na terminologia da palavra educar no dicionário, para Ferreira (2000), pela sua etimologia (edurece), significa conduzir a partir de, já para Feldmann (2009), educar é auxiliar a ser, permitir que se seja, e tanto a família quanto a escola devem considerar a melhor maneira de contribuir com a formação das nossas crianças.
Fundamentando-se em Macedo et al (2000), atribui-se ao professor ponderar as características cognitivas do aluno, escolhendo os conteúdos, atividades e exercícios que sejam atrativos de acordo com cada faixa etária, os autores acrescentam ainda que é necessário conhecer as características fundamentais do desenvolvimento do aluno com a qual se trabalha, o que resulta no bom desempenho nas aulas, a ciência possibilita a capacidade de pensar, aprender e resolver problemas, os alunos que desenvolvem habilidades cognitivas sólidas tendem a se sair melhor nas propostas escolares e consequentemente na vida.
De acordo com Macedo et al (2000), com as atitudes acima será plausível sugerir atividades ou situações problemas em que o aluno solucione as questões por si mesmo, incorporando os novos conhecimentos aos anteriormente adquiridos de forma a promover uma situação de equilíbrio e aprendizagem.
Compreende-se analisando Macedo et al (2000), que o espaço escolar surge para ajudar as crianças a acreditarem que são capazes, incentivá-las a desenvolver valores como colaboração, respeito, integridade, solidariedade, amor-próprio, autoaceitação, autoconhecimento, a enfrentar as verdades sobre si mesmas, aprendem a realizar as atividades se estão se sentindo seguras, muitas vezes atitudes se tornam possíveis através do universo científico.
O ensino da ciência da natureza desenvolve a confiança, a capacidade de entender o mundo e consequentemente traz uma visão crítica e questionadora, estabelecendo expectativas através das atividades, acreditando que ela será vencedora, confiança dará a criança a certeza de que poderá lidar com as situações da evolução da ciência, e entender que são as fases.
Fundamentando-se em Cox (2007), através das ciências que são indispensáveis para o desenvolvimento crítico da criança, inferindo em seu modo de se expressar, o educador deve orientar e direcionar o trabalho, a ciência é a expressão do fazer e por meio das habilidades adquiridas com o tempo a criança vai aprendendo, ela é possível de transformações.
De acordo com Piaget (1948), o diálogo entre os envolvidos no processo de aprendizagem deve ser capaz de construir coletivamente uma analogia, de maneira que cada um tenha o seu momento de fala e troca de conhecimento.
Piaget (1948), em suas análises fez algumas exposições:
Esta fase onde as crianças começam a estruturar-se e aprender a conviver com as mudanças nos movimentos, nomes de objetos, histórias e seres humanos começam a ganhar vida. Surge muita variedade, com as diversidades, com os conflitos e paradoxos e todos os dilemas consequentes, nem sempre todos os alunos estão no mesmo desenvolvimento psíquico, necessita-se, portanto, de novas abordagens e sobretudo de muita percepção, intuição e flexibilidade, a começar pelo professor, peça fundamental no processo de ensino aprendizagem. PIAGET,1948, p.22).
Entende-se que nessa fase da escolarização no ensino da ciência da natureza não há o certo e errado, o que acontece é o menos ou mais criativo, é indispensável ver o que se acredita como resposta para apurada ação produzida. É necessário realizar indagações capazes de levar os alunos a pensarem, é indispensável que o educador realize uma pesquisa de conhecimentos prévios, e no seguimento a apresentação dos assuntos a serem trabalhados, bem com os objetivos a serem adquiridos.
Diante desse fato, é preciso estabelecer um clima coeso ao desenvolver o processo das aulas de ciências da natureza para que os alunos busquem no contexto a necessidade de conhecerem dispositivos facilitadores para identificar as perspectivas de se viver no universo científico. O professor tem que contribuir para que o aluno tenha repertório, e diversificar as estratégias de ensino, fazer uso de metodologias variadas, como atividades práticas, experimentos, jogos e discussão em grupo, para atender a diferentes estilos de aprendizagem.
Fundamentando-se em Marcuschi (2010), toda aula precisa ser estruturada pensando no aluno, visto que existe todo um significado com a realidade do universo que os rodeiam, nunca desmerecendo o conhecimento prévio que eles carregam consigo, mesmo que ainda estejam na fase de inicialização. De tal modo, aproximá-los da linguagem vivida e despertar o interesse desses alunos para a iniciação científica.
É preciso diversificar a maneira de envolver os alunos, desenvolvendo a capacidade de interação dos mesmos, com a finalidade de elaborar outras experiências, sobre aquelas já existentes, por exemplo, as mesmas propostas, mas com versões semelhantes que faz o leitor lembrar-se do original.
Capítulo 2
A Ciências com ferramenta de aprendizado
É imprescindível fazer uso do diálogo para edificar uma escola para todos, cada sujeito na unidade escolar apresenta característica e qualidades peculiares, no caso dos professores deve-se promover a valorização das características e qualidades únicas de cada um, ajudando assim a criar um ambiente onde todos se sintam respeitados e aceitos.
O trabalho pedagógico envolvendo o ensino da ciência requer uma mudança de paradigmas por parte do educador, primeiro é necessário compreender como os alunos vão construindo seus conhecimentos mediados pela ação do professor, é esse educador que auxilia nessa construção partindo de um planejamento de suas aulas.
Ao propor atividades que favorecem a construção do conhecimento, o educador precisa articular os requisitos prévios adquiridos com as práticas sociais e de cultura, bem como seu conhecimento de mundo do ponto de vista cultural, científico, artístico, ambiental, tecnológico, etc.
Assim, a escuta e a observação devem ser posturas adotadas do fazer, garantindo que novas iniciativas, desejos, curiosidades possam proporcionar um conhecimento rico e variado.
A participação de alunos, professores, responsáveis, gestores e funcionários no dia a dia da escola e nos diversos níveis do artifício pedagógico contribui de modo decisivo, para o enfrentamento das dificuldades e desafios vividos por todos os envolvidos no contexto, bem como a sociedade ao redor da escola.
Baseando-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN´s, ciências, destacam a inter-relação entre diferentes áreas do conhecimento, integrando biologia, física, química e geociências, mostrando como esses campos dialogam entre si e com outras disciplinas (PCN, 1997).
Além disso, fundamentando-se nos PCN’s (1997), a variedade de experiências culturais beneficia as aulas, oportunizando que os alunos se relacionem, esses experimentos devem fazer parte da vida dos alunos na grade curricular.
Para o professor, não basta apresentar a ciência como algo concluído, para a sala de aula é preciso planejamento de como usar os conhecimentos científicos, sempre questionando sobre o que determinado conteúdo irá agregar em termos de valores, bem como as práticas pedagógicas serem estruturadas buscando a aprendizagem, procurando contribuir para o desenvolvimento das capacidades de dentro de perspectivas capazes de causarem reflexões nos alunos.
As oportunidades aparecem das necessidades e das questões prováveis, atuais e futuras, e necessidades não atendidas podem prejudicar todo um trabalho. Não se pode frustrar seus anseios de realização pessoal, e assim o sucesso é natural.
O professor precisa promover a ampliação de práticas pedagógicas na escola sugerindo excitar transformações significativas na organização curricular, nas relações entre professores, alunos e comunidade e na própria relação do educando com o saber aprender, pode-se propor a realização de experimentos práticos, realizar com os alunos experimentos simples que os alunos podem fazer em sala, assim eles conseguem visualizar conceitos teóricos, os alunos podem ir a laboratórios, e mesmo que a escola não possua esse espaço, o pátio pode ser esse local.
O educador deve ser flexível e aberto a diferentes abordagens que favoreçam uma aprendizagem mais integrada e contextualizada, sem que estejam necessariamente dispostos sequencialmente, isso incita o trabalho interdisciplinar, abranger a escola como um todo, pois as relações conceituais acontecem naturalmente, pois, após significação da temática ou problema a serem desenvolvidos, educadores e educandos discutem mais perto os conhecimentos, proferindo-os, é necessário promover ações da instituição junto às famílias e a comunidade que permitam o acesso dos alunos a esses bens culturais.
O exercício dessas atividades diversificadas flexibiliza a organização do currículo, rompendo com a linearidade e a fragmentação dos conteúdos, a escola pode convidar algum funcionário de laboratório da comunidade para uma apresentação na Unidade, implantar na programação curricular de cada agrupamento os elementos necessários para enriquecer a cultura das crianças, e ainda, atividade com experimentos, jogos, dramatização, para tornar-se uma atividade divertida.
De acordo com Veiga (2004), essas atividades favorecem a autodireção, e estimula, a formulação e resolução de problemas, a integração, a tomada de decisões e a comunicação interpessoal.
A absorção das diversidades e das semelhanças de cada matéria, bem como a compreensão do seu papel na área de conhecimento em que está inserida tornam-se mais evidentes contribuindo, para a organização de um currículo conexo que sugere os limites disciplinares, lembrando-se da essência que é a aprendizagem e a alfabetização.
Outra opção de diversificar as práticas pedagógicas é o trabalhar com os projetos dentro da sala de aula, proporcionando a uma flexibilização e a organização do currículo, rompendo com a linearidade e a fragmentação dos conteúdos, promovendo o desenvolvimento dos alunos e estimulando mudanças significativas na organização curricular, nas relações entre professores, alunos e comunidade e na própria relação do educando com o saber aprender.
A procura em se trabalhar por caminhos diferenciados estimula o desenvolvimento interdisciplinar, pois as relações conceituais se dão naturalmente, já que posteriormente ao definirem a temática ou problema a serem desenvolvidos, professores e alunos passam a tratar mais proximamente os conhecimentos, articulando-os.
De acordo com Veiga (2004), os projetos são ferramentas poderosas no processo educativo, pois promovem diversas competências essenciais, ao trabalhar em projetos, os alunos têm a oportunidade de definir seus próprios objetivos e gerenciar seu tempo, desenvolvendo autonomia e responsabilidade.
A proposta deste trabalho vislumbra as diversidades e as semelhanças de cada disciplina, bem como o entendimento do seu papel na área de conhecimento em que está inserida tornam-se mais evidentes contribuindo, assim, para a organização de um currículo integrado que sugere os limites disciplinares, lembrando-se da essência que é o ensinar através das aulas de ciência da natureza.
O professor, enfrenta os desafios do ensinar por meio de estratégias inovadoras, manifestadas numa direção sintonizada com mudanças qualitativas na relação com os alunos, na participação das famílias e da comunidade, no envolvimento dos outros professores da escola, dos funcionários, no uso e na percepção do espaço físico, na sociabilidade e na própria imagem da escola.
O docente nunca pode esquecer o lado humano, muitas vezes, ele é mais importante do que o próprio conteúdo, algumas vezes o aluno não aprende se estiver com problemas ou sentindo-se desacreditado, o educador deve estar aberto às mudanças, disposição esta que se ajusta na compreensão de que o direito à escolaridade é um bem, um legítimo patrimônio da humanidade que de forma alguma pode ser ameaçado por situações de violência nas escolas.
Fundamentando-se em Pillar (1996), os pais depositam inúmeras expectativas na vida escolar dos filhos, eles esperam que a escola posicione as crianças no mundo do conhecimento, que sejam educadas em um local acolhedor, que proporciona uma convivência de qualidade capaz de ajudar no desenvolvimento físico, cognitivo e emocional, fundamental para o desenvolvimento integral dos alunos
Deseja-se que a relação com as famílias e comunidade seja alicerçada por meio de reflexões e ações éticas, para que os pais acreditem que as atitudes dos educadores são as mais adequadas, é preciso fazer com que eles conheçam os valores nos quais se baseiam as decisões e atitudes tomadas dentro do ambiente escolar.
Conhecer suas dificuldades, seus planos, seus medos e seus anseios. É necessário saber as características e particularidades que têm marcado a história daquela família, estas informações são dados que ajudarão na tomada de decisões e atitudes em relação às crianças, e isso pode ser percebido através dos primeiros desenhos no papel.
Tocando ao professor muita perseverança e dedicação, continuando a ousar e a vencer os desafios de ensinar educando, o educador é responsável por manter a motivação e interação em sala de aula, ele é o que está mais próximo do aluno, e, dependendo do modelo adotado, pode exercer simultaneamente diversas funções para as quais são necessárias algumas competências e habilidades.
Gonzalez (2008) vai além, em seu artigo “a arte da sedução pedagógica ao destacar que esse profissional deve ser uma ponte, para que o aluno construa o conhecimento”.
O educador precisa fazer a diferença na vida escolar de seus alunos, trabalhar com a pedagogia empreendedora, é a pedagogia do sonho dos educadores “inovadores” que apostam nesta pedagogia diferente.
Conclusão
Este artigo buscou iniciar uma reflexão acerca da importância do ensino da ciência no universo da Educação desde as séries iniciais e como eles contribuem para a construção de mundo por parte dos alunos. Este trabalho entende que a escola é o lugar onde a verdadeira reflexão acontece, e deve-se estar cuidadoso a todos as ações que o aluno deposita ao fazer “ciência”.
O referencial teórico usado para o desenvolvimento deste trabalho é proveniente da literatura especializada, durante sua elaboração, analisou-se na prática informações teóricas adquiridas no decorrer da minha experiência como educadora.
Assim sendo, não é demais dizer que o principal responsável pela interação do processo continua sendo o ser humano, que depende dos envolvidos; o educador é e continuará sendo o contato mais próximo do aluno, o professor atua como mediador, orientando os alunos em suas descobertas e ajudando a criar conexões significativas entre os conteúdos e a vida deles
Para a ininterrupção da função de educador sente-se a necessidade de que modernização seja uma invariável, já que as possibilidades tecnológicas no campo educacional passam por constantes alterações, dessa maneira, acredita-se e espera-se que muito ainda possa ser acrescentado.
Vale lembrar que cada aluno tem seu ritmo, é preciso criar um ambiente educacional inclusivo e eficaz, os adultos devem ajustar para que esse universo de aprendizagem possibilita que o aluno se expresse livremente, sem intervenção direta, descobrindo diversos materiais, suportes e situações, não deve tentar interpretar o desenho ele deve fazer parte do contexto, com o passar do tempo esses conhecimentos vão se transformando.
O professor deve proporcionar aos estudantes, contato com diferentes tipos de experiências e conteúdos científicos, para que elas descubram como conectar a teoria com a prática.
O professor é um mediador de conhecimentos, é ele que instigar as crianças a ousarem partindo de observações, despertando a curiosidade dos alunos por meio de perguntas que os levem a observar, investigar e refletir sobre o que está aprendendo, para que assim ajude-a a desenvolver um mundo de informações, moldando suas ideias e enriquecendo seus conhecimentos.
Desta maneira, a ciências é um mundo cheio de universos a serem cultivados e faz parte da vida e do desenvolvimento de toda pessoa, sobre as implicações das práticas desenvolvidas pelo aluno, e que para este ambiente se torne produtivo, deve ser organizado para escrever a história de sua vida.
Sabe-se que têm pessoas com uma aptidão nata para Educação, que é uma profissão gratificante e que apresenta muitos desafios e que alguns profissionais dão vida aos conceitos trabalhados ao longo da trajetória profissional.
É preciso praticar a Pedagogia da confiança, da interação social para se ter um ambiente de aprendizado enriquecedor de maneira a deixar claro que a ciências é exclusivamente referência para o infindável processo de aperfeiçoamento pessoal e coletivo, contribuindo para a formação de indivíduos mais criativos, colaborativos e conscientes de seu papel na sociedade.
Tocando assim ao educador instigar a interdependência entre seus alunos por meio de circunstâncias compartilhadas, uma abordagem que fortalece a comunidade na sala de aula. Por meio de atividades que abarque o respeito com o outro, que apreciem o brincar, que promovam a cumplicidade, de maneira que os benefícios sejam disseminados para todos.
Ao educador incumbe-se a tarefa de pensar nestas sugestões como um caminho que colabora para o alcance de seus ideais, os perfis dos alunos são diferentes e complementares; as conclusões são de encargo do professor, e os meios, representados pelas técnicas aplicadas em sala de aula, é preciso fazer diferente.
Sendo assim, o professor deve mostrar o caminho que o aluno irá explorar, até mesmo sobre a felicidade que irão encontrar em cada etapa, cheias de desafios e experiências, saltos evolutivos.
Compreende-se que o educador, imerso em seus papeis, tenha clareza em quais áreas deve investir, considerando a decisão a ser tomada percebendo que os limites existem, mas todos os obstáculos podem ser quebrados quando existe amor pelo que se faz, não existe educação sem o comprometimento e dedicação do professor.
A escola é o espaço onde essa maneira criativa de aprendizagem se encaixa-se perfeitamente, pois ao realizar experimentos permitem aos alunos explorarem conceitos científicos de maneira prática e interativa, estimulando a curiosidade e a descoberta.
A sala de aula é o local onde as atividades promovem o desenvolvimento da criança, é um ambiente que vai preparando para os desafios da vida, porém não precisamos forçar esse aprendizado, este pode ser introduzido de maneira prazerosa, proporcionando alegria e a vontade de aprender, não deixando de lado nenhum aluno, em especial aos que possuem alguma necessidade especial, eles mantêm outro ritmo de aprendizado.
Entende-se, enquanto educadores objetiva-se formar cidadãos criativos e cientes de seus papeis na sociedade, almejando sempre o avanço nas questões ensino/aprendizagem, sendo necessário estar sempre buscando novas estratégias como componente para melhorar a qualidade dos métodos de ensino.
O professor deve oferecer uma diversidade de materiais, dando-lhes suporte e auxiliando para vencer os desafios que favorecem o crescimento e conquistam novos conhecimentos, não apenas enriquecendo o aprendizado, mas também criando um ambiente estimulante onde os alunos se sentem motivados a explorar, aprender e crescer.
Referências
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[1] Prof. Educação Básica - Prefeitura Municipal de Araras - O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.