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O DESENVOLVIMENTO DA RESPONSABILIDADE DA CRIANÇA NO ÂMBITO ESCOLAR E SOCIAL

Mayara Ferreira Mendes [1]

 

RESUMO

Melhorar o desempenho escolar das crianças é considerado papel predominante para professores e para a comunidade educacional em geral. Tudo isso com a ajuda de regras, técnicas de aprendizado, paciência e, claro, a ajuda incondicional e de qualidade dos pais, o que permitirá que a criança seja uma pessoa dedicada e, principalmente, responsável. Este artigo objetiva estudar como a educação escolar influencia na aquisição do valor da responsabilidade escolar e social em crianças, tanto dentro como fora do ambiente escolar. A metodologia aplicada constitui-se basicamente de pesquisa bibliográfica como procedimento técnico, utilizando-se de fontes literárias através de livros, artigos e periódicos na internet e em sites de pesquisas. Consequentemente ao tipo de pesquisa, os resultados do artigo se dá de forma qualitativa, onde a partir de informações coletadas no referencial teórico, surgem evidências para se atingir o objetivo proposto. A responsabilidade requer desenvolvimento e esse aspecto, considerado do ponto de vista preventivo, só pode ser fortalecido com programas de ensino no ambiente escolar, e com atitudes positivas de querer trabalhá-lo por parte dos pais.

 

Palavras-chave: Responsabilidade. Escola. Sociedade. Crianças.

 

  1. INTRODUÇÃO

 

Melhorar o desempenho escolar das crianças é considerado papel predominante para professores e para a comunidade educacional em geral. Porém, em uma sala de aula existe uma mistura de crianças com diferentes capacidades, ideias e comportamentos, que devem ser educadas e promovidos valores para que o seu desenvolvimento na vida seja frutífero e satisfatório. Isso com a ajuda de regras, técnicas de aprendizado, paciência e, claro, a ajuda incondicional e de qualidade dos pais, o que permitirá que a criança seja uma pessoa dedicada e responsável.

A família ao longo do tempo passou por diversas transformações, pois a sociedade, a tecnologia, a educação mudam constantemente; no entanto, os valores que são promovidos e servem para toda a vida permanecem os mesmos. Atualmente a situação econômica do país atinge muitas famílias, hoje em dia em alguns casos pai e mãe têm que trabalhar para pagar as despesas da casa ou há também mais desintegração familiar e desinteresse escolar, fatores limitantes que prejudicam o seu desempenho.

As crianças são o reflexo do que se aprende em casa, mas não exclui a escola e os professores que serão sempre um fator determinante no desenvolvimento educacional de uma criança. A presença de um professor torna-se tão decisiva na vida de uma criança que às vezes o conselho ou ensino dado pelo professor é mais importante do que pelos próprios pais.

Este artigo objetiva estudar como a educação escolar influencia na aquisição do valor da responsabilidade escolar e social em crianças, tanto dentro como fora do ambiente escolar. A metodologia aplicada constitui-se basicamente de pesquisa bibliográfica como procedimento técnico, utilizando-se de fontes literárias acerca ao tema “responsabilidade escolar e social nas crianças”, através de livros, artigos e periódicos na internet e em sites de pesquisas. Consequentemente ao tipo de pesquisa, os resultados do artigo se dá de forma qualitativa, onde a partir de informações coletadas no referencial teórico, surgem evidências para se atingir o objetivo proposto.

 

  1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

 

2.1 O DESENVOLVIMENTO DA RESPONSABILIDADE ESCOLAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

 

Existe um valor que é importante criar nas crianças, pois com ele eles podem ser independentes de seus pais e esse valor é a responsabilidade. Quem tem responsabilidade tende a manifestar-se e a comprometer-se a responder bem a todas as suas atividades com o melhor de si às exigências que os outros lhe pedem, ser responsável implica partilhar e participar de compromissos e cooperar neles além de ser justo e garantir ser imparcial com os outros, desde que não haja discriminação do poder (BECKER, 2005).

Uma das grandes preocupações dos homens com a educação tem sido a responsabilidade escolar que o aluno adquire. O lugar onde o aluno transforma seu pensamento ao passar do concreto ao abstrato e onde ele já consegue pensar ideias e formular seus próprios significados é na escola. Ele começa a se relacionar com novas ideias e com o seu próprio mundo, já existindo uma consciência das diferenças entre o que é real e o que é possível (BECKER, 2005).

Os pais desempenham um papel muito importante na fase escolar, pois se o aluno recebeu uma boa base de apoio durante a infância, isso poderia facilitar a compreensão do seu mundo atual. Os primeiros meses nesta fase podem ser um tanto desconcertantes para o aluno, pois ele pode interpretar isso como um desafio a ser superado com a mesma ajuda dos professores e do ambiente familiar para que se adaptem (BECKER, 2005).

Quando chegam ao ensino médio, os adolescentes esperam uma mudança na postura dos pais em relação à escola, pois esperam que não tenham a mesma proximidade que no ensino fundamental, podendo-se dizer que já se sentem maduros para resolver seus próprios problemas. Eles estão principalmente interessados em separar a escola de casa e até mesmo separar-se de seus pais (MORIN, 2011).

A educação pode funcionar muito melhor quando pais, professores e alunos trabalham juntos e em harmonia. É muito normal o adolescente reclamar frequentemente da escola e ao mesmo tempo isso se deve ao processo de desenvolvimento em que se encontra, porém deve-se levar em consideração que talvez ele esteja angustiado, tenha mudado de comportamento ou apresentado alguma dificuldade em seus estudos e deve-se ter certeza de que não há um problema sério, como um problema com seu professor, uma dificuldade de relacionamento com seus colegas, um problema de compreensão de uma aula, etc. (MORIN, 2011).

Muitas vezes o aluno gostaria de se sentir muito confortável e fazer as coisas que mais gosta e assim optar por uma solução muito mais fácil e obtendo resultados benéficos para ele. Alguns alunos podem não encontram motivo para fazer o que não gostam, mas se pedir algo que realmente lhes interessa, eles se empenharão por inteiro.

 

2.2 A RESPONSABILIDADE SOCIAL NA ESCOLA

2.3 A EDUCAÇÃO COMO CAMPO DE APLICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

 

Aprender a conhecer: é aprender a compreender o mundo ao seu redor, pelo menos o suficiente para viver com dignidade para desenvolver suas competências profissionais e para se comunicar com outras pessoas, combinando uma cultura geral suficientemente ampla com a possibilidade de aprofundar alguns conhecimentos. Aprender a fazer: consiste não em se contentar em adquirir apenas uma qualificação profissional, mas um nível de competência para trabalhar em equipe e enfrentar um grande número de situações. Aprender a ser: é alimentar-se de forças intelectuais permanentes e pontos de referência, que facilitam a compreensão do mundo, e ser capaz de se comportar diante dele como elemento responsável e justo. Aprender a conviver: implica o desenvolvimento do entendimento com os outros e a percepção da interdependência na realização de projetos comuns e na preparação para lidar com os conflitos (BECKER, 2005).

 

2.4 FATORES QUE FACILITAM A RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS CRIANÇAS

Empatia: É definido como identificação com o estado de outra pessoa, que pode ser nutrido ou inibido pelo ambiente em que as crianças acreditam. É por isso que apoiar os alunos por meio da empatia proporciona experiências e práticas que são tomadas como solução de conflitos. Ética: A ética é definida como a disciplina filosófica que estuda a vida moral do homem, ou seja, seu comportamento livre, uma vez que permite ter princípios racionais e fundamentados para a construção de valores e para a crítica racional das normas. Cidadania: O cidadão é uma pessoa que se caracteriza por ter direitos e responsabilidades em relação ao Estado e à comunidade política, o que se valoriza através de debates que se voltam para os direitos e deveres da cidadania. Ensiná-los é ser capaz de direcionar os alunos a compreender, racionar, fundamentar e opinar sobre a convivência, a responsabilidade social e a busca do bem. Serviço comunitário: Quando uma instituição educacional cunhou a expressão de aprendizado de serviço, ela está tornando o serviço comunitário operacional na educação e, por meio dele, crianças e jovens podem desenvolver habilidades por meio do serviço às suas comunidades, podem desempenhar tarefas e responsabilidades importantes em suas comunidades e escolas (BECKER, 2005).

2.5 KIDS COACHING COMO REFERENCIAL NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

 

É fundamental que, como coach, a pessoa concentra seu serviço em ajudar as crianças a gerarem estrutura, responsabilidade, definir metas, organizar, estabelecer prioridades e administrar o tempo da melhor maneira possível. Deve também proporcionar incentivo e apoio constante, proporcionando uma série de estratégias que lhes permitam funcionar de forma assertiva e atingir metas, incorporando hábitos produtivos (WESTBROOK, 2010).

É muito importante que todo o trabalho seja desenvolvido a partir do sonho da criança, seus objetivos e metas de vida. Para isso, é necessário fazer-lhes "perguntas poderosas" (questionamento indutivo), dando-lhes a oportunidade de encontrarem eles próprios as melhores respostas. Assim, o treinador deve descobrir tanto as habilidades, talentos e qualidades, como também aqueles comportamentos e atitudes que limitam negativamente a criança, ajudando-a a focar no desenvolvimento de todas as potencialidades que possui.

 

  1. METODOLOGIA

 

A metodologia aplicada a este trabalho de conclusão de curso constitui-se basicamente de pesquisa bibliográfica como procedimento técnico, utilizando-se de fontes literárias acerca ao tema “responsabilidade escolar e social nas crianças”, através de livros, artigos e periódicos na internet e em sites de pesquisas.

Consequentemente ao tipo de pesquisa, os resultados do artigo se dá de forma qualitativa, onde a partir de informações coletadas no referencial teórico, surgem evidências para se atingir o objetivo proposto. A partir dessas informações e posterior discussão, obtiveram-se os resultados a seguir apresentados.

 

  1. RESULTADOS E DISCUSSÕES

 

 

O processo educativo deve conduzir a criança a sair de seu egocentrismo, natural nos primeiros anos caracterizado pela anomia, e entrar gradualmente na heteronomia, encaminhando-se naturalmente para sua própria autonomia moral e intelectual que é o objetivo final da educação normal. Esse processo de descentração conduz ao egocentrismo (natural na criança pequena) caracterizado pela anomia, à autonomia moral e intelectual (PIAGET, 1995).

 

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A família tem um valor fundamental. Ela identifica e marca a criança para o futuro. A comunidade deve refletir sobre o significado e o futuro da família e seu impacto no desempenho escolar e, portanto, na própria educação. Considera-se que a maioria dos pais não colabora ou contribui com seus melhores esforços no acompanhamento escolar, observa-se que a família delega toda a responsabilidade do processo escolar e atuação aos professores pelas limitações que sofrem, ou seja, trabalho, falta de tempo, recursos, falta de interesse, superproteção, etc, o que dificulta e influencia negativamente o desenvolvimento da criança.

É preciso levar em conta que os pais não devem ver a escola como uma obrigação, mas sim como uma responsabilidade tanto dos filhos quanto do núcleo familiar. É importante levar em consideração as estratégias profissionais e familiares, bem como a experiência e os conselhos que auxiliam no desenvolvimento escolar da criança e no seu crescimento pessoal perante a sociedade.

A responsabilidade requer desenvolvimento. Esse aspecto, considerado do ponto de vista preventivo, só pode ser fortalecido com programas de ensino no ambiente escolar, e com atitudes positivas de querer trabalhá-lo por parte dos pais. A heteronomia moral, apontada por Piaget, confirma essa tese.

Na educação infantil, as crianças apresentam responsabilidades quando ouvem, ajudam e defendem seus pares. Pelas correlações feitas e verificadas neste estudo, conclui-se que ao trabalhar o valor da responsabilidade nas crianças na educação infantil, se trabalha a obediência aos adultos, possibilitando que as crianças tenham uma perspectiva diferente e assim começar a desenvolver comportamentos pró-sociais.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BECKER, Fernando. A epistemologia do professor: o cotidiano da escola. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.

 

CANDAU, Vera Maria. Reinventar a escola. Petrópolis: Editora Vozes, 2008.

 

COSTELLA, Roselane Z. Competências e habilidades no contexto da sala de aula: ensaiando diálogos com a teoria piagetiana. Porto Alegre. Cadernos do Aplicação. Vol. 24 Número1. UFRGRS. 2011. Disponível em: <https://doi.org/10.22456/2595-4377.23262> Acesso em: 15 set 2020.

 

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. Brasília: Cortez, 2011.

 

PIAGET, Jean. Abstração reflexionante: relações lógicas-aritmédicas e ordem das relações espaciais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

 

YIN, Roberto K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2.ed. Porto Alegre:Bookmam, 2001.

 

ZABALA, Antoni; ARNAU, Laia. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed, 2010.

 

WESTBROOK. R. John Dewey. Recife: Massangana, 2010.

 

 

[1]KidCoach; Acadêmica de graduação do curso de Pedagogia. Rua Cartola, 250, Centro, Sorriso  - MT. CEP: 78890-000. Endereço eletrônico: mayara.artigos8O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

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