Fundamentos teóricos e práticos da educação
Elenir Carmem Ransan Brasil
Taís Aparecida Berlanda Babolim
Introdução
Como sabemos a aprendizagem tem de ser produzida como um processo decorrente dos conhecimentos particulares de cada um e coletivo que depende também dos estímulos do ambiente que envolve a criança. Esse alcance de aprendizagem é singular e depende tanto do sujeito quanto do professor e do meio que individuo está inserido. Além disso, devemos observar vários fatores externos como agravantes para o fracasso escolar incluindo os aspectos contrários na vida do sujeito, como por exemplo, sua saúde, onde mora e fatores psicológicos, como laços familiares, seus sentimentos e suas fatores psicológicos entre outros, com certeza todos esses fatores influenciam no seu processo cognitivo e estes são muitas vezes responsáveis pelo não desenvolvimento escolar e dificuldades de aprendizagem.
Portanto ao nos deparamos com várias tendências pedagógicas e com a difícil tarefa de ensinar e educar uma criança devemos considerar que a educação é um processo longo, tem que ser significativo para a realidade do aluno para que ele possa pensar e questionar tal realidade bem como se tornar responsáveis pelas posturas e posicionamentos diante dos conflitos e desafios da vida.
Linhas teóricas da educação
Ao longo da história da educação, surgiram várias tendências que sofreram e sofrem várias críticas como, por exemplo, a Tendência Liberal Tradicional que pregava que os conhecimentos adquiridos fora da escola não eram considerados como primeiro passo para a construção de novos conhecimentos, como um caminho importante para a construção de saberes dotado de significado; era extremamente burocratizado conteúdos, memorização, provas com normas rígidas.
Portanto nesta tendência o professor é a figura principal e o aluno é um receptor inerte das informações consideradas como fatos absolutos. Os exercícios são repetitivos e exigiam muita repetição dos mesmos.
A Tendência Renovadora Progressiva que se caracterizava por centralizar no aluno, considerado como ser funcional e curioso. Dispõe da ideia que ele “só irá aprender fazendo”, valorizam-se as experiências experimentais, a investigação, o descobrimento, o estudo do meio natural e social. Aprender se torna uma atividade de descoberta, é uma autoaprendizagem com o professor facilitador.
A Tendência Renovadora demonstrava que a escola tinha o papel de formadora de atitudes, preocupando-se mais com a parte psicológica da criança do que com a social ou pedagógica. E para aprender o aluno tinha tem que estar expressivamente ligado com suas percepções, modificando-as. Mantinha-se na centralidade o educando, idealizava a escola como um lugar acessível à iniciativa dos alunos que, interagindo entre si e com o professor, realizavam seu próprio conhecimento a própria aprendizagem, construindo assim seu conhecimento de mundo. Ao professor cabia o papel de acompanhar os alunos amparando-os em seu próprio processo de aprendizagem.
A Tendência Tecnicista de ensino o aluno era visto como depositário inerte dos conhecimentos, que deviam ser aprendidos por meio de associações. O professor era quem depositava esses conhecimentos, pois ele era visto como um conhecedor na aplicação de manuais e sua prática bem dominada, articulava-se inteiramente com o sistema produtivo, com o objetivo de aperfeiçoar a ordem social vigente, que é o capitalismo, formando mão de obra especializada para o mercado de trabalho.
As Tendências Progressistas– Chegou como uma tendência crítico da realidade social amparou de maneira implícita as finalidades sociopolíticas da educação e é uma tendência que não se enquadra com as ideias inseridas pelo capitalismo. O desenvolvimento e popularização do diagnóstico marxista da sociedade permitiu a ampliação da tendência progressista, que se ramificou em três correntes:
1ª - Libertadora –Mais conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, essa tendência junta a educação à luta e organização de classe do oprimido. Onde, para esse, o saber mais importante é a de que ele é oprimido, ou seja, ter uma consciência da realidade em que vive. Além da busca pela transformação social, a condição de se libertar através da elaboração da consciência crítica passo a passo com sua organização de classe. Centraliza-se na discussão de temas sociais e políticos; o professor coordena atividades e atua juntamente com os alunos.
2ª - Libertária –Busca a modificação da individualidade num significado libertário e auto gestionário. Parte da pressuposição de que unicamente o convivido pelo educando é incorporado e agregado em momentos novos, com isso o conhecimento sistematizado só terá valor se for possível seu uso objetivo. Enfoca a aberta comprovação, a condição cultural, a educação estética. Os conteúdos, embora de disponibilizados, não são estabelecidos pelos alunos e o professor é tido como um orientador à disposição do aluno.
3ª - Progressista Crítico-Social dos Conteúdos - Segundo Libâneo, a tendência progressista crítico-social dos conteúdos, diferentemente da libertadora e libertária, acentua a primazia dos conteúdos na sua comparação com os fatos sociais. A ação da escola advém no preparo do aluno para o mundo adulto e suas contradições, gerando o conhecimento, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para um conhecimento formado e ligado na democratização da sociedade.
Conclusão
Os professores precisam estudar e compreender essas tendências, que funcionam como suporte para sua prática pedagógica. Não é recomendável utilizar apenas uma delas de forma isolada ao longo de toda a docência. O ideal é analisar cada tendência e identificar qual se adapta melhor ao seu desempenho acadêmico, visando maior eficiência e qualidade na atuação. Conforme surgem novas situações, deve-se aplicar a abordagem mais adequada. Atualmente, observa-se que a prática docente frequentemente combina elementos de diferentes tendências.
É essencial para que os alunos possam se posicionar no mundo de hoje, o apoio de professores também modernizados e que estejam dispostos para administrar suas aulas dentro dos aspectos como a interdisciplinaridade, inteligências múltiplas formação de capacidades. Para que os alunos consigam conferir os inúmeros conhecimentos que lhes são conduzidas diariamente pelos meios de comunicação social, podendo construir suas reflexões, levando em conta aspectos envolvidos. Em fase disso, o educador é responsável pelo desenvolvimento da identidade e autonomia de seus alunos, sem esquecermo-nos do primordial valor da família que interferem favoravelmente, a ‘missão’ do professor.
Referências
Turchiello, Priscila. Fundamentos Históricos, Filosóficos e Sociológicos da Educação I