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SOU CRIANÇA, SOU ARTISTA

Luzia Aparecida Soares
Daniele Ulrich da Silva

 

INTRODUÇÃO:

 

Através da arte podemos representar ideias através de linguagens particulares, como a literatura, a dança, a música, o teatro, a arquitetura, fotografia, desenho, pintura e entre muitas outras formas, podendo assim assumir expressão no dia a dia.

Pintura como qualquer outro tipo de atividade é uma aprendizagem que pode ser ensinado por exemplo. Se a criança está acostumada a ver seu pai ou sua mãe pintura é a certeza de ser atraídos para os pincéis para tintas, lápis, cores, formas, etc.

As técnicas de pintura são sempre muito bem vindas, além de distrair os pequenos com atividades que eles gostam de fazer, a sempre algo a mais para eles aprenderem sobre técnicas de pintura.

Muitas vezes a tecnologia infelizmente tem afastado as crianças de uma prática de artes mais simples que valoriza o convívio social e a busca de conhecimentos. Na fase da infância estimular os sentidos das crianças pode auxiliar no desenvolvimento da coordenação motora, na percepção das cores, entre outros benefícios. Atividades com diferentes materiais escolares como a tinta guache, por exemplo, podem oferecer experiências diferentes e o contato direto com objetos que elas ainda não conhecem ou não estão acostumadas a lidar no dia-a-dia.  No caso da pintura, a coordenação motora fina vai evoluindo aos poucos, bem como a capacidade de distinguir e fazer escolhas de materiais, técnicas, texturas e formas. Vai fazer com que a criança consiga brincar e aprender é preferível, por exemplo, dispensar o uso dos pincéis nos primeiros trabalhos em prol de uma abordagem mais tátil e sensorial, usando mãos e pés.

Através da pintura as crianças descobrem um mundo cheio de cores, formas, linhas e sentimentos, imaginação simboliza e experiências. A pintura estimula a comunicação, criatividade, sensibilidade e aumenta a capacidade de concentração e expressão das crianças. 

Acredita-se que as diferentes técnicas de pintura em sala de aula têm por objetivo utilizar diversos materiais gráficos para ampliar as possibilidades de comunicação e coordenação motora.

Acredita-se que oferecer diferentes materiais aos educandos, será uma maneira de ampliar a capacidade de expressão deles e o conhecimento que têm do mundo.

O trabalho com pintura na educação traz a possibilidade de desenvolver e aprimorar a linguagem não verbal usada na comunicação visual, incentivando o protagonismo juvenil, onde os próprios alunos, a partir da criatividade, contam histórias visuais para seus pares e aprendem a respeitar o trabalho do outro. A partir do momento que a criança tem a liberdade para acessar diversos materiais, e aprender sobre cores, texturas, ela abre a possibilidade não só de se expressar, mas também se entender como ser humano! Por isso, a arte tem o poder do amadurecimento cognitivo, onde auxilia na percepção de mundo;

o exercício de compreensão da arte, auxilia a adotar uma postura crítica, porque a criança poderá trabalhar o processo de percepção e materializará efetivamente esse raciocínio;

a aprendizagem e associações se conectam em novas experiências, assim ajudam a memorizar todo conteúdo;

 

OBJETIVO GERAL:

  • Conhecer e produzir algumas técnicas de pinturas através de materiais diversos.

OS OBJETIVOS ESPECIFICOS:

  • Expressar-se através da pintura utilizando diferentes combinações de cores;
  • Conhecer diferentes técnicas de pintura;
  • Estimular o pensamento e a imaginação criativa através da atividade artística.
  • Proporcionar momentos de manuseio com tinta e diversos tipos de texturas.

 

Os materiais necessários para a realização desse projeto são: Tinta guache, barbante, fita adesiva, legumes; (quiabo, maçã, carambola, pimentão, chuchu, laranja,) cotonete, frutas, papel kraft, formas de gelo, tecido, palitos de picolé, cola, cartolina, sulfite, folhas de plantas, caixas de papelão, tnt, rolinhos de papel higiênico,  garfo, canudinho, xerox de desenhos, prendedores, milho, palito de churrasco,

 

REVISÃO DA LITERATURA

 

É o próprio ato de criar, construir, produzir. São os momentos em que a criança desenha pinta. Esse processo de pensar/construir/fazer lúdico e estético inclui atos técnicos e inventivos de transformar, de produzir formas novas a partir da matéria oferecida pelo mundo da natureza e da cultura onde vive esse aluno.

Desse modo se faz necessário pesquisar, experimentar incessantemente na busca do signo que representará a sua ideia. Esse fazer é exclusivo de cada um, por isso mesmo cada produção artística tem a marca única de quem à fez.

 

O professor deverá proporcionar a seus alunos a leitura das mais diversas obras de Arte e produtos artísticos, de todas as épocas, povos, países, culturas, gêneros, estilos, movimentos, técnicas, autores, artistas..., assim como as produções da própria classe envolvida. (GUERRA. 2008,p.65)

 

A linguagem artística tem um papel fundamental, envolvendo os aspectos cognitivos, e culturais. Por isso é importante que os professores ampliem suas expressões e linguagens. Ao buscarmos maneiras de estimular a percepção e o processo criativo da criança, estamos favorecendo o interesse e estimulando para que tenham curiosidade e o contanto com materiais diferenciados, com vistas a ampliar o conhecimento das crianças e possibilitar a elas a exploração de linguagens visuais produzindo imagens.

 

A pintura estimula a comunicação, a criatividade, sensibilidade, e aumenta a concentração e expressão das crianças. É por isso que a pintura é também indicada no tratamento terapêutico de crianças. Com a pintura reduz a ansiedade e animar os medos e expectativas. Usando um pincel ou outra ferramenta, as crianças expressam as suas preocupações e as emoções são aliviadas e calmas. Ao mesmo tempo, desenvolver os seus gostos e perfil artístico. (DUARTE-JÚNIOR, 20011, p.98)

 

Pintar em qualquer superfície nos permita expressar pode ser uma forma de demonstrar sentimentos e pensamentos para pessoas que precisam se comunicar, mas não conseguem fazer isso de outra forma. É um tipo de terapia alternativa e natural que pode ter muitos benefícios.

 

As pessoas que começam uma terapia com pintura costumam ser tímidas e retraídas, tendo dificuldade em se comunicar com a sua família e até mesmo com os seus terapeutas. No entanto, essas pessoas são capazes de libertar a sua criatividade e expressar sentimentos e emoções com a pintura. (GUERRA. 2008, p.65)

 

Quando a terapia com pintura se realiza em um ambiente amigável, relaxado e agradável, uma pessoa pode alcançar grandes realizações incentivado pelo psicoterapeuta, e isso irá fortalecer a sua autoestima. Este ponto pode ser importante para pessoas que precisam fortalecer a autoestima.

 

METODOLOGIA

 

            O trabalho teve início na primeira semana de Junho de 2018 e perdurou até o fim do mesmo mês. Este trabalho foi desenvolvido no município de Alta Floresta MT, pela turma da 1ª fase do 1º ciclo dos alunos da Escola Estadual 19 de Maio.

A metodologia deste trabalho baseou-se em fundamentação teórica pela professora

Com estas informações em mãos, iniciou-se. Os alunos da 1ª fase do 1º ciclo da escola em questão participaram de todo o processo.

A prática dos trabalhos seguiu os seguintes procedimentos:

 

  • Na realização da atividade de Pintura com fita crepe e tinta guache, distribuiu-se para os alunos pedaços de fita crepe e deixando que eles colassem livremente sobre a folha de papel. Depois se pintou com tinta guache nas cores desejadas os espaços que sobraram, deixamos secar e retiráramos com cuidado as fitas do papel observando as formas e os efeitos obtidos.
  • Na realização da atividade com pintura com Tinta Guache e Barbante foi entregue uma folha de papel sulfite para cada criança e pediu-se que utilizem na horizontal. Disponibilize pedaços de barbante de diferentes tamanhos. Solicitou-se que os alunos passem cola em toda a superfície do papel e colem os fios de barbante como desejarem, formando desenhos. Depois da colagem seca, pediu-se que se pintassem todos os espaços vagos entre os barbantes usando os dedos.
  • Na atividade com barbante e tinta guache foi entregue duas folhas de sulfite e pediu-se que a criança colocasse o barbante da tinta e depois no sulfite de forma aleatória em seguida por a outra folha em cima dando uma apertadinha em seguida puxar com cuidado.
  • Outra atividade realizada foi o desenho pontilhado feito com cotonete. Cada criança recebeu uma folha de sulfite, cotonetes e tintas, depois os mesmo foram orientados a criar um desenho de pontilhado.
  • Outro trabalho feito foi com as tintas congeladas, inicialmente colocou-se as tintas nas forminhas de gelo; levou-se ao congelador por alguns minutos, quando começou a endurecer fixou-se meio palito, ao ficar bem firme removeu-se da forma para que as crianças pudessem manipular o gelo colorido.  Oportunizou-se este material para as crianças fazerem desenhos sobre sulfite.
  • Na atividade com canudinho foi entregue um desenho impresso onde o mesmo era um desenho que não tinha cabelos em que cada criança escolhia as cores de tinta que queriam fazer os cabelos, em seguida foi dado canudinhos onde eles tinham que assoprar para espalharem as tintas e misturarem também criando um cabelo colorido ao desenho.
  • Na realização da atividade de carimbo com quiabo, carambola e maça, pimentão chuchu e laranjas foram cortados em seu ângulo mais bacana depois foi molhado na tinta e carimbado em papel.
  • Em outra atividade realizada foram usadas folhas de plantas em seus diversos tamanhos e formas, onde os alunos trouxeram de casa e também colhidas no pátio da escola. Com as folhas em mãos passaram tintas no lado posterior das folhas e depois colocaram na sulfite e apertando bem para ter um bom resultado em seguida retiraram.
  • Na atividade com os rolinhos de papel higiênico, os mesmo foram usados como carimbo. Foram amassados em seguida a criança colocava na tinta e carimbava no papel criando desenhos adversos.
  • Com as espigas de milho foram feitos desenhos onde as crianças rolavam as espigas com tintas criando desenhos.
  • Na atividade de pintura com as mãos e os pés: foi estendido no chão um grande tecido onde as crianças passavam tinta nos pés e mãos. Então, as crianças foram convidadas a andar de quatro pés, espalhando este material sobre tecido.
  • Na ultima atividade foi a colagem dos trabalhos em caixas de papelão para exposição.

      

REFERÊNCIAS

 

DUARTE-JÚNIOR, João Francisco. Fundamentos estéticos da educação. São Paulo: Cortez, 2011.

 

GUERRA, Maria Terezinha T.; Martins, Mírian Celeste; Picosque, Gisa. Didática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 2008.