Buscar artigo ou registro:

 

PRÁTICA DE LEITURA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

 

Ângela Maria de Oliveira Silva
Lucineia Farias dos Santos

 

Resumo:

O objetivo deste trabalho é fazer um levantamento sobre os métodos utilizados pelos professores na realização da leitura em sala de aula dando ênfase à entrevista com alunos e professores para compreender melhor essa situação, sendo definida como campo de observação a Escola Estadual Palmital as quais trabalham, sendo utilizada como instrumento de coleta de dados a pesquisa bibliográfica e observação nas atividades prática desenvolvida na sala de aula, verificando as concepções do corpo docente da referida escola sobre leitura e entrevista com os alunos do ensino fundamental, levantando e comparando os números de alunos que visita a biblioteca para a leitura buscando assim comparar as variadas formas de leituras utilizadas pelos professores. Podemos concluir que a biblioteca escolar é um espaço em que as crianças e jovens encontram material para complementar sua aprendizagem e desenvolver sua criatividade, imaginação e senso crítico, é com o envolvimento da comunidade escolar que temos maior êxito no desenvolvimento da aprendizagem dos alunos.

 

Palavras-chave: Leitura. Professores e alunos. Comunidade escolar. Educação.

 

Introdução

 

Segundo a problemática levantada sobre prática de leitura na educação básica há questionamentos se há incentivo por parte dos professores e se é um dos problemas dos alunos não gostarem de ler, e se somente dar o livro para o aluno faz com que ele gosta de ler, a falta de incentivo à leitura é um dos motivos que levam os alunos a não gostarem de ler? Diante desses questionamentos com intuito de verificar as concepções do corpo docente da referida escola sobre leitura e fazer uma entrevista com os alunos do ensino fundamental sobre a leitura, levantando e comparando os números de alunos que visita a biblioteca para a leitura buscando assim comparar as variadas formas de leituras utilizadas pelos professores. A escola a qual foi pesquisada faz parte de uma comunidade situada no campo, sedo está chamada Marco de Cimento a uma distância de aproximadamente 65 km do município de Colíder, atende a um público alvo de aproximadamente 150 alunos regularmente matriculado, na modalidade Educação do Campo, devido os alunos serem moradores do campo e muitos deles não terem acesso a diversidade textuais em suas casas, tais como: jornais, revistas, TV internet, fez com que direcionasse meu trabalho através de observação em sala de aula, percebi que os alunos têm pouco interesse em ler e por isso resolvi desenvolver meu trabalho de pesquisa relacionada à leitura para buscar o verdadeiro sentido dos alunos a “não ler”, ouvimos muito falas de professores dizendo que os alunos não leêm por falta de interesse, por que não gostar de ler, diante de todas as questões levantadas decidi conhecer melhor o contexto em que esclarece as estratégias de leituras usadas pelos professores e o que leva a essa desmotivação. Com o objetivo de fazer um levantamento sobre os métodos utilizados pelos professores na realização da leitura em sala de aula dei ênfase à entrevista com alunos e professores para compreender melhor essa situação. Os dados obtidos junto aos questionados foram organizados, analisados e sistematizados da seguinte forma.

Esse trabalho se divide em introdução, desenvolvimento, metodologia e conclusão trazendo os referenciais aqui embasados, o desenvolvimento, apresenta uma pequena abordagem sobre a leitura na educação básica. A metodologia apresenta um relatório sistematizado dos dados obtidos junto aos professores e alunos da referida escola. Sendo feito a conclusão do trabalho embasado em referenciais bibliográficos.

 

Desenvolvimento

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

 

A educação básica correspondente aos primeiros anos da educação escolar, uma das principais prioridades para iniciar o processo de mudança social e de desenvolvimento, sendo a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, nesse contexto faz se necessário formar leitores, capazes de ler textos adequados a sua idade de forma autônoma, fazendo com que os educandos gostem de ler e nesse caso o professor pode facilitar propondo atividades diversificadas de leitura não só na área de linguagem mas em todas as áreas do conhecimento, há necessidade de trabalhar de forma interdisciplinar fazendo o uso diário da biblioteca, leituras em diversidades textuais de acordo as fases de desenvolvimento de cada criança, a medida em que a criança progride na escolaridade, a tipologia de textos se diversifica e sua complexidade aumenta.

 

Segundo Elizabeth Baldi, 2009 p.13-14), A autora define as diferentes modalidades de leitura, como atividades permanentes sendo elas: biblioteca todos os dias, leitura socializada e individualizada, unidade de leitura ou leitura mediada

 

A educação é elemento constitutivo da pessoa e, portanto, deve estar presente desde o momento em que ela nasce como no meio e condição de formação, desenvolvimento, integração social e realização pessoal, a prática da leitura deve estar presente nas vidas das pessoas desde o momento em que começa a "compreender" o mundo à sua volta. Na constante vontade de decifrar o sentido das coisas que os cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas é através do contato com um livro, que estão de certa forma imaginando, sonhando, vivenciando certos acontecimentos embora, muitas vezes, não dê conta disso, através da leitura temos uma fonte de imaginação que se obtêm respostas a todas as indagações, ninguém é capaz de ser grande pesquisador se não faz dos livros seu amparo.

A leitura envolve diferentes processos e estratégias de realização na dependência de diferentes condições do texto lido e das funções pretendidas com a leitura. (ANTUNES, 1937. P.77). Segundo o autor prevê a existência de uma leitura não uniforme, diferente em cada circunstância, dependendo do tema, do nível de formalidade e do gênero do texto lido, ou seja, ninguém lê da mesma maneira sempre, apresentam diferentes comportamentos de leituras e deve significar uma possibilidade real da inserção dos alunos no mundo da informação e do conhecimento para um efetivo exercício da cidadania. Sabemos que são muitos os cuidados que precisamos ter na atuação da prática pedagógica que é desenvolvida com os alunos, onde deve utilizar estratégias que valorizam as oportunidades de crescimento do futuro leitor. Onde existem formas de trabalho em que resgate a leitura feita pelo professor segundo Antunes Walda, de Andrade (p.23-2007)

 

é importante o professor ler para os alunos por que, quando trabalhos com a criança- mas muito mais quando lemos para a criança e com criança, entramos num ambiente de parceria, de conspiração que possivelmente é o maior benefício que só conseguimos quando lemos em voz alta para a criança.

 

Segundo o autor o professor lendo para os alunos faz com que ambos compartilhem palavras ilustrações, encantamento e decepções, alegrias e tristeza, esperanças e temores, impressões e descobertas. A leitura é uma pratica social escolarizada, isto é numa sociedade como a nossa as pessoas consideram que uma das funções da instituição é ensinar a ler. Segundo a leitura não é uma prática escolar: uma pessoa pode aprender a ler sem ter ido à escola, ou mesmo quem tenha aprendido a ler na escola, pode desenvolver habilidades de leitura diferente daqueles que a escola lhe apresentou, e ler texto pertencente a gêneros com os quais não teve contato em contexto escolar.

Segundo Orlando Morais (1997) a leitura envolve a identificação dos símbolos impressos (letras e palavras) e o relacionamento destes com os seus respectivos sons no início do processo de aprendizagem da leitura, a criança deverá diferenciar visualmente cada letra impressa, percebendo e relacionando este símbolo gráfico com seu correspondente sonoro. Quando a criança entra em contato com as palavras, deve então diferenciar visualmente cada letra que forma a palavra, associando-a a seu respectivo som, para a formação de uma unidade lingüística significativa. No processo inicial da leitura, em que a criança visualiza os símbolos, fazendo a associação entre a palavra impressa e som, define-se decodificação, para que haja leitura não basta apenas a decodificação dos símbolos, mas a compreensão e a análise crítica do texto lido. Quando não há compreensão pela criança do que se lê no texto, esta leitura deixa de ser interessante, prazerosa e motivadora. Pode-se considerar então que uma criança lê, quando esta entende o que o texto retrata. Pois quando esta apenas decodifica e não compreende, não se pode afirmar que houve leitura

 

    1. O ATO DE LER

 

A leitura é uma prática social escolarizada, muitas pessoas consideram que uma das funções da escola é ensinar a ler. Porém, a leitura não é uma prática escolar: nós aprendemos a ler mesmo sem ter ido à escola, pois vivemos em uma comunidade letrada, podemos desenvolver habilidades de leitura diferentes daquelas que a escola apresenta, e ler textos pertinentes a gêneros com os quais não teve contato em contexto escolar, muitos pessoas se utilizam do ambiente em que está inserido para ler em seu cotidiano, o contato com atividades leitoras pode acontecer bem antes de ir à escola. Pensar em na leitura da educação básica é pensar em grupos sociais com diversos níveis de letramento, onde é proporcionado nos ambientes externos da escola materiais ricos à base da construção do conhecimento e também da formação da cidadania.

Ler é uma prática fundamental na formação do educando é através dessa prática que os alunos conhecem outras realidades e faz novas descobertas.

 

Letramento, assim, é o estado em que vive o indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive: sabe ler e lêem jornais, revistas, livros; sabe ler e interpretar tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho suas contas de água luz... Segundo Soek, Ana Maria. (in: SOARES, 2003, p.10)

 

Muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, pois não praticamos através da leitura do mundo de tudo que nos rodeiam esses conhecimentos a qual adquirimos no dia a dia fixa de forma a não serem esquecidos posteriormente, proporcionar a criança leituras de rótulos materiais diversificado do cotidiano deles faz com aprendam a gostar de ler, ao escrever a palavra torna o conhecimento mais amplo e diversificado, onde a interpretação é um sentido à vida, a leitura da realidade em que o rodeia tudo que faz parte da sua convivência do seu dia a dia está inserida no contexto da leitura desde sua própria casa e até mesmo familiar, seu desenvolvimento desde a infância até chegar à vida adulta, relembrado momentos essenciais da vida da infância e da adolescência, isso ocorre com a leitura da realidade, nós não lemos apenas as palavras, os textos ou os livros; lemos o mundo tudo aquilo que está ao nosso redor. A leitura realmente passa a ter sentido quando lemos a realidade, a partir de nossos interesses e necessidades, para nos transformar enriquece o vocabulário. Ler é ato uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento. Há necessidade de começar um efetivo trabalho de leitura com os alunos da educação básica, tendo a consciência de que o ato de ler é um processo, uma construção solidária para o sujeito interpretar e poder interpretar a si mesmo.

 

1.2 - A LEITURA DIÁRIA

 

Através da prática e exercícios constantes de leitura o indivíduo passará a gostar de ler. O trabalho de leitura na escola não é diferente deve começar pelo professor para que ele se aproxime do livro, do tema e vença dificuldades pessoais, amplie seus conhecimentos e cultive o gosto pela leitura e pelas atividades com os livros “um leitor só se forma lendo”, o interesse pela leitura nasce na pratica e da relação que seu conteúdo tenha com os interesses pessoais e profissionais. Nesse contexto o professor poderá ser o principal agente transformador do processo de melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem dos educando, podendo realizar uma série de atividades que favoreçam a aproximação do mesmo com a leitura, pois ela é a condição essencial para o bom desempenho da linguagem oral e escrita.

A leitura tem o poder de mudar o aluno do ensino fundamental para o bom comportamento, fazer este exercício diariamente torna-o mais humano capaz de enfrentar com grande potencial, resistência, as dificuldades que a vida os surpreenderá através do conhecimento adquirido nos livros.

 

O convívio com os livros diariamente, traz uma experiência emocional, constitui um exercício privilegiado de habilidades mentais além de citar novamente a grande importância na formação do aluno, nesta fase de adolescente em que a vida chama muito atenção, em que o mundo influência para as coisas negativas, e que o Professor apaixonado pela leitura de textos literários influência naturalmente seus alunos a se transformarem em bons leitores. (WALDA, 2007, p.42)

 

O hábito desta prática é de extrema importância na formação intelectual do indivíduo, pois através dela cria-se espírito crítico social. Faz o aluno tomar consciências das suas necessidades, auto educar-se, refletir, promovendo uma grande transformação, melhorando a qualidade de vida e de ensino, é nos livros que se libertas das inseguranças. Isso feito principalmente na sala de aula diariamente, pois a mesma é o lugar da criação de um vínculo com a leitura. O hábito de ler ou contar histórias constitui um precioso instrumento para o relacionamento, trata-se de um momento de aproximações, descontração e trocas. Vivência em contato com os livros passa a ter uma importância muito grande, pois favorece as relações afetivas entre alunos e professores propiciando um momento de maior aproximação entre eles.

 

Metodologia

Analisando os Dados Obtidos

 

A leitura deve significar uma possibilidade real da inserção dos alunos no mundo da informação e futuramente conhecimento para um efetivo exercício da cidadania, pois a possibilidade de inserção na realidade se faz pelo domínio que a condição de leitor oferece aos sujeitos.

No momento em que a escola a partir de uma participação da comunidade do campo resgatando o que o campo tem a nos oferecer isso faz a diferença, isso mostra a preocupação a interferência que cada indivíduo que compõe a sociedade pode contribuir.

Tendo como objetivo de fazer um levantamento sobre os métodos utilizados pelos professores na realização da leitura em sala de aula, para buscar o verdadeiro sentido dos alunos “não lerem” essa frase dita por muitos, percebi que não é realmente o que acontece ao fazer levantamento na biblioteca dos livros lido pelos alunos do ensino fundamental e médio são muitos os alunos que fazem uso semanal dos livros da biblioteca sendo retirado aos finais de semana e devolvido no final da semana seguinte o índice das leituras feitas pelos alunos é de 80% dos que retiram os livros para fazer leituras em casa e até mesmo na escola. Acredito que a Biblioteca escolar é um centro ativo de aprendizagem e precisa ser vista como um núcleo ligado ao esforço pedagógico dos professores e não como um apêndice das escolas é um lugar que deve trabalhar com os professores e alunos e não apenas para eles.

A Biblioteca escolar é vista por essa comunidade escolar como um local de aprender e que existe para se obter informação e conhecimento é um espaço em que as crianças e jovens encontram material para complementar sua aprendizagem e desenvolver sua criatividade, imaginação e senso crítico, é nesse lugar que oferece a complexidade do mundo que os rodeia, e descobre seus próprios gostos, investigam aquilo que os interessa, adquiri conhecimentos novos, escolhe livremente sua leitura preferida e sonha com mundos imaginários. De acordo com os dados pesquisados em relação ao uso da Biblioteca escolar, percebi no momento do levantamento que os alunos estão ali por gostar por buscar aquilo que eles não encontram em casa, esse ambiente atua como órgão auxiliar e complementar da escola, facilitando aos alunos o livre acesso aos livros, o mundo fantástico do saber, das descobertas, dos sonhos, do imaginário conto de fadas aos mundo do assombrado.

A entrevista foi destinada a uma amostra significativa de dez alunos de cada turma do ensino fundamental e médio, sendo estes alunos nomeados de: A, B, C, D, E, F, E e J. Após nomear iniciei o trabalho de entrevista diretamente com os alunos e ao questionar se gostam de ler, por unanimidade todos responderam que gostam, mas sem compromisso, lêem por prazer, afinal demonstraram que não gosta de ser cobrado para ler e sim de espontânea vontade. Em relação ao questionamento sobre o que costuma ler, o entrevistado C diz: “a bíblia”, o entrevistado A diz: “livros da escola”. Observa-se que eles lêem sim, mas o que tem disponível em suas casas. Percebi que muitos dos alunos entrevistados não têm muitas opções de leitura em suas casas apenas livros didáticos, bíblia, há uma carência em relação à disponibilidade de gêneros textuais como jornais, revistas, a tela do computador para ler e buscar novos conhecimentos, pois é considerado um dos conhecimentos prévios necessários a realização satisfatória da atividade de leitura as diversidades de materiais de leitura que se encontra socialmente, e esses materiais fornecem, embasamentos suficiente para se transformar em um bom leitor Ao indagar se na escola há muitas opções de leituras, a entrevistada E diz: “gosto de ir pra escola porque tem muitos livros bom para ler” outro diz: “gosto de livros de historinhas e advinhas é bem legal”.

 

Segundo Pietri (2009, pg.13) A escolha do texto exige, portanto, que o professor conheça quem é o aluno que se encontra ali, a sua frente, na sala de aula. A escolha dos textos a serem lidos são os conhecimentos que o aluno traz para o interior da escola.

 

Baseado nessa concepção compreende que é preciso ser feito um levantamento prévio do que o aluno sabe primeiramente conhecer para depois dar sugestões do que é essencial a eles continuar aprendendo, pois as práticas de leitura realizadas na escola podem responder de modos diferentes a essa realidade, diante disso é necessário conhecer os alunos para depois escolher os textos a serem lidos em sala, o leitor ao elaborar as hipóteses e testá-los durante o processo de leitura faz uso de conhecimentos prévios que possui sendo os conhecimentos textuais e conhecimentos de mundo que cada indivíduo tem, sendo este necessário para compreensão de um texto levando a interação do leitor com o texto lido.

Quando perguntei se o que o professor proporciona para leitura o entrevistado B diz: “tudo livros, historias, filme que também é bom pra ler”. Ao indagar com que freqüência eles liam na sala de aula alguns deles disseram: O entrevistado J diz: “é depende da matéria, matemática não lemos muito”, o A diz: é se muda a disciplina agente não lê muito mas agente lê em grupo sozinho na hora do recreio, é só pegar na biblioteca e ler”, o B diz: “é só agente querer”. Percebi a importância da leitura fazer parte de todas as disciplinas e não apenas de um professor da área de linguagem mas de todas as áreas. Após a elaboração de um questionário a ser aplicado aos três professores do ensino fundamental sendo questionado se o mesmo considera importante a leitura diária dos alunos nas escolas, dois dos professores afirmaram que acham importante por trabalhar com a área de linguagem e ciências humanas que exigem muitas leituras tanto do professor como do aluno, já o professor de ciências naturais e matemática diz não exigir muito do aluno quanto a leitura não e sim raciocínio lógico matemático. Ao serem questionados sobre que atividades de leitura são propostas aos alunos do ensino fundamental, os professores responderam que propõe leituras em grupo, individual, de gêneros textuais diversos como: livro de história, romances, contos, literatura e outros do dia a dia. A atividade de leitura exige dos professores muito trabalho, mas o prazer da leitura se origina das possibilidades de realizar esse trabalho, pois não nascemos sabendo a ler, mas adquirimos e desenvolvemos essas habilidades e podemos aperfeiçoar a cada dia, basta querermos. Ao serem indagados se os alunos gostam de ler, por unanimidade todos responderam que gostam de ler o que chamam a atenção deles assuntos relacionados à fase deles.

Indaguei sobre o que motivam os alunos a ler, um diz: gêneros textuais diversificados, rimas, assuntos interessantes eles mesmo procuram o que quer ler. O professor da área de ciências naturais e matemática diz: “os alunos lêem muito receitas, rótulos de embalagem pois trabalhamos muito com os materiais que circulam na sociedade”

 

Conclusão

 

Uma Biblioteca Escolar bem adaptada ao ambiente escolar, carregado de motivações é o local, por excelência, onde a criança aprende a gostar de ler, a se interessar pela leitura e pelo livro, ou por qualquer coisa que represente uma interpretação, uma associação, uma história. A ação dinâmica de uma biblioteca deverá ser vista com ao programa escolar, daí a necessidade de atividades em grupos, tais como: dramatizações, jogos, hora do conto, leitura, pesquisa entres outros. Isso faz com que ela proporciona aos alunos oportunidades de leitura intensa e autônoma, além de incentivar a busca de informação para responder a questionamentos e solucionar problemas, acreditando assim que a leitura seja o mais importante elemento do imaginário. Ler significa refletir, pensar, estar a favor ou contra, comentar, trocar opiniões, posicionar-se, enfim, exercer desde cedo a cidadania. No decorrer das atividades foi necessário obter informações sobre as atividades de leituras realizadas e os trabalhos desenvolvidos na Biblioteca Escolar. À hora do conto foi uma das principais atividades realizadas dentro do projeto, para as crianças escutar histórias é um processo de aprendizagem que faz com eles aprenda ouvindo e brincando, isso leva as desenvolver o interesse pelos livros e conscientizar-se da variedade de livros disponíveis para o uso deles.

A biblioteca escolar é um espaço em que as crianças e jovens encontram material para complementar sua aprendizagem e desenvolver sua criatividade, imaginação e senso crítico. É lá que os alunos que podem reconhecer a complexidade do mundo que os rodeia descobrir seus próprios gostos, investigar aquilo que os interessa, adquirir conhecimentos novos, escolher livremente sua leitura preferida e sonhar com mundos de imaginações. Ela atua como órgão auxiliar e complementar da escola, facilitando aos alunos o livre acesso aos livros onde eles passam a conhecer o mundo fantástico do saber, das descobertas, dos sonhos, do imaginário conto de fadas aos mundo do assombrado. Também utilizam como uma orientação clara e precisa para o estudo, para resolver problemas e deveres de classe, incrementar as pesquisas utilizando mais de um livro, para saber mais , por curiosidades entre outros.

Tornar a biblioteca um lugar prazeroso, dinâmico, descontraído, de maneira que as possam sentir atraídas por ela e venham desenvolver cada vez mais o gosto pela leitura, se faz um desafio constante para o profissional da informação em uma biblioteca escolar. Cabe ao bibliotecário dinamizar e inserir as atividades no contexto escolar através de programas de treinamento em pesquisa bibliográfica e incentivo a leitura. Em atividades, como a hora do conto, observam-se dois aspectos essenciais para o desenvolvimento da criança ao hábito da leitura: o ouvir histórias e o brincar. A interação do mundo mágico da literatura infantil com o lúdico transforma a hora do conto num universo de fantasia, onde a imaginação é o passaporte fundamental desta viagem. Entretanto, ao conquistar o leitor, permite-se que as bibliotecas se tornem o local onde a educação, o ensino e o lazer poderão encontrar-se, mostrando que a biblioteca escolar pode e colabora nas atividades de ensino-aprendizagem, transformando os alunos em cidadãos críticos e criativos, além de leitores natos. A Biblioteca escolar justifica sua própria existência no desempenho das atividades de ensino, cultura e lazer desenvolvidas dentro da escola. Cabe ao bibliotecário a função de priorizar entre as tarefas do processamento técnico e a satisfação do usuário, dando ênfase ao desenvolvimento de atividades culturais.de, com as escolares para tornar possível que os futuros profissionais conheçam as atividades e a realidade das bibliotecas em suas diversas áreas de atuação. As leituras que paralelamente acontece na escola, a partir do que proponhamos (na biblioteca, a leitura socializada e a unidade de leitura), ou as que já aconteceram na vida das crianças, dão suporte para a capacidade de leitura autônoma, com a possibilidade de se curtir a leitura.

 

 

Referências bibliográficas

 

ANTUNES, Irandé, 1937 Aula de Português: encontro e interação/Irandé Antunes, - São Paulo: Parábola editorial, 2003 - (Série Aula; 1)

 

ANTUNES, Walda de Andrade lendo e formando leitores: Orientações para o trabalho com a literatura infantil: Circuito campão./Walda de Andrade Antunes, Lucília Elena do Carmo Garcez, Márcia Araújo Carneiro, Vânia ª de Oliveira- São Paulo: Global,2007.

 

DE PIETRI, Émerson de 2. ed. Práticas de leitura elementos para a atuação docente/Émerson de Pietri. - 2.ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2009.96p.

 

SOEK, Ana Maria. Mediação pedagógica na alfabetização de jovens e adultos/ Ana Maria Soek Sonia Maria Chaves Haracemiv, Tania Stoltz: Curitiba: Ed. Positivo, 2009.

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Leitura