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DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NA ALFABETIZAÇÃO

 

Sandra Aparecida Guedes 1

Prof. Esp. Rosangela Spontam Marques2

 

 

 

RESUMO

 

O foco principal deste trabalho é fazer uma reflexão sobre dificuldade de aprendizagem na alfabetização, apresentando como problemática maior as dificuldades enfrentadas pelos alunos em sala de aula, com o objetivo de promover avanços para superação dos níveis do estágio do desenvolvimento intelectual e hipóteses da escrita através de atividades desafiadoras, visando à apropriação do código alfabético possibilitando e estimulando o desenvolvimento cognitivo dos alunos, quanto à leitura e escrita; Onde o mesmo apresenta como referencias vários autores como Souza, Martins, Carvalho, entre outros. No qual alguns autores colocam que as dificuldades que não forem sanadas nos primeiro anos dificilmente a criança irá superar nos anos seguintes, por essa razão o trabalho está voltado para as crianças com dificuldade de aprendizagem e como é trabalhar essas dificuldades na sala de aula surgindo a grande preocupação dos professores ao que se refere à criança e a família da mesma que muitas vezes também não tem tempo de acompanhar essa criança em casa, nos colocando, ser esse o papel da escola.

 

 

Palavras-chave: Dificuldade de Aprendizagem. Socialização. Alfabetização.

 

 

INTRODUÇÃO

 

O presente trabalho tem como tema a dificuldade de aprendizagem na alfabetização, onde a maior problemática encontrada em sala de aula é a dificuldade de socialização dos alunos referente aos conteúdos trabalhados em sala, onde a criança que apresenta dificuldade tem um processo mais lento em socializar a leitura e a escrita.

Tendo assim como objetivo geral fazer uma análise sobre as dificuldades de aprendizagem na alfabetização, fazendo assim uma interação referente a leitura e a escrita no qual identifica quais os tipo de distúrbio que cada criança apresenta: E como objetivo especifico: trabalhar metodologias diferenciadas para melhor socialização dos conteúdos trabalhado em sala de aula; Identificar quais as dificuldades enfrentadas pelos alunos na alfabetização referente a dificuldade de aprendizagem; Compreender a natureza destas dificuldades de aprendizagem, suas causas, tipos e sinais de alerta, tanto em casa como na escola; Compreender o processo de diagnóstico e intervenção utilizados referente as dificuldades de aprendizagem diante a lei­tura e escrita;

Este trabalho, consistem em fazer uma breve reflexao sobre as dificuldades de aprendizagem enfrentadas tanto pelos educadores quanto pelos alunos principalmente em sala de aula, onde alguns autores afirmam que as dificuldades que não forem sanada nos primeiro anos dificilmente a criança irá superar nos anos seguintes, sendo que cada serie apresenta um planejamento no qual deva ser cumprido no decorrer de cada bimestre, limitando-se, o professor de dar uma atenção maior para aqueles alunos que apresenta-se dificuldade na aprendizagem principalmente quando se refere na escrita e na leitura.

Portanto devemos compreender que para trabalhar com a criança com dificuldade de aprendizagem, primeiro precisamos termos conhecimento referente a diferença entre: dificuldade de aprendizagem ou transtono de aprendizagem; o que causa as dificuldades de aprendizagem; tipos básicos; sinais de alerta em casa e na escola; dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita; conceituação; fatores etiológicos; modelos; diagnóstico, intervenção, etc.

Entendendo assim que cada criança é única. Cada uma com sua história. E para diagnosticar (criticar) é preciso entender, olhar, ouvir, e compreender a criança como criança. É preciso observar o aluno como a criança que é, aceitando cada um com suas dificuldade e facilidades com um olhar de educador, aprendendo com a criança e não passar para ela que o professor sabe tudo, e ela não sabem nada, pois assim não irá alcançar nenhum objetivo, pois não podemos jamais considerar que a criança é uma folha em branco. Onde o papel fundamental do professor é passar para a criança com dificuldade ou transtorno de aprendizagem, que a mesma é capaz de aprender e nunca deva desistir de alcançar os objetivos desejados. Sendo que se a criança construir algo jamais podemos destruí-la ou criticar. Pois o papel do educador é agir como mediador, ajudando a promover mudanças, trabalhando com os equilíbrios/desequilíbrios e resgatando o desejo de aprender.

As dificuldades de aprendizagem podem ser divididas em tipos gerais. Outro aspecto é como uma criança, pode saber tudo o que é possível, saber sobre dinossauros aos quatro anos, mas ainda ser incapaz de aprender o alfabeto? Como um aluno que lê três anos à frente do nível de sua série entrega um trabalho por escrito completamente incompreensível? Como uma criança pode ler um parágrafo em voz alta impecavelmente e não recordar seu conteúdo cinco minutos depois? Não nos admira que os estudantes sejam acusados com tanta frequência de serem desatentos não-cooperativos ou desmotivados.

 

 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

A dificuldade de aprendizagem na alfabetização é um processo no qual, independentemente da faixa etária da criança é preciso que a mesma tenha um prévio conhecimento, se apropriando intelectualmente de determinados conceitos, entendendo assim importantes, contextos históricos que são instruídos, em seu cotidiano no qual mesmo esteja inserido. Onde muitas vezes a escola é colocada como a principal responsável pelo aprendizado do aluno, sendo assim é importante que haja uma interação referente às relações de proximidade entre escola/família, como objetivo de buscar auxilio para que a criança possa a vir superar ou reduzir suas dificuldades ainda no princípio do processo de alfabetização.

Buscando assim ampliar as concepções teóricas capazes de definir melhor sobre a dificuldade de aprendizagem na alfabetização, foi possível observar que para Grigorenko, Sternberg (2003, p.29, apud PÉRSIO, BERTOSO):

Dificuldade de aprendizagem é um distúrbio no processo psicológico básico que pode se manifestar em uma aptidão imperfeita para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar ou realizar cálculos matemáticos, envolvido no entendimento ou no uso da linguagem, falada ou escrita, que pode se manifestar em uma aptidão imperfeita para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar ou realizar cálculos matemáticos.

 

Fernández (1991) considera as dificuldades de aprendizagem como sintomas ou “fraturas” no processo de aprendizagem, onde necessariamente estão em jogo quatro níveis: o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo. A dificuldade para aprender, seria o resultado da anulação das capacidades e do bloqueamento das possibilidades de aprendizagem de um indivíduo e, a fim de ilustrar essa condição, utiliza o termo inteligência aprisionada.

Para Ferreiro (1992, apud MARTINS, 2013, p.10),

é preciso dar à criança o tempo de processar, de ler tanto o traço visível, quanto o invisível de uma obra, de um gesto ou texto, de uma pintura, de um desenho, de uma adivinha. Mas tudo o que é “lido” pela criança é chamado de texto. Seja objeto, imagem, situação ou palavra, os textos são simultaneamente subjetivos e sociais. As brincadeiras e jogos, os livros e histórias, os desenhos, as pinturas, as fotografias, as obras de arte, as falas, os filmes, estão permeados pelo social. Pois as crianças vão construindo seus signos a partir de sua experiência com o mundo objetivo e do contato com as formas culturalmente determinadas de organização do real fornecidas pela cultura.

 

Souza (1996) coloca que as dificuldades de aprendizagem surgem quando a prática pedagógica distancia-se progressivamente das necessidades dos alunos com dificuldade. Tornando assim a aprendizagem insignificativa para o aluno. Portanto é necessário que o professor tenha um olhar voltado para o aluno com dificuldade, para que o mesmo possa sanar essa defasagem, onde o conteúdo se tornará menos rígido, mais maleável e tolerante, sendo possível perceber uma maior interação, interesse, e desenvolvimentos, suprindo assim suas necessidades.

Para Souza (2007, p. 1) as dificuldades de aprendizagem subdividem-se em diversas áreas específicas, nomeadas como:

(...) visuo-espacial (dificuldades na percepção da cor, na leitura de "b/d" e "p/q", realizando reversões, por exemplo), auditivo- linguística (dificuldades na compreensão de instruções, sem comprometimento a nível físico, nomeadamente surdez, que pode ir de um grau ligeiro a um grau severo), organizacional (dificuldades em cumprir tarefas com sequência, ou seja, a criança/jovem tem dificuldade em realizar uma tarefa com princípio, meio e fim), motora (problemas na coordenação global ou fina, por exemplo, a nível da escrita), académica (é a mais comum; a criança/jovem pode apresentar dificuldades na área da matemática e/ou da leitura/escrita) e sócio emocional (dificuldade no cumprimentos de normas sociais) (SOUZA 2007, p. 1).

 

Fernández (1991) coloca que a aprendizagem escolar é considerada um processo natural da criança, porém muitos alunos sentem grandes dificuldades na alfabetização, principalmente em relação à leitura e à escrita. A aprendizagem escolar também é considerada um processo natural, que resulta de uma complexa atividade mental, no qual o pensamento, a percepção, as emoções, a memória, a motricidade e os conhecimentos prévios estão envolvidos e onde a criança deva sentir o prazer em aprender. O estudo do processo de aprendizagem humana e suas dificuldades são desenvolvidos pela Psicopedagogia, levando-se em consideração as realidades interna e externa, utilizando-se de vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os, este estudo do processo de aprendizagem e suas dificuldades devem ser analisados primeiramente com relação à realidade externa e interna do aluno, utilizando vários campos de conhecimento e de uma forma global compreender a condição do sujeito que tem dificuldades em leitura e escrita.

Para Kincheloe (1997, apud CARVALHO, 2015, p.15), coloca que a dificuldade de aprendizagem é vista como:

um atraso, de desordem ou imaturidade num ou mais processos da linguagem falada, da leitura, da ortografia, da caligrafia ou da aritmética, no qual é resultantes de uma disfunção cerebral ou distúrbios de comportamentos, e não dependentes de uma deficiência mental, de uma privação cultural ou de um conjunto de fatores pedagógicos

 

De acordo com Collares e Moysés (1992, apud MARTINS, 2013, p.16), o uso da expressão dificuldade de aprendizagem tem se expandido de maneira assustadora entre os professores, apesar da maioria desses profissionais nem sempre conseguir explicar claramente o significado dessa expressão ou os critérios em que se baseiam para utilizá-la no contexto escolar. Na opinião das autoras, a utilização desmedida da expressão dificuldade de aprendizagem no cotidiano escolar seria mais um reflexo do processo de patologização da aprendizagem ou da biologização das questões sociais.

Collares e Moysés, (1992, apud MARTINS, 2013, p.16), Colocam que:

[...] distúrbios de aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestas por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estas alterações são intrínsecas ao indivíduo e presumivelmente devidas à disfunção do sistema nervoso central.

 

Apesar de um distúrbio de aprendizagem poder ocorrer concomitantemente com outras condições desfavoráveis como, por exemplo: alteração sensorial, retardo mental, distúrbio social ou emocional ou influências ambientais (por exemplo, diferenças culturais, instrução insuficiente/inadequada, fatores psicogênicos), não é resultado direto dessas condições ou influências.

2.1 A IMPORTANCIA DA FAMILIA E DA ESCOLA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

 

Através de várias pesquisa bibliográfica referente a importância da família e da escola no processo de ensino aprendizagem, foram possível observar que o papel da família e de interagir como mediadora entre aluno e escola, e o da escola deve ser de articuladora dentro de um processo democrático, onde o conhecimento não está desvinculado de um projeto social mas sim, marcado por projetos que resgatem a cidadania e os direitos dos seres humanos. Onde a escola deve ser o espaço atraente de interação entre os quais alunos, professores, funcionários e familiares que fazem parte de forma direta e indireta, com os acontecimentos cotidiano, auxiliando na compreensão e transformação de uma forma mais ampla.

Fonseca (1995, apud, SOUSA, OLIVEIRA, ESCOVÊDO, SILVA, AGUIAR, 2005, p.17). Coloca que:

as dificuldades de aprendizagem aumentam na presença de escolas superlotadas e mal equipadas, carentes de materiais didáticos inovadores, além de freqüentemente contarem com muitos professores “derrotados” e “desmotivados”. A escola não pode continuar a ser uma fábrica de insucessos. Na escola, a criança deve ser amada, pois só assim se poderá considerar útil.

 

Na perspectiva de Vigotsky (1998), a respeito da influência sócio-cultural, no processo de desenvolvimento humano, destaca-se a interação criança-adulto, no sentido de possibilitar avanços do aprendizado contextualizado à realidade vivenciada, e nesse leque de interações a leitura e escrita pode ser incentivada nas relações familiares. Observa-se que o contexto familiar dos alunos pertencentes às classes menos favorecidas, os níveis de aprendizado da família em alguns momentos impedem-nas de progredir na leitura e escrita, pois a leitura e escrita são apropriadas pelos alunos também no convívio com outras pessoas.

Para Souza, (1997, apud ALMEIDA, 2015, p.5), as consequência do fracasso escolar, se da devido a inadequação para a aprendizagem, onde a criança é envolvida por sentimento de inferioridade, frustação e perturbação emocional, tornando sua auto estima anulada, principalmente se este sentimento já estiver instalado no seu ambiente de origem, onde:

Se o clima dominante no lar é de tensões e preocupações constantes, provavelmente a criança se tornará uma criança tensa, com tendência a aumentar a proporção dos pequenos fracassos e preceitos próprios da contingência da vida humana”. Se o clima é autoritário, onde os pais estão sempre certos e os filhos sempre errados, estes podem se tornar acovardados e submissos com professores, e dominadores, hostis com outros mais jovens que eles, ou pode revoltar-se contra qualquer tipo de autoridade. Ou se o clima emocional do lar é sempre amigável e acolhedor onde permite a livre expressão emocional do indivíduo, ele tenderá a reagir com seus sentimentos, positivos ou negativos, dependendo da situação livremente ou espontaneamente.

 

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Nessa perspectiva Rego (1998), aponta que o desenvolvimento do aprendizado do aluno incide na participação do adulto, seja ele o professor, os pais, ou outros adultos que convivem com os alunos. No nível social considera-se a aprendizagem como um dos pólos do processo ensino-aprendizagem, que sintetizado constitui o processo educativo dedicado à transmissão da cultura. Por meio dele o sujeito histórico exercita, assume e incorpora a cultura popular. Ao contemplarmos as relações raciais dentro do espaço escolar, questionamo-nos até que ponto ele está sendo coerente com a sua função social quando se propõe a ser um espaço que preserva a diversidade cultural, responsável pela promoção da equidade. Diante disso, entendemos que ser professor, significa compreender que a prática da linguagem seja está escrita ou falada traduz-se muitas vezes na capacidade de denunciar os preconceitos sociais e linguísticos, e fazer com que o ensino/aprendizagem seja um instrumento para uma melhor qualidade de vida do indivíduo.

Strick e Smith (2001, apud BELLEBONI (s,d) p. 2) ressaltam que:

o ambiente doméstico exerce um papel muito importante na vida da criança determinando assim que o mesmo aprende a definir o positivo do negativo, o bem do mal. Portanto a criança que recebem incentivo e carinho durante sua adolescência, tendem a ter atitudes positivas, tanto sobre a aprendizagem ou sobre si mesmos. Buscando encontrar modos de contornar as dificuldades, por mais graves que pareça. As autoras colocam que o estresse emocional e as palavras de desmotivação também compromete a capacidade do indivíduo para aprender

 

2.2 O PAPEL DO PROFESSOR COMO MEDIADOR

 

O papel do professor é conduzir o aluno a compreender a realidade de que faz parte, situando-se, interpretando-se e contribuindo para sua transformação, avaliando o aluno de forma individual, continua e diária para melhor observar a aprendizagem e avanço de cada criança em seu cotidiano.

Rocha, (2002, apud JULIANI, PAINI, 2008, p.3)

a escola só será inclusiva quando souber lidar com a diversidade na unidade; quando souber trabalhar pedagogicamente com as diferenças e não tentar homogeneizá-las”. Considerando o contexto das escolas de ensino regular, nem todos aqueles que apresentam necessidades educativas especiais são pessoas com deficiência. Há casos de alunos com problemas e dificuldades no processo de aprendizagem, que engrossam a lista do famigerado “fracasso escolar”, decorrentes de uma variedade de fatores, muitas das vezes, ligados às condições socioeconômicas e/ou pedagógicas desfavoráveis.

 

Portanto a LDB-9394/96, define a educação a 1ª etapa da educação básica garantindo os direitos da criança.

Art. 29- A educação infantil primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seus anos de idade em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, completando da família e da comunidade.

O artigo 29º - nos confirma a importância da primeira etapa da criança que é educação infantil e que a escola é um espaço social privilegiado de construção do conhecimento.

Freire (2005 apud SANTOS, SANTOS, ARAGÃO 2013. P.7) diz que:

o professor tem que partir da realidade do aluno, pois a primeira leitura que o sujeito faz é a leitura do mundo, ele não chega pronto para ser alfabetizado, ele vem com conhecimentos prévios da sua realidade, uma bagagem de conhecimento do mundo. Nesse momento é dever do professor levar em conta o que o aluno traz e partir da sua experiência, para assim se apropriar da leitura e da escrita, pois envolve o aluno de uma maneira que suas dificuldades vão sendo superadas.

 

Segundo Carvalho (2000, apud apud JULIANI, PAINI, 2008, p. 3) coloca que a educação inclusiva começa pela nossa disposição em deslocar o foco da educação especial, no qual está voltada unicamente ao aluno com necessidades especiais, onde a educação promove uma prática pedagógica vinculada à aprendizagem e participação de todos os alunos. Sendo que::

não basta abrir os portões escolares e esperar que esse aluno supere suas necessidades, integre-se às condições oferecidas pela escola e assim garanta sua permanência e sucesso escolar”. Para haver uma inclusão com responsabilidade e dignidade são necessários investimentos e adaptações da escola no intuito de atender e corresponder, da melhor forma possível, às necessidades educacionais especiais de todos os alunos que nela se encontram.

 

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Tendo se em vista que por muitos anos as dificuldades de aprendizagem foram atribuídas às questões cerebrais, ou seja, todas as crianças que apresentavam dificuldades de aprendizagem tinham experiência de alguma espécie de dano cerebral, segundo os grandes estudiosos já se podem afirmar que nem todas as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem tenha sofrido uma lesão ou qualquer outro dano cerebral, e mesmo que a criança tenha sofrido tais danos não podemos afirmar que esta é a causa de sua dificuldade, sem antes buscarmos conhecer toda a história e a realidade de vida desta criança.

De acordo com alguns estudiosos são vários os fatores que podem causar dificuldades de aprendizagem. Por isso não podemos atribuir estes problemas a uma única causa, pois devemos entender que quando uma criança apresenta determinado problema, algo não está acontecendo de maneira correta e adequada na vida desta criança, ressaltam ainda que muitas vezes a consequência do fracasso escolar, é devido à inadequação para a aprendizagem, a criança é envolvida por sentimentos de inferioridade, frustração, e perturbação emocional, o que torna sua auto imagem anulada, principalmente se este sentimento já fora instalado no seu ambiente de origem. Uma vez que se torna de fundamental importância admitir que tal criança precisa de ajuda imediata de profissionais especializados.

Pois normalmente quando falamos sobre dificuldades de aprendizagem logo vem a nossa mente algo do tipo, aluno com incapacidade de aprender, desobediente e rebelde principalmente voltada para realização de determinada atividade. Então a função da escola (professor) é propiciar aos alunos caminhos para que eles aprendam cada vez mais e possibilitem aos mesmos atuar criticamente em seu meio social.

A escola e a família são os principais responsáveis pela interação da criança na sociedade. Levando este a ser capaz de contribuir para o bom desenvolvimento para uma socialização mais adequada, de forma que consiga conciliar um bom relacionamento com a participação ativa, caracterizando assim criança como participante, fazendo sentir-se um ser social, permitindo assim possibilidade de identificação das dificuldades de aprendizagem no processo de alfabetização e como tratá-las logo no início.

O tratamento se dá no início pela observação para depois ingressar no acompanhamento psicológico, terapêutico e também acompanhamento psicopedagógico oferecido pela equipe escolar em sala de aula ou fora dela. Muitas das atividades trabalhadas no dia-a-dia escolar ajudam a criança no desenvolvimento de suas faculdades intelectuais.

Através das pesquisas para a fundamentação do trabalho que foram de fundamental importância para que possamos entender melhor o dia a dia de uma criança com dificuldade de aprendizagem, pois muitas vezes não estamos capacitadas para trabalhar com a dificuldade da criança e julgamos a mesma por não produzir, mas dificilmente colocamos no lugar da criança para poder entender o que se passa com ela.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ALMEIDA,Rosana Fernandes, Dificuldades de aprendizagem nas series iniciais do ensino fundamental, Dracema, (Brasil) 2015. Unifadra – Faculdades de Dracema (Brasil), Neuropsicológia e as interfaces com as neurociências: disponível em: www.psicologia.pt/artigos/textos/A0915.pdf: Acesso em: 10 de dez de 2016.

BELLEBONI, Aline Berghetti Simoni. Qual o Papel da Escola Frente às Dificuldades de Aprendizagem de Seus Alunos? Ulbra / RS (s.d); disponível em: www.drb-assessoria.com.br/opapeldaescola.pdf. Acesso em: 08 de dez de 2016.

 

CARVALHO, Simone Helen Drumond de. Projeto Dificuldade de Aprendizagem. Disponível em: docslide.com.br › Documents. 27 de jun de 2015. Acesso em: 20 de dez de 2016.

 

 

 

JULIANI, Adélia de Lourdes Matera, PAINI Leonor Dias, A importância da Ludicidade na Prática Pedagógica: em foco o atendimento às diferenças , Colégio Estadual Dr. José Gerardo

Braga 2008, docplayer.com.br/7061880-A-importancia-da-ludicidade-na-pratica-ped... Acesso em: 17 de dez de 2016.

 

 

MARTINS, Regina Antonia. Dificuldades ou Transtorno de Aprendizagem na Leitura e na Escrita nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Colider, 2013. AJES - Instituto Superior de Educaçação do Vale do Juruena Especialização em Educação Infantil e Alfabetização. Disponível em: http://biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130904175631.pdf. Acesso em: 05 de dez de 2016.

 

PÉRSIO, Nelci Soares e BERTOSO, Eunice Barros Ferreira. Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização. Disponível em: http://www.profala.com/arteducesp180.htm. Acesso em: 05 de dez de 2016.

 

REGO, Teresa Cristina. Uma Perspectiva Histórica. Cultural da Educação. 10° ed. São Paulo :1998. Editora Vozes, 1998.

 

 

SANTOS Gracineide Barros, SANTOS Jamison Luiz Barros, ARAGÃO Ildema Gomes. Dificuldades de aprendizagem no processo de alfabetização. GT 3 – Educação de Crianças, Jovens e Adultos. Disponível em: midia.unit.br/enfope/2013/gt3/dificuldades_de_aprendizagem_no_pro.. 2013: Acesso em: 08 de dez de 2016.

 

SOUSA, Ana Paula Soares de; OLIVEIRA, Claudia Cristina de ; ESCOVÊDO, Daniela Peixoto; SILVA, Patrícia Goulart da; AGUIAR, Raquel Carvalho de: Dificuldades de Aprendizagem no Ensino Fundamental: Centro Universitário de Brasília, 2005 – Uniceub Faculdade de Ciências de Educação – Face Curso Pedagogia – Formação de Professores Para as séries iniciais do ensino fundamental – Projeto Professor Nota 10 . Disponível em: repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/6574/1/40250600.pdf: Brasília, 2005. Acesso em: 08 de dez de 2016.

 

SOUZA, A. Dificuldades de aprendizagem. Novembro de 2007. Disponível em: <http://anasousapsicologa.blogspot.com/2007/11/dificuldades-de-aprendizagem. html> Acesso em: 18 de agosto de 2008

 

SOUZA, E. M. Problemas de aprendizagem – Crianças de 8 a 11 anos. Bauru: EDUSC, 1996

 

VIGOTSKY L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

 

1Pós-graduanda do curso de Especialização em Psicopedagogia Institucional e Clinica com ênfase em Educação Especial em Atendimento Educacional Especializado. Graduada em Pedagogia. UNIASSELVI – Unidade Leonardo da Vinci – Indaial – Santa Catarina. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

2Bacharel em Administração pela FACIDER, Colider – MT, graduada em História pela UNIASSELVI, Especialista em Gestão Escolar pela UFMT e Gestão Municipal pela UNEMAT – e-mail:. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

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