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ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA NO SEXTO ANO: um estudo de caso

 

Maria Lúcia de Jesus Silva Vogado[1]

 

RESUMO

O presente estudo teve como propósito investigar como ocorre o contato com a Língua Inglesa entre alunos que tiveram acesso ao ensino regular no contexto público desde o primeiro ano e alunos oriundos de outras escolas que estão tendo esse primeiro contato somente no sexto ano do ensino fundamental. A pesquisa foi desenvolvida em uma escola pública de um município na região Norte do Estado de Mato Grosso. Este trabalho objetiva diagnosticar se existe diferença no ensino-aprendizagem entre os alunos que já tiveram contato sistematizado com a LI e os que estão tendo esse contato somente no sexto ano. Para tanto, neste estudo fez-se uso da pesquisa qualitativa com uso de instrumentos como observação participante com anotações em diário de campo, entrevistas com alunos e a professora de LI e em seguida feita apresentação e análise de dados. Como resultado da análise de dados, percebeu-se que há uma heterogeneidade entre alunos que já tiveram contato com a LI e os que estão tendo pela primeira vez, porém, o interesse em aprender é percebido em todos.

Palavras-chave: Língua Inglesa. Ensino-aprendizagem. Sexto ano.

 

ABSTRACT

This study aimed to investigate how is the contact with the English language among students who had access to regular education in public context since the first year and students from other schools that are experiencing this first contact only in the sixth year of elementary school. The research was conducted in a public school in a city in the North of the State of Mato Grosso. This study aims to diagnose whether there are differences in the teaching-learning among students who have had systematic contact with the LI and those having that contact only in the sixth year. Therefore, this study was made use of qualitative research with the use of instruments such as participant observation notes in field diary, interviews with students and the teacher LI and then made presentation and data analysis. As a result of data analysis, it was noticed that there is heterogeneity among students who have had contact with the LI and those who are having for the first time, however, interest in learning is perceived in all.

Keywords: English. Teaching and learning. Sixth year.

 

Introdução

 

A súbita globalização do mundo e a consequente necessidade de uma linguagem de comunicação eficiente é um fato que tem levado cada vez mais pessoas a procurarem a Língua Inglesa (doravante LI) como um novo idioma para se adaptarem às necessidades atualmente exigidas. O domínio de um novo idioma significa crescimento, desenvolvimento e, acima de tudo, melhores condições de acompanhar as mudanças que vem ocorrendo no mundo social e tecnológico.

A LI foi adotada como idioma oficial do mundo dos negócios, tendo em consideração a importância econômica no Brasil como país em desenvolvimento, portanto, saber e dominar a língua se tornou uma questão de sobrevivência e integração mundial.

Sabendo desta necessidade e importância, deveríamos ter um ensino de qualidade nas escolas públicas e privadas, pois são nelas que se inicia a formação e integração social do indivíduo.

No caso de Sinop, lócus deste estudo, a LI já é ofertada na rede municipal de ensino desde o primeiro ano, sendo que na rede estadual essa oferta só existe a partir do sexto ano (SANTOS, 2005).

O estudo pretende responder ao seguinte questionamento: Como ocorre o contato com a LI entre alunos que tiveram acesso ao ensino regular no contexto público desde o primeiro ano e alunos que estão tendo esse primeiro contato somente no sexto ano?

Na tentativa de resposta a este questionamento atentei para os seguintes objetivos: verificar se existe diferença na aprendizagem entre alunos que já tiveram acesso ao ensino sistematizado de LI e aqueles que estão tendo o primeiro contato com a mesma somente no sexto ano; diagnosticar os conhecimentos que foram construídos ao longo dos primeiros quatro anos em que a criança foi exposta a esse ensino; identificar o posicionamento e atitudes dos alunos em relação a LI.

Assim sendo, realizei uma pesquisa de campo, qualitativa (ANDRÉ, 2002), mais especificamente, um estudo de caso, em que os dados foram coletados mediante uso de vários instrumentos, tais como: observação participante, entrevistas com alguns alunos e com a professora. Acredito que os instrumentos utilizados foram a maneira mais concreta e objetiva encontrada para fazer a análise dos dados obtidos com a pesquisa.

Inicio apresentando a importância da Língua Inglesa em nosso mundo nos dias atuais e como ela pode influenciar o nosso cotidiano. Abordo também a importância de se ensinar a LI desde cedo para as crianças, começando com a formação nos anos iniciais até a formação de profissionais na área. E finalizo apresentando os resultados obtidos com a experiência vivida.


 

Desenvolvimento

 

No mundo em que vivemos, o avanço tecnológico é constante e o ensino deve acompanhar esse avanço para formar e educar cidadãos para a realidade atual. Em relação ao assunto, Rocha faz o seguinte comentário:

 

Em uma sociedade marcada pela diversidade linguística e cultural, como também pelo constante surgimento de novas tecnologias e meios de comunicação, os quais redimensionam a relação entre pessoas e povos, intensifica-se a busca por diversificados tipos de conhecimento, dentre eles, a aprendizagem de pelo menos uma nova língua (ROCHA, 2008, p. 16).

 

Diante da importância de se ter conhecimento do inglês em uma sociedade globalizada e a despeito dos controversos impactos de sua influência nos mais variados campos, temos presenciado, de um modo geral, o crescente desenvolvimento e expansão da necessidade de implantação dessa língua nas séries iniciais do ensino público.

Sendo a LI um instrumento de comunicação e um ato social que pressupõe a existência de um emissor, aquele que fala ou escreve, de um receptor, aquele que ouve e lê, inserido em um determinado espaço social e cultural, nesse sentido, a LI não é simplesmente um conjunto de regras gramaticais e uma lista de vocabulário a serem memorizadas. É muito mais do que isso, a LI passa a ser o instrumento através do qual podemos interagir com o mundo em que vivemos e assim construir os conhecimentos necessários para garantir a nossa sobrevivência física, espiritual e emocional.

 

Sem conhecer uma língua estrangeira torna-se extremamente difícil utilizar os modernos equipamentos de modo eficiente e produtivo. Daí a importância da aprendizagem de idiomas estrangeiros. Para estar em consonância com os avanços da ciência e com a informação, é preciso possuir os meios de aproximação adequados e a competência comunicativa é imprescindível para tanto (PCN, 2000, p. 30).

 

Sabemos que a maior parte do conteúdo que circula com informações pela internet, encontra-se em inglês, prevalecendo como a língua mais usada para a comunicação global e também como a mais presente no mundo da tecnologia, a ponto de alguns autores (RAJAGOPALAN, 2005 e MOITA LOPES, 2003, por exemplo) a consideram como a “língua da globalização”.

A educação no Brasil não é tratada com seriedade, haja vista que na maioria das vezes ela é deixada ao acaso, embora isso não devesse acontecer com o ensino brasileiro. Por mais que sejam criadas leis federais para regulamentar o ensino: estados, municípios e empresas particulares voltadas para este fim, continuam em parte a ignorar a formação integral do educando, esquecendo que este é o futuro do nosso Brasil. Quer apreciemos ou não, o fato é que o inglês tem ocupado o status de língua global.

Para tanto:

 

Estima-se que perto de 1,5 bilhão de pessoas no mundo – isto é ¼ da população mundial – já possui algum conhecimento da língua inglesa e/ou se encontra em situação de lidar com ela no dia-a-dia. Acrescente-se a isso o fato ainda mais impressionante de que algo em torno de 80 a 90% da divulgação do conhecimento científico ocorre em inglês. Ou seja, quem se recusa a adquirir um conhecimento mínimo da língua inglesa corre o perigo de perder o bonde da história (RAJAGOPALAN, 2005, p. 149).

 

Conhecer o mundo a nossa volta é muito importante, portanto deve-se estar atento a necessidade de um ensino de LI mais voltado para a comunicação e contextualização de conteúdos. A LI atrai a atenção dos jornais e revistas de grande circulação no país, trazendo a visão da classe média sobre a importância de conhecê-la.

A falta de políticas públicas específicas para o ensino de línguas é um problema antigo que está sempre em pauta, mas continua sem solução. As autoridades não se preocupam nem reconhecem a complexidade e importância do ensino de línguas na educação, devido a isso podemos perceber as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da área em encontrarem formação continuada de qualidade.

Todas as disciplinas contidas na grade curricular de qualquer série ou curso tem sua importância e uma ligação com o meio em que o aluno aprendiz está inserido. Ainda existe muito preconceito em relação a algumas disciplinas consideradas complementares, e a LI é uma das que sofrem com esse preconceito, um exemplo disso é a carga horária mínima que é ministrada nas escolas.

 

Língua Inglesa para crianças e sua oferta em contextos de ensino

Regular público

As crianças que começam a ter um contato com LI desde o primeiro ano, começam a tratar o assunto com naturalidade. Sabemos que ela é naturalmente curiosa, envolvendo-se facilmente em atividades que lhe despertam o interesse (ROCHA, 2008). O que não acontece quando ela tem esse primeiro contato apenas no sexto ano, em que já apresenta traços de vergonha em fazer atividades de leitura e até mesmo de escrita. A partir daí podemos perceber a importância de se trabalhar com gêneros do discurso, que para a referida autora, o toma como “a linguagem em uso”, ou seja, são discursos produzidos em circunstâncias de comunicação oral espontânea ou, na medida em que surgem as situações de convívio familiar, social ou cultural. A autora ainda deixa claro que o objetivo central no ensino-aprendizagem de LI embasado em gêneros discursivos é levar o aluno aprendiz a desenvolver capacidades que possibilitem a ele “aprender a fazer” e “a agir” em várias situações.

Quanto mais cedo se iniciar o estudo de uma LI, mais facilmente esta língua será adquirida. A criança ainda não tem internalizada a gramática da Língua Materna (LM), para ficar comparando a sua estrutura com a da língua inglesa, nem querer ficar traduzindo todas as palavras que aparecem em inglês para o português, como fazem os adultos. Em relação ao assunto, Santos argumenta que:

 

A pressão para que a aprendizagem de línguas ocorra ainda quando criança advém da crença de que se aprende mais facilmente na infância, portanto, quanto mais cedo se iniciar o processo melhor. Outra crença recorrente é a necessidade de se viver no país onde ela é falada, pelo fato de condições importantes, tais como tempo, exposição à língua-alvo, necessidade real da língua para comunicação, variedade e significância do input, colaborarem para que o aprendizado aconteça (SANTOS, 2009a, p. 33).

 

Sabendo que a LI se tornou uma língua universal, que brevemente deverá ser falada por todos os povos de todas as regiões, “.é mais bem aprendida durante os anos iniciais da infância e de que após um período de aproximadamente doze anos, nós teríamos maiores dificuldades para aprender uma nova língua...” (ROCHA, 2008, p. 16), nada melhor do que optar por ela, começando a apresentá-la desde cedo às crianças nas escolas. Outro fato que chama a atenção de Rocha (2009), é o de as crianças serem, de modo geral, despreocupadas, livres de preconceitos, abertas a novos conhecimentos e experiências. As crianças são caracterizadas como pequenos aprendizes cheios de vida e entusiasmados com coisas novas que aos poucos irão despertar a sede de aprender sempre mais. Ainda de acordo com a referida autora a criança tem maior facilidade e rapidez que o adulto para aprender, fazendo com que esse fator seja favorável para um maior tempo de exposição à LI e trazendo melhores oportunidades de sucesso pessoal e profissional no futuro, podendo ser utilizado como instrumento de inclusão social.

Aprender inglês significa desenvolver habilidade funcional. É um processo equivalente ao de assimilação da língua materna pelas crianças. É reaprender a estruturar o pensamento, desta vez nas formas de uma nova língua. Usa-se mais os ouvidos do que os olhos e cada um desenvolve de acordo com seu próprio ritmo, num processo que produz habilidade prática, comunicação criativa, e não necessariamente conhecimento. É comportamento humano, fruto do convívio com situações reais de interação em ambientes da cultura estrangeira. O aprendiz é protagonista e não espectador da sua realidade, ele faz parte do contexto em que a comunicação ocorre.

Um dos propósitos de se ensinar LI em escola pública é que a mesma “deve ser ensinada em harmonia com as necessidades de falantes e ouvintes reais em contextos de comunicação situados localmente, para formar o aluno-cidadão” (ASSIS-PETERSON e COX, 2008, p. 30), e que estes se sintam capazes de exercitar seus direitos e deveres na sociedade, de forma crítica e construtiva nas diversas situações sociais, que possam reconhecer a multiculturalidade existente a sua volta e principalmente agir como transformador do ambiente social, natural e cultural em que vive.

 

O professor de língua Inglesa: breve abordagem

O professor de LI necessita ter uma formação inicial e continuada especializada, com pressupostos teóricos e práticos que o capacitem linguística e metodologicamente, pois, precisa de uma preparação especial que o auxilie no desenvolvimento de seu papel em sala de aula e que esteja sempre por dentro da atualidade.

Santos (2009a) argumenta que as instituições responsáveis pela formação inicial do professor têm papel decisivo na promoção do conhecimento profissional e dos aspectos da profissão docente, tendo comprometimento com o contexto e a cultura em que esta se desenvolve. Fazendo com que o profissional participe ativamente da sua própria formação refletindo sobre seu fazer pedagógico, de modo que facilite o processo de ensino-aprendizagem e o torne mais prazeroso.

Para Assis-Peterson e Cox (2008) a voz que o professor de inglês deveria tentar cultivar no aluno não seria aquela voz britânica ou americana nativa, treinada em aulas comunicativas, mas sim aquela que permitiria ao aluno escrever contra qualquer forma de dominação política, econômica, cultural e linguística de um país sobre os outros, permitindo que ele tenha liberdade de expressar sua própria voz.

 

O privilégio do inglês hoje até pode ter sua origem vinculada ao imperialismo americano, mas esse fato torna-se secundário. Mundializado, ele se desprende de suas raízes e ganha existência própria como idioma desterritorializado, apto a ser camaleonicamente apropriado, re-significado, re-entoado por falantes de diferentes línguas maternas nas interações entabuladas nos fluxos comunicacionais imprevisíveis da modernidade-mundo (COX e ASSIS-PETERSON, 2007, p. 08).

 

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998), atualmente na educação estão acontecendo mudanças significativas, sendo uma delas a formação continuada de professores, que era voltada apenas para os saberes acadêmicos.

O professor de LI deve ter uma formação direcionada que o capacite para o processo de ensino-aprendizagem, de modo que ele possa desenvolver atividades dentro do seu contexto social despertando o interesse dos alunos, precisa ter toda ação pedagógica voltada para o elemento propulsor de aspectos da cultura local ou global, tendo como ponto central o trabalho com as relações dialógicas entre os valores e práticas que sejam socialmente valorizados (FIGUEIRA, 2002).

Em relação ao professor, Santos argumenta que:

 

Para desenvolver o papel de professor de línguas que a sociedade requer hoje, a formação deve ser direcionada e conter pressupostos teóricos e práticos que o capacitem linguística e metodologicamente, de forma reflexiva e contínua, a realizar com seus alunos, dentro do contexto local de seu trabalho, situações de aprendizagem numa perspectiva de criação coletiva (SANTOS, 2005, p. 146).

 

Ou seja, o professor deve estar envolvido e comprometido com sua profissão agindo como produtor de conhecimentos. Mudanças no papel do professor, do aluno e do material didático exigirão grandes alterações no processo de ensino-aprendizagem, o aluno ganha liberdade de expressão ao mesmo tempo em que é responsável pelo próprio processo de aprendizagem, o livro didático passa a ser apenas um auxiliar do professor e o professor será responsável pelo planejamento de aulas mais lúdicas e expositivas para utilizar as quatro habilidades da LE, trazendo materiais do mundo real que esteja ao alcance e entendimento de todos. Também é papel do professor mostrar ao aluno que a aprendizagem de uma LE não é apenas uma obrigação que ele tem que cumprir, e sim um processo que vai ajudá-lo a expandir seus conhecimentos em todas as áreas.

O professor tem o papel de mediador entre duas culturas diferentes, por isso, ele precisa abordar conhecimentos linguísticos e criar um ambiente em que o aluno se sinta livre para falar e/ou questionar sobre suas dúvidas sem que haja constrangimento e ao mesmo tempo, fazendo com que o aluno se sinta curioso e reflexivo sobre o que foi ensinado, buscando outras fontes de aprendizado.

A metodologia utilizada para realização deste estudo foi qualitativa, interpretativa e de caráter observacional, mais especificamente um estudo de caso, ou seja, o estudo descritivo de uma unidade seja uma escola, um professor, um aluno ou uma sala de aula (ANDRÉ, 2002). Sabendo da complexidade e diversidade de fatores que interviram, estive consciente que “tanto pode ser confirmado como negado pela pesquisa o que se acumulou a respeito do assunto, mas o que não pode é ser ignorado” (ANDRÉ e LUDKE, 2004, p. 2), portanto, independente do resultado ser ou não o esperado, ele deve ser considerado e analisado de acordo com os dados coletados, sem que haja interferências fazendo com que os mesmos possam ser manipulados, e sim para que exista uma credibilidade na pesquisa realizada.

 

Conclusão

 

Esta pesquisa foi realizada com o intuito de responder ao seguinte questionamento: Como ocorre o contato com a LI entre alunos que tiveram acesso ao ensino regular no contexto público desde o primeiro ano e alunos que estão tendo esse primeiro contato somente no sexto ano? Durante o estudo, pude perceber que os alunos que tiveram contato com LI desde o primeiro ano são mais desinibidos, participam das aulas de forma ativa e quando a professora trabalha a oralidade, eles falam sem medo de errar. O que não acontece com aqueles alunos que estão tendo o primeiro contato com LI somente no sexto ano. Estes participam da aula de maneira menos ativa, tem receio em trabalhar a oralidade, ficam inibidos e falam bem baixinho por medo de errar e os colegas rirem, porém quando estão resolvendo atividades em sala, os alunos, independentemente se tem mais ou menos dificuldade, estão sempre ajudando uns aos outros.

Os resultados deste estudo mostram ainda que o professor necessita estar atento para situações em que existem alunos que vieram de contextos diversos e isso pode atrapalhar seu desenvolvimento em sala, pois, no caso aqui observado, o professor tem que estar consciente que deverá retomar assuntos já trabalhados em anos iniciais para que os alunos que estão vendo a LI pela primeira vez consigam entender o conteúdo e acompanhar o restante da turma, possibilitando uma interação entre professor x alunos e alunos x alunos.

Com o contato direto que tive com o ambiente escolar, professora e alunos pesquisados, foi possível conhecer melhor o processo de ensino-aprendizagem e me possibilitou a certeza em (re)afirmar sobre a importância de se ensinar a LI para as crianças desde o início da formação, e espero que este estudo possa ter contribuído de alguma maneira com as respostas aqui descritas e analisadas comprovando tal necessidade. Penso que um novo estudo possa ser favorável para esclarecer melhor a questão da vergonha e menos participação desses alunos nas aulas de LI, ou mesmo tentar encontrar uma maneira para possibilitar a interação deles com os novos colegas. Deixo este apontamento como possível tema de pesquisa para outros que, como eu, possam se interessar pelos estudos da LI.

 

REFERÊNCIAS

 

SANTOS, L. I. S. Crenças acerca da inclusão de língua inglesa nas séries iniciais: quanto antes melhor? 2005. 215p. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) – Instituto de Linguagem, Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá – MT.

 

SANTOS, L. I. S. Língua Inglesa em anos iniciais do Ensino Fundamental: fazer pedagógico e formação docente. 2009a. 274 p. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos) – Universidade Estadual Paulista. São José do Rio Preto – SP.

 

ANDRÉ, M. E. D. A. Etnografia da prática escolar. 7. ed. Campinas, SP: Papirus, 2002.

 

ANDRÉ, M. E. D. A. & LUDKE M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo, SP: EPU, 2004.

 

ASSIS-PETERSON, A. A. & COX, M. I. P. O Drama do Ensino de Inglês na Escola Pública Brasileira. In: Ana Antonia de Assis-Peterson. (Org.). Línguas Estrangeiras: para além do método. São Carlos: Pedro & João Editores, 2008.

 

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ROCHA, C. H. O ensino de línguas para crianças: refletindo sobre princípios e práticas. In: ROCHA, C. H. & BASSO, E. A. (Org.) Ensinar e aprender língua estrangeira nas diferentes idades: reflexões para professores formadores. São Carlos, SP: Claraluz, 2008. p. 15-34.

 

RAJAGOPALAN, K. A geopolítica da língua inglesa e seus reflexos no Brasil: por uma política prudente e propositiva. In: LACOSTE, Y; RAJAGOPALAN, K. A geopolítica do inglês. São Paulo, SP: Parábola, 2005. p. 135-159.

 

MOITA LOPES, L. P. A Nova Ordem Mundial, os Parâmetros Curriculares Nacionais e o ensino de inglês no Brasil. A base intelectual para uma ação política. São Paulo, SP: Mercado de Letras, 2003.

 

ROCHA, C. H. A língua inglesa no Ensino Fundamental I público: diálogos com Bakhtin por uma formação plurilíngue. In: SCARAMUCCI, M. V. R. & ROCHA, C. H. (Org.) Trabalhos em Linguística Aplicada. Volume 48, n. 2, jul/dez. 2009. p. 247-274.

 

FIGUEIRA, C. D. S. Crianças alfabetizadas aprendendo língua estrangeira. Dissertação de mestrado. Brasília, DF/UnB, 2002.

 

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Caracterização do Objeto de Ensino, língua estrangeira. Brasília: Ministério de Educação, Secretaria de Educação Fundamental, 2000.

 

COX, M. I. P. & ASSIS-PETERSON, A. A. Inglês em tempos de globalização: para além de bem e mal. Calidoscópio. v. 5, n. 1, 2007. p. 5-14.

 



[1] Graduada em Licenciatura Plena em Letras - UNEMAT. Professora atuante na Rede Pública Estadual de Ensino desde 2011 nos ensinos fundamental e médio.