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UMA REFLEXÃO SOBRE O ENSINO DE LIBRAS

Taís Regina Scheid
Ligiane Ferreira Cunha
Kelly Lunardi da Silva
Sandra Tavares de Assis

 

RESUMO:

Todo cidadão brasileiro segundo Constituição Federal têm o direito de acesso a saúde, lazer, trabalho, educação e demais recursos que são necessários ao pleno desenvolvimento do ser humano. No entanto, ao longo da história as pessoas com potencialidades diversificadas, como por exemplo, os alunos visuais foram julgados incapazes de realizarem atividades consideradas normais ao ser humano “normal”. Essas pessoas foram então excluídas da sociedade e seus direitos principalmente os de acesso ao trabalho e educação foram desrespeitados. O contexto desse trabalho é de fato ter a possibilidade de observar as práticas e estratégias didático-metodológicas e pedagógicas pelos professores e interpretes de escolas públicas no que se refere ao atendimento aos alunos visuais. Para isso foi necessário um aprofundamento teórico sobre o desenvolvimento das diferentes abordagens de alunos visuais e da inclusão dos mesmos no contexto escolar. É necessário não apenas uma garantia de acesso a esses alunos visuais nas escolas, mais também garantia de uma qualidade de ensino, pois cada responsável pela educação deve compreender o universo de aprendizagem da pessoa visual e o professor juntamente com o intérprete é extremamente importe nesse contexto de ligação, ou seja, revalorizando a criatividade do sujeito humano no plano de conhecimento e potencializando o desenvolvimento de novos saberes. Também dentro das políticas públicas educacionais evidenciarem o que de fato está sendo feito no sentido de melhoria de acessibilidade para esses alunos visuais essa problematização possibilitará analisar quais as estratégias teóricas-metodológicas estão sendo abordadas para contribuir com a inclusão desses alunos em escolas públicas de ensino.

Palavras chaves: Inclusão. Educação especial. Libras e interprete.

 

RESUMEN:

Todo ciudadano brasileño de acuerdo con la Constitución Federal tiene derecho a acceder a la salud, el ocio, el trabajo, la educación y otros recursos necesarios para el pleno desarrollo de los seres humanos. Sin embargo, a lo largo de la historia, se ha considerado que las personas con diversas potencialidades, como los estudiantes visuales, son incapaces de llevar a cabo actividades consideradas normales para el ser humano "normal". Estas personas fueron excluidas de la sociedad y sus derechos, especialmente los de acceso al trabajo y la educación, fueron irrespetados. El contexto de este trabajo es, de hecho, tener la posibilidad de observar las prácticas y estrategias didáctico-metodológicas y pedagógicas de los maestros e intérpretes de las escuelas públicas con respecto a la asistencia a los estudiantes visuales. Para eso, fue necesario profundizar la teoría sobre el desarrollo de diferentes enfoques de estudiantes visuales y su inclusión en el contexto escolar. Es necesario no solo una garantía de acceso a estos estudiantes visuales en las escuelas, sino también una garantía de calidad de la enseñanza, ya que cada persona responsable de la educación debe comprender el universo de aprendizaje de la persona visual y el maestro junto con el intérprete es extremadamente importante en este contexto. de conexión, es decir, revalorizando la creatividad del sujeto humano en el plano del conocimiento y mejorando el desarrollo de nuevos conocimientos. También dentro de las políticas educativas públicas, muestran lo que realmente se está haciendo para mejorar la accesibilidad de estos estudiantes visuales. Esta problematización permitirá analizar qué estrategias teóricas y metodológicas se están abordando para contribuir a la inclusión de estos estudiantes en las escuelas públicas.

Palabras clave: Inclusión. Educación especial. Libras e intérprete.

 

1 - INTRODUÇÃO

Atualmente a educação de alunos surdos tem sido muito discutida na interface entre a educação inclusiva e educação bilíngüe. O portador de necessidades especiais enfrenta varias barreiras da comunicação e para a sua própria comunicação.     Para que essas barreiras sejam sanadas é necessário que o aluno com necessidade auditiva em primeiro lugar seja alfabetizado em libras que é a língua brasileira de sinais.

A escolarização da criança surda foi se adaptando e reorganizando conforme o tempo em função dos avanços e mudanças que só melhoraram a escolarização mediantes suas necessidades como também as dificuldades apresentadas pelos alunos ouvintes e suas relações com esses alunos visuais.

A libras é a principal porta de acesso do aluno visual na sociedade, é ela quem irá fazer com que ele comesse a ver e entender o mundo e o que se passa nele, assim podendo ter uma vida normal como a de pessoas ouvinte.

Para que o aluno possa se socializar e entrar em contato, ele precisa saber libras, porque através da libras, seus signos e sinais ele poderá mostrar o que quer e expor o que pensa. Os professores devem estar capacitados e interessados no desenvolver desses alunos para isso é preciso que eles estudem sobre a língua de sinais e aprendam para que haja a comunicação entre ambas as partes.

No capítulo V. da Educação Especial da LDB, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, diz respeito no ART. 58º.  Entendem-se por educação especial que para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.

 

Art. 59º. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades;

III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para    a integração desses educandos nas classes comuns;

IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins,  bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

 

Não adianta de nada se o professor incorporar as teorias e métodos científicos se na proporção dialógica não respeita o sujeito outro.

Segundo Bakhtin (1925), é extremamente necessário deixar a voz do outro fluir, dando-lhe espaço para expressar tudo que tenha a dizer, depois realizar a sua réplica, demonstrando as bases do pensamento do outro para fazer enfim emergir a sua voz numa perspectiva.

               Para Bakhtin (1976), cada entonação tem dupla direção; uma em relação ao interlocutor, e outra em relação ao objeto do enunciado, como terceiro participante vivo, a quem a entonação a torna inteligível, sendo o elo entre o discurso verbal e o contexto extra verbal. Portanto nos chama atenção que qualquer enunciado é expressão e produto da interação social. Portanto, o professor e o intérpretes devem se atentar para as diversas formas dos sentidos das palavras e seus significados.

O papel do professor e do intérprete vai muito mais além do que socializar conhecimento; ele deve considerar também os conhecimentos prévios dos alunos, como forma de possibilitar problematização de conteúdos garantindo dessa forma o desenvolvimento de ações favoráveis ao desenvolvimento do raciocínio lógico, crítico e reflexivo.

A exótopia mostra significadamente como o outro que está fora de si e quem tem condições de me contemplar, porque vê o que não tenho possibilidade de ver em mim tanto em meu aspecto corporal e espacial como nos meus ato que expressam meu modo corporal.

Os educadores devem ser mediadores no processo de aprendizagem para que os alunos visuais possam ter mais interações com o mundo social devem despertar interesses por coisas até então não percebidas pelos mesmos. Isso só será possível quebrando o preconceito a sua volta, podendo assim lidar com os desafios da vida se sentido alunos de potencialidades.

 

2 - O VALOR DA ENTONAÇÃO NA TRIANGULAÇÃO PROFESSOR, INTÉRPETRE E ALUNO VISUAL.

 

O interesse pela educação das pessoas surdas surgiu pela percepção da necessidade de aprofundar conhecimentos e construir novos saberes sobre a inclusão na rede regular de ensino básico e pelo fato de saber como essas questões estão sendo tratadas pelo sistema escolar: professores, intérprete e alunos visuais.

Observa - se que essas inclusões de alunos visuais nas escolas estão sendo vista como algo novo para maioria dos professores e profissionais da educação surgindo assim como um grande desafio para todos, porém as escolas têm o dever conforme a legislação nacional de atender esses alunos e dar possibilidades acessíveis para que os mesmos possam ter condições mínimas para vivencias em sociedade e contribuindo para a qualidade de vida dessas pessoas.

Acredita - se, no entanto, que o fator social onde estão inseridos esses alunos visuais contribui em muito para seu desenvolvimento intelectual e a escola sendo uma ferramenta tanto social como instrumento de formação de saberes e na ideia de formadora do indivíduo de opiniões críticas é essencial para essa mediação.

Segundo Vygotsky, (1982,1984), em suas obras apresentadas pensamento e linguagem suas ideias nos apresenta a teoria da “sociabilidade do homem, interação social, signo e instrumento, cultura, história, funções mentais superiores. ” E se houvesse que reunir essas palavras e essas fórmulas em uma única expressão poder-se-ia dizer que a teoria de Vygotsky é uma “ teoria sócio-histórico-cultural do desenvolvimento das funções mentais superiores”.

Para Vygotsky, o ser humano se caracteriza por uma sociabilidade primária isso podemos definir numa explicação mais plausível na seguinte forma a ideia que o mundo psíquico o funcionamento psicológico não está pronto com as pessoas, mas também não é recebida pelas pessoas como um pacote pronto do meio ambiente e Vygotsky sendo um autor interacionista leva em consideração coisas que vêm de dentro do sujeito coisas que vem do meio ambiente, ou seja, tudo está em construção.

Mais a postulação interacionista de Vygotsky ganha vida pelos planos genéticos de desenvolvimento, que para ele seria as quatro entradas de desenvolvimento que juntos caracterizaria o funcionamento psicológico do ser humano. (Filogêneses, história da espécie humana, Ontogêneses, história do indivíduo da espécie humana, sócio - gêneses, história cultural, do meio cultural onde o sujeito está inserido, e a Micro Gêneses, que é um aspecto mais microscópico do desenvolvimento).

Para isso é extremamente importante analisarmos todo o contexto onde esses alunos visuais estão inseridos socialmente qual vem sendo o papel das escolas para facilitar a melhoria no ambiente escolar é extremamente necessário que as escolas façam essa mediação no caso esse termo é utilizado para designar a função que os sistemas gerais de sinais desempenham nas relações entre os indivíduos e deste com seu meio.

Os processos mediadores multiplicam-se na vida sócias das pessoas, ou seja, quanto mais as escolas estejam preparadas para trazer o mais próximo à realidade desses alunos e proporcionarem melhoria de ensino mais chances terão essas pessoas para terem uma melhor qualidade de vida. E para isso é muito importante que professores tenham qualificação necessária para atender esses alunos com uma boa qualidade de ensino.

É fato que se analisarmos o social desses alunos visuais, encontraremos histórias marcadas pelos preconceitos reféns de uma sociedade capitalista de interesses particulares fato que podemos considerar essas pessoas “ditas como normais” com certos problemas auditivos com base na falta de percepção social de inclusão, pois é uma sociedade que tem ouvidos apenas para os interesses pessoais.

E nesse sentido que podemos observar que está tudo em movimento permanente e não há terreno sólido para as construções formais. Nada está definido, nada está estabelecido permanentemente tudo oscila com as alterações do quadro histórico em que as ações humanas se desenrolam.

Nesse sentido é possível diante do quadro que nos encontramos repensar as práticas educativas e buscar um olhar mais apurado aos contextos relacionado ao uso das libras ao seu ensino para alunos visuais e ouvintes e para a alfabetização e letramento destes alunos.

Todos os profissionais da educação devem sensibilizar aos aspectos culturais, sociais, psicológico e políticos entrelaçados aos seus alunos e buscar conhecer a realidade social onde esse aluno está inserido é fundamental para a melhoria do aprendizado na criação de estratégias a que venha incentivar a busca do conhecimento. É importante ressaltar que o professor que buscar aprimorar e planejar esse tipo de saberes é uma peça fundamental na escola para o incentivo a outros colegas de profissão buscar melhorias e novos métodos de ensino.

Pois a partir do momento que esse aluno tenha essas concepções que é possível sim a superação dessa necessidade, se sentirá mais forte para lidar com esses obstáculos no processo de desenvolvimento intelectual.

 A comunicação total porque defende um espaço efetivo para a língua de sinais no trabalho educacional; para que cada uma das línguas apresentadas ao aluno mantenha suas características próprias e que não se "misture" uma com a outra. O objetivo da educação bilíngue é que o aluno visual possa ter um desenvolvimento cognitivo linguístico equivalente ao verificado do aluno ouvinte e que possa desenvolver uma relação harmoniosa também com ouvintes tendo acesso às duas línguas: a língua de sinais e a língua majoritária.

Análises teóricas de Vygotsky nos conduzem perceber sobre a sociabilidade precoce da criança e a deduzir delas consequência que o levaram à proposta de uma teoria do desenvolvimento infantil. Vygotsky (1982-1984, v. IV p. 281), escreveu em 1932:

 

É por meio de outros, por intermédio do adulto que a criança se envolve em suas atividades. Absolutamente, tudo no comportamento da criança está fundido, enraizado no social. [prossegue: ] Assim, as relações da criança com a realidade são, desde o início, relações sociais. Nesse sentido, poder-se-ia dizer que o bebê é um ser social no mais elevado grau.

 

Nesse sentido de tipo de interação o papel fundamental cabe aos signos, à palavra, como um fenômeno ideológico por excelência que de acordo com Bakhtin, exerce a função de signo constituindo-se no modo mais puro e sensível de relação social. Aos diferentes sistemas semióticos que do ponto de vista genético têm em primeiro lugar uma função de comunicação, depois uma função individual: eles começam a ser utilizados como instrumentos de organização e de controle do comportamento individual. E é precisamente o ponto essencial da concepção de interação social que desempenha um papel construtivo em seu desenvolvimento.

Isto significa, simplesmente, que certas categorias de funções mentais superiores (atenção voluntária, memória lógica, pensamento verbal e conceptual, emoções complexas, etc.) não poderiam emergir e se constituir no processo de desenvolvimento sem o aporte construtivo das interações sociais.

É a partir da linguagem e de sua manifestação nos diálogos do cotidiano, nos textos e nas imagens que construímos as referências que viabilizam a existência da memória e que permitem que nos identifiquemos como membros deste ou daquele grupo social. Em outras palavras utilizamo-nos da língua e de outros sistemas de significação socialmente construídos para elaborar os significados e as representações que dão sentido à nossa existência. É na linguagem que se constroem as culturas humanas, ou seja, que se constroem as narrativas e os discursos que orientam as nossas ações.

Realizando-se no processo de relação social, todo signo ideológico e, portanto, também o signo linguístico, vê-se marcado pelo horizonte social de uma época e de um grupo social determinado. (BAKHTIN, 1988. p. 113).

Antes, o interesse se concentrava no que a criança não tem o que lhe falta à compreensão com o adulto, e determinavam-se as peculiaridades do pensamento infantil pela incapacidade da criança para produzir pensamento abstrato, formar conceitos, estabelecer vínculos entre os juízos, tirar conclusões, etc. Nesse sentindo devemos levar em consideração toda a história de vida de uma criação toda sua bagagem estabelecida desde seu nascimento ao momento em que o professor o recebe na escola, pois os alunos não são como tábuas rasas.

 

3 - A PALAVRA COMO UM FENÔMENO IDEOLÓGICO POR EXCELÊNCIA.

 

Para Mikhail Bakhtin (1989), na sua obra “Psicologia e Educação: a palavra exerce a função de signo, constituindo-se no modo mais puro e sensível de relação social”. Sendo produzido pelos próprios meios do organismo individual a palavra tem um papel de material semiótico da consciência, ou seja, procura analisar dentro o contexto social todas as línguas e sinais estabelecidos pelo contato entre os falantes determinando o conteúdo da vida interior do discurso interior.

A consciência não teria como se desenvolver se não dispusesse de um material flexível e esse material é a palavra que como instrumento da consciência acompanha toda a criação ideológica e está presente em todos os atos de compreensão e interpretação.

Para Vygotsky, a linguagem não poderia se resumir apenas ao meio abstrato do pensamento e sim com o desenvolvimento ao longo do tempo até a fase adulta do ser humano nas crianças pequenas o pensamento evolui sem a linguagem. Os primeiros balbucios se formam sem o pensamento e têm como objetivo atrair a atenção do adulto.

Percebe-se assim a presença de uma função social na fala desde os primeiros meses da criança. Pode-se, pois estabelecer no desenvolvimento da fala da criança pré-intectual e no desenvolvimento de seu pensamento, um pensamento pé-linguístico. O devemos levar e consideram que é extremamente pertinente que todos os gesto e sinas feitas pela criança de certa forma é uma linguagem na qual tenta se comunicar com os pais.

Aos dois anos de idade o pensamento pré-linguístico e a linguagem pré-intelectual se encontram e se juntam surgindo um novo tipo de organização linguístico-cognitivo. Nessa altura quando essas duas linhas se encontram o pensamento se torna verbal. Por isso é muito importante que a sala de aula esteja preparada para receber esses alunos com necessidades especiais, pois uma sala na qual tenha objetos que os chamem atenção faz-se que o mesmo desperte o desenvolvimento intelectual.

A partir daí a criança começa a perceber o propósito da fala e que cada coisa tem um nome. A fala começa a servir ao intelecto e o pensamento começa a ser verbalizado. Desse momento em diante a criança começa passa a sentir a necessidade das palavras tenta aprender os signos; é a descoberta da função simbólica da palavra.

4 - PESSOAS VISUAIS (SURDO): UM OLHAR CONTEMPORÂNEO

Compreender a construção de novos sentidos e ter como compromisso uma visão humanista e subjetiva histórico-cultural norteada pelos teóricos González-Rey, Levy Vygotsky e Mikhail Bakhtin dentre muitos outros pesquisadores do campo da psicologia, educação e linguagem. Procuramos compreender a partir da caracterização de cada pessoa a relação com a experiência individual e coletiva e que esse é um sujeito de potenciais e superações, portanto não como pessoa surda, mas sim como pessoa visual.

O significado não é mais do que uma das zonas do sentido a zona mais estável e precisa. Uma palavra extrai o seu sentido do contexto em que surge quando o contexto muda o seu sentido muda também. O significado mantém-se estável através de todas as mudanças de sentido. O significado de uma palavra tal como surge no dicionário não passa de uma pedra do edifício do sentido não é mais do que uma potencialidade que tem diversas realizações no discurso. (MORCONI, 1947-2002, p. 148).

Segundo Vygotsky, a educação de crianças deficientes sensoriais e mentais ocupou um espaço importante, pois nos leva a outra observação em relação da reflexão na ação. Na maioria das vezes em instituições de ensino não levam em conta seus aspectos sócio institucionais, pois a própria escola como estudo da psicologia, porque nela é que se realizam sistemática e intencionalmente os confrontos com a situação concreta. Nesse sentido as escolas devem ter um olhar diferente para tratar de temas tão delicados, pois a criança utiliza de conceitos sem estar conscientes deles.

Os contextos sociais mudaram e mudam constantemente, assim queremos destacar o termo SURDO que ao longo da história em seu contexto sócio-cultural-político-religioso “vê” a pessoa surda periférica, mudou-se as leis, os direitos, os acessos e as conquistas, entretanto a semântica da palavra surdo não modificou - se socialmente.

 

5 - AS PESSOAS SURDEZ

 

  A pessoa surdez com referência clínica foi e ainda é marcado pelas condições físicas da ausência total ou parcial da audição. Queremos com estas escritas propor o uso do termo pessoa visual e não mais pessoa surda onde quer caracterizar a pessoa pela sua língua e não pela condição física biológica. Todo e qualquer pessoa é marcada pela língua, ou seja, pela sua constituição mais intima a comunicação com os outros e não pela “deficiência auditiva”.

Nesse sentido podemos observar que muitas das vezes a pessoa visual, termo utilizado para definir esse aluno pela forma diferente de comunicação e hostilizado também pelas suas condições sociais e econômicas. O aluno visual na boa posição econômica muitas das vezes, não passa por esse tipo de constrangimento, devido à facilidade de acesso, tanto em escolas preparadas para recebê-los como também para o desenvolvimento intitula.

A pessoa visual na atualidade vem desenvolvendo e lutando por uma bandeira de luta ideológica nunca levantada em toda esta nação reivindicando direitos legais e às vezes utópicas na tentativa de “recompensar” as perdas históricas. Vale ressaltar que o termo utopia, neste caso, não retrata o impossível, mas o não possível neste momento onde desejam que todo devesse em todas as esferas e contextos comunicar-se por meio da língua de sinais ainda não é possível.

A língua brasileira de sinais, (doravante libras), é uma língua totalmente visual e gramatical com fonemas, morfemas, sintáticas e estruturas semântica próprias, portanto, a libras é uma língua legitimada como quaisquer outras línguas orais tais como: Inglês, Espanhol, Italiano e outras. E, ainda com inúmeras possibilidades de estruturas agramaticais.

Segundo Bakhtin, na sua obra “autor e herói na atividade estética”, já esboçava uma preocupação com a psicologia em meios às questões éticas e estéticas, examinando os processos de formação do eu. Nesse processo, percebeu três categorias: o eu-para-mim (como me percebo na minha própria consciência), o eu-para-os-outros (como o aparece nos olhos dos outros), o outro-para-mim (como percebo o outro).

  E extremamente consistente analisarmos em conto professores, sempre nos colocarmos no lugar do outro para ter a compreensão mais total dos fatos no caso em sala de aula o professor deve se colocar no olhar do aluno para que o mesmo possa se ver em quanto professor em sala de aula assim conseguindo ter novos direcionamentos da proposta de aula.

  Uma demanda significativa de sujeitos visuais cujo eixo representa as revoltas, indignações, sofrimentos e contestações à língua moralizada impostas a todos de forma ríspida e agressiva. Aspiração de independência linguística está permeando todas as esferas sociais do sujeito com surdez na tentativa de desmascarar as consequências das ações do passado, ou seja, praticadas pelos usuários da dita língua hegemônica que pretendiam e pretendem empola aos sujeitos visuais. Desconsiderando, portanto os sujeitos como indivíduos, pois a imposição da língua moralizada representa até mesmo opressão e exclusão.

  Quando referimos a opressão e exclusão não estamos usando recursos melodramáticos nem panfletários estamos referindo-se a um sujeito em que ainda é marginalizado pela sua característica linguística. A pessoa visual não tem comprometimentos mentais nem tão pouca inferioridade cognitiva, simplesmente, utiliza-se de uma língua visual com estruturas e modalidades diferentes das orais aquelas ditas normais e legitimadas.

 

“A palavra nova significa uma relação estabelecida entre um objeto e outro, e essa relação, dada a experiência, está sempre presente na origem de cada palavra. ” E ainda “nenhuma palavra surge por acaso...” (VIGOTSKY, 1947, p. 232).

 

 O termo visual vem para identificar a pessoa pelo seu potencial linguístico, sua marca social, sua forma natural de comunicação com o meio externo, ou seja, sua representação e valoração como ser humano.

Antagonicamente, a pessoa “surda” descaracteriza a sua autonomia como sujeita na visão do outro, o social, logo está submisso a uma representação física a surdez. A pessoa visual no início deste novo século era frequentadora somente das APAES, instituições responsáveis por atender pessoas com algum comprometimento físico ou mental fato esse que leva a esses alunos passarem por situação de constrangimento e também de ofensa e preconceito por parte de outras pessoas que se consideram normal.

Em 2002 com a Lei nº 10.436 constitui-se a Libras como língua oficial da comunidade visual (BRASIL, 2002). Entretanto, o corpo docente, discente e técnico das escolas regulares ainda não incluiu efetivamente neste processo de acessibilidade ainda recai sobre o profissional tradutor intérprete quando tem a responsabilidade de mediar toda e qualquer comunicação educacional.

Portanto, com todo este contexto histórico e social o termo SURDO ainda está impregnado no sujeito aquele que falta algo aquele que precisa consertar algo aquele que tem algo defeituoso, segundo Bakhtin, para fins de definição a psicologia não deve levar em consideração o fator fisiológico, nem biológicos, mais sociológicos, vale ressaltar que o termo surdo provém da medicina.

São escassos os estudos envolvendo o processo de aprendizagem do sujeito visual, temos sim, inúmeras publicações que relatam o contexto histórico de luta, sofrimento, perseguições as pessoas surdas. Em todo o país temos somente duas teses que tratam do assunto de escrita da língua portuguesa pela pessoa visual, mesmo assim, uma defende a escrita própria da pessoa visual.

As pessoas que escutam são conhecidas e classificadas como ouvintes, o termo ouvinte não marca nenhuma deficiência não marca condição clínica muito pelo contrário, marca e registra o espelho da própria língua, pois reflete a característica da língua, ou seja, uma língua oral-auditiva emissor fala e o receptor escuta/audição. O termo ouvinte caracteriza o potencial linguístico do sujeito que escuta uma palavra que estampa um raio-X das línguas orais.

Em contrapartida, o termo surdo não reflete nem remete as línguas de sinais, refletem a deficiência do sujeito que a usa. A libras, a língua francesa de sinais, a língua americana de sinais e todas as demais línguas de sinais são línguas viso-espacial, ou seja, são línguas visuais. Portanto, propomos o termo pessoa visual com a intenção de espelhar a pessoa as características de sua língua e não as marcas histórias nem tão pouco uma marca clínica de deficiência. Este é o primeiro passo de autonomia social.

A experiência discursiva individual, segundo Bakthin, de cada pessoa se forma e se desenvolve em uma constante interseção com os enunciados individuais alheios, assim um enunciado está cheio de matizes dialógicos e nosso próprio pensamento é constituído nessa interação dialógica com pensamentos alheios.

A língua portuguesa nas escolas torna - se assim, o engessamento da pessoa visual usar tão somente a língua visual. As marcas subjetivas singulares se desenvolvem nas esferas sociais e históricas estampadas numa concepção complexa, entretanto, singular nos aspectos subjetivos. O sujeito coletivo está para o social assim como o social está para o individual.

Conforme Gonzaléz-Rey, a subjetividade é a configuração das configurações de sentidos subjetivos que constituem a expressão simbólico-emocional construídas nas mais diversas esferas sociais e que passam a constituir o sujeito comungando assim como pensador russo Mikhil Bakhtin (1929).

A pessoa visual é norteada nas escolas regulares como aquele que não pode ficar retido nas séries escolares pelo motivo de serem “surdos” e fazem parte de um programa nacional de inclusão, logo não podem ser excluídos com as ditas reprovações, segundo González-Rey (in MARTÍNEZ; TACCA, 2011, p. 51), as pessoas com deficiências motoras, cegos e surdos só prejudicam o desenvolvimento intelectual em casos de processos inadequados de socialização e ensino.

Os educadores não foram orientados nem habilitados em suas graduações a atenderem os ditos “alunos especiais, os estudantes ditos “especiais” esses estudantes são aprovados não por conhecimentos científicos mais por idade cronológica”. Entretanto, as universidades públicas não veem os alunos “especiais” com os mesmos olhos que a educação básica.

Isso nos chama atenção para que nossos professores sejam extremamente preparados e qualificados para atender todos os alunos que necessitam de aprendizagem sem que sejam deixados para trás ou mesmo sendo alunos invisíveis nas salas de aula, além disso, o professor também deve se atentar para a busca só saber ter o entendimento da sua responsabilidade de cada vez mais buscar eliminar suas limitações.

 

6 - A IMPORTÂNCIA DA ENTONAÇÃO E A EXÔTOPIA PARA O EDUCADOR

 

Segundo Bakhtin (1925), é extremamente necessário deixar a voz de o outro fluir dando-lhe espaço para expressar tudo que tenha a dizer e depois realizar a sua réplica demonstrando as bases do pensamento do outro para fazer enfim emergir a sua voz numa perspectiva.

O olhar do professor e do interprete devem ter na sua amplitude o compromisso da totalidade fugindo da rejeição das categorias de divisão e separação permitindo a realidade dialógica da linguagem.

 

A entonação sempre está na fronteira do verbal como o não verbal, do dito com o não dito. Na entonação, o discurso entra diretamente em contato com a vida. E é na entonação, sobretudo que o falante entra em contato com o interlocutor ou interlocutores: a entonação é social por excelência. Ela é especialmente sensível a todas as vibrações da atmosfera social que envolve o falante. (BAKHTIN, 1976. p.12).

 

Essa amplitude totalizante não deve ser apenas a entonação, mas toda a estrutura formal da fala e seus significados com a relação do enunciado com o conjunto de riquezas internalizado no meio social onde ocorre o discurso. Tanto o professor e interprete devem se perceber que o ato da fala não pode ser algo separado do conjunto, ou seja, individual, pois a enunciação é de natureza social.

O papel do professor e do intérprete vai muito mais além do que socializar conhecimento; ele deve considerar, também, os conhecimentos prévios dos alunos como forma de possibilitar problematização de conteúdo garantindo dessa forma o desenvolvimento de ações favoráveis ao desenvolvimento do raciocínio lógico, crítico e reflexivo.

A expressão corporal tem a capacidade de expressar suas emoções com os movimentos do corpo, o papel do gesto, da mímica ou gesticulação facial, são ativos e objetivos assumindo uma posição social, ou seja, é visível o respeito pelo contexto social do outro. Esse resultado de toda essa interação é conjunto de várias ações do crescimento em torno de nossos objetivos em forma de encarar a vida e na construção de nosso caráter.

Para Bakhtin (1976), cada entonação tem dupla direção; uma em relação ao interlocutor e outra em relação ao objeto do enunciado como terceiro participante vivo a quem a entonação a torna inteligível sendo o elo entre o discurso verbal e o contexto extra verbal. Portanto nos chama atenção que qualquer enunciado é expressão e produto da interação social. Portanto, o professor e o intérprete devem se atentar para as diversas formas dos sentidos das palavras e seus significados.

A exotopia mostra significada mente como o outro que está fora de si é quem tem condições de me contemplar, porque vê o que não tenho possibilidade de ver em mim tanto em meu aspecto corporal e espacial como no meu ato que expressam meu modo corporal.

Como o educador atuando em sala de aula pode contribuir dando-lhe possibilidade para que o outro no caso o aluno visual possa ter condições de ter um olhar de si? Quando o professor e o intérprete dão condições para que cada aluno possa evidenciar seu contexto social, pois nossos alunos não são tabuas rasas e todos têm algo a contribuir para cada enunciado e o professor e o intérprete façam de sua sala de aula um palco de teatro incorporando ao máximo cada enunciado dando vida e sentindo as palavras e seus significados que através das representações gestuais e corporais esses alunos possam ter possibilidade de criar seus próprios significados. Despertando a cognição modo que cada um possa perceber e interpretar a si mesmo.

A visão que o outro tem de mim nunca será igual à visão que tenho de mim mesmo. O eu percebo o interior do outro e com isso terei a visão do outro sobre as relações com base com que vê externamente. Nesse sentido, o enunciado se produz num contexto social entre duas pessoas socialmente organizadas não sendo necessária a presença atual do interlocutor, mas pressupondo-se a sua existência.

Assim, todo enunciado é um diálogo desde a comunicação de viva voz entre duas pessoas até as interações mais amplas entre enunciados. O que importa é de fato a relação entre pessoas.

Os educadores devem favorecer para que os alunos visuais possam ter mais interações com o mundo social devem despertar interesses por coisas até então não percebidas pelos mesmos. Isso só será possível quebrando o preconceito a sua volta podendo assim lidar com os desafios da vida se sentido alunos de potencialidades.

O contexto desse trabalho é de fato ter a possibilidade de observar as práticas e estratégias didático-metodológicas e pedagógicas pelos professores e interpretes de escolas públicas no que se refere ao atendimento aos alunos visuais.

Para isso foi necessário um aprofundamento teórico sobre o desenvolvimento das diferentes abordagens de alunos visuais e da inclusão dos mesmos no contexto escolar. Pela plenitude da grandeza do tema será necessário um maior aprofundamento nas pesquisas futuras.

Também dentro das políticas públicas educacionais evidenciam o que de fato está sendo feito no sentido de melhoria de acessibilidade para esses alunos visuais e essa problematização possibilitará analisar quais as estratégias teórico-metodológicas estão sendo abordadas para contribuir com a inclusão desses alunos em escolas públicas de ensino.

A linguagem numa perspectiva de totalidade integrada à vida humana. A comunicação verbal não pode de essa forma ser compreendida fora de sua ligação com uma situação concreta. Preciso de ajuda para descrever essa ideia! Bakhtin, (1988. p.108.).

Para Bakhtin, a fala, as condições de comunicação e as estruturas sociais estão também indissoluvelmente ligadas. Tanto o conteúdo a exprimir como sua objetivação externa são criada a partir de um único e mesmo material a expressão semiótica.

Portanto, é de suma importância que o professor tenha uma boa expressividade que faça da comunicação não verbal uma ferramenta pedagógica para que o aluno visual possa no seu psíquico de fato ter outras formações de conhecimento, pois a língua de sinais será direcionada pelo interprete ao aluno. Essa interação professor e interprete é muito significativo, para novos horizontes de aprendizagem do aluno visual.

O centro organizador e formador da atividade mental não está no interior do sujeito, mais fora dele, na própria interseção verbal. Não é a atividade mental que organiza a expressão, mas é a expressão que organiza atividade mental, modelando e determinando a sua orientação. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim numa extremidade, na outra, apoia-se sobre meu interlocutor... (BAKHTIN, 1988, p. 113.).

De fato, a entonação é o elo entre o discurso verbal e o contexto extraverta como dito e o não dito, nesse sentido o discurso entra diretamente em contato com a vida quando o falante entra em contato com a interlocutora entonação é social por excelência.

Segundo Bakhtin, não é só a entonação, mas toda estrutura formal da fala que depende em grau significativo da relação do enunciado com o conjunto de valores presumidos do meio social onde ocorre o discurso.

A entonação tem três faces: a do falante, a voltada para o interlocutor à espera do apoio coral e a que se dirige ao objeto do enunciado como a um terceiro participante. Portanto, o papel do gesto, dá mímica ou gesticulação facial. Tanto entonação como gesto são ativos e objetivos por tendência. Quando uma pessoa entoa ou gesticula, ela assume uma posição social ativa.

 

7 – OBJETIVO

 

O objetivo é estudar os caminhos mais eficientes para promover a inclusão de alunos surdos nas instituições de ensino. É debater abordagens para a educação de deficientes auditivos e as estratégias para melhorar as metodologias de ensino voltadas para esse público. 

 

8 - METODOLOGIA

 

O trabalho consiste em pesquisa bibliográfica, por meio de leituras em livros e na internet, para que tenha uma base teórica de qualidade, onde possa confirmar o descrito neste trabalho.

A pesquisa bibliográfica visa a qualidade do ensino que será proporcionado aos alunos identificados com surdez para que se consiga chegar ao objetivo que é demonstrar aos educadores como funciona este transtorno e como os professores conseguiram identificar o trabalho que irá desenvolver com seus alunos por igual na sala de aula.

A metodologia a ser utilizada é qualitativa, pois visa à qualidade do ensino que é proporcionado aos alunos com deficiência de surdez.

Compreendemos que este formato de pesquisa nos coloca de frente com a realidade em função de sermos contribuintes da melhoria no ensino para que possamos adentrar em estudos mais avançados e que o aluno já esteja se habituando a escola, aos colegas e a forma como o professor possa trabalhar.

 

9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A escola tem o papel fundamental de formar cidadãos com eficiência para a construção da sociedade. Fica claro que ainda temos que lutar muito para melhorar o ensino nas escolas tanto na qualificação dos professores quanto na melhoria das infraestruturas das escolas.

 A escola precisa receber os alunos da maneira de dar acessibilidades e possibilidades de alcance para utilização com segurança e autonomia, proporcionando a maior independência possível e dando ao cidadão o direito de ir e vir a todos os lugares que ele necessitar, seja no trabalho, no estudo ou lazer o que ajudará e levará a reinserção na sociedade.

Portanto, temos ainda um grande desafio e uma constante maratona pela frente. E além das barreiras físicas presentes existem outras psicossociais que são inerentes o preconceito, a ignorância e o medo.

Há muitos desafios por vir e com toda certeza estaremos aqui para supri-los e encara-los com muito orgulho de poder estar contribuindo com o desenvolvimento social e com a melhoria da vida das pessoas.

 

“A entonação expressiva é um traço constitutivo do enunciado. No sistema da língua, isto é, fora do enunciado, ela não existe. [...] se uma palavra isolada é pronunciada com entonação expressiva, já não é mais palavra, mas um enunciado acabado”. (BAKHTIN, 2009 [1929], p. 305).

 

Precisamos dar uma nova entonação ao pensamento educacional, também, os educadores necessitam compreender o processo de aprendizagem da pessoa visual em sua amplitude cognitiva.

O cognitivo é só uma parte do subjetivo, ou melhor, no subjetivo, tal como se compreende na teoria de González-Rey não existe separação entre o cognitivo e o afetivo. O sentido subjetivo é ao mesmo tempo processo simbólico e emocional.

 Em todas as nossas escritas e discursos usemos o termo “pessoa visual”, pois damos a este cidadão a terminologia que retrata o sua características no olhar do outro, o educador. A palavra visual não será meramente uma palavra, mas sim, uma representação simbólica afetiva dentro de qualquer enunciado.

Por fim, espera-se que o estudo desperte reflexão nos educadores e futuro educadores quanto à importância da formação em língua de sinais brasileira, principalmente os que possuem surdos em suas classes.

 

REFERÊNCIAS

 

ALBRES, Neiva de Aquino. História da língua de sinais em Campo Grande – MS. Petrópolis: ARARA AZUL, 2005. BRITO, Lucinda Ferreira. Por uma gramática de língua de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro/UFRJ, 1995.

 

BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003 (1929). BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2010 (1929).

 

BUENO, J. G. S. Educação especial brasileira: integração/segregação do aluno diferente. São Paulo: EDUC, 1993. ________. A educação do deficiente auditivo no Brasil. In: BRASIL/MEC/SEESP. Tendências e desafios da educação especial. Brasília: SEESP, 1994, p. 35-49.

 

BOTELHO, Paula. Linguagem e letramento na educação dos surdos. Belo Horizonte. Autentica, 2005.

 

BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 20/07 2020.

 

BRASIL. Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002. Dispoe sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e dá outras providencias.Brasília: Presidencia da Republica, Casa Civil, 2002b.

Disponível em: www.udesc.br › arquivos › udesc › documentos › Lei_...Acesso em 17/07/2020.

 

 

DECRETO nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436,de 24 de abril de 2002. Brasilia: Presidencia da Republica, casa civil, 2005. Disponível em:

 www.planalto.gov.br › 2005 › decreto › d5626. Acesso em 15/07/2020.

 

 

DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA - Lei 9.304 de 20.12096. Brasília: Conselho Nacional de Educaçao, 2002. Disponível em: portal.mec.gov.br › seesp › arquivos › pdf › diretrizes. Acesso em 16/07/2020.

 

 

FIORIN, José Luiz. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Ática, 2006. GONZÁLEZ-REY, Fernando L. Sujeito e subjetividade: uma aproximação históricocultutal. São Paulo: Thomson Learning, 2005. _____.Os Aspectos Subjetivos no Desenvolvimento de Crianças com Necessidades Especiais Além dos limites concretos do defeito. In: MARTÍNEZ, Albertina Mitjáns; TACCA, Maria Carmem Villela Rosa(Org.). Possibilidades de Aprendizagem Ações pedagógicas para alunos com dificuldades e deficiência. Campinas: Alínea, 2011.p. 51.

 

GONZÁLEZ-REY, Fernando L. Sujeito e subjetividade: uma aproximação históricocultutal. São Paulo: Thomson Learning, 200

 

VIGOTSKY, Lev S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Ed. Ridendo Castigat Mores, 2002 (1947). VIGOTSKY, Lev S. Psicologia pedagógica. São Paulo: WMF, 2010.

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