CONCEPÇÕES SOBRE O TEA (TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA)
Aline Patrícia Santos Haubricht [1]
Aline Tais Gonçalves da Silva de Carvalho [2]
Eliane Aparecida Ramos [3]
Solange Aparecida Gaspar [4]
Fabricia Oliveira de Almeida [5]
RESUMO
A pesquisa teve como tema o TEA (transtorno do espectro autista), como o autismo e algo tão amplo foi delimitado para demostrar o outro lado do autismo aquele que não se vê, que só quem vive conhece, que e uma constante luta pelo diretos já adquiridos e pelas aquisição de mais direitos, para a aceitação social e da família, para melhor formação e informação de ambos os lados tanto família como sociedade como profissional. Este linha de pesquisa ressalta autores que influenciaram na descoberta do TEA, para que possamos ter uma leve previa da evolução ate agora. Esse tema foi escolhido, pois está para que possa demostrar que cada criança com TEA tem sua individualidade e realidade.
PALAVRAS-CHAVE: AUTISTO. APRENDIZAGEM. DIFICULDADE.
INTRODUÇÃO
O autismo tem sido bastante estudado na atualidade, estima-se que no Brasil existam cerca de 2 milhões de autistas mais que não se sabe ao certo pois não existe ainda um senso para que se saiba realmente este numero.
Os sinais aparecem desde a primeira infância, um dos sinais e a falta de comunicação, isolamento social, atraso na fala e aprendizagem, dificuldade na coordenação motora, o bebe ao mamar na mãe não mantem o contato visual, atinge mais as meninos que as meninas, acredita-se que a cada 5 meninos uma menina possa desenvolver o TEA (transtorno do espectro autista), o motivo vem sido estudados mais acredita-se que alguns fatores, pode ser de origem genética, lidado o cromossomo masculino, e também que nos meninos e mais fácil a identificação.
Antigamente não existiam informações sobre o autismo e muito menos estudos amplos a respeito, pois os mesmos eram considerados loucos e submetidos a tratamentos desumanos, os casos mais levas eram considerados como retardados e mantidos isolado do âmbito social afinal as pessoas temiam e temem o desconhecido, ate as crianças eram tratadas de forma cruel.
Essa temática contribui para a reflexão da do professor em sala de aula para a diversidade do TEA, e também para que possa ver o que a forma a realidade vivenciada pela criança e família, levando assim para sua docência não só a visão técnica mais também o lado emocional que está ligado ao transtorno, podendo tem um norte diferente para maior ajuda-los visão a eles uma melhor inclusão social.
Não existe um padrão para que se esteja no espectro, existe sim características, mais que se difere de pessoa se apresenta diferente em cada um independente de gênero e grau, ter em mente isto e fazer um trabalho em conjunto com a família só trará ganho e fara entender melhor a individuo, acolher tanto o autista quanto a família.
E importante entender melhor o lado emocional para que esteja uma analise critica sobre a leis se estão sendo garantida se elas realmente funcionam e se a inclusão não e só uma utopia,conhecer a realidade e saber que todos os autistas são diferentes, que cada realidade e diferente , que cada cidade e diferente e como os mesmo e as famílias estão inseridos no meio só agrega valores e ajudo para que posso ter uma melhor inclusão e levar ao aluno um melhor aprendizado.
1 DESENVOLVIMENTO
Estamos cercados cada vez mais de informações e descobertas sobre TEA e ter um aprendizado mais amplo sobre o mesmo só ira agregar a nosso cotiando Hoje e considerado um distúrbio comportamental que engloba classificações e graus e que pode estar associado ou não com outra deficiência.
Estudos sobre TEA e leis garantem cada vez mais que o autista seja inserido no mercado de trabalho e âmbito social, mais e a família como se insere neste contexto, como se sente, visto que agora tem voz tem vez mais nem sempre ouvida nem sempre leis são aplicadas, ainda faltam informações estrutura para isto.
O primeiro a estudar o autismo foi o psiquiatra Eugen Bleuler.
Segundo paulino
A palavra autismo deriva do grego ―autos , que significa ―voltar-se para si mesmo‖. A primeira pessoa a utilizá-la foi o psiquiatra austríaco Eugen Bleuler para se referir a um dos critérios adotados em sua época para a realização de um diagnóstico de Esquizofrenia. (pág. 4, 2015)
As pessoas que tinham o TEA eram consideradas loucas, esquizofrênicas, o tratamento era a internação para que melhorasse da loucura, os casos maios graves eram amarados passava por terapia de choque, eram colocados em camisa de forca, ate crianças eram internadas a primeira criança a ser internada tinha na época 3 anos, os pais iam visitar mais logo tiraram ele de lá.
Nesse sentido, segundo Kanner:
Em 1924, o psiquiatra Leo Kanner retoma a terminologia usada pelo pesquisador e publica um artigo descrevendo o transtorno de forma mais detalhada, seu estudo foi intitulado como Os distúrbios autísticos do contato afetivo, para isso ele estudou o comportamento onze crianças que na sua visão seriam incapazes de se relacionarem de maneira normal com pessoas e situações, desde o princípio de suas vidas (KANNER, 1943),
De acordo ainda com o referido autor, o mesmo ressalta em suas pesquisas, como uma das características dos autistas, relacionamentos com ambientes, contatos, entre outros.
A falta de interesse em se relacionar com o ambiente evitando sempre o contato, sua expressão facial e corporal não mudavam, a linguagem não era usada para a comunicação, apresentavam boa memorização que era reproduzida pela ecolalia, não conseguiam entender ambiguidades, recusavam certos alimentos, apresentavam déficits sensoriais como aversão a sons altos e ao toque, estereotipias, mostravam se repetitivos, rotineiros, metódicos, e com grande capacidade de guardar informações mesmo sem treino (KANNER, 1943, pág. 220).
Segundo paulino:
À medida que foi tendo contato com os pais destas crianças ele foi mudando de opinião. Começou a observar que os pais destas crianças estabeleciam um contato afetivo muito frio com elas, desenvolvendo então o termo ―mãe geladeira‖ para referirem-se as mães de autistas, que com seu jeito frio e distante de se relacionar com os filhos promoveu neles uma hostilidade inconsciente a qual seria direcionada para situações de demanda social. (pág. 6, 2015)
Neta época o tratamento era feito com uma estatua para que a criança descontasse a raiva que sentia dos familiares na mesma, eles batiam, mordiam a estatua, já que a doença era culpa da mãe que era responsável pela educação dos filhos, as famílias gastavam fortunas para que pudesse ensinar uma forma de educar seu filho pra tal sonhado cura da falta de afetividade e frieza materna.
Somente no ano de 1980 que passou a ser estudado como uma patologia e não uma doença, e ser estuda em 1993 foi incluído diagnostico medico.
Atualmente há varias pesquisas e cada vez se sabe mais sobre o assunto, temos varias leis de inclusão, para que crianças especiais possam ter uma melhor qualidade de vida, em 2008 na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi reconhecida como instrumento de respeito aos Direitos Humanos e incorporada à legislação brasileira em 2008, a definição de inclusão como:
O processo de adequação da escola para que todos os alunos possam receber uma educação de qualidade, cada um a partir da realidade com que chega a escola, independentemente de raça, etnia, gênero, situação socioeconômica, deficiências, [...]. É a escola deve ser capaz de acolher todo tipo de aluno e de lhe oferecer uma educação de qualidade. (CONVENÇÃO, Pág. 101,2008)
Em 2012 em homenagem a uma mãe que lutava pelos direitos de condições e igualdade para seu filho autista e das crianças com a mesma patologia foi publicada em 27 de dezembro de 2012, a lei n°12.764/12, popularmente conhecida com a Lei Berenice Piana, uma lei especifica aos autistas, para que pudessem ter direitos dentre eles:
Art. 3° São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista: I - a vida digna, a integridade física e moral, o livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer; II - a proteção contra qualquer forma de abuso e exploração; III - o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção integral às suas necessidades de saúde, incluindo: a) o diagnóstico precoce, ainda que não definitivo; b) o atendimento multiprofissional; c) a nutrição adequada e a terapia nutricional; d) os medicamentos; e) informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento; IV - o acesso: a) à educação e ao ensino profissionalizante; (...). Parágrafo único. Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, terá direito a acompanhante especializado.
A refletir sobre a inclusão, quais são as leis, se a inclusão funciona como a família do TEA se sente a diante do cenário, o que podemos fazer para mudar a falha no processo de inclusão, com fazer para todos se sentam incluídas e saibam que têm direitos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pensar que cada um com espectro tem sua individualidade e realidade social. Para que o educador possa pensar o que pode ser feito para que a criança e a família se sintam inserido no âmbito escolar, e também conscientizar a comunidade escolar sobre autismo e demostrar a todos o lado do autismo que e pouco falado o percurso atrás do TEA.
Muito se fala sobre autismo, quais característica, profissionais que trabalham com os mesmo, sobre os direitos que eles têm como foi sua evolução no âmbito medico e cientifico mais pouco se ouve falar na parte emocional e diferença entre as crianças que tem TEA. Temos atualmente varias leis de inclusão que na maioria dos casos não funcionam.
Indubitavelmente houve uma grande evolução sobre estudos de TEA e também uma maior aceitação mais ainda há um longo caminho para ser trilhado para uma melhor qualidade de vida do autista e da família, para uma inclusão de fato levando em consideração que o Brasil há realidades sociais e etnias distintas para percepção que todo autista é diferente, que cada um vive a sua realidade e que a família também deve ser amparada em todos neste processo.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Congresso Nacional. Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília, a lei n°12.764/12, 27 de dezembro de 2012.
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA- Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: Decreto Legislativo nº 186, de 09 de julho de 2008: Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. 4ª Ed., rev. e atual. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos, 2010. 100p.
FARIA, Leonardo. Autismo em meninos: entenda por que eles são os mais afetados. Neurocirurgião Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, Minas Gerais,2018. Disponível em https://meucerebro.com/autismo-em-meninos/. Acesso dia 21 de setembro de 2020
KANNER, L. (1943)- Autistic Disturbances of Affective Contact. Nervous Child, n. 2, p. 217-250.
PAULINO, K. V. T. – Autismo - Universidade de São Carlos, São Carlos, 2015. Disponível < http://www.gradadm.ifsc.usp.br/dados/20152/SLC0631-1/Autismo.pdf >. Acesso 21 setembro de 2020.
Pinto RNM, Torquato IMB, Collet N, Reichert APS, Souza Neto VL, Saraiva AM. Autismo infantil: impacto do diagnóstico e repercussões nas relações familiares. Rev Gaúcha Enferm. 2016 set;37(3):e61572.
PÓVOAS ,Janaynna Mayara Teixeira. Breve histórico sobre o autismo infantil.educadora, Paço do Lumiar/MA. Disponível em https://cisescolar.com.br/artigos/breve-historico-sobre-o-autismo-infantil/. Acesso 23 de setembro de 2020
SILBERMAN ,Steve. Quatro mitos sobre o autismo. BBC NEWS, 2015. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151014_vert_fut_mitos_autismo_ml. Acesso em 22 de setembro.
VARELLA ,Drauzio é médico cancerologista e escritor. Possíveis causas do autismo. Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/possiveis-causas-do-autismo-artigo/ . Acesso 23 de setembro de 2020.
[1] Graduanda em Pedagogia –UNOPAR
[2] Graduada em Pedagogia- UNOPAR, pós graduação em Neuropsicopedagogia – FAVENI.
[3] Ensino Médio Completo
[4] Graduada em pedagogia – ANHANGUERA EDUCACIONAL
[5] Graduada em Pedagogia - ULBRA, pós graduação em Psicopedagogia- FIAVEC