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A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO APRENDIZADO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Elisangela Aparecida Burgo Guevara

Lucinéia Guevara Vieira

Neuvane Gamero Andrade Guevara

RESUMO

O presente trabalho evidencia como é importante uma prática pedagógica na educação infantil com a utilização do lúdico, visto que a criança é um ser lúdico por natureza e quanto mais trabalhado e incentivado este obterá um grande resultado na vida das crianças, pois será através do lúdico que acontecerá a interiorização da criança do meio social e dos papéis sociais desenvolvidos. Tendo embasada em teóricos, críticos e estudiosos dentre eles Vigotsky, Froebel, Ariés, kishimoto, encontra-se no presente trabalho as diversas concepções que apontam o caminho para um aprendizado infantil melhor e mais proveitoso. Trata-se, portanto, de uma pesquisa bibliográfica, no qual o tema: “A Importância da Ludicidade no Aprendizado das Crianças na Educação Infantil” foi enfocada, de forma direta, inclusive com citações relativas ao assunto mencionado, bem como tipos de brincadeiras que incentivam e desenvolvam a criança no tocante ao seu intelecto, visando a manutenção do lúdico no contexto escolar como uma possibilidade fundamental da permanência do vínculo entre a criança e o brinquedo, entre a aprendizagem e a brincadeira, é possível entender que os brinquedos e as brincadeiras contribuem para o desenvolvimento da criança se forem bem utilizados e com objetivo. Quando o trabalho for feito com dedicação, estudo e criatividade, certamente mostrará que ensinar através do lúdico, evidenciado a participação da criança em relação ao brinquedo e às brincadeiras em diferentes contextos, torna-se um importante aliado ao desenvolvimento integral da criança.

 

Palavra chave: Lúdico. Educação Infantil. Criança. Aprendizagem.

 

 

INTRODUÇÃO

 

Este trabalho visa relatar: a importância da ludicidade no aprendizado das crianças na Educação Infantil. Sabemos que a educação infantil nos dias atuais tem sido vista como uma grande mediadora na formação e na construção do desenvolvimento cognitivo, social e educacional das crianças, no entanto para que todo o processo aconteça com qualidade vê se a necessidade de que todos que estão envolvidos tenham o conhecimento de como irá realizar a prática pedagógica de uma forma que os direitos educacionais sejam garantidos a esta faixa etária, bem como a importância destes direitos serem praticados. A prática da ludicidade torna se uma grande aliada na garantia deste desenvolvimento, pois nesta faixa etária as crianças estão começando a criar conceitos e descobre as coisas através do: tocar, experimentar, do ouvir, do ver e do brincar, caso estas práticas não estejam presentes o processo de ensino aprendizado poderá ficar comprometido.

Neste sentido os objetivos deste trabalho serão: conhecer o contexto histórico do lúdico na educação infantil, identificar a contribuição do lúdico no desenvolvimento da criança, destacar que o brincar é o conteúdo fundamental para o crescimento e desenvolvimento de aprendizagem da criança, discutir a prática da ludicidade no cotidiano escolar.

Sendo assim o presente trabalho irá abordar o contexto histórico da educação infantil, como eram as práticas pedagógicas, quando foi que o lúdico passou a ser inserido e praticado. As práticas pedagógicas nas creches nas décadas de 60 a 90. O Lúdico na aprendizagem, a importância do lúdico na educação infantil.

Para a realização deste trabalho serão utilizados diferentes recursos como: livros para pesquisas, materiais recicláveis para desenvolver as atividades lúdicas, máquina fotográfica, aparelho de som, corda. O trabalho será fundamentado em teóricos como: Vigotsky, Froebel, Ariés, kishimoto.

 

O lúdico e seu contexto histórico

 

A ludicidade, jogo ou brincadeira faz maior parte do tempo na vida de uma criança, mas é fundamental sabermos separar estes momentos existem coisas que fazem parte da imaginação, mas existem coisas que fazem parte da nossa realidade. Para entendermos melhor iremos revisitar a história e o surgimento do jogo.

Quando olhamos para a história do jogo podemos ver que o jogo surgiu desde antes da história da nossa humanidade ele surgiu desde a nossa característica de animais mamíferos para entendermos melhor levanto as seguintes questões: A criança já nasce sabendo brincar? Da mesma forma que a criança aprende a andar ela aprende a brincar? A criança vai aprendendo brincar através da interação com o outro, aprende a brincar brincando com outros?

Todos nós sabemos que uma das nossas características como seres humanos é que somos mamíferos e a relação de aprendizagem lúdica também faz parte em todos os mamíferos que possuem infância que dependem do outro, ou seja, todos os mamíferos brincam, pois estes tem infância não nasce com o sistema sensório motor totalmente desenvolvido onde podemos fazer uma pequena comparação de como a criança era vista nos séculos anteriores. Como mamíferos brincamos por três características presente, uma porque temos infância, porque somos seres sócios e porque também não temos o nosso desenvolvimento motor já ao nascer amadurecido, ou seja, a ação a manipulação sempre está dentro da nossa competência humana.

Quando nasce uma criança ela é plenamente dependente de um adulto, pois a sua motricidade ainda não está desenvolvida plenamente. Neste momento que destacamos a importância da interação com um adulto. A Teoria Sócio Histórica estudada por Vygotsky traz uma nova abordagem para a psicologia nos termos “cultural, instrumental ou histórica” (LURIA, 1992, p.48), enfatiza a construção social da mente. Essa concepção epistemológica considera o desenvolvimento humano como um processo inicialmente social ou Inter psíquico (compartilhado entre pessoas) que sofrem mediações dos adultos e é incorporado pelas crianças, interiorizado, tornando-se um processo intrapsíquico com características históricas e culturais nas funções mentais superiores do comportamento consciente. Esta concepção filosófica de educação enfatiza que a dimensão sociocultural é essencial na construção do conhecimento e que o trabalho do professor não começa na sala de aula. Antes de pensar no fazer pedagógico, o docente considera a realidade social do discente inserido num processo histórico cultural e, a partir desta dimensão, planeja e propõe a atividade, questionando ‘o porquê e para quê’ realiza cada proposta. Dessa forma, ao alfabetizar, o docente atua como mediador do processo, proporcionando interações entre o discente e o objeto de conhecimento, ampliando o seu universo sociocultural, histórico e proporcionando uma aprendizagem significativa, que provoca modificações do nosso comportamento na sociedade.

Muitas vezes a criança irá brincar reproduzindo a função social que a cerca. Através da imitação e representação compreender o papel social de cada um na sociedade. A brincadeira passa a ter uma característica social e cultural, onde a criança vai compreendendo como acontece as relações entre as pessoas no mundo a qual ela pertence.

De acordo com Luria, 2010 as relações sociais influenciam, significativamente, as mudanças cognitivas das funções mentais superiores da consciência humana, pois são transformações cognitivas que ocorrem numa perspectiva mediada pelo mundo.

Sendo assim brincar na infância será fundamental para que a criança tenha grande sucesso na vida adulta.

De acordo com Vigotsky e Luria (1996, p.57) como animais vertebrados superiores as crianças são os primeiros que se encontra a plasticidade das capacidades inatas, surge a infância no sentido próprio da palavra, e ligada a ela o brinquedo infantil, sendo ele próprio um tipo de atividade instintiva, o brinquedo é também um exercício para outros instintos, a escola natural para o animal jovem, sua autoinstrução ou auto treinamento.

A criança brinca então de faz de conta e aprende as regras sociais de adultos, quando brinca de futebol desenvolve as questões motoras , quando brinca com o outro desenvolve a socialização. Se o animal por mais mamífero que seja ele não possui uma competência intelectual superior, os seres humanos conseguem compreender as reações por trás da ação que está na brincadeira.

Lembrando que sempre estará acontecendo uma adaptação aquilo que é posto para as crianças.

 

A construção histórica da ludicidade

 

No decorrer das décadas podemos ver como a ludicidade foi ganhando espaço na vida das crianças e que nem sempre a ludicidade foi vista como nos dias atuais. Antes de 1913 a criança não era reconhecida como criança ela fazia parte do mundo adulto não tendo uma separação entre criança e adulto, ela era considerada um adulto em miniatura, ou seja, desde os anos iniciais as crianças viviam uma vida comum com os adultos, não havia separação entre brinquedos de crianças e de adultos.

 

O Delfim agora já sabe falar direito, e vez por outra tem saídas insolentes que divertem os adultos (ARIÈS, 1986, p.85).

 

Podemos constatar segundo Ariés que as crianças participavam sem restrições de bordéis. A música e a dança ocupavam lugar de importância na vida das crianças onde mesmo antes de pronunciar as primeiras palavras já eram instruídos para representar através da dança.

Por volta dos 3 anos e 5 meses a criança já começava a aprender a ler e as regras de etiqueta e moralidade que deveriam ser decoradas. Aos 4 anos de idade a criança já começa a escrever esta escrita era através de cópias que eram repassadas pelo instrutor que era um clérigo da capela.

 

 

Ao mesmo tempo em que brincava com bonecas, esse menino de quatro a cinco anos praticava o arco, jogava cartas, xadrez (aos seis anos) e participava de jogos de adultos, como o jogo de raquetes e inúmeros jogos de salão. Aos três anos, o menino já participava de um jogo de rimas, que era comum às crianças e aos jovens. Com os pajens dos aposentos do Rei, mais velhos do que ele, brincava de “a companhia vos agrada”? . Algumas vezes era o mestre (o líder da brincadeira), e quando não sabia o que devia dizer, perguntava; participava dessas brincadeiras, como a de acender uma vela com os olhos vendados, como se tivesse 15 anos. Quando ele não está brincando com os pajens, está brincando com os soldados; “Ele brincava com os soldados de diversas brincadeiras, como de bater palmas e de esconder”. Aos seis anos, joga o jogo dos ofícios e brinca a e mímica, jogos de salão que consistiam em adivinhar as profissões e as histórias que eram representadas por mímica. Essas brincadeiras também eram brincadeiras de adolescentes e de adultos. (ARIÉS, 1986, p.86).

 

Não havia separação de brinquedos de meninos ou de meninas, meninos brincavam de boneca.

No entanto quando chega a idade de 7 anos a infância é deixada de lado e a criança passa a ser considerada como um adulto a criança ingressava na escola para aprender a literatura moralista e a pedagogia do século XVII. Os brinquedos desta época eram miniaturas de objetos utilizados naquela sociedade conhecidos como bibelôs e também não tinha separação entre brinquedos de adultos ou de criança.

 

Esse gosto em representar de forma reduzida as coisas e as pessoas da vida quotidiana, hoje reservado às criancinhas, resultou numa arte e num artesanato populares destinados tanto à satisfação dos adultos como à distração das crianças. (ARIÉS,1986, p. 90).

 

Com o passar do tempo à humanidade entende- se que existem fases na vida da criança que é a infância e a vida adulta e começam a instruir as crianças surgindo assim as brincadeiras quando a criança começa a ser mediada pela educação , pois começaram a entender que as crianças eram pequenos em suas experiências que necessitavam interagir com os outros .

Na humanidade o jogo surge para ELKONIN (1972) historicamente o faz de conta emerge num momento social específico, quando muda a posição da criança na sociedade. A criança sempre fez parte da sociedade, mas sua posição mudou no curso da história.

 

As práticas pedagógicas na creche nas décadas de 60 á 90

 

A educação infantil atualmente passa por diversas transformações, mudanças de concepções e inovações, mas para que as conquistas vividas hoje se concretizassem vamos voltar um pouquinho no contexto histórico da educação infantil no Brasil. Marcada por um cenário assistencialista, a marca da educação infantil estava centrada no cuidar, devido o fato das mães irem trabalhar e não terem onde deixar seus filhos as mesmas deixavam seus filhos nas creches, parque infantil, escolas maternais, jardins de infância ou pré-escolas, assim denominadas e tendo como objetivo apenas armazenar as crianças das classes sociais menos favorecidas, neste momento as crianças não recebiam nenhum tipo de instrução, tudo era voltado para o assistencialismo preocupados com a saúde, higiene e alimentação, tal fato pode ser constatado em um documento:

 

O jardim da infância não tem nada com a instituição, é uma instituição de caridade para meninos desvalidos, que serve para que a mãe ou o pai, sendo minimamente pobres, quando vão para o trabalho, entreguem seus filhos àqueles asilos, como já se fez entre nós e até na Bahia, em algumas casas dirigidas pelas as irmãs de caridade. (MONARCHA, 2001, p.63).

 

Podemos ver então segundo Monarcha que as pessoas que recebiam estas crianças não possuíam nenhuma qualificação. Interesses privados surgem também com a estratégia de difundir o jardim de infância para a classe rica, no entanto estes jardins de infância utilizavam as propostas pedagógicas de Froebel, destacando o colégio Menezes, 1875, e como mantenedora pública o jardim de infância localizado na escola Caetano de Campos (SP), criado em 1896, “que mesmo sendo oficial, atendia aos filhos da burguesia paulistana” (KUHLMANN júnior, 2001, p.84).

Neste período educação da criança pobre não possuía a mesma atenção que as crianças filhos da burguesia, pois o ser pobre era aquele merecedor de piedade; tanto que os reformadores protestantes defendiam a educação com o direito universal, mas o Estado priorizava a formação da elite. Segundo LUZURIAGA:

 

[...] do século XIX, procedem os sistemas nacionais de educação e as grandes leis de instrução pública de todos os países europeus e americanos. Todos levam a escola primária aos últimos confins de seus territórios, fazendo-a universal, gratuita, obrigatória e, na maior parte leiga ou extraconfessional. Pode-se dizer que a educação pública, no grau elementar, fica firmemente estabelecida, com o acréscimo de dois novos elementos: as escolas da primeira infância e as escolas normais para a preparação do magistério (1987, p. 180).

 

 

Segundo MARAFON a educação da primeira infância surge com Friedrich Froebel na Alemanha que, de forma pioneira, fundou os Kindergarden (jardins-de-infância), fazendo evidente alusão ao jardineiro que cuida da planta desde pequenina para que ela cresça bem, uma vez que os primeiros anos das crianças são considerados fundamentais para o seu desenvolvimento posterior. Froebel privilegia as atividades lúdicas por perceber o significado funcional do jogo para o desenvolvimento sensório-motor, as habilidades são aperfeiçoadas por meio de métodos lúdicos por ele inventados. O canto e a poesia são utilizados para facilitar a educação moral e religiosa. Segundo CONRAD:

 

O jardim-de-infância de Froebel foi sustentado pelo pressuposto de que a comunhão das crianças pequenas entre si já oferece grande potencial educativo. A educação escolar deve ser antecipada pelo cuidado especial das forças mentais da criança pequena, Froebel dá continuidade aos pensamentos de Pestalozzi de uma educação materna. Ele estuda e pesquisa leis da natureza e tenta com isto interpretar o desenvolvimento do homem. Como filósofo e pedagogo procura aplicar ao homem a vida da natureza. Todas as aparências representam uma totalidade divina, que por sua vez se desenvolve nas particularidades. Somente quem chegou a conhecer o todo, pode se dedicar às partes, em que ele enxerga a totalidade última, Deus (2000, p. 45).

 

 

Podemos perceber que para Froebel através da interação das crianças uma com as outras já ocorria aprendizado, e que a educação escolar deveria acontecer desde a infância. Para CONRAD:

 

Froebel considerou o jardim-de-infância como primeira etapa de um ensino educacional unificado direcionado a todos. [...] com isso fica evidente que seu jardim-de-infância não se reduzia ao atendimento de crianças, cujas mães trabalhavam, mas como instituição para todos e longe do modelo vigente de uma infância apenas cuidada para proteger (2000, p. 55).

 

A partir daí surgem no século XVIII às primeiras intenções pedagógicas nas instituições com a criação da escola de principiantes ou escola de tricotar em 1769, na França idealizada por Friedrich Oberlin. A instituição situava se na zona rural muito pobre, onde as crianças deveriam perder maus hábitos, aprender obediência, sinceridade, bondade, além de pronunciar bem as palavras e sílabas difíceis.

Na década de 70 a princípio, as creches e pré-escolas tinham um caráter assistencialista, visando somente o guardar e o cuidar da criança na falta da família. Essa concepção tratava a criança como um ser frágil, indefeso e completamente dependente. Os profissionais não tinham formação e sua atuação era restrita aos cuidados básicos de higiene e regras de bom comportamento.

A partir de 1970, a entrada de mulheres no mercado de trabalho aumentou consideravelmente, resultando em um crescimento significativo de creches e pré-escolas. Uma nova ênfase começou a ser dada ao trabalho nestas instituições. Buscou-se uma compensação não só das carências orgânicas, como também uma carência de ordem cultural. O pressuposto nesta visão compensatória da educação era de que o atendimento pré-escolar poderia remediar as carências das crianças mais pobres. Já nos jardins-de-infância das crianças provenientes de famílias de classe média, a educação não tinha o mesmo caráter compensatório. O trabalho envolvia também o desenvolvimento dos aspectos afetivos e cognitivos das crianças.

Com o aumento da demanda por pré-escolas, a educação infantil passou por um processo de municipalização. O caráter da educação agora não era mais assistencialista ou compensatório, mas a pré-escola tinha uma função educativa. Muitos educadores da época discutiram o papel das creches e pré-escolas e elaboraram novas programações pedagógicas visando o desenvolvimento cognitivo e linguístico.

Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal, a educação foi reconhecida como um direito de todas as crianças e um dever do Estado. Houve uma expansão do número de escolas e uma melhoria na formação dos profissionais.

Também na década de 90, com a promulgação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), os direitos das crianças foram concretizados.

E, finalmente, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB de 1986, a educação infantil é reconhecida como etapa inicial da educação básica. A educação infantil passa a ser vista por um novo ângulo, valorizando-se a criança e a sua cultura, considerando-a ativa e capaz de construir o seu próprio conhecimento. O professor passa a assumir um novo papel, o de mediador entre a criança e o mundo. A família é coparticipante do processo de ensino-aprendizagem. Os conteúdos são desenvolvidos de maneira lúdica, respeitando-se a bagagem cultural de cada um. Foi criado, inclusive, um Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, de maneira a levar a todas as escolas novas propostas pedagógicas diretamente voltadas para a criança tal como ela é passando a focar o cuidar e o educar junto, ou seja, a criança apresenta se como um ser dependente de um adulto, mas que vai se desenvolvendo gradativamente através da ludicidade presente no seu dia a dia.

 

O lúdico na aprendizagem

 

A aprendizagem é o ato de aprender, porém não é um processo isolado. A aprendizagem ocorre junto ao ensino tornando-se um processo único, o processo ensino- aprendizagem. Bertman Apud Borges (1996 p.96) conceitua o ensino e a aprendizagem da seguinte forma:


Ensino: Um ato do professor, que tem por fim, mediar entre o aluno e aquela parte do ambiente que deve ser entendida. O ensino ocorre no momento presente. Ocupa-se com a execução de metas, que podem ter sido determinadas exclusivamente pelo professor e pela criança ou, exclusivamente pela criança. As metas podem ser claramente formuladas, mantidas como certo grau de consciência, ou não, trazidos ao nível da consciência. O ensino abrange a área total do comportamento humano, que é por assim dizer, o palco da aprendizagem.

 

Aprendizagem: Ato pela qual se adquiri a capacidade de responder, adequadamente a uma situação que antes não havia sido enfrentada, empregando-se formas de reação mais eficazes e econômicas. A solução de situações, desde a mais simples as mais complexas.

 

 

Partindo dos conceitos de Bertman, o lúdico pode exercer um papel importante tanto no ensino quanto na aprendizagem, o professor como mediador pode propor metas junto com seus alunos utilizando o lúdico como estratégia para o alcance das mesmas. Na aprendizagem o lúdico é uma forma eficaz e econômica que a criança possui para adquirir a capacidade de responder adequadamente a situações novas. Através dos jogos e brincadeiras a criança observa e assimila o mundo em sua volta. Ribeiro e Pinto, (2000 p.17) afirmam que:

 

A criança aprende melhor brincando e todos os conteúdos podem ser ensinados através de brincadeiras e jogos, em atividades predominantemente lúdicas. Não existe nada que a criança precisa saber que não possa aprender brincando. As atividades de brincar de jogar terão sempre objetivos didáticos e visarão proporcionar o desenvolvimento integral do educando. Se alguma coisa não é possível de transformar-se em jogo (problema desafio), certamente não será útil à criança neste momento.

 

Através das brincadeiras e jogos o professor pode tornar as metas que propôs para o ensino em situações problemas a serem resolvidas pelas crianças, estas soluções devem ser construídas por elas mesmas, e com certeza será de uma forma criadora e inteligente. Schwartz (2004) alerta para o uso utilitário e pedagógico destas atividades, tendência de muitos educadores, que podem ver no jogo somente um meio para se alcançar outros objetivos, fora e além dele. Sem nega essa possibilidade lembra que a ação livre da criança precede qualquer intenção que o adulto possa ter ao oferecer essa oportunidade educativa de brincar. É indispensável um ambiente de exploração de criação de descompromisso de antidever, de liberdade em que a criança não venha a ouvir “Não é assim que se brinca” (p.06).

Piaget afirma que os métodos de educação das crianças exigem que se forneçam as crianças um material conveniente a fim de que, jogando, ela chegue a assimilar à realidade intelectual que, sem isso, permanecem exteriores a inteligência infantil.

O jogo, como em outras situações lúdicas proporciona a criança uma série de situações onde ela possa reconstruir objetos, reinventar coisas, exigindo uma adaptação mais completa contribuindo assim para uma progressiva síntese da assimilação com a acomodação. Tizuko (1996 p.31 e 32) afirma:

 

Quando as situações lúdicas são intencionais criadas pelos adultos com vista a estimular certos tipos de aprendizagem surge, a dimensão educativa. Desde que mantidas as condições para expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da criança para brincar, o educador esta potencializando as situações de aprendizagem. Utilizando o jogo na educação infantil significa transportar para o campo de ensino-aprendizagem, condições para maximizar a construção do conhecimento as propriedades lúdicas do prazer, capacidade de iniciação ativa e moderadora.

 

A aprendizagem não é um ato inconsciente, como as lições empacotadas pré-preparadas apresentadas pela professora ao aluno para que ele simplesmente faça. O educar lúdico deve ser um ato planejado não para a mensuração daquilo que a criança não aprendeu, mas para organizar e graduar as atividades lúdicas de acordo as necessidades, interesses e ritmo das crianças.

A proposta pedagógica também é um fator importante para a aprendizagem e nela deve estar contida a interação entre as crianças e seus parceiros, pois é através dela que construirão suas significações, assim como afirma Tizuko:

 

Interagindo com pares e parceiros de brincadeiras, participando em grupo organizado de brinquedo..., crianças produzem conjuntamente a cultura dos pares. Tais experiências permitem gradual transformação do conhecimento infantil e de sua habilidade. (2000, p. 44).

 

O professor, parte integrante do processo ensino-aprendizagem, deve ser o mediador e ajudante na estruturação da ludicidade na vida das crianças, mas é a criança a construtora e organizadora de sua base estrutural que é construída e organizada na medida em que lhe é ofertada possibilidades para isso. E assim, a fantasia, o jogo e a brincadeira devem estar sempre presentes na vida da criança.

 

A ludicidade poderia ser a ponte facilitadora da aprendizagem se o professor pudesse pensar e questionar-se sobre sua forma de ensinar, relacionando a utilização do lúdico como fator motivante de qualquer tipo de aula. (CAMPOS, 1986, p.15).

 

No entanto para que isso acontece é necessário que ele entenda a importância de resgatar a ludicidade, os momentos lúdicos que com certeza permearam seu caminhar.

 

A importância do lúdico na educação infantil

 

Nos dias atuais apesar dos grandes avanços em relação ao conhecimento que se tem sobre a natureza da criança e das necessidades que a criança tem que são diferentes das necessidades dos adultos. O conhecimento sobre a natureza das crianças as descobertas de como a criança aprende (Piaget), estão cada vez mais sendo mandada para a especialização precoce, seja no inglês, na computação, na escola de esporte, na dança, esquecendo-se das necessidades que a criança tem de brincar, de jogar, de fazer nada, e mais ainda esquece que o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal. Esquecem também que a criança é um ser lúdico e como tal necessita estar constantemente brincando e que impedir que uma criança brinque e como negar toda a sua existência, em prol da formação de um indivíduo, que seja competitivo, mas uma pessoa incapaz de se reconhecer, de brincar, é no brincar que a pessoa se mostra e se conhece.

As coisas vão se tornando mais difíceis quando a criança é considerada um incômodo em casa, porque pai e mãe têm que trabalhar e as crianças ficam a mercê de um desconhecido que recebe um salário para cuidá-la. E essa situação se agrava ainda mais nos grandes centros onde há uma necessidade maior dos pais se ausentarem por mais tempo de seus lares tendo menos tempo para seus filhos e a preocupação com a segurança faz com que as crianças fiquem por mais tempo limitados cada vez mais a menores espaços - seus lares. Nos casos de miséria isso se agrava mais ainda, além da maior ausência dos pais, faltam recursos básicos para o desenvolvimento das crianças a falta de espaço ainda é pior por que cada vez mais um número grande de pessoas se amontoam em espaços cada vez menores.

É a infância a fase da vida onde as pessoas têm uma necessidade enorme de explorar e de ter liberdade (sabendo dos limites), necessidades estas que são essenciais para o desenvolvimento intelectual, emocional e físico. Sendo assim a educação não deve se destinar e não pode ser mantida para resolver os problemas do Ensino Fundamental e sim preparar a criança para um melhor comportamento da entrada neste nível.

A educação infantil no mundo contemporâneo deixa de ser um espaço de filantropia e assistencialismo para ser um espaço educacional próximo ao ideal para trabalhar as necessidades das crianças e portanto, para seu desenvolvimento.

A criança de hoje tem características e necessidades que se difere das crianças de década passadas que tinham como responsável principal pela sua educação a família que tinha composição diferente, com número maior de integrantes (primo, tios, tias, avos, mais irmãos) sendo assim as crianças tinham mais contato com adultos e até mesmo com outras crianças. Tinham mais espaço e tempo para brincar o que eram muito ricos para a sua formação.

Esta situação se constata com a realidade atual onde a composição e estrutura da família fica cada vez mais com menor número de pessoas e os adultos têm menos tempo para as crianças.

Na educação infantil, apesar da estrutura ser diferenciada da família que tínhamos antes, ainda é um espaço onde a criança pode vir a conviver em grupo com outras crianças basta que as instituições que ofereçam esta modalidade de educação preocupem-se com a formação integral da criança e não com o intuito de prepará-las para que tenham sucesso na modalidade seguinte colocando-as de forma precoce no mundo da repetição. Repetindo as atividades elaboradas pela professora não podendo assim soltar sua imaginação para poder brincar, criar e sonhar.

A educação infantil deve ser um local onde se possa brincar, realizar atividades livres que não iniba a fantasia, mas que a estimule que favoreça o fortalecimento de sua autonomia e contribua para que não se criem estruturas defensivas e ajude a quebrar a já existente que atrapalha o seu desenvolvimento.

As situações lúdicas em grupo podem ser excelentes atitudes para a formação da criança tanto nas características pessoais ou grupais, sejam sociais, morais ou intelectuais.

Quando a criança brinca em conjunto é necessário aprender gradativamente a tomar conta dos próprios impulsos pois serão identificados pelas outras crianças e isso poderá ajudar a ser incluída ou não pelo grupo, isso faz com que ela passe a lidar com possíveis frustrações e ver que nem sempre seus desejos são realizados, isto faz com que a criança quebre a rigidez, o auto referencial e passe a jogar levando em conta diferentes perspectivas e contextos.

No brincar em grupo faz-se necessário tomar decisões, tem que ter ideias e argumentar para convencer o grupo que elas valem a pena. Leva a criança em outros momentos que não esteja brincando a planejar de que forma realizará tal ação durante a brincadeira é que ajudará na construção de seu conhecimento.

Tendo conhecimento dessas necessidades os centros educacionais infantis devem desenvolver práticas educativas voltadas a organização que canalizem a energia da criança de forma produtiva, através de jogos e brincadeiras que desenvolvam prazer, ação e aprendizagem contribuindo para o desenvolvimento da criança como um todo.

 

A brincadeira contém, de forma coordenada, com se no foco de uma lente de aumento, todas as tendências de desenvolvimento. A criança, na brincadeira, como que tenta realizar um pulo acima do nível do seu comportamento comum”. (RIBEIRO e PINTO, 2000 p.30).

 

Através da brincadeira a criança cresce, ampliando seu repertório motor e cognitivo. Uma criança pequena ao brincar com a roupa, calçado ou utensílios de adulto, poderá sentir-se grande ao imitar situações realizadas pelos adultos, penetrando num mundo onde ela não pode realizar coisas que não lhe é permitida pelo seu tamanho e aprende conceitos. Os materiais que utiliza para brincar dão-lhe conhecimento a respeito de tamanho, cor e forma.

São nas brincadeiras que as crianças demonstram aquilo que elas mais gostam e interessam, por isso devem-se conhecer as habilidades e condições cognitivas para que se possa organizar práticas educativas que cumpra todas as funções da pré-escola entendendo a criança como ser social e cultural que está inserida em um contexto e que ao chegar à escola não é uma tábua rasa, mas que traz consigo valores que devem ser respeitados, valorizados e/ou redimensionados pela escola.

 

A primeira teoria afirma que o curso de desenvolvimento precede o da aprendizagem, que a maturação precede a aprendizagem, que o processo educativo pode apenas limitar-se a seguir a formação mental. A segunda teoria considera, em contrapartida, que existe um desenvolvimento paralelo dos dois processos (...); o desenvolvimento está para a aprendizagem como a sombra para o objeto que a projeta (...) e portanto (...), não os diferencia absolutamente (...). A terceira teoria tenta conciliar os extremos dos dois pontos de vista, fazendo com que coexistam, é uma teoria dualista do desenvolvimento (...). Estas observações sugerem que o processo de aprendizagem prepara e possibilita um determinado processo de aprendizagem, enquanto o processo de aprendizagem estimula, por assim dizer, o processo de maturação e fá-lo avançar até certo grau (VYGOTSKY, 2006, pp.105-106).

 

Através das teorias acima do autor ressalta a importância de abandonar uma conduta pedagógica passiva e levar a criança a se interagir com estimulo na aprendizagem.

Com a compreensão das necessidades e características da criança, deu-se um grande passo na Educação Infantil brasileira, pois se passou a considerar que as creches e pré-escolas fazem parte da educação geral, colocando-as como a primeira etapa da Educação Básica e tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança (crianças de zero a seis anos).

Para garantir o que está determinado na LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é proposto o Referencial Nacional para Educação Infantil, que estabelece metas que incorporam atividades educativas e, cuidados essenciais com as crianças, para que possam alcançar seu desenvolvimento integral, e que sejam capazes de crescer como cidadãos, sendo reconhecidos seus direitos à infância.

Sendo um grande avanço na Educação Infantil, o Referencial Nacional para Educação Infantil, procura através de formas educativas a busca de soluções para substituir a visão assistencialista que se criou em torno das creches e por outro lado superar a visão de que a função da pré-escola era de preparar o indivíduo para o ingresso no Ensino Fundamental. Os Referenciais foram elaborados para que sejam utilizados como guias para reflexão, sobre os objetivos, contendo orientações didáticas para a Educação Infantil em creches e pré-escolas e que estas possam preparar nossas crianças não só para o ingresso no Ensino Fundamental, mas toda a aprendizagem futura.

A Educação Infantil deve conceber a criança como sujeito social e histórico que é que integra uma família e que esta faz parte de uma sociedade que possui uma cultura e por isso possui uma natureza singular e ao chegar à escola ela já possui uma gama de conhecimentos que devem ser considerados pelo educador. A criança utiliza deste conhecimento em processo ensino-aprendizagem, que não se inicia no momento em que a criança entra na escola e sim muito antes. Elas utilizam diferentes tipos de linguagens para a construção do conhecimento e o constroem a partir das interações que estabelecem com as pessoas e com o meio em que vivem.

Partindo destas premissas as instituições voltadas a Educação Infantil devem tornar acessível aos seus alunos elementos da cultura que possam favorecer o seu desenvolvimento, e que suas práticas educativas ocorram de maneira que se possam utilizar os interesses dos alunos para os desenvolvimentos da aprendizagem. A ludicidade é uma característica marcante da criança e deve estar sempre presente no contexto escolar.

Sendo a brincadeira uma linguagem humana ela deve estar sempre presente na pré-escola. Os jogos e brincadeiras promovendo a aprendizagem dos conteúdos propostos sem que estes sejam o objetivo principal do trabalho com as crianças. As atividades e brincadeiras individuais ou em grupo apresentam uma infinidade de opções interessantes para as crianças como, por exemplo: jogos, quebra-cabeças, a pintura, o desenho, ouvir história, cantar e tocar instrumentos musicais, brincar de pegador, amarelinha, esconde-esconde, brincadeiras de imitações, etc.

O educador tendo conhecimento que a própria criança constrói o seu conhecimento deve então passar a ser o mediador e apresentar/propor situações motivantes e materiais variados para que estimule as crianças, mas é importante ainda saber incentivar a criança a descobrir por ela mesma, tudo o que se pode fazer com os materiais que lhe são oferecidos, pois a satisfação que sentirá ao descobrir novas possibilidades de exploração faz com que aumente sua autoconfiança, levando a ter novas ideias e com isso novas descobertas, que ajudarão a enriquecer sua rede de conhecimentos. Educar consiste no processo pelo qual o educador contribui para o enriquecimento das experiências do educando e assim para a promoção da construção do conhecimento.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A Educação Infantil que hoje no Brasil é considerada parte da Educação Básica vem aos poucos conquistando seu espaço merecido, nas discussões teóricas e na prática pedagógica das instituições que oferecem esta etapa da Educação. A educação infantil surgiu graças às mudanças ocorridas na sociedade europeia no final do século XVII. Diferente da maneira que foi concebida, como apoio as mães pobres que precisavam trabalhar, hoje a Educação Infantil já é vista como parte da educação da criança, exigindo para seu desenvolvimento a mesma consciência social sobre o significado da infância e o direito à educação de qualidade.

Acreditando nas necessidades de aperfeiçoamento constante que é exigido por um mundo f0ormado por sociedades cada vez mais competitivas, vejo a utilização do lúdico na educação infantil como um fato muito eficiente para a preparação de nossas crianças, sem ser preciso tirar delas o que lhes são de mais essencial o direito de brincar que é o mesmo que lhes tirarem o direito de serem crianças.

No brincar a criança passa por constantes transformações. Brincar não é um ato que se limita a uma atividade, mas contribui para o desenvolvimento de noções de conhecimento, e de relacionamento com o mundo, faz com que a criança enfrente desafios, busque informações e interaja com outras crianças.

O Referencial Curricular para a Educação Infantil mostra que faz-se necessário debates mais aprofundados para as políticas educacionais voltadas para a Educação Infantil para que se possa garantir melhorias e que estas reflitam na qualidade de vida das crianças, contribuindo para que se realize nas instituições o objetivo socializador dessa etapa educacional, para que a criança amplie o seu desenvolvimento e o conhecimento sobre a realidade social e cultural a qual está inserida.

Através do tema “A Importância da Ludicidade na Educação Infantil ” busquei analisar e discutir a importância de cada um dos fatores que são necessários para que ocorra uma educação infantil de qualidade, com fim em si mesmo e não voltada a formação da criança em outros níveis de escolaridade, sem lhe negar o direito de viver cada uma das fases de sua existência, que possa viver a fase a qual se encontra (idade pré-escolar) que talvez seja a mais primordial das fases do ser humano, onde a ludicidade é uma necessidade tal qual a da nutrição, alimentação, saúde e habitação. Neste trabalho não tenho a pretensão de mostrar os caminhos que devem ser seguidos, mas como mãe e futura educadora mostrar o posicionamento de conceituados autores a respeito da abordagem lúdica na educação infantil em oposição à utilização a preparação da criança para o Ensino Fundamental, geralmente através de métodos que impedem as crianças de serem o que são, crianças.

Acredito que as pessoas: pais, professores e administradores, envolvidos com a Educação Infantil estarão sempre buscando respostas criativas aos atuais desafios da Educação Infantil e que o lúdico estará sempre presente nestas respostas.

A abordagem lúdica na educação infantil só se tornará efetiva quando os envolvidos e responsáveis pela mesma tiverem como escopo o desenvolvimento integral da criança e não como uma fase que apenas prepara para o ingresso do ensino fundamental. E que tenha clareza do brincar enquanto necessidade da criança. A criança é um ser lúdico e como tal tem necessidade de exercitar sua ludicidade.

 

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