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CONSTRUINDO A IDENTIDADE NO BERÇÁRIO I E II UNIFICADO

 

Josiane de Souza Lima[1]

Eliane P. de Souza[2]

Neiva de Souza[3]

 Sandra Souza do Nascimento Lozano[4]

Eni Mackaulli da Silva Pilger[5]

 

RESUMO

Na Educação Infantil, fomentar a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças pequenas significa ajudá-las a progredir na definição da própria identidade, no conhecimento e na valorização de si mesmas. Procuramos então, criar um material pedagógico que possibilitasse esse conhecimento acessível e seguro para elas estando os alunos no ambiente familiar através do brincar, do faz de conta, sem a intervenção direta do profissional Pedagogo? Vivenciar a identidade e autonomia dos alunos do berçário através do brincar em família com parceria da escola proporciona diferentes experiências, estimulando um aprendizado significativo. Este trabalho teve participação das professoras, pais e alunos do Berçário Unificado da Escola Municipal Menino Jesus, com elaboração de atividades lúdicas, cadernos de atividades, exploração de brinquedos, confecção de materiais com produtos recicláveis, uso de filmagens e fotos. Observamos que com o apoio dos pais, o incentivo das professoras no planejamento de atividades que viesse proporcionar a autonomia, seu desenvolvimento emocional, físico e motor os alunos mesmos estando em casa devido à pandemia, conseguiram realizar as atividades propostas, adquirindo os conceitos necessários para sua idade.

 

Palavras-chave: Berçário. Escola. Família.

 

INTRODUÇÃO:

 

A construção da identidade e autonomia refere-se ao progressivo conhecimento que as crianças vão adquirindo de si mesmas, a autoimagem que através deste conhecimento se vai configurando e à capacidade para utilizar recursos pessoais de que disponha a cada momento.

Na Educação Infantil, fomentar a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças pequenas significa ajudá-las a progredir na definição da própria identidade, no conhecimento e na valorização de si mesmas. Procuramos, então, criar um material pedagógico que possibilite esse conhecimento acessível e seguro para elas.

Consideramos que as situações educativas que a criança vive na escola e a maneira como as educadoras tratam essas atuações serão muito importantes na formação dos conceitos de si mesmas, porem agora faz-se necessário que esse fazer aconteça em casa devido a Pandemia ao qual estamos enfrentando mundialmente.

 

JUSTIFICATIVA:

 

A constituição da identidade é um processo contínuo na vida humana, que se dá na interação com os outros sujeitos da sua cultura. Porém em tempos de extrema necessidade onde o mundo se vê em meio de uma pandemia, e necessário que essa interação se dê com a parceria da escola e família, visando um trabalho pedagógico que promova múltiplas possibilidades para desenvolver sua identidade da forma continua sem pular cada estágio do seu desenvolvimento.

Para ajudar os alunos do berçário nesse processo estaremos desenvolvendo atividades nas quais os estimulem a ser comunicar, expressar desejos, necessidades, preferencias e vontades. Brincadeiras que possam ajudá-los a reconhecer suas características físicas e assim vivenciar a autonomia e sua identidade através do brincar em família.

 

PROBLEMA

 

Como auxiliar a descoberta da identidade e autonomia dos alunos do Berçário Unificado, estando ele no ambiente familiar através do brincar, do faz de conta, sem a intervenção direta do profissional Pedagogo?

 

OBJETIVO GERAL

Vivenciar a identidade e autonomia dos alunos do berçário através do brincar em família com a parceria da escola.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Interagir a família através do brincar com a criança, vivenciando assim diferentes experiências e juntos construímos muitos aprendizados;
  • Utilizar a sequência didática quinzenal como marcador de tempo, para que os responsáveis utilizem a maneira que for melhor para sua dinâmica familiar;
  • Perceber que suas ações têm efeitos nas pessoas de seu convívio;
  • Perceber as possibilidades e os limites de seus corpos nas brincadeiras e interações das quais participa;
  • Interagir com pessoas de seu convívio ao explorar materiais, objetivos, brinquedos;
  • Comunicar necessidades, desejos e emoções utilizando gestos, balbucios e palavras;
  • Expressar suas sensações em momentos de lazer e nas atividades, propostas.
  • Proporcionar as crianças momentos de aprendizagem, através de atividades diferenciadas e enriquecedoras na área da literatura infantil, com a utilização de recursos e técnicas de narração de história variadas, estimulando o habito pela leitura a criatividade, o lúdico, o fazer de conta e a imaginação.
  • Explorar materiais construídos com materiais recicláveis.
  • Ter contanto com tinta guache, caixas de papelão.

 

METODOLOGIA

 

Para a realização deste projeto procuraremos relacionar os objetivos específicos juntamente com as Diretrizes da DCMEI/Alta Floresta, usando alguns instrumentos aqui citados e outros que porventura for necessário no decorrer do mesmo. Esse projeto se dará de maio a julho, sendo realizado 03 vezes na semana com carga horária total de 30 horas. Na sua realização serão utilizados os seguintes métodos e técnicas descritos a seguir.

- Elaboração do projeto;

- Criação de um grupo para a turma;

- Elaborar atividades que explorem a autonomia e identidade dos alunos;

- Participação dos pais e responsáveis na execução das atividades;

- Utilização de aparelho celular para ouvir história;

- Vídeo de histórias, músicas;

- Exploração de utensílios do aluno, no ambiente familiar;

- Realizar atividade com tinta guache, pincéis, giz de cera;

- Identificar sabores por meio de frutas, legumes.

- Registro por meio de fotos, vídeos, relatório;

- Percepção de conceitos matemáticos usando caixas;

-Histórias em PDF, Link.

 

REFERENCIAL TEÓRICO

 

A infância é um importante período no qual a criança conhece e explora o mundo. Logo nos primeiros anos de vida, ainda na primeira infância, ela obtém importantes conquistas, que refletem o primeiro marco de sua independência: aprende a andar sozinha, adquire linguagem, desenvolve habilidades motoras e se torna um ser sociável. 

Sua inserção no espaço de Educação Infantil se faz em um universo social diferente do da família, favorecendo novas interações e ampliando, desta maneira, seus conhecimentos a respeito de si e dos outros.

Nessa perspectiva construir a identidade na educação infantil implica conhecer os próprios gostos e preferências e dominar habilidades e limites, sempre levando em conta a cultura, a sociedade, o ambiente e as pessoas com quem a criança convive.

Esse autoconhecimento começa no início da vida e segue até o seu fim, mas é fundamental que alguns conhecimentos sejam adquiridos no interior da creche. Porem em tempos tão penosos onde o ser humano enfrenta um inimigo invisível, as escolas e as famílias estão tendo que se adaptar a uma nova estratégia de ensino, para que os alunos não sofram com a ausência da sala de aula.

Nesse ensejo o “eu criança” na Educação Infantil deve ser despertado por meio de atividades que sejam próprias do mundo lúdico e do imaginário da criança, atividades que o ajude a desenvolver a coordenação, lateralidade, conceitos, concentração, colaborando assim para a formação de uma identidade autêntica e respaldada em valores éticos necessários ao cidadão consciente do seu papel na construção da sua história e da história do outro.

Com a resolução n° 5, de 17 de dezembro de 2009, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, propõem na sua concepção que as instituições cumpram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica. Segundo a DCN (2010, p 17) salienta:

 

...ter como objetivo garantir á criança acessa a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito á proteção, á saúde, á liberdade, á confiança e a interação com outras crianças.

 

Já a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reconhece a Educação Infantil como uma etapa essencial para a construção da identidade e da subjetividade da criança de 0 a 5 anos. Com isso a BNCC estabelece seis direitos de aprendizagem: Conviver, Brincar, Participar, Explorar, Expressar e Conhece-se.

Para contemplá-los, o professor precisa sempre estar atento em garantir que as experiências propostas estejam de acordo com aspectos considerados fundamentais no processo de ensino e aprendizagem, buscando atividades que promovam todos os direitos de aprendizagem listados na BNCC e permitindo trabalhar os cinco campos de experiência que indicam quais são as experiências fundamentais para o desenvolvimento expressivo motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural da criança.

Os Cinco Campos de Experiência são: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações.

Os campos estão organizados de forma a apoiar o professor no seu planejamento diário, é muito importante que se observe que campo quer desenvolver no berçário e propor atividades apropriadas a idade. Além dos cuidados essenciais, no berçário também devem se oferecer atividades que envolvam a estimulação das percepções sensoriais, o desenvolvimento psicomotor, formas de expressão e comunicação não verbal, bem como o desenvolvimento da linguagem oral, tendo em vista a expressão dos desejos e a socialização entre as crianças.

O primeiro campo de experiência proposto pela BNCC, o Eu, o Outro e o Nós trata sobre a construção da identidade, da subjetividade, das relações interpessoais, fala do respeito próprio e coletivo, da sensação de pertencimento a um grupo. Nesse cenário uma atividade que contempla esse campo é a identificação de si em frente ao espelho, se reconhecer em uma foto, trabalhar com o aluno sabores, a experimentação, o cesto dos tesouros, nessas atividades os alunos expressa suas emoções, suas alegrias, dificuldades.

O trabalho com a identidade representa mais um importante espaço para a integração entre família e instituição onde o professor e os outros profissionais de educação infantil compreendam a dificuldade da criança e proponham a intervenção adequada.

 

Segundo Sommerhalder e Alves, (2011, pág,13) destaca que através da brincadeira do jogo a criança busca as alternativas e as respostas para as dificuldades e problemas que vão surgindo, seja na dimensão motora, social, afetiva ou cognitiva. É assim que ela testa seus limites e seus medos, é assim que ela satisfaz seus desejos. E assim também que ela aprende e constrói os conhecimentos, explorando, experimentando, inventando, criando.

 

Observando o campo corpo, gesto e movimento, na dimensão de crianças bem pequenas, mais precisamente no berçário é imprescindível que proponhamos o brincar com brinquedos, materiais de casa, encaixe, corrida de obstáculos, as trilhas, brincadeiras com bola, atividade com pregadores.

 

Segundo Sommerhalder e Alves, (2011, pág., 13) destaca que é assim que as crianças aprendem o verdadeiro e significado e o sentido, por exemplo, da cooperação, da competição, e assim que ela aprende a explorar e experimentar diferentes habilidades motoras que a mesma inventa e cria novas combinações de movimentos, é assim que ela consegue reconhecer valores e atitudes como respeito ao outros etc.

 

A BNCC explica que esse campo coloca ênfase nas experiências das crianças em situações de brincadeiras, nas quais exploram o espaço com o corpo e as diferentes formas de movimentos. A partir daí elas constroem referenciais que as orientam em relação a aproximar-se ou distanciar-se de determinados pontos. As crianças da educação infantil, com idade de zero a cinco anos demonstram mais interesse por brincadeiras de organização mais simples como os jogos de ocultação, jogos que estimulam os sentidos, jogos com intensas atividades simbólicas em que a fantasia e a imaginação são preponderantes.

O campo também valoriza as brincadeiras de faz de conta.  Na brincadeira de faz-de-conta, a criança produz regras, vivencia os princípios que percebe na realidade, recria, na esfera imaginativa, os planos da vida real e das motivações de sua própria vontade. Isso tudo ocorre pela autonomia que a criança adquire nos seus primeiros anos de vida, desenvolvendo habilidades, motoras, cognitivas, sociais e afetivas que a possibilitam apropriar-se do mundo dos adultos, fazendo do momento “brincar” uma atividade principal para continuação do seu desenvolvimento.

Em relação ao campo traços, sons, cores e formas, ressaltam-se as experiências das crianças com as diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, incluindo o contato com a linguagem musical e as linguagens visuais, com foco estético e crítico. Nesse quesito, a atividade aqui proposta é a música, o som do corpo, som dos animais, a qual possibilita o contato com diferentes estilos musicais (popular, clássica, folclórica etc.) como também o contato com diferentes instrumentos musicais, a sua construção, integrando esta atividade com dança ou representações gráficas.

Ao mesmo tempo, foca as experiências que promovam a sensibilidade investigativa no campo visual, valorizando a atividade produtiva das crianças, nas diferentes situações de que participam, envolvendo desenho, pintura, escultura, modelagem, colagem, gravura, fotografia etc.

O RCNEI dá ênfase à presença da música na educação infantil, o documento traz orientações, objetivos e conteúdo a serem trabalhados pelos professores. A concepção adotada pelo documento compreende a música como linguagem e área de conhecimento, considerando que está tem estruturas e características próprias, devendo ser considerada como: produção, apreciação e reflexão (RCNEI, 1998).

O documento apresenta ainda orientações referentes aos conteúdos musicais, estes se encontram organizados em dois blocos: “O fazer musical”- compreendido como improvisação (RCNEI, 1998, p.57), composição e interpretação e o de “Apreciação musical”, ambos referentes às questões da reflexão musical. A proposta do RCNEI é uma discussão sobre as práticas pedagógicas, aqui em específico a de música, e não engessá-las em modelos pré-definidos.

Para Chiarelli (2005), a música é importante para o desenvolvimento da inteligência e a interação social da criança e a harmonia pessoal, facilitando a integração e a inclusão. Para ele a música é essencial na educação, tanto como atividade e como instrumento de uso na interdisciplinaridade na educação infantil, dando inclusive sugestões de atividades para isso.

Chiarelli (2005, p.4) explica a importância de realizar um trabalho em que haja a participação do aluno em conjunto com o professor e apresenta como sugestão:

 

...gravar sons e pedir para que as crianças identifiquem cada um, ou produzir sons sem que elas vejam os objetos utilizados e pedir para que elas os identifiquem, ou descubram de que material é feito o objeto (metal, plástico, vidro, madeira) ou como o som foi produzido (agitado, esfregado, rasgado, jogado no chão). Assim como são de grande importância as atividades onde se busca localizar a fonte sonora e estabelecer a distância em que o som foi produzido. Para isso o professor pode andar entre os alunos utilizando um instrumento ou outro objeto sonoro e as crianças vão acompanhando o movimento do som com as mãos.

 

Outro exemplo de atividade, por exemplo, é a música cantada, com estas, as crianças dançam, se soltam, descobrem seu corpo e como ele se movimenta. Batem os pés no chão, batem palmas e, além disso, aprendem com a letra da música vem com assuntos que tratam do cotidiano escolar.

Observando o quarto campo de experiência Escuta, fala, pensamento e imaginação, ele realça as experiências com a linguagem oral que ampliam as diversas formas sociais de comunicação presentes na cultura humana, como as conversas, cantigas, brincadeiras de roda, jogos cantados etc. Dá destaque, também, às experiências com a leitura de histórias que favoreçam aprendizagens relacionadas à leitura, ao comportamento leitor, à imaginação e à representação e, ainda, à linguagem escrita, convidando a criança a conhecer os detalhes do texto e das imagens e a ter contato com os personagens, a perceber no seu corpo as emoções geradas pela história, a imaginar cenários, construir novos desfechos etc.

O Campo compreende as experiências com as práticas cotidianas de uso da escrita, sempre em contextos significativos e plenos de significados, promovendo imitação de atos escritos em situações de faz de conta, bem como situações em que as crianças se arriscam a ler e a escrever de forma espontânea, apoiadas pelo professor, que as engaja em reflexões que organizam suas ideias sobre o sistema de escrita.

Segundo Barbieri, (pág., 134) quando as crianças estão ouvindo ou lendo a história de um livro, a relação da narrativa com as ilustrações traz muitas informações. A ilustração pode ampliar a leitura da história trazendo novos elementos, atuando sobre seus significados. É uma possibilidade de a criança olhar para o que outra pessoa imaginou sobre a história em questão. As ilustrações de um livro, assim como as obras de arte, possibilitam novas leituras do mundo.

Observando como trabalhar pedagogicamente nesse campo, propõem dentre tantas atividades, a história, o fantoche, o faz de conta, o manuseio de revista, leitura de obra de arte. Propor ao aluno um ambiente que o leve a criatividade tendo como suporte o papel, a lousa, a tela, a areia, a bacia.

No campo Espaço, Tempo, Quantidades, Relações e Transformações a ênfase está nas experiências que favorecem a construção de noções espaciais relativas a uma situação estática como a noção de longe e perto ou a uma situação dinâmica para frente, para trás, potencializando a organização do esquema corporal e a percepção espacial, a partir da exploração do corpo e dos objetos no espaço.

O Campo também destaca as experiências em relação ao tempo, favorecendo a construção das noções de tempo físico dia e noite, estações do ano, ritmos biológicos e cronológico as noções de ordem temporal. Envolve experiências em relação à medida. A ideia é que as crianças entendam que os números são recursos para representar quantidades e aprender a contar objetos usando a correspondência.

O Campo ressalta, ainda, as experiências de relações e transformações favorecendo a construção de conhecimentos e valores das crianças sobre os diferentes modos de viver de pessoas em tempos passados ou em outras culturas. Da mesma forma, é importante favorecer a construção de noções relacionadas à transformação de materiais, objetos, e situações que aproximem as crianças da ideia de causalidade.

A Educação Inclusiva é uma realidade no âmbito escolar.  Segundo Oliveira, Gonzaga e Lima (2015) é necessária a modificação do sistema escolar, com uma nova proposta para a Educação Inclusiva em escolas regulares:

 

Educação Inclusiva, favorecendo em um só tipo de escola, a escola de ensino regular que deve acolher todos os alunos e também se empenhar em identificar as dificuldades e limitações dos estudantes, buscando ajuda e encaminhamentos através de profissionais qualificados de utilização de apoios e recursos que garantam a superação dessas dificuldades (p.2).

 

Carvalho (2007) ainda retrata que a educação em sua história, era pouco inclusiva. Nesse sentido foram desenvolvidos vários documentos reafirmando os direitos humanos da pessoa com deficiência, a saber, a Declaração da Salamanca (BRASIL, 1994); LDBEN Lei nº 9394/96 (BRASIL, 1996); Resolução CNE/CEB nº 2/2001 que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001); Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), Decreto nº 7.611 relacionado ao Atendimento Educacional Especializado (BRASIL, 2011) e a Lei nº 13.146 conhecida como o Estatuto da Pessoa com Deficiência (BRASIL, 2015).

Segundo Sommerhalder e Alves, as crianças que apresentam deficiências físicas, são importantes que a posição que estejam brincando seja confortáveis e seguras. Por isso, pode-se utilizar tanto um tapete de borracha para evitar que o brinquedo escorregue quanto um beiral adaptado ao redor da mesa ou cadeira para que os materiais lúdicos não caiam constantemente ao chão. Os brinquedos selecionados devem ter como critério: não exigir um controle motor muito apurado ou ter algumas adaptações que tornam possíveis a por aquelas crianças que apresentam dificuldades motoras.

 

No processo de ensino-aprendizagem, o aluno é o sujeito e o construtor do processo, toda aprendizagem precisa ser embasada em um bom relacionamento entre os elementos que participam do processo, ou seja, aluno, professor, colegas de turma: diálogo, colaboração, participação, trabalhos e jogos (brincadeiras) em conjunto ou em grupos e respeito mútuo (KULLOK, 2002, p.11).

 

Como atividade pedagógica propõe o alinhavo com formas geométricas em cores diferentes e com vários furos nas bordas. Como material para a construção desse brinquedo, é necessário cordão ou cadarço, matéria de espessura fina, tintas e pinceis. Para a confecção e preciso cortar o material de espessura fina em forma geométrica pintando de cores diferentes, furar as bordas, cortar os barbantes ou selecionar os cadarços. O objetivo dessa atividade é desenvolver a percepção visual, as semelhanças e as diferenças de forma e de cores, bem como a coordenação motora.

O professor nesse momento é o intermediado entre o ensinar, o transmitir a essência para que esse aluno possa absorver toda sua base, para que possam desde pequenos através de um fazer pedagógico de qualidade eleva sua autoestima, fazendo o próprio educando confiar em suas potencialidades e apesar de muitos virem de uma realidade social cruel, através do trabalho desenvolvido pelo professor conseguir acreditar que é possível mudar sua qualidade de vida.

As crianças autoaprendem, e elas escolhem o que aprender, mas se não tiverem alguém disposto a ensinar, elas não aprendem sozinhas. Nos todos precisamos do outro para aprender, mas também aprendermos com o outro.

Segundo Barbieri, (2012) para crescermos em nossa área de atuação, precisamos validar nosso compromisso dentro da escola. Temos que estar preparados e conectados com o mundo á nossa volta, mesmo que o mundo seja nosso bairro. Ele precisa se renovar aos nossos olhos o tempo todo, para que possamos enxergar que ali, naquele pedaço do mundo, mora um pouco de tudo o que há no mundo.

A respeito disso, Hannah Arendt (1979) atribui ao professor uma grande responsabilidade, que é apresentar o mundo as crianças pequenas:

 

A qualificação do professor consiste em conhecer o mundo e ser capaz de instruir os outros acerca deste, porem, sua autoridade se assenta na responsabilidade que ele assume por esse mundo. Face á criança, é como se ele fosse um representante de todos os habitantes adultos, apontando os detalhes e dizendo á criança: isso é o nosso mundo.

 

Cabe aos professores compreender que a cultura, por diferentes formas de mediação, pode ser apropriada pela criança, contribuindo para a sua formação como pessoa completa. Buscando organizar tempos, espaços, relações e experiências formativas que permitam a apropriação efetiva de conhecimentos que vão além daqueles já são presentes no cotidiano das crianças e assimilados mesmo sem a participação do trabalho sistematizado da escola.

Portando, uma educação de qualidade está diretamente condicionada ao fato do professor compreender que o seu fazer pedagógico é também determinante para desenvolver o intelecto dos alunos. O saber não chega sem a procura, e os docentes precisam se conscientizar de que o fazer pedagógico só tem eficiência quando mudamos nossa prática educativa buscando atender as necessidades reais e urgentes dos nossos alunos, que nesse momento estão em suas casas, sendo privados do contato com o profissional e dos colegas por motivos de prevenção e cuidados ao fato de um vírus invisível que veio e nos fez rever o modo de transmitir o que sabemos sem afetar o processo de ensino e o saber do aluno. Portanto o brincar, ouvir histórias, desenvolver atividades motoras, desafios contribui sim para o desenvolvimento da identidade e autonomia do aluno, o preparando para á serie seguinte.

 

RECURSOS

  • Utilização de um grupo da turma, para enviar mensagens aos pais;
  • Revistas;
  • Tesoura;
  • Corda;
  • Televisão;
  • Cola;
  • Garrafas pet;
  • Tinta guache;
  • Giz de cera;
  • Papel sulfite;
  • Barbante;
  • Caixa de sapato;
  • Bola de vários tamanhos;
  • Utensílios de casa;
  • Tampinhas de garrafa;
  • Prendedores de roupa;
  • Caixa de ovo;
  • Palito de picolé;
  • v.a;
  • Papel cartão
  • Bexiga;
  • Saquinho

 

CRONOGRAMA

 

Para execução desse projeto propomos uma carga horária de 30 horas no total, sendo elas executada 3 vezes na semana iniciando em Maio e terminando no mês de Julho.

DATA

CONTEUDO

BIBLIOGRÁFIA

RESPÓNSAVEL

CARGA HORÁRIA

11/05

Você é especial

Livro

Professora Josiane

01h

13/05

Brincadeiras livres

Livro

Professora Josiane

01h

15/05

Criando sons em casa

Livro

Professora Josiane

01h

18/05

Afunda ou boia

Livro

Professora Josiane

01h

20/05

Manuseio de revista

Livro

Professora Josiane

01h

22/05

Cadê minha foto

Livro

Professora Josiane

01h

25/05

O cesto dos tesouros

Livro

Professora Josiane

01h

27/05

Pintura com Dedos

Livro

Professora Josiane

01h

29/05

 

Músicas Infantis

Livro

Professora Josiane

01h

01/06

Brincadeira com Massinha de Modelar

Livro

Professora Josiane

01h

03/06

História do Sapo Bocarão.

Livro

Professora Josiane

01h

05/06

Pareamento de Meia

Livro

Professora Josiane

01h

08/06

Sabores

Livro

Professora Josiane

01h

10/06

Língua de Sapo

Livro

Professora Josiane

01h

12/06

Jogo de encaixe

Livro

Professora Josiane

01h

15/06

Alinhavo

Livro

Professora Josiane

01h

17/06

Sequência de cores

Livro

Professora Josiane

01h

19/06

Dentro e fora com caixa

Livro

Professora Josiane

01h

22/06

Domino colorido

Livro

Professora Josiane

01h

24/06

Ouriço divertido

Livro

Professora Josiane

01h

26/06

Sequência de cores

Livro

Professora Josiane

01h

29/06

Colagem

Livro

Professora Josiane

01h

01/07

Marcas gráficas

Livro

Professora Josiane

01h

03/07

Música com nomes

Livro

Professora Josiane

01h

06/07

História Margarida Friorenta

Livro

Professora Josiane

01h

08/07

Encontre a Tampa

Livro

Professora Josiane

01h

10/07

Pareamento de Meia

Livro

Professora Josiane

01h

13/07

História com Fantoches

Livro

Professora Josiane

01h

15/07

Pescaria com tampinhas

Livro

Professora Josiane

01h

16/07

Arremesso no boliche

Livro

Professora Josiane

01h

 

AVALIAÇÃO:

 

Será realizada a partir da interação com os pais e responsáveis, durante o processo de aprendizagem, bem como uma avaliação dessa atividade no retorno das aulas. Será coletado o material realizado dos alunos, com os relatos dos responsáveis por escrito de como foi o desenvolvimento dessa atividade realizada em casa. O registro se dará por meio de fotos, pintura realizada pelas crianças, relatos, relatório escrito e vídeos elaborados pelos pais presentes na ação e execução das atividades que caberá na conclusão dessas aulas não presenciais.

 

REFERÊNCIAS:

BARBIERI, Stela. Interações: onde está a arte na infância? São Paulo: Blucher, 2012.

BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, v. 3. Conhecimento de Mundo. MEC/SEF, 1998. BRASIL.

CARVALHO, R. E. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2007.

CHIARELLI, Lígia Karina Meneghetti. A música como meio de desenvolver a inteligência e a integração do ser, Revista Recre@rte Nº3 junho 2005: Instituto Catarinense de Pós-Graduação.

OLIVEIRA, V. L. C; GONZAGA, M. Z.; LIMA, E.C.Z. Educação inclusiva: um ato de amor e afetividade. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, Conedu, 2, 2015, Campina Grande, PB.

PINTO, A. Cadê? Achou! Educar, cuidar e brincar na ação pedagógica da Creche. Curitiba: Positivo, 2018.

SOMMERHALDER, Aline. Jogo e a Educação da Infância: muito prazer em aprender. 1.ed.- Curitiba, PR: CRV, 2011.

KULLOK, M. G. B. (Org.). Relação professor-aluno: contribuições à prática pedagógica. Maceió: Edufal, 2002.

 

Vídeos:

https://yuotu.be/ikB8l7o3ZQg,  acessado em 11 de maio.

https://youtu.be/pryfElVt9kU acessado em 11 de maio.

https://yuotu.be/WAwL_9gDq8A acessado em 11 de maio.

https://yuotu.be/CaTXgmhyMSk acessado em 11 de maio.

https://youtu.be/9VIYUMV5VKE acessado em 12 de maio.

https://youtu.be/ByASHDbSgs acessado em 12 de maio.

https://yuotu.be/Z/gJ4Grnwgs acessado em 12 de maio.

https://yuotu.be/ikC3bdqEj78 acessado em 13 de maio.

https://pedagogiaaopedaletra.com/sugestoes-de-atividades-para-o-bercario/ acessado em 13 de maio.

https://yuotu.be/dpQeiFhxI3U acessado em 13 de maio.

 

ANEXOS

 

VÍDEOS DAS HISTÓRIAS E MÚSICAS ENVIADAS AOS ALUNOS:

 

https://getsnap.link/Kgy3M15b96o Dona Baratinha;

https://getsnap.link/fw1RS2ZQJEs Músicas infantil diversas;

https://getsnap.link/8hejkh6NWMD  Musica com nomes;

 https://yuotu.be/X5xb05a3nzU  PULA FOGUEIRA;

https://youtu.be/9lTzliWc2Go   GALINHA RUIVA;

https://youtu.be/Cxy1Hl0rK9AConceitos matemáticos cheio/vazio. Leve/pesado.

https://youtu.be/MYYJgfT5uo  Conceito matemático grande/pequeno.

https://youtu.be/lgLb1CzVq8 Conceito matemático grande/pequeno.

https://youtu.be/0fAzZHlG2c, Peixe dourado;

https://youtu.be/F0PsX8PMtvM  Margarida Friorenta;

https://youtu.be/tDs7XOePc0E Som dos animais;

https://youtu.be/pryfElVt9kU Eu sou especial;

https://youtu.be/zO1LXVXrIEg Brincando com massinha de modelar;

https://yuotu.be/ikC3bdqEj78 Hino de Alta Floresta;

PDF- Camilão, o comilão.

PDF- Os três porquinhos.

PDF: João e o pé de feijão.

 

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