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SOCIEDADE, LINGUAGEM, CIÊNCIA E MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Claudete dos Santos

Edineia Silva Macêdo

Cecília Oliveira souza

Maria José Nunes Mota Gomes

Jéssica Barbosa Costa Oliveira da silva

 

RESUMO

 

Este artigo tem por finalidade  estabelecer uma relação entre as disciplinas: História e Sociedade, Ciências, linguagens, e Matemática. Busca por meio de ... dar uma ênfase na trajetória da educação desde os primórdios e mostrar os avanços significativos que a mesma obteve, sendo eles através dos avanços tecnológicos e muitas pesquisas.  Visando fazer uma ligação entre conteúdo estudado e tentar solucionar algumas dificuldades apresentadas pelas crianças. Acredita-se que, para a superação dos problemas de ensino aprendizagem é necessário um planejamento que inclua atividades diversificadas e individuais para a necessidade de cada aluno, estudo constante, dedicação e muita competência, pois é necessário investigar as teorias de aprendizagem e colocá-las em prática.

 

Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Criança. Sociedade. Educação Infantil.

 

Abstract 

This article aims to establish a link between disciplines: History and Society, Science, languages, and mathematics. Search by ... giving an emphasis on career education since the beginning and show the significant advances that it has obtained, namely through technological advances and many researches. Aiming to make a connection between content studied and try to solve some difficulties presented by children. It is believed that, to overcome the problems of teaching and learning that includes a schedule for the diverse and individual needs of each student, constant study, dedication and great competence activities is necessary, it is necessary to investigate the learning theories and put them into practice.

    

Introdução

No artigo se propõe operacionalizar uma prática pedagógica que reflita coletivamente sobre a proposta pedagógica das disciplina, Estudos da Linguagem Oral e Escrita na Educação Infantil; Literatura Infanto-Juvenil; Estudos da Natureza na Educação Infantil; Estudos da Sociedade na Educação Infantil; Estudos da Matemática na Educação Infantil apresentada sobre o planejamento das atividades educativas, sobre as estratégias e recursos de ensino aprendizagem e de avaliação com um enfoque ao ensino e aprendizagem  visando garantir que todos os alunos aprendam.

Acredita-se que a superação dos problemas de ensino é necessário um planejamento que inclua atividades diversificadas e individuais, estudo constante, dedicação e muita competência, pois será necessário investigar as teorias de aprendizagem e colocá-las em prática A aprendizagem escolar é considerada um processo natural da criança, porém muitos alunos sentem grandes dificuldades nas séries iniciais do Ensino Fundamental com relação à leitura e à escrita. não deixando de falar de matemática sociedade e ciências, Com aproximadamente três anos, as crianças são capazes de construir as  primeiras hipóteses e já começam a questionar sobre a existência.  A aprendizagem escolar também é considerada um processo natural, que resulta de uma complexa atividade mental, na qual o pensamento, a percepção, as emoções, a memória, a motricidade e os conhecimentos prévios estão envolvidos e onde a criança deva sentir o prazer em aprender. nas propostas do trabalho da educação é preparar teoricamente o corpo docente para a prática dos jogos e atividades lúdicas, realizando, principalmente, um aprofundamento sobre a importância do ato de brincar para o desenvolvimento infantil aprender brincando com certeza será muito mais interessante aprender matemática, ciências estudar a sociedade a as linguagens.

  

1 - Criança e sociedade

Todo ser humano é um sujeito social e histórico que faz parte de uma família, família esta inserida em uma sociedade e com sua cultura.

Segundo Philippe Aries até a idade media a criança eram vistas ao nascimento e quando atingiam a idade e condições físicas para acompanhar os adultos nos seus afazeres, ou seja, quando elas ingressavam no meio social. A sociedade da época não reconhecia a criança em sua fase infantil e não lhe era reconhecido nenhum tipo de sentimento, o pouco sentimento que se tinha da infância era a fase em que a criança fazia as gracinhas e com isso encantava os adultos Pode-se afirmar que os seres humanos quando com pouca idade, são moldados pelo meio em que vivem através de outros adultos ou até mesmo outras crianças. O contato com outras pessoas é muito importante pois permite novas experiências, novas atitudes e linguagens. Tanto é que é visível a diferença em crianças que convivem com outras pessoas, e é notório também a faixa de idade com a qual ela se relaciona, através do modo como se porta. Uma criança que convive a maior parte do tempo com adultos tende a se expressar de uma forma mais "adulta", seu vocabulário é diferente assim como o seu modo de agir. Diferente de uma criança que convive mais com outras de sua mesma faixa etária.  Para Vigotski,  "o sujeito precisa de um "outro" para existir como ser, ele não é apenas mais um elemento, pois, é capaz de pensar, se comunicar, agir e colaborar no meio em que vive." Com isso fica claro que, a criança precisa de alguém que a auxilie no aprendizado, que a ajude a ampliar seu conhecimento e cabe ao adulto propiciar situações que façam com que elas se expressem e demonstrem o que sabem para assim fazer sua interferência de modo construtivo, onde a criança irá aprender com ele. Vigotski diz ainda que em seu tempo, não estudou a dinâmica das redes onde podem ocorrer interações, nem o papel desse ser social dentro de um grupo. Porém, ele afirma que o sujeito precisa de um "outro" para existir como ser, ele não é apenas mais um elemento, pois, é capaz de pensar, se comunicar, agir e colaborar no meio em que vive. Ou seja, ele determina que o contexto é dinâmico e que o ser não é passivo no ambiente, porém em alguns momentos ele precisa de uma intervenção para aprender. O processo de interação que acontece e que pode resultar em aprendizagem pode ser potencializado pela utilização da rede.

As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o mundo em que vivem, as relações contraditórias que presenciam e, por meio das brincadeiras, explicitam as condições de vida a que estão submetidas e seus anseios e desejos. 

Ninguém é  feliz sozinho, porque o ser humano é um ser social e necessita da proteção de seu grupo.o ser humano isolado de seu semelhante é incapaz de  desenvolver suas potencialidades intelectuais e torna-se selvagem como um animal irracional. Podemos citar exemplo que ocorreu na índia, em 1920. Duas crianças (denominadas posteriormente Amala e Kamala )foram encontradas na floresta . Não tinham aparência de humano e o  delas era semelhante ao dos lobos. Eram incapazes de permanecerem de pé . Só se alimentavam de carne crua ou podre comiam usando apenas a boca para pegar os alimentos, bebiam lambendo os líquido. No isolamento social, o indivíduo sente-se desligado ou desvinculado dos objetos ou crenças que são muito valorizados na sua sociedade. Com este relato podemos afirmar que a criança é moldada através do meio social que vive. O ser humano é um ser social que interagem com outros indivíduos, por causa do impulso de socialização do inconsciente que o leva relacionamentos com as demais pessoas. A interação social pode  ser observada de diferentes formas: entre um individuo e outro; entre um indivíduo e um grupo, entre um grupo e outro grupo. A criança se desenvolve nesse meio social com membros da família, companheiro de rua, colegas de escola, e professores. A brincadeira é o principal fato onde a criança se relaciona com outras e onde se desenvolve de uma forma lúdica. 

A brincadeira social durante todo o desenvolvimento da criança é um exercício agradável e de autoconsciência realizado em conjunto, e oferece as crianças um o desenvolvimento tecnológico, além de transformar profundamente a dinâmica da sociedade em que vivemos, ampliou de forma vertiginosa a possibilidade de estabelecimento de processos comunicacionias que permitem níveis de interação cada vez mais complexos e naturais. À medida em que as tecnologias superam as limitações de representação de informações e, no decorrer dos anos, passam a oferecer não somente o texto como único suporte, mas uma infinidade de outros formatos, inclusive o verbal, é possível apontar para uma potencialização dos processos de interação.a chance de explorar padrões de interação social que raramente vivenciaram na vida real. Segundo ISTVÁN MÉSZÁRIO  "a educação não é um negócio, é criação. Que educação não deve qualificar para o mercado, mas para a vida." 

A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social. A participação nesse novo ambiente vai também influência o desenvolvimento da própria identidade da criança, sendo esse também um dos objetivos da Educação Infantil. Ao acentuar a condição da criança como sujeito de direitos as Diretrizes chamam a atenção para a legitimidade da presença da criança nas instituições de Educação Infantil pelos benefícios que essa experiência pode trazer para ela e não somente para que as necessidades de suas famílias sejam atendidas. 

Esse é um aspecto central e que a professora deve levar em consideração quando pensa nas interações que desenvolve com a criança nesse espaço. Deve cumprir também, um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação. O RCNEI, atribui ao professor o papel  de mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, por ser um parceiro mais experiente, propiciando e garantindo um ambiente saudável e não- discriminatório. Para obter êxito nessa mediação o professor precisa considerar, a interação com as crianças de diferentes e da mesma idades em situações diversas; os conhecimentos prévios; a individualidade e a diversidade; o equilíbrio entre as capacidades reais da criança e o grau de dificuldade das atividades promovidas que devem estar o mais próximo possível das práticas sociais reais; por fim, a resolução de problemas como forma de aprendizagem. É função do professor considerar, os conhecimentos prévios que as crianças possuem, como ponto de partida para sua ação educativa. Não é uma tarefa fácil, o professor deve estabelecer estratégias didáticas para fazê-lo. A observação acurada das crianças é um instrumento essencial nesse processo, sobretudo as que ainda não falam.

Com relação às crianças maiores, podem-se também criar situações intencionais nas quais elas sejam capazes de explicitar seus conhecimentos por meio das diversas linguagens a que têm acesso. Se o processo de socialização for o mesmo para todos os individuo de uma sociedade, será mais fácil haver controle, por isso é importante delinear programas educacionais que preencham as necessidades individuais comuns quando, por algum motivo, não age segundo as expectativas da sociedade, infringindo as estabelecidas é punido, acarretando, de certa forma, violência social.

 

1.1 - Ciência e pré-escola

O estudo da origem do conhecimento no campo das ciências físicas e biológicas numa perspectiva valorizando as hipóteses infantis nas organização da ação pedagógica analisa conceitos e princípios básicos das ciências naturais relacionados á organização do trabalho didáticos e metodológicos na educação infantil.   Não basta ensinar a criança a pensar o mundo e a compreender os processos naturais e culturais, mas se faz necessário que elas aprendam a preservá-lo, percebam que o homem faz parte da natureza. Precisamos, desde a creche, fazer com que o contato físico com elementos como a terra, a água e o sol estejam sempre presentes.

No inicio da humanidade quando a população ainda era bem pequena, o impacto de suas ações sobre o ambiente era muito menor do que é hoje, pois a quantidade de recursos da natureza era bem menor. Para viver, assim como todos os outros animais, os seres humanos necessitam de alimentos, extraído   da natureza. Isso ocorre desde a época em que os primeiros humanos das cavernas habitavam o planeta. Com o aumento da população, aumentou também a quantidade de alimento necessário. Além dos alimentos, o ser humano necessita de vestuário, pois seu corpo não tem uma cobertura de pelos suficiente para protegê-lo do frio. Em regiões quentes isso não representa um problema, mas em região mas fria, essa pode será diferença entre viver e morrer. Mais tarde o ser humano descobriu que podia traçar fibras vegetais e produzir tecidos os quais foram utilizado para fabricar roupas e aquecer o corpo. Essa utilização de recursos da natureza para produzir ferramentas e outros objetos para melhorar sua qualidade de vida pode ser considerada como o inicio de tecnologia. Segundo Santos (1999), em obra citada em Teixeira (2003):

 

Tudo se passa como se fazer ciência fosse algo desconectado da realidade, como se o saber científico não tivesse raízes em meios sociais e ideológicos, como se a produção científica nunca respondesse a motivações sócio-políticas e/ou instrumentais, como se não contemplasse temas da atualidade, como se não tivesse utilidade social ou essa utilidade se restringisse a uma porta de acesso a estudos posteriores.

 

 As rotinas das instituições educacionais infantis mostram claramente que não possuem um planejamento que inclua a matéria de ciência. Nesta rotina está incluso: liberdade de movimentos, sentir, pensar e prestar atenção as vontades do corpo. A organização de situações de aprendizagens orientadas ou que dependem de uma intervenção direta do professor permite que a criança trabalhe com diversos conhecimentos, estas aprendizagens devem estar baseadas não apenas nas propostas dos professores, mas essencialmente na escuta das crianças compreensão do papel que desempenham a experimentação e o erro na construção do conhecimento. Para que as aprendizagens infantis ocorram com sucesso é preciso que o professor se organize, elabore sempre novos materiais para que o aprendizado não fique limitado a uma sala de aula. A ciência, nos primeiros anos de vida, deve provocar um encontro com o desconhecido, convidando as crianças a navegar nesse mundo utilizando  as ferramentas com as quais poderão enfrentar  a ciência com um olhar mais aguçado. O material produzido em sala, além de proporcionar bem estar e interesse, motiva as crianças a quererem aprender mais sobre o assunto, e mostra que a ciência não é algo fora do normal, e sim algo que se vivencia diariamente, desde os atos mais simples, como o escovar os dentes até as fases da lua. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI, 1996), atividades corriqueiras como pinturas de desenhos prontos, colagem, cópias e outras atividades do gênero, não contribuem para uma efetiva construção do conhecimento. 

  

As crianças devem, desde pequenas, ser instigadas a observar fenômenos, relatar acontecimentos, formular hipóteses, prever resultados para experimentos, conhecer diferentes contextos históricos sociais, tentar localizá-los no espaço e no tempo. (p. 172)

 

 Ou seja, a criança estando biologicamente madura interage com os estímulos externos (ambiente, meio social) dando certa solidez no desenvolvimento das estruturas mentais. Sendo biólogo, Piaget defendia que os alunos manuseassem objetos e realizassem experiências, o que os levaria a aprender melhor A sociedade está imersa em ciência e tecnologia sem saber tirar o melhor proveito dessas poderosas armas de transformação da realidade, e educar as crianças para utilizarem essas capacidades e possibilidades de fazer desse mundo um lugar melhor, justo e equilibrado é a proposta desse movimento. Na era da informação é necessário a formação de cidadãos críticos e participativos capazes de utilizar a ciência e a tecnologia para melhorar a qualidade de vida da sociedade. Somente uma sociedade bem educada é capaz de transformar sua realidade, tornando-se sustentável, justa e feliz. Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam como objetivos do ensino fundamental que os alunos sejam capazes de: perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente. A escola hoje, pelo menos em uma perspectiva teórica, encontra-se fortemente comprometida com um ensino de qualidade e com a idéia de construção da cidadania. Os conteúdos escolares ensinados aos alunos são entendidos como parte de um instrumental necessário para que todos compreendam a realidade à sua volta e adquiram as condições necessárias para discutir, debater, opinar e mesmo intervir nas questões sociais que marcam cada momento histórico. Segundo os PCNs (1997),

 

O ensino de qualidade que a sociedade demanda atualmente expressa-se aqui como a possibilidade de o sistema educacional vir a propor uma prática educativa adequada às necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais da realidade brasileira, que considere os interesses e as motivações dos alunos e garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem.

 

O professor deverá necessariamente apropriar-se dos conteúdos de maneira a torná-los instrumentos para melhor exercer a sua cidadania, como qualquer outra pessoa escolarizada, mas também e, principalmente, porque terá que veicular esses conteúdos de forma adequada, possibilitando que os seus alunos também se apropriem do conhecimento, tornando-se cidadãos capazes de abraçar qualquer profissão quando adultos. Hoje, existem estudos e conceitos de ensino para a educação infantil de forma a proporcionar ao educando uma maior satisfação no que diz respeito à aprendizagem. Com isso, ressalta-se a necessidade de atividades lúdicas, diversificadas e, sobretudo, que faça parte da realidade do educando, sendo compatível às constantes mudanças sociais. Atualmente é preciso pensar sobre a forma como nos relacionamos com a natureza a fim de descobrimos maneiras de usar seus recursos ao nosso favor de modo que possam ser utilizados ainda por futuras gerações. O estudo de ciências da natureza nos leva a conhecer os diversos elementos naturais a forma como estão relacionados, a harmonia existente nessas relações e o papel do ser humano na manutenção do equilíbrio ecológico. As ciências da natureza são um conjunto de ações de exploração e investigação da natureza que buscam entende seus elementos e as relações existentes entre eles. Sabemos que o conhecimento e a ciência são indispensáveis ao processo de conscientização das pessoas, mas como é possível potencializar o papel da educação científica na formação da cidadania, se os próprios docentes desconhecem e ignoram essa necessidade?

O ensino-aprendizagem de ciências deve nortear-se pela capacidade de instrumentar o aluno - futuro cidadão como qualquer profissão  para melhor compreender a realidade onde se insere, possibilitando-lhe uma atuação consciente sobre ela. É possível  afirmar que a ciência não evolui somente através de investigação teórica, tampouco somente pela investigação experimental. De maneira semelhante, um ensino adequado de ciência não deverá privilegiar um outro aspecto. E Independentemente de encontrar respostas, é importante oferecer experimentos que oportunizem as descobertas” Enquanto professores, precisamos nos manter constantemente alertas para a busca de uma postura que reforce, na prática diária de sala de aula, essa abordagem crítica, combatendo a mistificação e a caricatura do conhecimento científico. Precisamos estar sempre informados a ponto de saciar as duvidas dos alunos, usar e abusar da forma lúdica, dinamismo e abertos para as novidades, levando novidades para a sala de aula, fazendo com que  nossos alunos se empolguem, e vão além da sala de aula com suas pesquisas. Vivemos em um mundo muito complexo, formando por elementos relacionado entre si em um delicado equilíbrio ecológico há muito tempo a humanidade procura compreender o mundo em que vive,observando os fenômenos naturais que ocorre ao seu redor,buscando identificar suas causas e conseqüências. 

Essa observação atenta e investigativa levou o ser humano a dominar muitas situações da natureza, possibilitando a exploração dos diversos recursos do planeta em busca de melhores condições de vida. Quando havia poucos seres humanos, á transformação era pequena mas á medida que a humanidade cresceu em quantidade, o impacto de suas ações também aumentou, abalando o equilíbrio ecológico do planeta. Essas transformações prejudicam a qualidade de vida da população, visto que poluem o meio ambiente em que vivemos e contaminam os recursos naturais necessários á sua sobrevivência  

Segundo Koche (1982), a principal contribuição para uma nova concepção de Ciência foi dada por Einstein, conforme esta citação:

 

As suas teorias da relatividade restrita e da relatividade geral foram importantes não apenas pelo conteúdo que apresentam, mas pela forma como foram alcançadas.

 

A transformação do ambiente é apenas uma conseqüência maior necessidade de espaço para morar e produzir os recursos necessários á manutenção da sociedade atual. Além de vivermos uma situação que o planeta sofre com a poluição muitos recursos naturais estão com suas reservas próximas do fim.   tudo o que descemos ate agora sobre as ações do ser humano. podemos tentar mudar esses conceitos. Através da ciência ingerida desde a pré-escola com novas idéias através de trabalhos lúdicos projetos como os matérias produzidos em sala, exemplo: contação de histórias e os jogos. Ambos são muito importante para melhor compreensão nessa fase de desenvolvimento infantil. A criança pequena está a iniciar sua jornada em nosso mundo, a ela tudo encanta, o vento a mover as folhas, as bolinhas de sabão a flutuar no ar, o parafuso colocado em uma cadeira. O mundo, para ela, é todo novidade e sua curiosidade é a vontade de compreender, de conhecer o que a cerca. As ciências nos possibilitam ir além do perceptível e, mesmo, enxergar a infinidade de nuances que este possui. o professor para que compreenda e entenda, de forma mais detalhada, o que representa ensinar ciências para os processos de formação da criança pequena, e o que sua ausência pode gerar. Explorar o ensino de ciências com crianças pequenas é trabalhar com uma das suas principais motivações: a curiosidade pelo mundo . independente de ser criança ou adulto é de natureza ser curioso pelas coisas que nos rodeiam. Desde dos começo, dos homens da cavernas eles já sentiam necessidade de registra o que se passava a sua volta através de desenhos ou até mesmo de alguma forma de números para contar, portanto desde lá podemos observar que já tinha estudo de ciência, matemática, linguagem e porque não sociedade?     

 

1.3- Sociedade e matemática na educação infantil

Há muitos anos, o ser humano primitivo não sentia necessidade de contar, pois a vida era muito diferente da atual. Aos poucos, as pessoas passaram a cultivar terras, criar animais e a comercializar produtos. Assim, sentiram necessidade de contar e registrar o que faziam. Com isso, surgiram diferentes sistemas de numeração. A correspondência unidade a unidade não era feita somente com pedras, mas eram usados também nós em cordas, marcas nas paredes, talhes em ossos, desenhos nas cavernas e outros tipos de marcação. com o passar do tempo, as quantidades foram representadas por expressões, gestos, palavras e símbolos, sendo que cada povo tinha a sua maneira de representação. Para Bassanezi a Modelagem Matemática é: 

 

[...] um processo dinâmico utilizado para a obtenção e validação de modelos matemáticos. E uma forma de abstração e generalização com a finalidade de previsão de tendências. A modelagem consiste, essencialmente, na arte de transformar situações da realidade em problemas matemáticos cujas soluções devem ser interpretadas na linguagem usual. (BASSANEZI, 2002, p.24) 

 

Também os conceitos matemáticos são trabalhados de forma intencional a partir das experiências e vivências do dia-a-dia das crianças e de suas brincadeiras. A todo o momento, elas participam de situações que envolvem noções de grandezas e medidas de tempo, volume, peso, contagem; relações entre quantidades; noções de espaço e formas; leitura e escrita de números, classificações, associações e comparações diversas, além de operações aritméticas. Suas concepções matemáticas são frutos de situações que vivenciam em contextos significativos e presentes em suas práticas culturais. Portanto, na Educação Infantil, o trabalho com os conhecimentos matemáticos deve ser realizado de forma articulada com essas vivências e sua função social, pois as crianças já operam com esses conhecimentos no seu cotidiano.

Piaget concebeu dos tipos, ou polos, de conhecimento o conhecimento físico num extremo e o lógico-matematico no outro. O conhecimento físico é o conhecimento dos objetos da realidade externa. A cor e o peso de uma plaqueta são exemplos de propriedades físicas que estão nos objetos na realidade externa e podem ser conhecidas pela observação . o conhecimento de que a plaqueta cairá quando o deixarmos salta no ar é também um exemplo de conhecimento físico. De acordo com a autora, o desenvolvimento pessoal da criança é um processo onde ela mesma se descobre, em qual tem mais habilidades, o que faz com prazer sem dificuldades, este processo existe em todas as fases da vida, mas para a criança que ainda não tem esta compreensão de mundo dificulta o seu meio. Sobre isso, as atividades lúdicas cumprem o seu papel de forma agradável, para trabalhar tanto as habilidades quanto as dificuldades de cada criança.

 

As trocas de relação de uma criança com a outra são fundamentais para o crescimento como pessoa. Estes processos comunicativos, expressivos acontecem com trocas de relação, como a imitação entre elas, expressa seus desejos de participar e até de se diferenciar dos outros constituindo seu jeito próprio. (WALLON, 1945, p.218).

 

 A Modelagem Matemática vem com intuito de oportunizar uma aprendizagem significativa rompendo com a forma habitual de se trabalhar a Matemática partindo do interesse dos alunos de forma que estes se tornam responsáveis por sua aprendizagem. O fato de que as crianças pequenas não conservam o numero antes dos cinco anos mostra que o numero não é conhecido inatamente e leva muitos anos para ser construído. 

 

1.4 Brincando E Aprendendo Matemática:

 A matemática pode ser ensinada através do uso da própria vivência da criança no meio em que estão inseridas com a valorização dos acontecimentos do seu dia-a-dia, objetos, situações que envolvam direta ou indiretamente a disciplina.

A criança deve se sentir sujeito, deve se sentir parte integrante desse processo do ensino-aprendizagem e não ser vista como incapaz uma das maneiras é fazendo com que ela entenda, com que o ambiente na sala de aula seja propício à aprendizagem para quando ela estiver nesse espaço sinta-se participante ativa e não veja a sala como um ambiente que pertence somente aos professores.   Umas das maneiras de proporcionar um bom ensino-

aprendizagem são através dos jogos, brincadeiras e dinâmicas como estratégia para se ensinar brincando, é eficaz e o aluno aprender de forma divertida e natural. nós acadêmicos e educadores para melhorarmos nossa prática devemos começar a avalizar que, a importância do lúdico no Ensino da matemática pode trazer resultados positivos no ensino-aprendizagem dos alunos de uma maneira espontânea e prazerosa por parte delas.  

As crianças podem saber como recitar números numa seqüência correta,  mas não escolhem necessariamente usar esta aptidão como uma ferramenta confiável. Quando a criança constrói a estrutura mental do numero e assimila as palavras a esta estrutura, a contagem torna-se um instrumento confiável. No entanto, antes do sete anos de idade correspondência um a um a copia da configuração espacial ou mesmo estimativas imperfeitas representam para a criança procedimentos mais viáveis.se as crianças comete erros é porque, geralmente, estão usando sua inteligência a seu modo. Considerado que todo erro é um reflexo do pensamento da criança, a tarefa do professor não é a de corrigir a resposta, mas de descobrir como foi que a criança fez o erro. Baseado nesta compreensão, o professor pode muitas vezes corrigir o processo do raciocínio o que é muito melhor do que corrigir a resposta. Por exemplo, se acriança trouxer menos um copo do que é necessário a razão para isso pode ser a de que não tenha contado a si mesma. As crianças do nível pré-operacional apresentam freqüentemente a dificuldade de considerar –se tanto como quem conta quanto como quem é contado. Portanto quando contam os outros, freqüentemente não contam a si mesmas. Aprender números vai muito além de saber quantificar objetos, não desmerecendo é claro sua importância no cotidiano. Reis (2006), afirma:

 

As noções básicas em matemática, lógica e geometria começam ser elaboradas a partir dos 4,5 anos de idade, portanto é vital que a base seja sólida, bem construída e bem trabalhada, para que nela se assentem os conhecimentos matemáticos futuros. Mas é importante lembrar que estimular o raciocínio lógico-matemático é muito mais do que ensinar matemática – é estimular o desenvolvimento mental, é fazer pensar. (p.9).

 

O professor deve  encorajar a criança a colocar todos os tipos de coisas. Idéias e eventos em relações todo o tempo, em vez de focalizar apenas a quantificação  O lúdico na educação vai muito além de uma simples brincadeira infantil sem sentido algum para algo mias significativo, com regras, objetivos a serem alcançados e executados, enfim, o lúdico atualmente se torna uma ferramenta pedagógica matemática essencial para desenvolve habilidades e competências de raciocínio lógico matemático para o educando. E hoje o leque de oportunidade de ensino se estende a todas as esferas da educação matemática oportunizando maior interação do aluno com os assuntos ministrados em sala de aula. A educação por meio das atividades lúdicas vem estimulando as relações cognitivas, afetivas, sociais, além de propiciar também atitudes de crítica e criação nos alunos que se envolvem nesse processo.

A verdadeira educação é uma ação enriquecedora para todos os que nela se envolvem. É necessário que a criança conviva em um ambiente rico de materiais e oportunidades, de modo que possa construir e elaborar seus conhecimentos. esses materiais podem ate mesmo ser produzido em sala pela próprias crianças assim podemos recicla, dar a nosso colaboração para cuidar do meio ambiente com estas ações mostramos para nossos alunos que viver em sociedade é contribuir para que ocorra da melhor maneira possível se cada um fizer sua parte iremos ter uma sociedade cada vês melhor.  Toda atividade na Educação Infantil deve ser pensada, planejada e elaborada de acordo com a necessidade apresentada por cada faixa etária. Deve permitir que as crianças usem estratégias, estabeleçam planos, descubram possibilidades, isto é, a brincadeira deve ser permeada por diversas situações problema. A ludicidade quando aplicada com objetivos pertinentes permite sua adequação para as demais áreas do conhecimento, representadas nesse contexto pela Matemática. 

 

 

1.5 - Linguagem na criança

Nos últimos  tem-se levado mais em consideração, a ponto de muitos pesquisadores irem além a respeito da linguagem da criança. O que nós primórdios não era levado em consideração, afinal, como cita Ariès a criança era "vista" no nascimento, de vez enquando quando fazia alguma gracinha para os adultos, e quando tinham porte físico suficiente para acompanhar os adultos nos seus afazeres, isto significa que, o inicio da linguagem passava com menos ênfase ou até despercebido aos adultos.

O avanço da tecnologia e da ciência, fez com que,  muitos pensadores que já tinham alguma base sobre, pudessem ir além, escutando, compreendendo e descrevendo melhor o surgimento da linguagem, levando em consideração os vínculos familiares e sociais da criança.

Paulo Airmad em seu livro O surgimento da linguagem na criança, cita o exemplo de Dimitri, onde a mãe começa estimulá-lo desde os dois meses, atráves de sorrisos, conversas, e ele mesmo pequenino presta atenção. Quem tem o privilégio de poder lidar com crianças de diferentes famílias, percebe a diferença entre a mãe que interage com o filho desde o começo é muito grande para aquela que deixa de estimular, por falta de interesse ou até mesmo por achar que não é necessário, porque a criança é muito pequena e que isso não irá fazer diferença. A partir desses estímulos que a criança recebe que fará muita diferença em sua vida adolescente e adulta, claro que, não devemos esquecer que cada criança tem o seu tempo para aprender e não adianta querermos acelerar de uma forma brusca se a criança realmente não está preparada ainda para receber aquele tipo de informação. Mas o estimulo é fundamental, e necessário em todas as fases, assim como o jeito como as pessoas tratam e conversam com as crianças, será o espelho do que elas serão no futuro, por isso a importância de sempre que possível falar corretamente e ensinar a criança e pedir para que ela também fale de uma forma certa. Muitos pais e professores por acharem bonito a criança falar enroladinho, errado e imitando bebe, acabam permitindo e de certa forma incentivando elas a continuarem falando assim, mas isso não deve acontecer, a criança tem que seguir todas as fases, aprendendo e adaptando-se, pois se os pais acabam deixando sem intermediar ensinar a forma correta, chegará a hora em que a criança não saberá se portar em determinadas situações. Conforme Paule:

  

[...] as crianças constroem, às vezes, um léxico bastante especializado. Todas possuem alguns campos comuns, como os termos que se referem ao tempo, as brincadeiras, a nomes de pessoas; esses domínios dependem muito dos hábitos educacionais, das normas de cortesia, da estrutura familiar.  (p.91)

 

Portanto, a criança nasce pré-programada para adquirir a linguagem e é capaz de, a partir  da exposição a fala, construir suas hipóteses sobre a língua que está imersa. Com isso fica claro que, a criança aprende com o meio, e depende das pessoas a cercam motivá-las e incentivá-las em diferentes situações. Em Sorriso- MT, as escolas seguem de acordo com o ritmo e a idade das crianças, sem cansá-las e atarefando-as em demasia. O conteúdo trabalhado está sempre coerente com a faixa etária, onde as professoras além de letrar e alfabetizar os alunos, ensinam os conhecimento gerais, que para muitos isso é banal, mas são de suma importância para as crianças, pois é necessário estar incentivando-as e motivando-as para se desenvolverem, para perderem aquela vergonha do "errar" ao perguntar algo para o professor, ou até mesmo para fazerem alguma leitura para os colegas, e isso em  muitas casas os pais acabam deixando a desejar por acharem que não em importância. O objetivo é que as crianças aprendam, e aprendam muito,  mas tudo no seu tempo, e não "cortar" fases por achar que o que importa na vida de um ser humano é apenas o "estar alfabetizado". Os professores por saberem da realidade afetiva da maioria dos alunos, buscam tratar os alunos da forma mais carinhosa possível, fazendo com que esse aluno veja ali, mais que apensas um mediador e sim uma pessoa  em que eles possam confiar. Nas escolas muitas vezes é o local onde são detectados os "problemas" das crianças, onde pelo fato de o professor estar ali observando, prestando atenção no modo de agir, se expressar, acaba percebendo e conversando com o aluno, e o aluno por ter essa determinada confiança, muitas vezes conta o que acontece em casa, o que ele vê na vizinhança, enfim. Nesses casos, normalmente a coordenação comunica os pais, chama para uma conversa, e indica os melhores caminhos para serem tomadas providencias. Até mesmo na questão da expressão oral das crianças, quando elas chegam a uma certa idade e que a dicção não está definida, procuram encaminhá-la para fonoaudióloga, para assim tomarem as providencias cabíveis.

Outro fato que é muito importante, é essa interação família e escola, onde ambas devem caminhar juntas, com os mesmos propósitos e objetivos na qual os responsáveis pela criança conversam com os profissionais da educação, expõe o problema e a escola interfere na medida do possível ou vice-versa, quando os professores estão com alguma dificuldade em relação a comportamento e dificuldades dos alunos, acionam os responsáveis, que fazem a interferência devida. A criança se sente mais segura e motivada vendo os pais presentes na escola e participando de sua vida escolar.  

  

Considerações Finais

 

Percebe-se que as dificuldades apresentadas pela criança não são um fato inédito, isso vem desde os primórdios, mas as questões mais antigas devese ressaltar e levar sempre em consideração os fatos ocorridos, em que  a pouco tempo que a criança começou a ser vista como criança, digo pouco, porque em muito lugares essas fases continuam sendo atropeladas em casa, pelos pais, por conta da situação financeira da família.

Em condições habituais, todo o individuo tem possibilidades para o aprender. Como podemos ver ao longo deste artigo, que as dificuldades existentes na criança não são inéditas. Crianças da pré-escolar tem suas dificuldades, sendo que um dos motivos é por até estarem iniciando sua vida escolar. Cabe ao professor proporcionar um ambiente que instigue e aguce a curiosidade da criança fazendo com que a mesma tenha vontade de ir atrás de respostas e tome gosto pelo aprendizado, saindo da "zona de conforto" e querendo aprender cada vez mais. Isso deve ser desde os primeiros contatos com os números, letras, histórias infantis, a escrita, ciências com os exemplos claros que são vivenciados diariamente e que passam despercebidos, enfim todo esse aprendizado deve acontecer em um momento de grande prazer para a criança, em que ela não se sinta obrigada e forçada a aprender, mas que ela veja esse aprendizado de uma forma mágica, em que não pense em desistir. É dever dos pais e responsáveis também colaborarem para o ensino da criança, através de incentivos e estímulos desde a gestação.

 

REFERÊNCIAS

 

Airmad, Paule. O surgimento da linguagem na criança. Porto Alegre: Artmed, 1998.

 

ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LCT, 1981. 

 

Hernández, Fernando. Transgressão e mudança na educação: Os projetos de trabalho.  

 

Rego, Teresa Cristina. Vygotsky. O PAPEL DAS INTERAÇÕES SOCIAIS NO DESENVOLVIMENTO DA  LINGUAGEM DE CRIANÇAS DE DOIS A TRÊS ANOS NA CRECHE 

 

<http://www.olharpedagogico.com/site_detalheDica.php?id=3>

<http://www.encontro2012.rj.anpuh.org/resources/anais/15/1338480525_ARQU

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<http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/42463/livro-a-ludicidadeno-ensino-da-matematica#ixzz32x1EKtoD>

<http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/numeros/numeros>

<www.partes.com.br/educacao/ludicidade.asp>

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