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A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA - DDS

Aquinaldo Valentim Bassiquete1

 

DOI: 10.5281/zenodo.10944720

 

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário FAVENI como um dos pré-requisitos para obtenção do título de Tecnólogo em Segurança do Trabalho.

 

 

 

RESUMO

O referido trabalho de Conclusão de Curso está pautado em buscar por meio da revisão literária autores e temas que discutem sobre o atual cenário do trabalho desenvolvido pela área de segurança do trabalho. Baseia-se em numa pesquisa de cunho literário, buscando autores que trazem embasamento aos métodos utilizados na segurança do trabalho e uso adequado de EPIs. O objetivo geral buscou analisar obras literárias que dialogam com a importância da segurança no cotidiano dos funcionários. A pesquisa atingiu bons resultados, enaltecendo nossas indagações e favorecendo a aprendizagem como futuro tecnólogo. Contudo, o presente trabalho alcançou o seu objetivo principal, ou seja, apresentar como é o diálogo do técnico de segurança com os funcionários e mostrando quais os equipamentos que os mesmos utilizam com o apoio do técnico que os auxiliam, para que a utilização de tal proteção favorece e não ocorra acidentes no local de trabalho.

 

Palavras-chave: Diálogo. Técnico. Funcionários.

 

 

INTRODUÇÃO

 

O referido Trabalho de Conclusão de Curso aborda o tema: A importância do Diálogo Diário de Segurança-DDS, está pautado em buscar por meio de autores que dialogam sobre a importância do DDS na segurança do trabalho, o objetivo geral foi analisar obras literárias que dialogam a respeito deste tema abordado.

A pesquisa bibliográfica é necessária para a realização do TCC, com ela temos suporte teórico, para iniciar os estudos e conhecer a temática escolhida para o projeto. Nessa fase entramos em contato com autores que já tiveram as mesmas indagações e dúvidas sobre um mesmo problema a ser pesquisado. Como vimos, Cervo (2007) salienta a importância da pesquisa bibliográfica, e considera a mesma, como primeiro passo de qualquer pesquisa científica.

Neste estudo adotou como estratégia metodológica, a revisão bibliográfica – optou-se por utilizar a revisão narrativa que é um dos tipos de revisão de literatura, pela possibilidade de acesso à experiências de autores que já pesquisaram sobre o assunto, segundo Silva et al. (2002), a revisão narrativa não é imparcial porque permite o relato de outros trabalhos, a partir da compreensão do pesquisador sobre como os outros fizeram.

Este é um trabalho sobre diálogo diário de segurança, o qual busca mostrar a importância do mesmo no dia a dia da empresa e na obtenção de resultados positivos, lucros e um crescimento organizacional.

Escolhemos este tema por procurar saber, sobre a necessidade dos colaboradores. Este assunto é de suma importância, pois está relacionado a tudo, tanto na empresa como no relacionamento interpessoal dos colaboradores.

Sendo assim o Diálogo Diário de Segurança tem como objetivo melhorar a produtividade a satisfação do funcionário, deste modo, as empresas devem passar a conhecer meios de manter os funcionários motivados e comprometidos na execução de suas atividades, para suprir ás necessidades e satisfação.

A pesquisa atingiu bons resultados, enaltecendo nossas indagações e favorecendo a aprendizagem de nos que seremos futuros técnicos. Contudo, o presente trabalho alcançou o seu objetivo principal, ou seja, apresentar como é o diálogo do técnico de segurança com os funcionários e mostrando quais os equipamentos que os mesmos utilizam com o apoio do técnico que os auxiliam para que a utilização de tal proteção favorece para que não ocorra acidentes no local de trabalho.

 

 

2 DESENVOLVIMENTO

 

2.1 DDS E SUA IMPORTÂNCIA PARA A EQUIPE

 

O DDS segundo Zocchio (2002) é um instrumento de eficácia incontestável das atividades prevencionistas para a segurança e saúde do funcionário. Uma ferramenta de fácil aplicação em qualquer área e tipo de trabalho, por serem conversas diárias entre os funcionários, além do baixo custo de aplicação. O DDS tem como objetivo proporcionar oportunidades para que se implante a cultura de segurança nas diversas áreas, desenvolvendo nas pessoas o hábito da conversa sobre assuntos relativos à saúde e segurança do trabalho.

São reuniões rápidas de aproximadamente 5 a 10 minutos realizados diariamente antes do início da jornada de trabalho, no local de trabalho para discutir assuntos relativos aos riscos e prevenção dos mesmos, bem como discutir acidentes e incidentes ocorridos. Essas reuniões são feitas pelos supervisores, encarregados de cada área onde este elabora os assuntos que são os mais diversos a serem abordados. Zocchio (2002,p.121) cita que:

 

O chefe que tem por hábito dialogar com os subordinados sobre segurança do trabalho, corrigindo falhas e ensinando a maneira segura de executar as tarefas, além de prevenir acidentes, promove, ao mesmo tempo, o equilíbrio da produtividade nas atividades sob sua responsabilidade.

 

Segue alguns dos principais assuntos abordados no DDS segundo o Programa de Prevenção de Segurança em Frigoríficos:

Falar das tarefas a serem executadas durante o dia;

Alertar sobre os riscos de acidentes e quais as medidas preventivas;

Utilização dos EPI’s e EPC’s;

Saúde do trabalhador;

Forma de prevenção de doenças;

Acidentes ocorridos no local de trabalho;

O que fazer em caso de acidentes;

Repita quantas vezes forem necessários, os procedimentos para evitar acidentes;

Confira sempre se entenderam as instruções que foram transmitidas.

São muitos os assuntos a serem abordados. Além dos assuntos específicos, pode ser lida algumas informações básicas de segurança para que a cada dia a segurança esteja na mentalidade do funcionário. A seguir mostra alguns exemplos e a lista de presença dos funcionários no DDS.

 

2.2 CAUSAS DE ACIDENTES DO TRABALHO

 

Para evitar os acidentes devemos conhecer as causas, e estas ocorrem pela soma de atos inseguros e condições inseguras. A maioria dos acidentes de trabalho acontece por influência do homem, seja por influência do meio social, pela personalidade, educação, entre outras características.

De acordo com Zocchio (2002,p. 95): Tudo se origina do homem e do meio: do homem por meio de características que lhe são inerentes, fatores hereditários, sociais e de educação, que são prejudiciais quando falhos; o meio, com os riscos que lhe são peculiares, ou que nele são criados, e que requerem ações e medidas corretas por parte do homem para que sejam controlados, neutralizados e não transformem em fontes de acidentes.

Assim começa a sequência de fatores, com o homem e o meio como os dois únicos fatores inseparáveis de toda a série de acontecimentos que dá origem ao acidente e a todas as suas indesejáveis consequências. Para causar um acidente basta as pessoas não se enquadrarem nas condições de saúde, estado de ânimo, temperamento, preocupação, entre outras condições. Para obter o conhecimento mais profundo das causas dos acidentes, será separado em dois grupos: atos inseguros e condição insegura.

 

2.3 ATOS INSEGUROS

 

Os atos inseguros são definidos de acordo com (De Cicco,1882), como causas de acidentes de trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto 21 é, aqueles que decorrem da execução de tarefas segurança. Portanto, de acordo com esta definição, os atos inseguros dependem da não observância das normas de segurança do trabalho, ou seja, depende do homem agir de forma correta, observando seus atos e corrigir quando necessário.

Estes atos devem ser reduzidos ao máximo, pois uma sucessão de atos inseguros pode levar ao acidente. Como os atos inseguros dependem do homem, podem ser tratados segundo Zocchio (2002), como atos conscientes, onde as pessoas sabem que estão se expondo ao perigo; atos inconscientes, aqueles que as pessoas desconhecem o perigo a que se expõem; atos circunstanciais, ocorre quando as pessoas podem conhecer ou desconhecer o perigo, mas algo mais forte as leva à prática da ação insegura.

Para evitar os atos inseguros é necessário conhecer os motivos que levou o funcionário a praticá-lo e trabalhar através de treinamento, palestras, etc., principalmente o comportamento do empregado. As causas dos atos inseguros devem ser identificadas em cada funcionário para que assim possam ser tomadas as precauções e ações corretivas. Podemos citar 3 grandes grupos de causas do ato inseguro, conforme De Cicco (1982, p. 7), explica:

 

Inadequação entre homem e função: Alguns trabalhadores cometem atos inseguros por não apresentarem aptidões necessárias para o exercício da função. Um operário com movimentos excessivamente lentos poderá cometer muitos atos inseguros, aparentemente por distração ou falta de cuidado, mas, pode ser que a máquina que ele opere exija movimentos rápidos. Este operário deve ser transferido para um tipo de trabalho adequado às suas características. Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evitá-los: É comum um operário praticar atos inseguros, simplesmente por não saber outra forma de realizar a operação ou mesmo por desconhecer os riscos a que se está expondo. Trata-se, pois, de uma exposição inconsciente ao risco. O ato inseguro pode ser sinal de desajustamento: o ato inseguro se relaciona com certas condições específicas de trabalho, que influenciam o desempenho do indivíduo. Incluem-se, nesta categoria, problemas de relacionamento com chefia e/ou colegas, política salarial e promocional imprópria, clima de insegurança com relação à manutenção do emprego, etc. Tais problemas, interferem com o desempenho do trabalhador, desviando sua atenção da tarefa, expondo-o, portanto, a acidentes.

 

Dependendo da área de trabalho, das empresas, podemos citar alguns exemplos de atos inseguros, conforme segue abaixo: ficar junto ou sob cargas suspensas, desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evitá-los colocar parte do corpo em lugar perigoso desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evitá-los usar máquina sem habilitação ou autorização sinal de desajustamento imprimir excesso de velocidade ou sobrecarga sinal de desajustamento lubrificar, ajustar e limpar máquinas em movimento desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evitá-los improvisação ou mau emprego de ferramentas manuais sinal de desajustamento .

Uso de dispositivo de segurança inutilizados inadequação entre homem e função não usar proteção individual sinal de desajustamento uso de roupas inadequadas ou acessórios desnecessários inadequação entre homem e função manipulação insegura de produtos químicos inadequação entre homem e função transportar ou empilhar inseguramente sinal de desajustamento, fumar ou usar chamas em lugares indevidos, tentativa de ganhar tempo sinal de desajustamento brincadeiras e exibicionismo sinal de desajustamento. FONTE – Zocchio,2002.

 

2.4 CONDIÇÕES INSEGURAS

 

Condições inseguras nos locais de trabalho de acordo com Zocchio (2002), são as que comprometem a segurança, ou seja, falhas, defeitos, irregularidades técnicas, carência de dispositivo de segurança, desorganização, etc. que põem em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas. Não podemos confundir condição insegura com perigo inerente, onde são aqueles que apresentam perigo pela sua característica agressiva, como claro podemos citar a corrente elétrica é um perigo inerente aos trabalhadores, porém, não pode ser considerada condição insegura, por si só.

No entanto, instalações elétricas improvisadas, fios expostos, etc. são consideradas condições inseguras. Para evitar as condições inseguras do local de trabalho à empresa tem um papel muito importante, pois é ela através dos técnicos de segurança, encarregados e supervisores que deve analisar essas condições antes de ocorrer o acidente e tomar as devidas ações para corrigir, conforme relata Ribeiro Filho (1974, p.479,480):

 

O supervisor, em contato diário com seus subordinados, está em excelente posição para atuar junto a eles, a fim de que adquiram “mentalidade de segurança”, evitando, assim, a prática de atos inseguros; de outro lado, é responsável também pela remoção das condições inseguras existentes em sua área de trabalho.

 

Por muitas vezes as condições inseguras estão ligadas diretamente com os atos inseguros, pois os funcionários verificam uma condição insegura e mesmo assim realizam o serviço, podendo ocasionar o acidente assim classificando a condição insegura aliada com o ato inseguro. O funcionário deve avisar a chefia das condições de trabalho e se recusar a executar o serviço para a sua própria proteção. Em cada área podemos ter várias condições inseguras, abaixo algumas das principais e de mais ocorrência de acordo com Zocchio (2002):

 

Falta de proteção em máquinas e equipamentos; • Proteções inadequadas ou defeituosas; • Deficiência em maquinaria e ferramental; • Falta de ordem e de limpeza; • Escassez de espaço; • Passagens perigosas; • Defeito nas edificações; • Instalações elétricas inadequadas ou defeituosas; • Iluminação inadequada; • Ventilação inadequada • Falta de proteção individual (EPI); • Falta ou falha de manutenção.

 

Mediante a esses indicadores, as empresas podem tomar várias providências para evitar as condições inseguras no local de trabalho. São ações rápidas e de fácil execução que levará a redução de acidentes.

 

2.4 SEGURANÇA DO TRABALHO

 

A segurança do trabalho sempre deve ter muita importância para as empresas, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, pois o tamanho da empresa não pode influenciar na importância da segurança. Essa importância deve ser considerada porque por trás de qualquer máquina existe um homem trabalhando, assim a segurança do funcionário não está ligada apenas aos ferimentos que ele pode estar sujeito, mas há muitos outros fatores que influenciam o homem com a falta de segurança como o aspecto social, aspectos econômicos e aspectos humanos. De acordo com Zocchio (1980, p.17),

 

Segurança do trabalho é um conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas aplicadas para prevenir acidentes nas atividades das empresas. Indispensável à consecução plena de qualquer trabalho, essas medidas têm por finalidade evitar a criação de condições inseguras e corrigi-las quando existentes nos locais ou meios de trabalho, bem como preparar as pessoas para a prática de prevenção de acidentes.

 

Algo que ocorria muito antigamente era a falta de investimento na empresa para a área de segurança do trabalho, pois era visto como um investimento muito alto e não era analisado o custo benefício de uma boa política de segurança e saúde do trabalhador. Por esse e por muitos outros motivos, que no passado o número de acidentes era maior que o dos dias atuais. De acordo com a Revista Proteção (1997, p. 24):

 

As empresas que não investirem em segurança e que continuarem achando que isso é apenas um custo, começarão a andar na contramão da história [...]. Alguns itens de segurança, por exemplo, prevêem a existência de equipamentos que não estão disponíveis no mercado brasileiro [...] Os andaimes mais modernos do mundo não podem ser usados aqui, porque não atendem nossa norma. Isso mostra que algo está errado.

 

Mesmo com um alto preço a ser pago pela segurança com treinamentos de utilização de EPC, EPI, técnicas de prevenção e com o fornecimento dos melhores EPC’s e EPI’s, ainda há empresas que não dão a importância devida. Alem destas empresas entra o fator dos funcionários que não se interessam com a sua própria segurança e saúde. Ao contrário dos pensamentos antigos como cita Zocchio (2002), sem acidente ou com acidente, o trabalho é realizado.

De fato que este pensamento era muito aplicado antigamente, mas nos dias de hoje os pensamentos são outros, onde a segurança este em primeiro lugar, muito acima até mesmo da produção, tanto que muitas das empresas utilizam outras frases muito mais adequadas para a realidade que estamos vivendo, conforme a Bunge Fertilizantes utiliza: “Não há trabalho tão importante ou urgente que não possa ser feito com segurança “ou também, “Segurança em primeiro lugar “.

 

2.5 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

 

São todos os equipamentos de uso individual destinados a proteger a integridade física e preservar a saúde do trabalhador. De acordo com Oliveira Ayres e Peixoto Corrêa (2001), os EPI’s desempenham importante papel na redução das lesões provocadas pelos acidentes do trabalho e das doenças profissionais. Todos os funcionários da obra devem ser treinados e orientados para utilização adequada dos EPI’s - Equipamentos de Proteção Individual e recebê-los gratuitamente em perfeito estado de conservação e funcionamento.

De acordo com a lei do ministério do trabalho, CLT – Consolidação das Leis de Trabalho / Capítulo V – da segurança e medicina do trabalho / Seção IV - do equipamento de proteção individual - Art.166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral, não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. As empresas adotam um sistema para a distribuição e fiscalização dos EPI’s através de uma ficha, onde essa visa atender, não só as necessidades de controles administrativas, mas, principalmente, os aspectos legais.

Nesta ficha consta além do termo de responsabilidade do empregado e da empresa, os tipos de EPI’s requisitados, seus C.A’s (Certificado de Aprovação) e as datas de entrega e substituição. Todos os EPI’s utilizados pelo empregado deverão ser anotados nessa ficha. As fichas de Controle de EPI’s ficarão arquivadas no setor de Segurança do Trabalho enquanto o empregado estiver trabalhando na empresa, após o desligamento do empregado, sua ficha deverá ser enviada ao setor de RH para arquivamento junto ao prontuário do empregado desligado.

Outro sistema a ser adotado para a fiscalização e principalmente para a instrução dos funcionários de acordo com a sua função é uma planilha onde constam os riscos para cada função e principalmente porque consta o EPI a ser utilizado na rotina de trabalho ou se a sua utilização é uma eventualidade.

É muito importante a fixação desta planilha em vários locais de trabalho para todos os funcionários ficarem instruídos quanto a utilização dos EPI’s. O equipamento deve conter o CA (Certificado de Aprovação), que é expedido pelo ministério do trabalho e emprego.

Também quando não é dado o devido treinamento o funcionário fica com o equipamento, mas, desprotegido, pois utilizam incorretamente. Os funcionários devem responsabilizar-se pela guarda e conservação dos equipamentos de proteção individual e comunicar ao setor de segurança, quando o EPI se tornar impróprio para o uso. Além disto, é necessária a sua utilização após o treinamento e orientação do setor de segurança da empresa. De acordo com Oliveira Ayres e Peixoto Corrêa (2001, p.26),

 

É importante que o trabalhador tenha em mente que: é necessário que o trabalhador participe dos programas de prevenção de sua empresa, a fim de que possa, conscientemente, valorizar o uso dos EPIs; é desejável que o EPI seja confortável, que se adapte ao esquema corporal do usuário e tenha semelhança com objetos comuns; deve-se deixar ao trabalhador a escolha do tipo de sua preferência, até mesmo quando a certa característica, como a cor, quando a empresa tiver selecionado e adquirido mais de um tipo e marca para a mesma finalidade; a experiência tem demonstrado que se o trabalhador for levado a compreender que o EPI é um objeto bom para si, destinado a protegê-lo, mudará de atitude, passando a considerá-lo como algo de sua estima e, nesse caso, as perdas ou danos por uso inadequado tendem a desaparecer; empregador e/ou o supervisor deverão ser tolerantes na fase inicial de adaptação, usando a compreensão e dando as necessárias explicações ao trabalhador, substituindo a coerção pela atenção e esclarecimento, de forma que, aos poucos, vá conscientizando o trabalhador da utilidade do uso do EPI. As ameaças e atitudes coercitivas provocarão traumas e revoltas do empregado.

 

2.6 TIPOS DE EPI’S

 

As variedades de tipos de EPI são imensas, abaixo estão algum dos tipos de EPI mais utilizados:

Capacete de proteção A principal utilização do capacete é para proteção da cabeça do empregado contra agentes meteorológicos (trabalho a céu aberto) e trabalho em local confinado, impactos provenientes de queda ou projeção de objetos, queimaduras, choque elétrico e irradiação solar.

Óculos de segurança para proteção os óculos são utilizados principalmente para evitar perfuração dos olhos através de corpos estranhos como no corte de arames e cabos, no uso de chave de boca e talhadeiras, uso de furadeiras, retirada de pregos, partículas sólidas e outros agentes agressivos que possam prejudicar sua visão, como agentes químicos. Uma outra aplicação é a utilização dos óculos com lente de tonalidade escura, protetor auditivo utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos excessivos para evitar algumas doenças causadas pelo ruído como: perda auditiva, cansaço físico, mental, stress, fadigas, pressão arterial irregular, impotência sexual nos homens e descontrole hormonal nas mulheres e excesso de nervosismo. É recomendado a utilização desta proteção durante todo o período de trabalho, assim causando um maior conforto para o trabalho.

Luva de proteção as luvas de proteção são utilizadas para proteção mecânica, e contra produtos abrasivos, escoriantes e rebarbas. Para cada tipo de luva há uma utilização correta, como para a construção civil as mais utilizadas são as luvas de raspa para o transporte de argamassa nos carrinhos, as luvas de látex mais usadas para proteger as mãos de agentes químicos como o cimento que pode ocorrer várias irritações na pele.

Calçados de segurança, um dos poucos equipamentos de proteção mais comum na utilização de todas as empresas, principalmente na construção civil, mas ainda há algumas empresas que ignoram essa utilização. Um equipamento de segurança utilizado para a proteção dos pés, dedos e pernas contra cortes, perfurações, escoriações, queda de objetos, calor, frio, penetração de objetos, umidade, produtos químicos.

 

 

3. METODOLOGIA

 

A pesquisa bibliográfica é necessária para a realização do nosso projeto de TCC, com ela temos suporte teórico, para iniciar os estudos e conhecer a temática escolhida para o projeto. Nessa fase entramos em contato com autores que já tiveram as mesmas indagações e dúvidas sobre um mesmo problema a ser pesquisado. Como vimos, Cervo (2007) salienta a importância da pesquisa bibliográfica, e considera a mesma, como primeiro passo de qualquer pesquisa científica.

Neste estudo adotou como estratégia metodológica, a revisão bibliográfica – optou-se por utilizar a revisão narrativa que é um dos tipos de revisão de literatura, pela possibilidade de acesso à experiências de autores que já pesquisaram sobre o assunto, segundo Silva et al. (2002), a revisão narrativa não é imparcial porque permite o relato de outros trabalhos, a partir da compreensão do pesquisador sobre como os outros fizeram.

Na elaboração deste trabalho será realizado uma revisão narrativa da literatura nacional sobre o tema proposto: A importância do Diálogo com o Diário de Segurança-DDS, visto que esta revisão possibilita sumarizar as pesquisas já concluídas e obter conclusões a partir de um tema de interesse. A revisão literária é descrita por Gil (2004) como sendo uma ação sobre material já produzido.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Neste trabalho de conclusão de curso de revisão literária com autores que pactuam da mesma ideia sobre a importância do diálogo com a segurança do trabalho nas empresas.

A pesquisa demonstrou que a função do técnico de segurança do trabalho dentro de uma empresa é de grande importância, pois o mesmo exerce o papel de dialogar com os funcionários para que os usos adequados dos equipamentos possam ser feitos.

A pesquisa atingiu bons resultados, enaltecendo nossas indagações e favorecendo a aprendizagem de nos que seremos futuros técnicos. Contudo, o presente trabalho alcançou o seu objetivo principal, ou seja, apresentar como é o diálogo do técnico de segurança com os funcionários e mostrando quais os equipamentos que os mesmos utilizam com o apoio do técnico que os auxiliam para que a utilização de tal proteção favorece para que não ocorra acidentes no local de trabalho.

 

 

RESULTADOS E DISCUSSÕES

 

Os resultados da pesquisa bibliográfica realizada sobre o referido tema de investigação, através dos autores exibiram que a DDS é considerada um fator de sensibilização de risco, com a elaboração de um questionário, a utilização de uma entrevista e posteriormente com propostas de desenvolvimento, explanado a partir de revisões de literatura.

Assim, com base nas ferramentas disponíveis, foi possível verificar que o DDS surge como um facilitador da comunicação aplicada entre os assalariados e seus supervisores, com o objetivo de notificar os assalariados sobre os riscos das atividades exercidas no ambiente de trabalho. O DDS se apresenta como um grande aliado para empresas e colaboradores, reduzindo o índice de acidentes e influindo na motivação e produtividade dos colaboradores no ambiente de trabalho.

Nesse sentido, o uso do DDS permite que os funcionários realizem seu trabalho com eficiência. Além disso, reduz o risco de acidentes no ambiente de trabalho, atua como fator motivador, e o custo é pequeno ou nulo, já que sua principal finalidade é a discussão entre os funcionários, de modo que somente custos em casos de contratação de palestrantes para promover o uso de DDS. 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

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LUDKE, Menga e ANDRÉ, Marli. Pesquisa em Educação: abordagem qualitativa. São Paulo: EPU, 1986, p.17.

 

MINAYO, Maria Cecília (Org). Pesquisa Social In: 26 ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2007. Prof. MS. Lisanil C. Patrocínio-Curso de Pedagogia/UNEMAT

 

ZOCCHIO, Álvaro. Prática da Prevenção de Acidentes. 7,ed. São Paulo: ABC da Segurança do Trabalho, 2002. ZOCCHIO, Álvaro. Prática da Prevenção de Acidentes. 4,ed. São Paulo: ABC da Segurança do Trabalho, 1980.

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