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O ENSINO DA MATEMÁTICA PARA OS ALUNOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL






Antonio Ferreira Lemes




RESUMO



O ensino de Matemática é algo que está muito ligado à vida humana. É para isso que precisa ter muita motivação ao ensinar alguém, quando se trata de uma ação básica e indispensável para a vida. Os professores, elemento fundamental nessa tarefa, estão a cada dia se preparando para o ensino pois reconhecem a responsabilidade, diante de uma grande batalha de ensino, sabendo que para ensinar Matemática, precisa ter desejo, força e vontade pois está claro que vai encarar o desafio do ensino e as dificuldades que nele estão inseridas sem esquecer que os alunos precisam usar um material de apoio que tenha uma linguagem clara e ofereça o mínimo possível de especialidade.Também se deve ter o cuidado e a dedicação quando se refere ao aprendizado, ou seja, a troca de experiência entre o aluno e professor, pois o aluno deve todo o respeito ao professor que está inserido em uma classe digna de ser respeitada e deve ser valorizada de forma digna. Nunca se poderá esquecer que ao aplicar a instrução de ensino o aluno possa ser protagonista nas elaborações das aulas isto é, ajudar no processo de construção das mesmas para que possa surgir em seu intelecto o desejo de receber mais conhecimento dentro das limitações que o ensino de Matemática lhe oferece. Mas também, um ensino com a qualidade necessária para se aprender bem, como deve ter exatidão em seu contexto, a fim de melhorar a cada dia, o conhecimento dos estudantes e humanidade de modo geral.

 

Palavras-chave: Matemática. Ensino. Conhecimento.





1 INTRODUÇÃO



O presente artigo tem como objetivo falar um pouco sobre o ensino de matemática na educação especial, fazendo uma observação ao longo dos momento da pesquisa e prática, ao lidar com alunos especiais.

É fundamental observar em meio aos alunos, com o objetivo de aproximar para entender onde está a motivação dos alunos, percebe-se que pode estar inserido no meio educacional dado ao fato do mecanismo de ensino em si, que são apresentados aos alunos, os conteúdos para a compreensão, objetivando que tire proveito para si, deve apresentar uma linguagem amigável e que tenha relação ao dia a dia do aprendiz, sendo buscado a cada dia, a solução dos problemas, que estão em um meio em que se aplica o ensino.

 

Para e ensinar, precisa ter desejo e vontade com respeito e sinceridade tanto de quem ensina como de quem precisa aprender, sendo assim, são poucas as pessoas que apresentam muito interesse, talvez até porque não conseguem aperfeiçoar uma compreensão adequada ao material exposto ao seu redor, mas  esse fato deve ser encarado de forma bem firme e insistente para que o aluno tenha seu desenvolvimento de forma abrangente e com responsabilidade pois ele mesmo é quem pode estar preparado para o aprendizado e vivência de conhecimento.




2 O ENSINO DE MATEMÁTICA

 

      O ato de lidar com o ensino de matemática, requer qualificação somada ao desejo de compartilhar com outrem o que se  aprendeu, pois os alunos precisam receber ensino que satisfaçam seu ego, seus desejos, suas vontades, suas ansiedades e aptidão matemática.

 

O ensino de Matemática vem passando por uma série de transformações dentre elas os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática – PCNs (2000, p.39, 40) relata:

 

... a prática mais freqüente no ensino de Matemática era aquela em que o professor apresentava o conteúdo oralmente, partindo de definições, exemplos, demonstração de propriedades, seguidos de exercícios de aprendizagem, fixação e aplicação, e pressupunha que o aluno aprendia pela reprodução. Considerava-se que uma reprodução correta era evidência de que ocorrera a aprendizagem. Essa prática de ensino mostrou-se ineficaz, pois a reprodução correta poderia ser apenas uma simples indicação de que o aluno aprendeu a reproduzir mas não aprendeu o conteúdo. É relativamente recente, na historia da Didática, a atenção ao fato de que o aluno é agente da construção do seu conhecimento, pelas conexões que estabelece com seu conhecimento prévio num contexto de solução de problemas. Naturalmente, à medida que se redefine o papel do aluno perante o saber, é preciso redimensionar também o papel do professor que ensina Matemática [...] Numa perspectiva de trabalho em que se considere a criança como protagonista da construção de sua aprendizagem, o papel do professor ganha novas dimensões. Uma faceta desse papel é a de organizador da aprendizagem; para desempenhá-la além de conhecer as condições socioculturais, expectativas e competência cognitiva dos alunos, precisará escolher o(s) problema(s) que possibilita(m) a construção de conceitos/procedimentos e alimentar o processo de resolução, sempre tendo em vista os objetivos a que se propõe atingir. Além de organizador, o professor também é consultor  nesse processo. Não mais aquele que expõe todo o conteúdo aos alunos, mas aquele que fornece as informações necessárias, que o aluno não tem condições de obter sozinho. Nessa função, faz explanações, oferece materiais, textos, etc.  

 

Segundo Rozal e Silveira (2013 p. 3) o sistema de educação sempre está questionando sobre o que é um bom ensino em matemática [...] existe várias respostas quando se olha para cada opiniões e contextos considerando a idéia de cada profissional.

 

Ensinar matemática é uma ação básica e indispensável para o desenvolvimento de todos os indivíduos que a partir de então inicía-se a relevante tarefa, cujo objetivo deve ser o emprego da ação de desempenhar o seu papel cultural e social em um meio, reconhecendo que a matemática perspectivamente é um produto cultural e social conforme Sadovsky (2010, p. 21 e 22 ) esclarece.

 

De acordo com nossa perspectiva, a matemática é um produto cultural e social. Cultura, porque a cada momento suas produções são impregnadas de concepções da sociedade da qual emergem e porque condicionam aquilo que a comunidade de matemática concebe como possível e relevante. Análise histórica é rica em episódios a esse respeito. A civilização grega do período clássico, por exemplo, acreditavam que os fatos da natureza obedeciam a uma ordem que poderia ser revelada por meio da matemática (kline, 1985). Para os pitagóricos, em particular, todos os objetos eram feitos de partículas elementares de matéria, ou “unidades de existência”, combinadas com as diferentes figuras geométricas. O número total de unidades representava o objeto material. O número era a matéria e a forma do universo. Isso permite compreender por que se atribuíam formas geométricas aos números e porque o estudo da aritmética  tinha como foco as propriedades desses “tipos de números” (triangulares, quadrados etc.). A matemática é também um produto social, porque resulta da interação entre pessoas que se reconhecem como membro de uma mesma comunidade. As respostas dadas por alguns geram novos problemas que outros visualizam, e as demonstrações produzidas são validadas segundo as regras aceitas na comunidade matemática em certo momento. Essas regras se transformam em função dos conhecimentos e das ferramentas disponíveis, o que leva a pensar que a própria idéia de rigor matemático muda com o tempo.

 

Conforme informa os PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (Op. Cit, p. 19, 20) existem aspectos a ser considerados no referido ensino e a ligação da aprendizagem e compreensão.



O ensino de Matemática sempre está dando a sua parceria às metodologias que dão prioridade às estratégias voltadas à ênfase, à criatividade, ao trabalho em equipe e a iniciativa de confiança na capacidade de conhecer e enfrentar os obstáculos que a vida lhe oferece quando se trata ao referido ensino.

 

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática – PCNs (Op. Cit, p.31), destaca.

 

É importante destacar que a Matemática deverá ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua capacidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação. A interação do ensino de Matemática com os Temas Transversais é uma questão bastante nova. Centrado em si mesmo, limitando-se à exploração de conteúdos meramente acadêmicos, de forma isolada, sem qualquer conexão entre seus próprios campos ou com outras áreas de conhecimento [...]. Os projetos proporcionam contextos que geram a necessidade de organizar os conteúdos de forma  a lhes conferir significado. É importante identificar que tipo de projetos exploram problemas cuja abordagem pressupõem a intervenção da Matemática, e em que medida ela oferece subsídios para a compreensão dos temas envolvidos. Tendo em vista o estabelecimento de conexões entre a Matemática e os Temas Transversais.

 

 Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática – PCNs (Op. Cit, p.32, 33), relata sobre a importância das aulas de Matemática para a formação dos indivíduos.

 

A formação de indivíduos éticos pode ser estimulada nas aulas de Matemática ao direcionar-se o trabalho ao desenvolvimento de atitudes no aluno, como, por exemplo, a confiança na própria capacidade e na dos outros para construir conhecimentos matemáticos, o empenho em participar ativamente das atividades em sala de aula e o respeito à forma de pensar dos colegas. Isso ocorrerá na medida em que o professor valorizar a troca de experiências entre os alunos como forma de aprendizagem, promover o intercâmbio de idéias como fonte de aprendizagem, respeitar ele próprio o pensamento e a produção dos alunos e desenvolver um trabalho livre do preconceito de que Matemática é um conhecimento direcionado apenas para poucos indivíduos talentosos. Ao ensino de Matemática cabe fornecer os mesmos instrumentos de aprendizagem e de desenvolvimento de aptidões a todos, valorizando a igualdade de oportunidades sociais para homens e mulheres.





2.2 OS PROFESSORES



O professor é um mediador entre o conhecimento e o aluno, na busca pela solução ou resolução dos problemas conforme relata PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (Op. Cit, p. 40).

 

Outra de suas funções é como mediador, ao promover a confrontação das propostas dos alunos, ao disciplinar as condições em que cada aluno pode intervir para expor sua solução, questionar, contestar. Nesse papel, o professor é responsável por arrolar os procedimentos empregados e as diferenças encontradas, promover o debate sobre resultados e métodos, orientar as reformulações e valorizar as soluções mais adequadas. Ele também decide se é necessário prosseguir o trabalho de pesquisa de um dado tema ou se é o momento de elaborar uma síntese, em função das expectativas de aprendizagem previamente estabelecidas em seu planejamento. Atua como controlador ao estabelecer as condições para a realização das atividades e fixar prazos, sem esquecer de dar o tempo necessário aos alunos.

 

Não tem como falar sobre ensino, e não referenciar ao professor, pois o ensino para ser executado, posto em prática, depende do professor e nesse contexto justamente o ensino de matemática é dependente do professor para que os alunos não percam o foco e aprenda o necessário ou básico para continuar sua conduta de aprendizagem, sendo ele especial ou normal.




2.3 MELHORIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA



A cada dia, a busca por melhorias no Ensino de Matemática aumenta, principalmente quando se trata de aluno especial, sendo consideráveis os avanços e melhorias nas práticas, mas ainda não é suficiente para que se tenha a solução por completo sendo relevante o índice de dificuldade ou problemas enfrentados, conforme nos relatam Oliveira e Marim (2010, p.40).

 

Dentre os muitos problemas que assolam a Educação no Brasil, destaca-se o ensino e a aprendizagem de Matemática nos diferentes níveis de ensino, conforme se constata nos baixos resultados dos alunos brasileiros, tanto em conteúdo como em habilidade em exames oficiais, tais como: Sistema de Avaliação do Ensino Brasileiro(SAEB), Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o programa Internacional do Sistema de Avaliação (PISA). Acredita-se que é possível reorientar o ensino de Matemática, de modo a torná-lo uma experiência escolar de sucesso. Isso pressupõe naturalmente uma intervenção nos mais diversos níveis, incluindo as práticas pedagógicas, o currículo, o sistema educativo e a própria sociedade em geral, promovendo uma visão dessa disciplina como uma ciência em permanente evolução, que procura responder os problemas de cada época. Assim é importante que o docente repense sua ação – tendo como referências os dados de sua realidade e os estudos e pesquisas existentes – seus métodos, estratégias e metodologias, buscando melhorar os seus conhecimentos, participando de diferentes programas e oportunidades de formação.



Conforme nos relata Soares (2010, p.82) uma questão importantíssima que deve ser levada em consideração em todo o ensino de matemática é a linguagem utilizada para descrever uma situação  e desafiar ao leitor.

 

Em muitos casos os alunos tem muita dificuldade para entender ou interpretar o que se pede que seja feito no exercício proposto, porque a linguagem descrita está muito distante de suas realidades tornando obscuro o caminho.

 

 Se ao contrário, como as vezes acontece em alguma comunidade em que a linguagem oral é mais próxima do que se considera como linguagem oficial, provavelmente diminuirá a dificuldade que os alunos apresentam em entender aos enunciados dos probleminhas de matemática.

 

Com base nisso soares ratifica que é preciso, portanto, adotar estratégias específicas visando a familiarizar os alunos com o tipo de texto que são encontrados nos materiais didáticos, tornando-os em uma verbalização mais próxima da língua exercitada pelos alunos, ou com o auxílio do professor para nortear a compreensão dos alunos, através de explicações clareadoras dos assuntos inseridos em cada tarefas, pois sem interpretação os exercícios serão dificilmente resolvidos.




2.4 O ALUNO COMO PARTICIPANTE NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA AULA, AINDA QUE SEJA CONSIDERADO ESPECIAL



Sendo aplicado o método de participação mútua, ou seja, aluno e professor participando juntos em um processo de elaboração, o aluno torna-se participante ativo no processo de construção da aula conforme nos relatam Oliveira e Marim (Op. Cit, p. 127).

 

Inseridos em um ambiente de Modelagem, na perspectiva sociocrítica, tanto o professor quanto o aluno se desfazem de suas tradicionais posições de doador e receptor de conhecimento, respectivamente. Nesse ambiente o aluno torna-se um consultor da aula assim como o professor. O estudante passa a ser um colaborador no processo de ensino aprendizagem, ou melhor, no seu próprio processo de ensino e aprendizagem situando-se no centro deste, e ao professor cabe a função principal de orientador desse processo, porém abandonando a sua posição tradicional de professor. Em um ambiente de modelagem, as vozes (de alunos e professores) se convergem em busca da solução, constituindo, pois, diálogos entre alunos e entre alunos e professor. Para Alro e Skovsmose (2006) dialogar é uma atitude humilde e respeitosa de cooperar com o outro estabelecendo uma confiança mútua. Quando há um diálogo, não existem posições de poder, dialogar é a busca  pela constituição de novos significados por meio de um processo colaborativo de investigação. Com isso, afirma-se que no contexto da Educação Matemática, dialogar não se resume a uma conversa apenas, implica num processo investigativo. Nesse viés, o profissional docente vai aos poucos rompendo com o seu clássico papel de única voz constituída, historicamente, como a correta, como aquela que finaliza o processo de ensino e aprendizagem e passa a compartilhá-la com os estudantes.



CONCLUSÃO

O ensino de matemática, tende ao desenvolvimento de todos aqueles que buscam conhecimento. Para tanto, quando se refere a um alunado que anseia matemática, se trabalha de forma expressa, não interessa que público será. Pode ser os ditos normais ou mesmo quando se refere aos especiais pois é possível desvendar o mistério do conhecimento matemático. Não se restringe apenas a um tipo de pessoas, mas é algo que assegura e abrange aos seres humanos, independente das diferenças; física, religiosa, política ou social. Há que considerar, a carência do saber lidar com ela, mas em suma, tudo está em evolução matemática tornando os indivíduos mais próximo do conhecimento matemático



REFERÊNCIAS



NASCENTES, Antenor. Dicionário da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de 

Letras. Rio de Janeiro: Bloch Ed, 1988.



OLIVEIRA, Cristiane Coppe de; MARIM, Vlademir. Educação Matemática/Contexto e prática docentes. Campinas: Editora Alínea, 2010.



Parâmetros Curriculares Nacionais-PCN: Matemática – Secretaria de Educação Fundamental. 2.ed. – Rio de Janeiro: DP&A, 2000.



SADOVSKY, Patrícia. O ensino de matemática hoje/Enfoques, sentidos e desafios. São Paulo: Ática, 2010.



SOARES, Eduardo Sarquis. Ensinar Matemática desafios e possibilidades. Belo Horizonte: Dimensão, 2010.

 

SOUZA, André Marcelo Santos de , et al. Estatística. Indaial: UNIASSELVI, 2011.



TAFNER, Elisabeth Penzlien; SILVA, Everaldo da. Metodologia do Trabalho Acadêmico. Indaial: UNIASSELVI, 2012.