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AMBIENTE ESCOLAR E O FAZER PEDAGÓGICO

 

 Aline de Oliveira
Eliete Maria dos Santos
Juliana Alves de Moraes
Katulene Jule Soares da Silva

 

 

 

RESUMO-  O objetivo deste artigo é mostrar a importância do envolvimento dos alunos e da comunidade no processo de aprendizagem e construção de um ambiente acolhedor. Para isso é preciso pensar na organização da escola, não basta apenas uma boa estrutura física é preciso que se criem condições para a interação do grupo, e refletir sobre as metodologias do trabalho que se vem realizando. Professores e seu alunado precisam interagir, de forma a criar um vínculo afetivo por meio de um trabalho interdisciplinar, juntos na busca do conhecimento.

  

 

PALAVRAS-CHAVE: Ambiente Escolar. Fazer Pedagógico.

INTRODUÇÃO

O presente artigo vem trazer uma reflexão sobre o ambiente escolar e o fazer pedagógico. Apresentando a importância de o professor saber qual o seu papel nesse processo de desenvolvimento da aprendizagem de seus discentes.

Discorre também sobre a valorização dos estudantes, buscando envolvê-los na construção do conhecimento de forma concreta e significativa.

Com base em estudos bibliográficos aponta-se direcionamentos para o envolvimento da comunidade nas atividades escolares. Os estudos também apontam para o desenvolvimento dos conteúdos de forma interdisciplinar, apontando para uma aprendizagem mais prazerosa e espontânea.    

 

1       DESENVOLVIMENTO

Desempenhar o papel de professor/educador requer muito preparo e estratégias variadas para obter resultados satisfatórios. Sendo imprescindível que esse profissional conheça quais são suas atribuições, o público ao qual atende. Para então elaborar seu plano de ensino. 

Melo entende que:

O professor não pode ser uma peça estática na sala de aula, preocupado apenas com o repasse de informações, mas, sim, um mediador da aprendizagem, que está aberto a inovações, mostrando-se eficaz e comprometido, espontâneo e criativo no seu fazer educacional, fazendo a diferença no ensino. (Melo p.56, 2011)

 

Infelizmente alguns profissionais estão apegados ao modo de ensino tradicional, aquele em que o professor é o detentor do saber e o aluno é apenas um telespectador. Nem todas as crianças aprendem da mesma forma e ao mesmo tempo, e o professor não pode ignorar isso, ele precisa conhecer o alunado ao qual atende e buscar metodologias que atendam a esse público.

A partir do momento que esse educando se percebe como sujeito ativo no seu processo de aprendizagem, o desenvolvimento da aprendizagem acontece de forma efetiva e passa de um simples decorar de conteúdos para aprendizado ativo. Onde ele consegue vincular os conteúdos aprendidos na escola com o meio ao qual está inserido.

Na concepção de Fazenda (p.39, 1998):

 

A superação da fragmentação da prática da escola só se tornará possível se ela se tornar o lugar de um projeto educacional entendido como o conjunto articulado de propostas e planos de ação com finalidades baseadas em valores previamente explicitados e assumidos, ou seja, de propostas e planos fundados numa intencionalidade. Por intencionalidade está se entendendo a força norteadora da organização e do funcionamento da escola provinda dos objetivos preestabelecidos.

 

Diante do exposto o professor deve buscar envolver os estudantes nas aulas por meio de atividades lúdicas como por exemplo: jogos, brincadeiras, música, dança, teatro entre outras possibilidades. Partindo dessa prática ele consegue trabalhar diversos componentes curriculares sem precisar especificar disciplinas, elas poderão ser trabalhadas de forma interdisciplinar.

A escola a sala de aula deve ser um ambiente acolhedor, aconchegante para que a criança sinta prazer, felicidade em estar nesse ambiente, apostar em imagens coloridas, cartazes e com atividades feitas por eles é uma boa opção. Não se trata de fazer da sala de aula um ambiente poluído visualmente, essa prática deve ser feita com cautela.

A Comunidade educativa CEDAC (p. 10, 2013) aponta que a:

Escola bonita não é apenas um prédio limpo e bem planejado, é um espaço no qual se intervém de maneira a favorecer sempre o aprendizado, fazendo com que as pessoas se sintam bem para ensinar e para aprender, e o reconheçam como um lugar que lhes pertence.

 

Nessa perspectiva podemos entender a escola como um ambiente pertencente a comunidade, onde essa comunidade precisa se sentir parte importante desse ambiente. Quando falamos em comunidade escolar não podemos nos limitar apenas aos funcionários e alunos da escola, mas sim envolver pais e demais familiares nesse ambiente.

Em seu livro Lúdico e musicalização na educação infantil Melo afirma que:

Com a correria do dia a dia, as pessoas estão esquecendo coisas simples e que podem lhes proporcionar muita alegria e diversão, “BRINCAR”. Os pais não

encontram tempo para brincar com os(as) filhos(as), já os adultos entendem que brincar é coisa de criança e acabam deixando de lado esse hábito e, nas escolas, com a preocupação constante em vencer currículos quantitativos, perdem a oportunidade de resgatar momentos de vivências únicas, onde o principal objetivo deve ser o “prazer de brincar”. (Melo p.261, 2011)

 

Existem várias práticas dentro da escola que buscam envolver essa comunidade de forma efetiva como por exemplo nos conselhos deliberativos escolares, em eventos culturais, jogos, brincadeiras entre outras atividades possíveis que variam de comunidade para comunidade.

Todo esse envolvimento reflete no aprendizado dos alunos que irá acontecer de uma forma mais natural e dinâmica.

 

2       CONCLUSÃO

Nessa concepção fica evidente a importância de envolver a comunidade nas atividades escolares. Bem como fazer da escola um ambiente acolhedor e motivador ao desenvolvimento das potencialidades de cada um dos envolvidos.

Sendo que todos devem estar envolvidos na construção desse ambiente. Professores, alunos, pais e demais envolvidos.

 

 

3       REFERÊNCIAS

FAZENDA, Ivani CA. Didática e interdisciplinaridade. Campinas, SP: Papirus, 1998.

MELO, Fabiana Carbonera Malinverni. Lúdico e musicalização na educação infantil. Indaial: Uniasselvi, 2011.

O que revela o espaço escolar? — Um livro para diretores de escola

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