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PROJETO NOMES PRÓPRIOS E O ATO DE LER

Maria Francineide dos Santos Costa

Viviane Dos Santos

 

Projeto nomes próprios e o ato de ler.

Conteúdo: Leitura e escrita de nomes próprios

Ano Educação Infantil, 1º e 2ª séries

 

Introdução

Ao fazermos a seguinte pergunta: “Por que trabalhar com os nomes próprios?”; percebemos que as crianças que estão se alfabetizando podem e devem aprender muitas coisas. Elas apresentam grande capacidade de aprendizado, desde que o conteúdo seja exposto e trabalhado da forma correta.

 

Objetivos

Estas atividades permitem aos alunos as seguintes aprendizagens:

- Diferenciar letras e desenhos;

- Diferenciar letras e números;

- Diferenciar letras, umas das outras;

- A quantidade de letras usadas para escrever cada nome;

- Função da escrita dos nomes: para marcar trabalhos, identificar materiais, registrar a presença na sala de aula (função de memória da escrita) etc.

Percebe-se que, uma vez aprendido, mesmo o aluno com hipóteses não alfabéticas sobre a escrita não escreve seu próprio nome segundo suas suposições, mas, sim, respeitando as restrições do modelo apresentado.

Deste modo, entende-se que as atividades com os nomes próprios devem ser sequenciadas para que possibilitem as aprendizagens mencionadas acima.

Com isso, busca-se uma proposta significativa de alfabetização, aquela que visa formar leitores e escritores, e não meros decifradores do sistema. Tal processo de alfabetização não pode ser pensado em atividades para nível 1, nível 2, nível 3.

Contudo, fica evidente a necessidade de considerar:

- os conhecimentos prévios dos alunos;

- o grau de habilidade no uso do sistema alfabético;

- as características concretas do grupo.

 

Execução:

 

1. Selecione situações em que se faz necessário escrever e ler nomes.

Alguns exemplos: Escrever o nome de colegas para identificar papéis, cadernos, desenhos (pedir que os alunos distribuam tentando ler os nomes). Lista de chamada da classe. Ler cartões com nomes para saber em que lugar cada um deve sentar; para saber, quem são os ajudantes do dia, etc.

 

2. Peça a leitura e interpretação de nomes escritos.

 

3. Prepare oralmente a escrita: discuta com as crianças, se necessário, qual o nome a ser escrito dependendo da situação. Se for para identificar material do aluno, use etiquetas; para lista de chamada use papel.

- Reconhecer as situações onde faz sentido utilizar nomes próprios: para etiquetar materiais, identificar pertences, registrar a presença em sala de aula (chamada), organizar listas de trabalho e brincadeiras, etc.

- Identificar a escrita do próprio nome.

- Escrever com e sem modelo o próprio nome.

- Ampliar o repertório de conhecimento de letras. Interpretar as escritas dos nomes dos colegas da turma.

- Folhas de papel sulfite com os nomes das crianças da classe impressos

- Etiquetas de cartolina de 10cm x 6cm (para os crachás)

 

Desenvolvimento da atividade:

 

- Identificação de situações onde se faz necessário escrever e ler nomes.

Aproveite todas as situações para problematizar a necessidade de escrever nomes.

Para atender o universo de leitura precisamos entender o mundo que a criança vive, buscando soluções para que as mesmas consiga entender a leitura uma forma de prazer buscado meios para aprender.

A criança precisar aprender a gostar de leitura assim como gosta das diversas brincadeiras que gosta, precisamos ensinar as crianças aprender ler brincando assim sendo interagindo com outras crianças entendo o universo da leitura e torna ela significativa no dia a dia.

Considerações finais:

A partir do registro dos dados coletados durantes as atividades é possível ter uma visão das necessidades de investimento com cada aluno, bem como das necessidades coletivas de trabalho com a classe, atividades complementares, pesquisa sobre a origem do nome (pesquisa com os familiares), análise de fotos antigas e atuais da criança, montagem de uma linha do tempo do aluno a partir das fotos trazidas, entre outras atividades que podem ser inseridas para enriquecimento do trabalho pedagógico.

 

Referências:

 

Tolchinsky, Liliana . 1998 . Aprendizagem da Linguagem escrita. Editora Ática. Teberosky, Ana. 1994. Aprendendo e escrever. Editora Ática. 1990. Psicopedagogia da Linguagem escrita. Editora Unicamp 1990. Reflexões sobre o ensino da leitura e da escrita.Editora Unicamp. Ferreiro, E & Teberosky A. 1984. Psicogênese da língua escrita. Artes Médicas.

 

L&Morilllo, M&Teixidó, M -Escrever e ler - volumes 1 e 2. Artes Médicas.