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OS CONTOS DE FADAS E O IMAGINÁRIO INFANTIL

Elenita Janaína Martins Pereira
Luciene dos Santos Rosa
Suelen do Sacramento Santos
Rosana Lima Steinbach

 

RESUMO

O presente artigo tem a proposta de estudar “Os contos de fadas e o imaginário infantil”, como proposta de discussão teórica no nível superior, no qual destaco também tópicos relevantes para a realização da mesma sendo eles: O conto de fadas; O conto e a criança; Entre o real e a fantasia; e O imaginário da criança. A pesquisa tem proporção bibliográfica, com base em alguns autores como Fanny Abramovich, Bruno Bettelheim, Nelly Novaes Coelho entre outros, que por muitas vezes abordam o imaginário infantil. E o principal objetivo dessa pesquisa é observar como os contos de fadas influenciam no imaginário da criança.

 

PALAVRAS-CHAVES:  Contos de fadas; Criança; Imaginação.

 

ABSTRACT

The present article has a proposal for study "Fairy tales and children's imagination ," How Proposal for Discussion Theoretical without Higher Education , not qua highlight also relevant Topics for the Realization of Being them same : The fairy tale ; The story and children ; between real and fantasy ; and The imagination of children. The search of proportion Bibliographical, based in Some Authors How Fanny Abramovich, Bruno Bettelheim, Nelly Novaes Coelho Other entre, the for many times approach the child's imagination . And the director Objective This research and observe how the fa iry tales influence in the imagination of the child.

 

KEY - WORDS: Fairy Tales; Child; Imagination .

 

INTRODUÇÃO

 

Os contos de fadas propiciam através da oralidade o primeiro contato que a criança tem com o mundo mágico cheio de descobertas. Por co nsequência despertam o seu senso crítico fazendo-o refletir entre o pensar e o agir entre o certo e o errado. O estudo é de caráter bibliográfico, na qual a mesma abrange a leitura, análise, interpretações de livros documentos, etc. Explorando a influência dos contos de fadas no desenvolvimento da imaginação da criança, e que tem como objetivo investigar a origem, especificidades e a importância para a criança, dentro do contexto trabalhado pelo gênero em questão.

Para tal pesquisa foi necessário analisar a visão de diferentes autores que discutem a temática, de modo que tais pudessem chegar ao proposito comum à formulação de conceitos que expliquem a influência dos contos sobre o imaginário infantil.

Muitas considerações norteiam a importância dos contos de fadas feitas do ponto de vista da Psicologia, um desses celebre autores conhecido mundialmente será citado nesse estudo Bruno Bettelheim em seu livro “A psicanálise dos contos de fadas’’, acredita que o final de cada conto como sendo satisfatórios para o bem com o “Final feliz” assim, representa para a criança o desenvolvimento psicológico saudável, apesar de todas as dificuldades que possam surgir. Faz-se necessário a exploração desse gênero no ensino superior para que se torne prática eficaz dentro do meio escolar.

 

  1. O CONTO DE FADAS

 

O conto de fadas surge de maneira oral, não podendo pontuar precisamente em que época da história, foram construídos através de lendas, mitos e superstições. Segundo Bruno Bettelheim (2013, p, 22) “a maioria dos contos de fadas se originou em períodos em q ue a religião era uma a parte muito importante da vida, sendo assim, elas lidam diretamente ou por interferência com temas religiosos”.

Esse era o tipo de narrativa presente entre os camponeses que a cada dia de trabalho reuniam-se para contar as histórias vivenciadas no dia-a-dia, como forma de alertar os demais da comunidade, pois algo de estranho sempre acontecia uma força repentina que os alvoraçava por inteiro e fugia sem que eles pudessem obter informações para tal. Explica Coenga:

 

Antigamente, os pastores, lenhadores e caçadores, passavam bom tempo de suas vidas sozinho nas florestas, campos e montanhas. Acontecia que, repentinamente, eram assaltados por uma visão interior mu ito forte, que os alvoraçava por inteiro (2010, p, 26).

 

Os camponeses não possuíam nenhum artificio para se proteger ficando assim expostos a todo mal que os cercava. Gotlib apud Propp (1985) acredita que “Existe uma forma fundamental do conto, que está ligada, aliás, às suas origens religiosas. É possível constatar várias afirmações de como surgiram os contos, pois eles vêm sendo contado e recontado por várias civilizações, já que de inicio não possuía registro escrito. Machado (2010) discorre que os contos surgem a partir dos mitos e tradições orais, alguns datados do século II d.C.

Os contos de fadas estão presentes desde a era medieval, fazendo parte atuante da história com seus ricos enredos na forma de um contexto fascinante. Os contos clássicos nasceram na França no século XVII, na corte do rei Luís XIV reunidos por Charles Perrault, um nobre ajudante da corte real, foi o primeiro a reunir e organizar os contos de fadas em um livro, esses eram inicialmente para falar aos adultos devido ao seu contexto. (CADEMARTORI, 1986).

Perraul é responsável pela coletânea para crianças Contos da Mãe Gansa publicado em 1697. Era a primeira vez que um escritor se apropriava da tradição oral para criar um livro especificamente ligado à criança e ao adulto sem distinções mas, Perrault por sua vez não retirou a crueldade imposta nos contos e então acrescentando uma “lição” ela permanecerá com a linha original. (DARTON, 1986, p, 89). Mas, que mais tarde adaptados para o gosto infantil. Abramovich (1989) nos lembra:

 

Perrault, u m erudito e acadêmico francês, é autor de vários livros para adultos, tornando-se célebre e imortal por seu único volume de contos para crianças. São histórias junto ao povo, respeitando o que tivessem de cruel, de moral própria e de poético. Os contos de Perrault são apenas fragmentos e documentos dessa história poética.

 

Ele misturava a criação popular à sua imaginação de escritor, dando detalhes e toques reais encontráveis e assim característicos de sua época. “São obras Primas” (ABRAMOVICH, p, 123). Porém, vale ressaltar que esses tais contos, possuíam um conteúdo um tanto improprio para direcioná- los às crianças, pois eram recheados de pornografia, conflitos; já que elas eram vistas como adulto em miniatura. A linha das narrativas modificou-se o contexto entrando também em cena grandes nomes da literatura mais tarde assim chamada, bem como os irmãos Grimm Jacob e Wilhelm e Hans Christian Andersen que preocupados intensamente com o universo infantil direcionou suas histórias ao público infantil desta forma as crianças passam a ser consideradas como seres que necessitam de um olhar diferenciado.

 

  1. O CONTO E A CRIANÇA

 

Desde muito cedo, estamos envolvidos com esse mundo mágico das histórias as mais conhecidas ditas como contos de fadas, afinal quem nunca ouviu falar da famosa história da Branca de Neve e os Sete Anões, em que o enredo se passa em uma floresta com uma menina injustiçada pela madrasta, figura que está presente em quase todos os enredos. Ou até mesmo a encantadora história da Chapeuzinho Vermelho. “Ouvir histórias é viver um momento de gostosura, de prazer, divertimento dos melhores... É encantamento, seduçã o...” (ABRAMOVICH, p, 20, 1989). Pois o enredo contido nas histórias é mágico e essa tal magia apresenta a criança a “formula da felicidade”.

Abramovich:

 

… meu primeiro contato com o mundo mág ico das histórias aconteceu quando eu era mu ito pequenina, ou vendo minha mãe contar algo bonito todas as noites antes de eu adormecer, co mo se fosse um ritual... Lembro de sua voz contando “João e Maria” e das várias adaptações que criava em relação à casa da bru xa, sempre sendo

construída com todas as comidas de que eu gostava”.(1989, p, 10)

 

 

Acrescenta Machado sobre sua relação com os contos “como a maioria dos leitores, tive meu primeiro contato com os contos de fadas ainda antes de saber ler”. (2010, p, 07). Aqui estamos especialmente enfatizando as crianças, mas os contos de fadas costuma ser histórias que envolvem o público infantil, mas que por sua vez tem enorme influência sobre alguns adultos, talvez seja porque as histórias não seguem um roteiro podendo ser interpretadas pelas diversas formas readaptadas ao modo de quem as conta. De acordo com Abramovich:

 

“Ler histórias para as crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar co m as situações vividas pelas personagens, com a ideia do conto ou com o jeito de escrever dum autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse mo mento de humor, de brincadeira, de divertimento”. (1989, p, 17).

 

As crianças ouvindo histórias (contos) podem sentir emoções diversas, como raiva a tristeza, a irritação a alegria o pavor assim como o medo, a insegurança, a tranquilidade e tantas outras. Mas, ao decorrer de cada conto com estas diversas variações de humor que a criança desenvolve destaca Bettelheim “o conto de fadas faz oposto ele projeta o alivio de todas as pressões e não só oferece caminho para resolver problemas como promete uma solução “feliz” para eles”. (2013, p, 52).

A criança então por sua vez, confia no que os contos de fadas dizem por que a visão de mundo apresentada esta de acordo com a sua visão, por isso o conto é tão importante para ela. Lembra-nos Bettelheim “como toda grande arte, os contos de fadas tanto encantam como instruem, seu talento especial é que fazem isso em termos que falam diretamente às crianças”. (2013, p, 80). Eles apresentam a criança que ela pode colocar seus desejos em um personagem para acolher satisfações almejadas. Diante disso ele ajuda a entender melhor uma história uma vez que a criança pode se identificar com mais de um personagem podendo assim ver dois lados diferentes.

O conto caracteriza–se por estar tão presente na vida da criança, começa ndo assim seu primeiro contato com as várias formas de textos, obras existente em que leva para um mundo cheio de descobertas. O conto incita a criança a sair do seu egocentrismo, sem perder a segurança e sua individualidade . Essas histórias agregam que desde muito cedo o homem é sujeito a desejos emoções e algumas vezes nem sempre positivas, e assim despertam a necessidade de imaginação, sua luta, a busca pela realização, seu anseio por justiça e seu espaço diante do mundo.

Só que a criança desenvolvera a maneira que o conto transcorra as necessidades que há em determinado momento. Essas histórias de certa forma familiarizam com a criança, os textos simples e carregado de imagens fácil de interpreta- los é uma forma de aguçar a criança a querer cada vez estar em contato com um livro seja de muitas ou poucas laudas. A relação das crianças com os contos de fadas é categoricamente importante.

 

  1. ENTRE O REAL E A FANTASIA

 

A literatura representa para crianças e adultos, o mágico, a fantasia, sendo a comunicação real para o mundo imaginário (COELHO, 2000). Pensar em fantasia nos arremete imaginar primeiramente nas crianças, pois são ricas tendo infinitamente um mundo cheio de descobertas e curiosidade. Os contos de fadas são eternos. As fadas estão ligadas ao mundo natural, a fantasia quando as imaginamos, as vemos como seres pequeninos, belos e graciosos, livres de qualquer maldade com asinhas para voar e uma varinha de condão, uma bela espécie de beija-flor mágico, com poderes de somente fazer o bem, o bom, o belo e o justo, mas as crianças se assustam, pois elas podem encarnar o mal, se colocando no lugar de bruxas. Os contos são considerados por Betthelheim como uma forma de terapia “o conto de fadas oferece materiais fantasiosos que sugerem sob forma simbólica à criança o que seja a batalha para atingir a auto realização, e garante um final feliz”. (2013, p, 56). Betthelheim acredita que:

 

“Os contos de fadas mostram a criança de que modo ela pode corporificar seus desejos destrutivos numa personagem, obter de outras satisfações almejadas, identificar-se co m u ma terceira, ter ligações ideais com u ma quarta, e dai por d iante, segundo requeiram as suas necessidades do momento”. (2013, p, 94).

 

Os contos de fadas quando inicia como “era uma vez” há um transporte para um tempo especial há muitos e muitos anos atrás onde havia vários seres fantásticos como bruxas, príncipes, princesas, gnomos, dragões, madrasta entre outros. Nos contos de fadas os heróis por muitas vezes passam por varias provações para ficar com a princesa enfrentam bruxas, seres maléficos a final faz jus o desfecho de cada conto “e viveram felizes para sempre”.

A criança encontra nos contos a realização para seus desejos, por incr ível que seja os contos projeta na criança o desejo de realizar seus sonhos reprimidos, o jogo livre da fantasia. Para Bruno Bettelheim

 

Os contos de fada, considerados por pais e educadores até pouco tempo co mo ‘irreais, falsos’ e cheios de crueldade, são para as crianças, o que há de mais real, algo que lhes fala, em linguagem acessível, do que é real dentro delas. Os pais temem que os contos de fadas afastem as crianças da realidade, através de mágicas e fantasias. Porém, o real, a quem os adultos comu mente se referem, é o externo, é o mundo circundante, enquanto que o conto de fadas fala de u m mundo bem mais real para as crianças. (2013 p, 92).

 

Os contos produzem o amadurecimento da mente, por isso a necessidade de estudá- los, para entender a influencia nos pequeninos e com isso aos poucos elas compreendem o mundo exterior. Sobre a importância da literatura infantil, Nelly Coelho, afirma que: É o meio ideal não só para auxiliá- las a desenvolver suas potencialidades naturais, como também para auxiliá- las nas várias etapas de amadurecimento que medeiam entre a infância e a idade adulta. (COELHO, 2000, p. 43). A criança por muitas vezes confunde o real com a fantasia, pois as histórias falam diretamente com elas projetam de alguma forma com que aquilo saia do sobrenatural e passe para o real.

Os contos cumprem a função de expor pela criança as suas fantasias, já que elas provocam medo, anseios e perigos. Assim, se não falar dessas fantasias ninguém saberá e não poderão realizar-se. No mundo real quanto no conto de fadas é necessária a presença de algum adulto seja ele o pai a mãe ou outra pessoa que esteja conduzindo a leitura. É através de uma história que se pode descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outras regras, outra ética, outra ótica... É ficar sabendo história, filosofia, direito, política, sociologia, antropologia, etc. sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula. (ABRAMOVICH, 2006 p.17).

O mais interessante desses enredos é que além de transportar a criança a lugares extraordinários ainda fazem a criança a lidar com seus medos, a escolher entre o certo o errado o bom o mau, a saber, que nestas histórias o bem sempre vence o mau e assim sempre obter uma lição ao final de cada enredo.

 

  1. O IMAGINÁRIO DA CRIANÇA: ANÁLISE PARA DISCUSSÃO NO ENSINO SUPERIOR

 

Já mencionaram muito ou ainda dizem a seguinte frase “a criança tem imaginação muito fértil”, a partir de uma simples situação a criança elabora ensaia várias hipóteses de resultado, ao ouvir um conto. Nada melhor relacionar os contos de fadas a essa fonte rica de imaginação sem fim, eles propiciam isso. Segundo FERREIRA (1975, p. 918) “Imaginar é construir ou conceber na imaginação; fantasiar, idear, inventar; é o ilusório; o fantástico. Imaginação: é a faculdade que tem o espírito de representar imagens. Imaginário: é o que só existe na imaginação”. Quando a criança entra no mundo da fantasia e da imaginação, ela desenvolve hipóteses para a resolução de seus problemas indo mais além buscando alternativa para transformar a realidade. Bettelheim discorre:

 

“...como sucede com toda grande arte, o significado mais profundo do conto de fadas será diferente para cada pessoa, e diferente para a mesma em vários momentos de sua vida. A criança extrairá significados diferentes, dependendo de seus interesses e necessidades no momento”. (2013, p, 23).

 

Uma criança ao ouvir contos de fadas, transforma cada uma das palavras que lhe são contadas, trazendo lembranças, sonhos, desejos, personagens, dúvidas, medos e associações. Segundo Postic “O pensamento progride de forma linear. A imaginação se processa em espiral, por alargamento de seu espaço. Ela não se dirige para níveis mais diferenciados, mais especializados, estende-se por extensão e por conquista de novos territórios” (1993:19). O conto enriquece a criança, pois ela experimenta outras formas de ser e pensar. Claro que devemos considerar que não é somente por meio dos contos de fadas que as crianças se desenvolvem, pois sabemos que existem as brincadeiras que auxiliam no desenvolvimento, mas eles aguçam o imaginário infantil, este desenvolvimento se torna muito mais prazerosos para ambas as partes, tanto do adulto, que transmite o conhecimento, quanto para a criança envolvida com a história.

Os contos atuam no emocional e no imaginário da criança contribuem para tomar decisões para sua independência. Pois ao ouvir ou ler um conto as crianças se relacionam com os personagens isso irá de certa forma contribuir para enriquecer sua identidade.

 

Imaginar não é só pensar, não significa relacionar fatos, e analisar situações, tirando-lhes significados. Imag inar é penetrar fatos dos quais se retira u ma visão. Esta só poderá ser comunicada ao outros através de símbolos, que provocam harmônicos e estabelecem a comunhão. O símbolo age co mo mediador para revelar ocultando, ocultar revelando, e ao mesmo tempo incitar à part icipação que, embora com impedimentos e obstáculos, fica favorecida. (POSTIC, 1993 p.19).

 

As histórias são por sua vez carregadas de medo, angustia, bondade, maldade, amor, amizade, carência, desejos, ou seja, são infinitas. A função da imaginação é a visão da realidade, pois algo que foi ou será imaginado posteriormente de alguma forma tem vinculo com a realidade. Conforme Postic:

 

“Imaginar é evocar seres, colocá-los em determinada situação, faze-los viver co mo se quer. É criar u m mundo a seu bel-prazer, libertando-se. Tudo é possível. Tudo acontece. (...) Na vida cotid iana, imaginar é u ma atividade paralela à ação que exercemos ligadas à realidade. A imaginação é u m processo. O imag inário é seu produto”. (1993, p.13).

 

Os contos de fadas e o imaginário é função indissociável, pois ao mesmo tempo em que a criança ouve ou lê essas narrativas nesse ato a criança está deixando fluir as diversas possibilidade de termino ou até mesmo no início incita a criança a se transportar para um “reino tão tão distante” ou “era uma vez”. Pois, a importância de imaginar ajuda a criança a enfrentar o mundo a vida real.

O contato com as histórias ampliam o horizonte cultural da criança e favorece no seu desenvolvimento, promovendo seu enriquecimento linguístico e literário consequentemente as levam em compreender a si mesmo e a relação com o mundo. Esses enredos também auxiliam na construção do caráter já que ao final de cada conto implica em proporciona r uma lição de moral. Os docentes possui uma ferramenta valiosíssima que é trabalhar dentro das escolas os contos de fadas, mas essa instigação por se trabalhar esse gênero em questão deve ser enfatizado na formação do docente apresentando como um álibi para o desenvolver da criança, pois possuem uma estrutura complexa e são importantes no processo de alfabetização. Para Coelho (2000, p.123), “A literatura atua de maneira mais profunda e essencial pra dar forma e divulgar os valores culturais que dinamizam uma sociedade ou uma civilização”.

Por ser rico em enredos, e ser trabalhado de diferentes formas lúdicas, demostra sim que é interessantíssimo adquirir como intervenção pedagógica.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A partir de nossas reflexões a cerca do assunto, os contos de fadas por ser um gênero literário que apresenta mais proximidade com a criança e sua fácil circulação por diversos ambientes, sendo um texto simples, claro e objetivo, possui enorme influência já que as crianças podem se identificar com varias situações presente nos enredos, retirando valores imensuráveis para sua vida, pois eles são de caráter educativo. Os contos estão presentes desde muito cedo na vida dos pequenos.

Eles deixam como foi acrescentado aqui a imaginação fluir, mudar de um lugar para outro e quanto mais essa experiência for aguçada maior amplitude cultural e social que dispõe a imaginação. Portanto os contos despertam na criança o prazer e o desejo em ouvir cada vez mais. Então o momento de ouvir histórias lidas ou contadas, pode ser extremamente prazeroso podendo ser encantador tanto para a criança quanto para o adulto, a viagem por esse lugar encantado cheio de seres mágicos propicia ao mundo da imaginação o que pode se aproximar do mundo real já que se torna fácil essa comparação, estruturando vínculos fortificando as relações interpessoais no seu meio no que diz respeito à criança e o adulto. A maneira que vai o desenrolar chegando ao desfecho da história sentiram confortados com os finais felizes. Proporcionar a criança o envolvimento com essas narrativas, possibilita a ela um leque de experiências que favorecem o seu enriquecimento pessoal e contribuirá para a compreensão do mundo em que vive e ao mesmo tempo conduzirá a criança a uma aprendizagem prazerosa.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ABRAMOVICH, Fanny. Gostosuras e Bobices. São Paulo: Scipione, 1989.

 

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil:  gostosura e bobices. 5ª ed. São Paulo:

 

Scipione, 2006.

 

BETTELHEIM,  Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. São Paulo: Paz e Terra, 2013.

 

CADEMARTORI, Lígia.  O que é literatura infantil. São Paulo: Brasiliense  1986.

 

COELHO, Nelly Novaes. Literatura  infantil. Moderna, 2000.

 

Contos de fadas: de Perrault, Grimm, Andersen e outros . Apresentação Ana Maria

 

Machado; tradução Maria Luiza  X. de A. borges.- Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

 

DARTON, Robert. O grande massacre dos gatos, e outros episódios da história cultural francesa. Rio de Janeiro: Graal, 1986.

 

FERREIRA, de Holanda, Buarque, Aurélio.  Novo dicionário  da língua portuguesa.

 

Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.

 

GOTLIB, Nádia Battella.  Teoria do conto. 2ª ed- São Paulo. Ática, 1985.

 

POSTIC, Marcel. O imaginário na Relação Pedagógica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1993.