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A violência oculta nas escolas: o fenômeno bullying escolar

Janaina Gonçalves de Araujo

 Luna Maria Santos Silva

 

DOI:10.5281/zenodo.14170691

 

 

Resumo

O presente artigo, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa, dentro de uma pesquisa teórica e tem por objetivo, mostrar os conceitos de preconceito, (que é a ideia formada), de discriminação, (que é a ideia colocada em prática), e bullying, (que pode ser traduzido para brigão, valentão), onde pessoas usam de forma direta e indireta para fragilizar, humilhar, até mesmo agredir alguém, bem como suas influências, consequências na vida dos seus envolvidos, que são os agressores, vítimas e espectadores, mostra ainda o professor como alvo dessa violência, e a importância da escola, da família no combate a essa prática violenta, que vem tomando grandes proporções, e somando vitimas nas escolas do mundo inteiro. O bullying é uma prática antiga, mas só nos últimos anos vem sendo estudado. Ele se transforma a cada dia uma constante nas escolas, todos tem consciência que ele existe, que ele ocorre, mais nem todos estão preparados para assumir e combater. Com este trabalho, melhora a visão sobre o tema, despertando a atenção de todos para tomar os cuidados necessários para o seu combate. Este artigo veio acrescer ao censo comum teorias necessárias para diagnosticar e combater o bullying.

 

Palavras Chaves: Preconceito. Bullying. Escola.

 

 

Introdução

 

Este artigo tem como foco a violência escolar, aborda através de estudos bibliográficos, o tema preconceito, que se trata da idéia formada sobre algo, a discriminação, que é a idéia colocada em prática, e a violência oculta nas escolas, que através dos estudos realizados pode se denominar como bullying. Apresenta desde o conceito dos mesmos, o que leva o autor a praticar, como as vitimas são selecionadas, os transtornos causados tanto na vida do autor (que pratica), quanto à vitima (que recebe), o professor como vitima do bullying, e o papel da escola no combate a essa prática assustadora, que vem disseminando nas escolas do mundo todo, a ponto de se alertar a importância de diagnosticar e combater esse problema.

O bullying trata-se de uma prática antiga, e a escolha do tema é em decorrência da explosão do tema na atualidade, somente agora vem tomando grandes proporções e assustando principalmente a comunidade escolar. Passou-se então de uma simples “Brincadeirinha”, para um ato de preocupação entre a comunidade escolar e a família. O objetivo do artigo, é alertar os futuros educadores e pais de alunos, sobre a conscientização da importância de se trabalhar com projetos, palestras que possam combater essa antiga prática de violência.

Como sabemos o Brasil é um pais, onde ocorre muita violência, e esta conscientização, poderá ajudar a evitar tanto os fracassos dentro da aprendizagem, danos a saúde psíquica e mental dos envolvidos e por conseqüência, também o número de vítimas que infelizmente o bullying tem deixado.

Foi de suma importância para entender o que leva as crianças, adolescentes a praticar o bullying, as causas, consequências, e como o corpo escolar pode ajudar no combate a essa prática que se espalha de forma brusca nos ambientes escolares.

 

 

Conceito e considerações sobre preconceito e Bullyng

 

O preconceito trata-se da ideia formada, enquanto que a discriminação é a ideia colocada em prática.

Há várias formas de essa prática ser executada, através do preconceito racial, que é onde se dá grande importância a noção da existência das raças humanas distintas e superiores umas às outras. Pelo etnocentrismo, que a atitude na qual a visão ou avaliação de um grupo, seus valores, crenças, seus padrões adotados, são considerados melhores que outros. Pelo machismo, que é a ideia dos homens serem sempre superiores as mulheres em questões financeiras por exemplo. Com o preconceito linguístico, que é o preconceito a determinadas variedades linguísticas. Com a homofobia, que trata-se de um termo criado para expressar ódio, aversão ou a discriminação contra homossexuais. Com a transfobia, que é a aversão a pessoas transexuais e com o estereótipo, que é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação, ou seja, pode ser realizada através de muitos outros tipos de preconceito.

O termo bullying tem origem na palavra bully, que pode ser traduzido para brigão, valentão, tratam-se de pessoas que sem motivos aparente, usam de sua “autoridade”, para se fazerem aceitos, respeitados, onde o seu maior prazer, é humilhar, ficar por cima, e vitimizam pessoas que não possuem o mesmo “poder” de se impor, ou mesmo de se defender.

Para Fante (2005, p.27), o bullying é uma palavra de origem inglesa, adotada em muitos países para definir o desejo consciente e deliberado de maltratar outra pessoa e colocá-la sob tensão.

Atualmente no Brasil podemos citar a tragédia do Rio de Janeiro na escola de Realengo, onde na manhã de uma quinta-feira dia sete de abril de 2011, onde o jovem Wellington de Menezes, com vinte e quatro anos de idade invadiu a escola Tasso da Silveira, na zona oeste, e atirou contra os alunos. Foram vitimadas nessa tragédia doze crianças. A motivação do crime figura incerta, porém a nota de suicídio de Wellington e o testemunho público de sua irmã adotiva e o de um colega próximo apontam que o atirador era reservado, sofria bullying.

 

Os alvos do bullying, geralmente são crianças, adolescentes mais gordinhos ou magros demais, altos ou baixos demais, usam óculos, são “Caxias”, deficientes físicos, apresentam sardas ou manchas na pele, orelhas ou nariz um pouco mais destacado, usam roupas fora da moda, são de raça, credo, condições socioeconômicas ou orientação sexual diferente. (SILVA2010, p. 28).

 

Tudo começa com um tipo de discriminação, geralmente essas vítimas não se encaixam então, no modelo de estereótipo “perfeito” imposto pelo ambiente em que acontece. O que me leva à pensar numa parcela grande de culpa, dessas crianças atualmente estarem ligadas à violência, dos pais, que exercem grande influencia na educação dos filhos, antes dos mesmo aderirem a escola, pois o seu primeiro contato social é com a família.

 

É no ambiente familiar que a criança aprende ou deveria aprender a relacionar-se com as pessoas, respeitar a valorizar as diferenças individuais, desenvolver a empatia e adotar métodos não-violentos de lidar com seus próprios sentimentos e emoções e com os conflitos surgidos nas relações interpessoais (FANTE, 2005, p.174).

 

Fante (2005) destaca a importância da vivencia familiar, o que se espera que as crianças aprendam em casa, por ser o primeiro lugar em que se realiza a socialização. Mas como sabemos, a sociedade vive em constante mudanças, atualmente, como o índice de desemprego alto, desigualdade social, as crianças desde pequenas, muitas delas presenciam atos de violência em casa, maus tratos, há muitas famílias desestruturadas, sendo muitas vezes ela mesmo a própria vitima, pais que não tem o mínimo de tempo dedicado aos filhos,realidades como essa que, impedem que os valores como tolerância às diferenças, o respeito, amor ao próximo, respeito ao outro sejam passados aos filhos.

 

 

O bullying pode ocorrer de duas formas, para (FANTE; PEDRA, 2008):

 

O bullyingpode ser classificado como direto: quando as vítimas são atacadas diretamente, ou indireto: quando estão ausentes. São considerados bullying direto os apelidos, agressões físicas, ameaças, roubos, ofensas verbais ou expressões, e gestos que geram mal estar aos alvos. São atos utilizados com uma frequência quatro vezes maior entre os meninos. O bullyingindireto compreende atitudes de indiferença, isolamento, difamação e negação aos desejos sendo mais adotados pelas meninas.

O que nos leva a destacar, a importância da relação afetiva entre pais e filhos, sendo ela exemplar, ou não, pode influenciar positivamente ou negativamente na formação da personalidade da criança. E estas crianças, usam a convivência familiar que tem como exemplo para a vida social.

Vejamos o local onde essa prática acontece. Pois bem, nas escolas, e ocorre em números praticamente iguais, tanto em escolas públicas, quanto nas particulares. O que deveria então, ser um lugar seguro, para se trabalhar com a socialização, culturas diversificadas, a escola como forte influencia para a formação da identidade pessoal, para esses alunos alvos, não passam de um pesadelo, um lugar de más lembranças, pois ao contrario do que se espera, estão ali expostos a todo tipo de humilhação, perseguição e mais tratos. A escola como segundo lugar de socialização, depois da família, deveria ser então um lugar equilibrado, sereno, que propicie aos seus alunos as condições necessárias para desenvolverem sua maturação. Para que possam construir sua identidade, autoestima, e uma independência sadia.

 

São inúmeras as formas de violência velada que enfrentam muito de nossos alunos, dentre elas humilhações, gozações, ameaças, imputação de apelidos constrangedores, chantagens, intimidações. Na maioria das vezes as vítimas sofrem caladas por vergonha de se exporem ou por medo de represálias dos medo, insegurança, raiva, pensamentos de vingança e de suicídio, além de fobias sociais e outras reações que impedem seu bom desenvolvimento escolar (FANTE,2005,p16).

 

Para Fante (2005), a maioria dos casos de bullying ocorre fora da visão dos adultos, e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida. Por essa razão, pode-se entender o porquê de professores e pais não conseguirem perceber a ocorrência do bullying, atuando de forma insuficiente para a redução e interrupção dessas situações.Nós como futuros educadores, temos que ter consciência do nosso papel, não só como educadores, ou transmissores de conhecimento, assim como na família, também desenvolvemos a afetividade com essas crianças, as mesmas ocupam parte de nossas vidas, e deve sim existir a relação de afeto e proteção, pois em primeiro lugar somos humanos. Mas não confundir a relação afetiva, ou proteção, com prioridades, ou preferências.

 

Esse despreparo dos professores ocorre porque, tradicionalmente, nos cursos de formação acadêmica o nos cursos de capacitação, são treinados com técnicas que unicamente os habilitam para o ensino de suas disciplinas, não sendo valorizada a necessidade de lidarem com o afeto e muito menos com os conflitos e deveriam ser preparados para educar a emoção de seus alunos. (FANTE,2005,p 68).

 

Silva (2010) define os protagonistas do bullying em: Vitimas: Que subdividem em três grupos, a primeira é a vitima típica,que são os alunos que apresentam pouca habilidade de socialização, são tímidas ou reservadas e não conseguem reagir aos comportamentos provocadores e agressivos dirigidos contra eles. A segunda é a vitima provocadora: São aquelas capazes de insuflar em seus colegas reações agressivas contra si mesma, porem não são capazes de responder os revides de maneira satisfatória. As vitimas agressoras: São aquelas que reproduz os maus-tratos sofridos como forma de compensação, ou seja geralmente procuram alvos mais frágeis e sensíveis que elas. Agressores: Podem ser de ambos os sexos, possuem em sua personalidade traços de desrespeito e maldade, e na maioria das vezes, essas características estão associadas a um perigoso poder de liderança que, em geral, é obtido ou legitimado através da força física ou de intenso assedio psicológico.

Espectadores: São alunos que testemunham as ações dos agressores contra as vitimas, mas não tomam qualquer atitude em relação a isso. E estes se subdividem também em três grupos: Expectadores ativos: Aqueles que apesar de não participarem dos ataques contra as vitimas, manifestam “apoio moral” aos agressores, com risadas e palavras de incentivo. Os expectadores neutros: Aqueles que por questão sociocultural, não demonstram sensibilidade pelas situações de bullying que presenciam.

 

Identificar os alunos que são vitimas, agressores, ou expectadores é de suma para que as escolas e as famílias dos envolvidos possam elaborar estratégias e traçar ações efetivas contra o bullying. Cada personagem dessa trama apresenta um comportamento típico, tanto na escola como em seus lares. Para Fante, (2005, pág 47).

 

Consequencias na formação da cidadania para o agressor e para o alvo o Bullyng

 

A prática do bullying pode causar danos tanto na vida social, tanto na pessoal, do agressor, quanto nas vitimas. Nesse caso acredito que para as vitimas, as conseqüências podem ser ainda mais graves.

No caso das vítimas, Fante (2005, p, 12), relata:

 

Esse fenômeno comportamental vitimiza a criança envolvida em tenra idade escolar, tornando-a refém de uma ansiedade flutuante e circulante que interfere em todos os seus processos de aprendizagem pela excessiva mobilização psíquica de medo, constrangimento, angustia e raiva reprimida. Sem falar que a pessoa vitima, pode apresentar quadros graves de transtornos psíquicos e comportamentais, que podem trazer danos a vitima, e para os agressores.

 

Os estudiosos do tema tratam o bullying como o tipo de violência mais cruel, por suas vitimas se calarem, não conseguir manifestar nenhum tipo de reação, a não ser a de aceitar, se isolar, se excluir dos outros, pois o bullying sendo ele direto (insultar, chingar,chutar, bater, ofender, colocar apelidos pejorativos, zoar), ou indireto (excluir, isolar, ignorar, desprezar), afetam da mesma forma a auto estima, a segurança, o poder de se esquivar e de socializar com as outras crianças. Afetam acima de tudo, na fase inicial ou fundamental escolar, a sua moral.

 

Essas mobilizações poderão aprisionar sua mente a construções inconscientes de cadeias de pensamentos, que resultarão em dinâmicas psíquicas destrutivas de sei mesma e da sociedade como, por exemplo, a instalação do desejo de matar por vingança, o maior numero possível de pessoas, seguido de suicídio. O trágico é que as vitimas desse fenômeno são feridas na área mais preciosa, íntima e inviolável do ser,- a sua alma -, sem levarmos em conta as conseqüências, que não serão poucas, para os agressores, e para os expectadores. ( FANTE, Cleo, p.12).

 

Como visto, a escola acaba tornando – se assim um lugar de divisão, separação, afetando assim, sua aprendizagem, o interesse em aprender, contribuindo para a evasão escolar, o que é mais preocupante, nas series iniciais, as crianças não costumam querer freqüentar as aulas, afeta também na vida familiar, as vitimas tendem a tornar-se, quando não conseguem superar esses traumas, pessoas agressivas,pois tentem a transpassar a outros, o sofrimento obtido, é o caso, onde de vitima, passa protagonizar a parte mais tensa desta realidade, chegando a conseqüências mais graves como, tentarem suicídios, ou mesmo cometer homicídio, acreditando ali então, estar se vingando de todos os constrangimentos.Para Fante (2005):

 

As conseqüências para as vítimas são graves e abrangentes, promovendo no âmbito escolar o desinteresse pela escola, o déficit de concentração e aprendizagem, a queda do rendimento, o absentismo e a evasão escolar. No âmbito da saúde física e emocional, a baixa na resistência imunológica e na auto-estima, o stress, os sintomas psicossomáticos, transtornos psicológicos, a depressão e o suicídio.a vítima pode continuar a sofrer seus efeitos negativos muito além do período escolar. Pode trazer prejuízos em suas relações de trabalho, em sua futura constituição familiar e na criação de filhos, além de acarretar prejuízos para sua saúde física e mental.

 

Ainda Segundo Fante, (2005), em se tratando dos “agressores”, ocorre o distanciamento e a falta de adaptação aos objetivos escolares, a supervalorização da violência como forma de obtenção de poder, o desenvolvimento de habilidades para futuras condutas delituosas, além da projeção de condutas violentas na vida adulta.

Trata-se de um fenômeno que envolve um todo, desde seus protagonistas, à toda parte escolar. As conseqüências dependendo da gravidade do caso podem ser muito graves, e trazer sofrimento tanto para o agressor, quanto para a vítima.

 

 

O professor como o alvo

 

A violência escolar não atinge apenas os alunos que frequentam a escola. Nós, os educadores, assim como os funcionários, não estão imunes a essa disseminação de violência. Podemos ser alvos dessa pratica, e infelizmente como relata Silva (2010), em alguns casos, ser o próprio agressor.

 

Os professores não conseguem detectar os problemas, e muitas vezes, também demonstram desgaste emocional com o resultado das várias situações próprias do seu dia sobrecarregado de trabalhos e dos conflitos em seu ambiente profissional. Muitas vezes, devido a isso, alguns professores contribuem com o agravamento do quadro, rotulando com apelidos pejorativos ou reagindo de forma agressiva ao comportamento indisciplinado de alguns alunos. (Fante 2005).

 

Para Silva, (2010, p.147), a maioria dos professores não sabem como lidar com a situação, pois eles temem procurar a direção escolar e ser mal interpretado pelos seus superiores, por medo de serem rotulados de incompetentes, e muitos tentam enfrentar esses alunos, tentando amenizar a situação que muitas vezes acreditam não ter sucesso pois se mostra fragilizado para o aluno. Outras vezes procuram os pais, tentam reunir os mesmos, e se encontram na incomoda situação dos mesmos não comparecerem.

Ainda segundo Silva (2010, p. 170), quando o professor sofre ameaça, ele deve procurar de forma imediata, a direção da escola. Em caso de omissão por parte da instituição, ele devera dirigir-se por contra própria, a uma delegacia de policia para fazer um boletim de ocorrência.

Trata-se de uma questão complexa, que envolve muito diálogo, e muito depende da participação da comunidade escolar para resolver esse tipo de problema.

 

 

A escola no combate ao preconceito e consequentemente ao bullyng

 

O bullying então advém de outra forma de violência, que é o preconceito, que se concretiza através de uma discriminação. Para Freire, qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar. Sabemos que as crianças em idade escolar, tendem a se adaptar com o novo, como vimos é na escola que eles criam um tipo de “independência”, pois não estão diante da proteção dos pais. Tem a necessidade de saírem bem, realizados nessa nova descoberta, alguns com mais facilidade que outros. Ai a escola entra, o professor deve saber distinguir “brincadeiras” com humilhações, deve tomar o cuidado de não discriminar e não mostrar ter preferências. Para o Professor da FEA (Faculdade de Economia da USP), José Afonso Mazzon:

 

O bullying nada mais é que resultado de preconceito e discriminação. E se esse comportamento aparece tão forte num grupo que não inclui apenas crianças, fica evidente que tudo começa fora do ambiente escolar. “Preconceito e discriminação são um traço cultural do que a criança tem em casa e, quando vai para a escola, leva isso com ela”.

 

É ai que o professor, e todo o membro escolar pode evitar as causas do bulliyng, que como visto acima, não só ocorre entre alunos, mais o professor pode ser atuante nesse impasse, tanto como vitima, quanto como o próprio agressor.

 

“A tolerância, a ausência de parâmetros que orientem a convivência pacifica e a falta de habilidade para resolver os conflitos são algumas das principais dificuldades detectadas no ambiente escolar. Atualmente, a matéria mais difícil da escola não é a matemática ou a biologia; a convivência, para muitos alunos e de todas as séries, talvez seja a matéria mais difícil de ser aprendida.” ( FANTE, 2005, p. 91)

 

Combater o preconceito nas escolas, não é tarefa fácil, como descreve Fante, atualmente uma das tarefas mais complicadas é a convivência. Como vimos às consequências dessa prática, pode trazer danos muitas vezes irreparáveis para as suas vitimas e para quem pratica.

Cabe aos educadores, saber diagnosticar, ser observador, estar atento para saber o como agir e combater essa drástica forma de violência, o bullying escolar.

 

 

Considerações finais

 

Diante do exposto, coloco a importância do professor no combate a prática do bullying, ele deve ter o subsidio para evitar que as consideradas “brincadeiras infantis”, passe para humilhações, gozações, ou situações mais graves para o agressor, quanto para a vítima. Pois como visto, esse tipo de comportamento, além de trazer danos físicos, atinge principalmente a sua alma, a sua moral.

Como se sabe o bullying é uma prática antiga, mas só nos últimos anos vem sendo estudado. Ele se transforma a cada dia uma constante nas escolas, todos tem consciência que ele existe, que ele ocorre, mais nem todos estão preparados para assumir e combater.

Fica destacado aqui, a importância da escola no desenvolvimento sadio da criança, e os professores assim como todo o membro escolar, devem ficar atentos a alguns comportamentos estranhos que acontecem com seus alunos, pois o professor tem que conhecer o seu aluno a fundo para que haja de fato o ensino-aprendizagem.

E um item que considero mais importante, o cuidado para não discriminar, pois o professor deve ser um exemplo bom para a formação da cidadania, trabalhar o respeito, a tolerância as diferenças e não mostrar preferências, defender a desigualdade. Acredito que combatendo o preconceito, o bulying não encontra espaço para acontecer.

O bullying é um fenômeno violento, que se alastras rapidamente nas escolas do mundo inteiro. Deve-se trabalhar a conscientização, assim como esse fenômeno dissemina, o respeito ao próximo e a paz nas escolas, também pode ser algo a ser alcançado.

 

 

Referências

 

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